Underfell escrita por CraftPickage


Capítulo 16
Capítulo 15 - Vs Alphys


Notas iniciais do capítulo

OH YES! Voltei galera! Aqui temos mais um capítulo de Underfell! Demorei um pouco porque tive que fazer algumas mudanças no capítulo de ultima hora para deixar um pouco mais tenso e melhorar as personalidades dos personagens. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/684704/chapter/16

O humano subiu pelo caminho de terra vermelha enquanto carregava seu amigo flor ladeira acima. Nas beiradas do caminho, um mar de lava corria até onde a vista alcançava, esquentando o caminho e provocando que gotas de suor caíssem pela testa de Frisk.

A criança logo chegou a um local onde o caminho se dividia para três direções: Cima, direita e esquerda. Ele já sabia que o caminho da esquerda levava para Waterfall, e o caminho de cima parecia haver sofrido algum tipo de desmoronamento, impedindo o passo, então ele foi pelo caminho da esquerda.

Um imenso prédio negro se ergueu a sua frente. A palavra “Lab” estava pintada em branco no alto da parede. As portas de vidro não pareciam trancadas.

— Parece ser o único jeito de continuar... – Flowey disse. – Mas temos que ser rápidos. – Frisk concordou com a cabeça e começou a caminhar.

O laboratório estava escuro. Um cheiro metálico impregnava aquele lugar, deixando Frisk um pouco tonto. Varias mesas de ferro estavam espalhadas pelo caminho, encima destas haviam cadernos e frascos cujo conteúdo não era possível de se ver graças a pouca iluminação.

Numa parede, existia um computador gigantesco com diversas telas mostrando partes diferentes do Underground. Uma mostrava Snowdin, que parecia estar sendo atacada por uma forte nevasca; Outra tela mostrava o portão das ruínas, parcialmente congelado; Uma das telas mostrava Waterfall, em especifico, na sala em frente a casa de Undyne, de onde saía fumaça; Outra tela mostrava a sala escura de waterfall, onde Frisk reconheceu a silhueta de Papyrus passando rapidamente. Um flash esverdeado piscava no fundo.

Frisk escutou o som da porta metálica que levava para o laboratório real se abrir, e rapidamente se escondeu debaixo de uma mesa. Do outro lado do laboratório, a outra Alphys saía de dentro do “banheiro”. Em suas mãos haviam luvas ensanguentadas, as quais ela tirou e jogou em uma lata de lixo.

O humano tentou se posicionar para enxergar melhor, mas acabou movendo a mesa onde estava escondido. Alphys olhou na direção onde Frisk estava, a luz do computador refletia nos seus óculos. Ela não se moveu por uns segundos, e logo começou a caminhar até o outro lado do laboratório, até que Frisk a perdeu de vista.

— Ufa... – Suspirou Flowey. Nesse instante, a mesa acima deles foi levantada. Frisk se virou para encontrar com Alphys atrás dele, com um meio sorriso tenebroso.

— Olha só... – As luzes do laboratório se acenderam e o humano conseguiu ver melhor a versão invertida de Alphys. A outra Alphys era uma espécie de dinossauro amarelo da altura de Frisk, com dentes grandes afiados que não cabiam direito em sua boca. Óculos redondos escondiam seus olhos, fazendo parecer que estes eram apenas espirais brancas. Usava um colete branco sujo de sangue por cima de uma camisa negra com listras vermelhas.

 

 

Frisk deu alguns passos para trás e tropeçou com outra mesa.

— Nunca tive a oportunidade de ficar tão próximo de um espécime... – Alphys se apressou e ficou de frente com Frisk, inspecionando o garoto de cabo a cabo.

— Fica longe! – Flowey rosnou. Alphys retrocedeu, fazendo uma carranca.

— O que é isso? – Alphys fitou Flowey por um instante, então sorriu, e Flowey arregalou os olhos.

— Garoto! Temos que sair daqui! – Flowey gritou.

— Então você sobreviveu afinal! – Alphys disse, com um sorriso empolgado e extremamente mal intencionado.

— Vamos embora! – Flowey insistiu. Alphys rapidamente segurou o braço de Frisk antes que este conseguisse se mover.

— Vocês não vão a lugar nenhum! – O sorriso de Alphys se transformou num rosnado. As unhas afiadas da cientista se cravaram no braço do humano. – Agora vocês são meus!

Uma explosão fez as paredes do laboratório tremerem. Alphys soltou Frisk com o susto e olhou para trás, de onde vinha uma nuvem de poeira. As telas mostravam Undyne se aproximando de Papyrus, cuja armadura estava completamente arruinada, ele parecia estar assustado.

— Ah, não... – Alphys rosnou, batendo em uma mesa ao seu lado.

— OH YES! – Uma voz metálica que Frisk logo reconheceu disse. O outro Mettaton surgiu em meio à poeira. Uma musica começou a tocar, parecia heavy metal, mas Frisk reconheceu a melodia dos programas de Mettaton nele. – Sejam todos bem-vindos, damas e cavalheiros, ao meu novo show de perguntas! – Holofotes vermelhos brilharam sobre Alphys, que franziu o cenho enquanto olhava para Mettaton. O outro Mettaton possuía dois pares de braços que se moviam feito tentáculos. Suas mãos possuíam luvas, duas vermelhas e duas amarelas, com os dedos pontudos iguais a garras. A tela de Mettaton parecia estar um pouco defeituosa e possuía uma rachadura que a dividia.

— Mettaton, onde você esteve? – Alphys disse.

— Epa! Quem faz perguntas aqui sou eu! – Mettaton apontou para Alphys e um raio saiu do seu dedo, eletrocutando a cientista e fazendo com que ela caísse para trás. Mettaton se aproximou deslizando para perto de Frisk. – Olá querido! Você precisa de ajuda? – Mettaton disse. Sua voz então sofreu uma breve distorção. – Que pena, porque eu vou te... – Metatton colocou uma mão sobre a cabeça. –... Te ajudar! – Mettaton se virou para Alphys, que estava se levantando. – Então vamos começar! – A musica mudou e os holofotes ficaram brancos.

— Esse é... Mettaton? – Flowey murmurou. – Não acho uma boa ideia confiar nele... Ele é... Meio estranho. – Frisk parecia bastante confuso.

— Primeira pergunta... – Mettaton começou. – Qual é a motivação do rei para capturar humanos? – Mettaton deslizava de um lado para outro, com uma folha em sua mão. Frisk se perguntava de onde aquela folha havia saído.

— Eu sei como te desmontar, Mettaton. – Alphys respondeu, seria. – E se você não cumprir com seu dever, é isso o que... – Um segundo choque elétrico paralisou Alphys e a fez cair.

— Errado, errado, errado! – Mettaton disse, e sua voz voltou a ficar estranha. – SUA MISERAVEL, EU VOU TE MATAR! – Mettaton tremeu por um segundo e sua voz voltou ao normal. – Infelizmente, meus caros telespectadores, não temos mais tempo! Mas fiquem ligados, este foi apenas o episodio piloto! Em breve teremos mais ação! Mais drama! Mais sangue! – Um dos braços de Mettaton se enrolou ao redor de Frisk e Flowey. – Até mais, queridos! – A roda que movia Mettaton entrou no seu corpo quadrado e um foguete se ativou no local, fazendo com que Mettaton subisse até o teto, destruindo-o e saindo do laboratório.

Mettaton voou por cima do laboratório por uns segundos e começou a ir à direção nordeste. Flowey prendia a respiração de nervoso, e Frisk suava bastante.

— Ainda bem que eu cheguei, não é mesmo? – Mettaton disse. Ele pairou no ar por um momento e começou a descender. – A doutora Alphys com certeza faria coisas horríveis com vocês se não fosse por mim. – Mettaton deixou o humano e a flor de volta ao caminho de pedras vermelhas. Os bordes do caminho pareciam estar prestes a desabar no mar de lava mais abaixo. Pedaços de metal retorcido e vergalhões enferrujados sobressaíam da terra.

“*Você agradece Mettaton”

— Não precisa me agradecer! – Mettaton respondeu. Sua tela piscava em cores vermelhas, parecia defeituosa. – Eu precisava fazer alguma coisa para estragar a alegria da Alphys, ela está merecendo já faz um bom tempo. – Mettaton então olhou para o pulso, como se ali existisse um relógio enquanto colocava suas outras duas mãos na cabeça em sinal de surpresa. – Oh! Mas olha essa hora! Desculpem não poder ficar mais, lindezas, mas eu tenho que estrear meu mais novo programa! – Mettaton entrou um telefone para Frisk, era um modelo um pouco antigo, que vinha com televisão incorporada. – Pegue isso! Eu vou me comunicar com vocês durante a viagem. - Mettaton voltou a flutuar no ar com seu foguete incorporado. – Tenham sorte na viagem de vocês! Nos veremos em breve! Até mais! – Mettaton balançou um dos seus braços numa despedida e decolou.

— Não foi tão ruim... – Flowey disse, com um meio sorriso. Frisk concordou com a cabeça. – Vamos continuar então? – E ambos voltaram a caminhar.

—=-=-=-

— Porque você ajudou o humano? – A primeira alma disse. A alma assassina e sem piedade, a alma que ela havia encerrado primeiro.

— Agora eu estou no controle, lembra? – A segunda alma disse. A alma bondosa e amigável, a que queria ser uma estrela.

— Você não me respondeu. – A primeira alma parecia impaciente.

— Eu tenho pena dele. – A segunda alma respondeu. – Além do mais, ele vai ser quem nos levará a fama.

— Eu não ligo para fama!  - A primeira alma disse. – Nós estamos aqui para matar o humano, não para ser famosos!

— Mas eu quero ser famosa. – A segunda alma retrucou. – É... Meu sonho.

— Seu sonho é patético, e nunca vai se cumprir, será que você não vê? Ninguém gosta do seu programa, ninguém liga para seu programa. – A primeira alma disse.

— Não! Isso é mentira! – A segunda alma respondeu.

— Ninguém nunca vai gostar do seu programa! E nós devemos matar o humano! Devemos matar todos!

— Não! – A segunda alma gritou. – Isso tudo é mentira! Vai embora!

— Você não pode fugir de mim. – A primeira alma respondeu.

— Vai embora!

Silencio

— Vai embora!

O robô parou de tremer, olhando para os lados. Um sorriso surgiu em sua tela rachada, e voltou a decolar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Acho que ficou meio claro que Mettaton possui duas almas dentro dele. Eu achei isso num vídeo explicativo sobre Underfell, e como parece ser canônico, eu decidi fazer desse jeito. Espero que tenham gostado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Underfell" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.