Find my way back to you. escrita por Skye


Capítulo 1
A colheita


Notas iniciais do capítulo

OLAAAR, gente que nervoso, a primeira fanfic no universo dos jogos que eu resolvo postar, geralmente eu escrevo universos muito alternativos e comédias, por isso me perdoem se tiver algum erro ou tiver ficado ruim, comentem o que acharam e digam aonde eu posso melhorar.

Eu sei que ficou meio rápido, mas é que esse começo não muda muita coisa, as coisas vão ficar mais diferentes dos livros a partir do momento que eles chegam a capital.

Eu não pretendo mudar muito os personagens, até porque pra mim, Peeta sempre vai ser um doce de pessoa, mesmo não sendo o padeiro da vez haha.

E sim gente, como eu inverti as coisas aqui, então Delly da fanfic corresponde ao Gale dos livros, mas não se preocupem quanto a isso ok?

Bem, nos vemos lá em baixo, comentem e qualquer coisa, perguntem, mandem MP, whatever.

A mais uma coisinha, a ponto de vista da maioria dos capítulos sera do Peeta, mas teremos alguns da Katniss e talvez até bônus de outros personagens.



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O sol estava forte e ardente, a floresta estava mais quente do que nunca, a única coisa que aliviava o calor horrendo era um leve brisa vinda das sombras das árvores. Delly e eu estávamos sentados na campina, observando o sol tomar seu lugar no alto do céu, enquanto comíamos algumas amoras que ela havia trazido, provavelmente havia trocado algum esquilo pelas amoras no prego.

Vivemos no distrito doze, aonde a comida fica cada vez mais escassa, por isso não consigo evitar o sorriso ao me deliciar com aquelas maravilhosas amoras que Delly havia trazido. Delly e eu temos que caçar para conseguir comida, tanto para nós dois, quanto para nossas famílias, fazemos isso desde os 11 anos, quando nossos pais morreram em uma explosão nas minas de carvão do distrito. Minha mão não aceitou sua morte e vive em estado catatônico, portanto restou apenas eu, para alimentar a ela e ao meu irmãozinho, Brad.

—Preparado para a colheita?—os cabelos louros de minha melhor amiga voavam com o vento, entrando por vezes em sua boca, enquanto ela falava.

—Na verdade, não.—respondi e sorri, quando percebia que ela estava rindo.

A colheita, é uma comemoração da Capital, que dividiu nosso pais, Panem, em doze distritos, treze, inicialmente, mas o último fora destruído a anos. Cada distrito tem sua especialidade, moro no doze, mineração, somos os menos favorecidos pela Capital. E cada um dos distritos tem de fornecer a maior parte de seus ganhos para a Capital. A colheita celebra a vitória de Panem sob os dias escuros, e mostra que a Capital é quem comanda, pessoas que vão contra as regras impostas pela Capital e seu presidente geralmente acabam mortas, ou chicoteadas em praça pública. Delly e eu caçamos ilegalmente, ou seja, se fossemos pegos, estávamos muito mais do que encrencados.

Nessa colheita, duas crianças de cada distrito, um menino e uma menina, são sorteados para participarem dos Jogos Vorazes, um jogo sádico aonde vinte e quatro tributos vão para uma arena, de onde apenas um deles pode sair vivo. Crianças de 12 a 18 são sorteadas e a cada nome, adicionam mais um papelzinho com seu nome, isso é claro, se você não optar por pegar as teceras, nelas vem alguns óleos e grãos que nos impedem de morrer de fome, mas a cada tecera, você se inscreve mais uma vez para os jogos. Eu devo ter meu nome escrito naquelas grandes bolas de vidro pelo menos umas 32 vezes, já Delly, umas 26. Teríamos mais, se não conseguíssemos sobreviver de nossas caças, as trocando por mais comida no prego, um tipo de mercado negro do doze.

—Deviamos ir, temos que trocar esses esquilos no prego, e nos prepararmos para a colheita.—Delly suspira, posso ver seus grandes olhos azuis, assim como os meus, perdendo um pouco de seu usual brilho, que mesmo com toda miséria que vivemos, quase nunca se apaga.

—Qual cor de peruca você acha que Effie Trinket vai usar esse ano?—faço troça da representante do nosso distrito, uma mulher da capital com um estilo no mínimo, peculiar, para não dizer completamente esquisito.

—Espero que não seja aquela marrom cintilante, não foi legal quando os pássaros confundiram sua peruca com seus ninhos.—vi o brilho voltar para seus olhos assim que ela sorriu, e me senti satisfeito por tê-la feito rir.

Delly e eu somos amigos desde de muito pequenos, ela costumava caçar com seu pai, e eu com o meu, nos encontramos na floresta algumas poucas vezes antes deles morrerem na explosão das minas. E quando se foram, Delly e eu continuamos as caçadas, mas juntos, tivemos uma conexão instantânea, somos muito parecidos de diversas maneiras, tanto na aparência, loiros com grandes olhos azuis, como na personalidade. Delly é uma pessoa simpática e sorridente, é gentil com as pessoas, e sempre vê o melhor de todas as situações, assim como eu.

Me despedi de Delly com um abraço, depois que passamos a cerca, que dividia nosso distrito da floresta, murmurando um boa sorte, antes de correr direto para o prego com nossas caçadas. Não conseguimos muito hoje, mas tínhamos o suficiente para conseguir alguns biscoitos com o padeiro, que sempre me dava a mais do que meus esquilos valiam, e sopa com a velha Greasy Sae.

Troquei minhas caças e fui direto para casa, encontrando meu irmão já arrumado para a colheita. Me dava um aperto no coração lembrar que essa seria sua primeira colheita, e me apertava mais ainda, saber que ele poderia ser escolhido, eu não suportaria, Bradley é a coisa mais importante que tenho, e minha mão não suportaria perder mais alguém como perdeu meu pai.

Em dias como a colheita, minha mãe saia de seu estado catatônico para ajudar a nos arrumar. Brad usava uma calça marrom claro, com uma camisa de botões azul clara, a mesma roupa que usei na minha primeira colheita. Seus cabelos louros estavam penteados para trás e ele exibia seu usual sorriso que conquista qualquer pessoa ao seu redor.

—Como estou?—ele perguntou sorrindo.

—As meninas do doze que se cuidem.—dei uma pequena piscadela e fui direto me banhar, ouvindo Brad gargalhar.

Minha mãe já havia esquentado a água, já que aqui a água da torneira só saia gelada. Me banhei rapidamente, vestindo uma calça muito parecida com a do meu irmão, e uma camisete também de botões, mas diferente da camisa de Brad, que era azul, a minha era branca. Calcei um par de sapatos intactos que pertenceram ao meu pai e caminhei até a sala, vendo minha mãe e meu irmão já me esperando, era isso chegara a hora de ir.

Não posso negar que andei o caminho inteiro até a praça com os nervos a flor da pele, a hipótese de meu irmão ser escolhido, mesmo tendo seu nome nas grandes bolas de vidro apenas uma vez, me assustava. A hipótese de Delly ser escolhida também me assustava, eu não suportaria perder a ela ou ao meu irmão, eu entraria em estado catatônico, assim como a minha mãe.

Quando me dei conta, já estava posicionado em meu lugar no meio da praça em frente ao edifício da justiça. Os adolescentes eram organizados em fileiras e por idade, Brad estava mais ao meio, junto aos outros garotos de 12 anos, e eu mais atrás, junto aos garotos de 16. Olhei em volta, e achei Delly posicionada ao lado da filha do prefeito, Madge Undersee, uma de suas melhores amigas. Delly encontrou meu olhar, sorrindo nervosamente, seus lábios diziam alguma coisa que entendi como um vai ficar tudo bem tranquilizador, mesmo que nem ela acreditasse muito nisso.

No palco, estavam as duas bolas de vidro com o nome dos tributos, uma para as meninas, e outra para os meninos. Ao meio estava o microfone, e atrás, haviam três cadeiras, uma para o prefeito, o Sr Undersee, pai de Madge. Outra para Effie Trinket, nossa representante, e uma para Haymitch Albernathy, o único vencedor do distrito doze, que seria conseguintemente, o mentor dos próximos dois tributos.

O prefeito já estava já, assim como Effie, faltava apenas Haymitch, que chegou em uma entrada triunfal, podre de bêbado e caindo no meio do palco. E então, Effie Trinket nervosa e aparentemente zangada com o bêbado, foi até o centro do palco, se posicionando bem na frente do microfone.

—Bem vindos, bem vindos.—um silencio ensurdecedor havia se instalado no local.—Bem vindos a colheita da septuagésima quarta edição dos Jogos Vorazes, vamos começar, sim?—e o silencio continuava.—Bem, vou começar primeiro com as damas.

A representando do doze, que hoje usava uma peruca cor de rosa, combinando com seu enorme e extravagante vestido caminhou até uma das bolas, retirando um dos papeis, indo em seguida para o microfone, a anunciando o coitado da vez.

—Katniss Everdeen.—Katinss Everdeen? Não ela não!

Katniss Everdeen é a filha do padeiro do nosso distrito, pelo que sei, uma pessoa um tanto quanto fechada, é apenas vista com seu melhor amigo, Gale Hawthorne e as vezes, muito raramente, conversa com Madge.

Lembro-me da primeira vez que a vi, eu tinha cinco anos, e a professora perguntou quem conhecia a canção do vale, eu conhecia, mas na época era tímido de mais para ir na frente de todos e cantar, como meu pai sempre fazia. Então uma gatinha de vestido vermelho e duas tranças levantou a mão, e cantou a música tão lindamente, que até os pássaros pararam para ouvi-la.

Mas foi quando tínhamos 11 anos, que parei para observa-la melhor, o suprimento que ganhávamos da prefeitura pela morte do meu pai havia se esgotado, Brad e eu estávamos morrendo de fome, e eu sai atrás de comida. Cheguei até a revirar o lixo de alguns comerciantes, inclusive o lixo da padaria, do qual a mãe de Katniss me fez se afastar, pois não queria moribundos roubando do seu lixo.

Vi Katniss na janela da padaria e alguns segundos depois, sua mãe gritava, aparentemente, ela havia queimado pães, e não poderia vende-los na padaria, então mandou a garota dar aos porcos. Assim que a mulher entrou na padaria, Katniss desviou o olhar para mim mais algumas vezes, e então, jogou aquele pão na chuva para mim, salvando não só a minha vida, mas a de Brad. Estava em dívida com a garota dos olhos cinzentos, e agora, ela iria para os jogos.

—Katniss Everdeen?—Effie a chamou.

Não demorou muito para para Katniss sair da multidão de garotas, e se aproximar em passos tímidos até o palco, mas ainda sim determinada, se posicionando ao lado de Effie, que a cumprimentou com um abraço e um enorme sorriso que poderia partir sua cara ao meio.

—Muito bem, vamos aos meninos.

E nesse momento meu coração quase parou. Assim que Effie tirou o papel e se posicionou no meio do palco, o abrindo. Meu coração parou por alguns instantes, minha respiração havia ficado falha, percebi que Delly me encarava com os olhos inchados e um olhar preocupado, Effie Trinket não chamou por meu nome, ela chamou por Bradley Mellark, meu irmãozinho, e só me dei conta disto, quando o vi sair da filha timidamente, e caminhar com medo até o palco.

—Não!—gritei me dispersando da fila, e correndo para segura Brad.—Eu me voluntario, me voluntario como tributo.

Todos me olhavam chocados, era a primeira vez que isso acontecia em um distrito que não fosse o um, dois ou quatro, aonde eles treinam desde crianças para se voluntarias nos jogos, aonde ganhar é uma questão de honra.

Effie me retrucou, dizendo que eu deveria ter me voluntariado antes de Bradley ser sorteado, mas com a ajuda de persuasão do prefeito, que sabia que Brad era meu irmão e que via o desespero em meus olhos, a convencemos a passar por cima dessa regra, me aceitando como tributo masculino do doze.

—Qual o seu nome meu rapaz?—pergunta Effie.

—Peeta Mellark.—vejo um leve brilho de compreensão em seus olhos e então ela sorri.

—Apertem suas mão por favor.

Katniss e eu nos viramos um de frente para o outro, logo estendi minha mão, e hesitante, ela a apertou, suas mão estavam tremulas, embora seus olhos não demonstrassem medo algum, chegava a ser estranho. Mas de uma coisa eu tinha certeza, estava em dívida com ela a muito tempo, então faria de tudo para que ela saísse com vida daquela arena, não eu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Sim? Enfim, comentem nem que seja um "continua", "gostei", "miga sua louca, para que ta micão", vamos lá gente haha

Vejo vocês no próximo :)



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