Desvios escrita por Sayumi Ota


Capítulo 2
Capítulo 1 - Complicada e Perfeitinha


Notas iniciais do capítulo

Olá, de novo. O capítulo ainda está meio curtinho, estou em processo de adaptação para escrever esta fanfic, e não me habituei bem. Vou melhorar, é só ir pegando o jeito e me tornando mais próxima das personagens. Por exemplo, o Cascão-boy (magia). Não hesitem em criticar, sério.
Espero que gostem! Bombons de chocolate, e ótima leitura.



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— Eu não acredito nisso, Cascão – reclamou a garota de cabelos cacheados. Ela estava sentada em uma mesa da padaria do pai de Quim. Ao lembrar-se da cena, cruzava os braços com mais força. “Mas que droga”, pensou. Com tantas pessoas que Cascão poderia cair, foi justo com aquela...

— O que que eu fiz? – Cascão tomava seu sundae despreocupadamente. Ele não tinha ideia do que tinha feito. Ultimamente, Cascuda vinha mais ranzinza que o normal, e quase sempre implicava com Magali. Agora ele não podia nem ter amigas? E por que a implicância com Magali, e não com Mônica, ou qualquer outra menina da turma? Será que era por isso que Cascuda estava zangada desta vez? Mas não fazia sentido.

— Você tirou a Magali como dupla. E ainda foi o primeiro a pegar o papel com nome – Ela tomou um gole de seu suco de maracujá. “Pff, e ainda dizem que acalma”.

Cascão revirou os olhos. Pronto. Agora ele era culpado de ter pegado um papel com o nome de Magali escrito nele. Que droga.

— Cascuda, foi ao acaso. Eu não sabia quem eu ia tirar. – Ele abaixou a cabeça um pouco para tomar mais de seu sundae de chocolate. – Aliás, você tirou o nome do Xaveco e eu não falei nada.

Foi a vez de Cascuda revirar os olhos. Ela voltou sua atenção para as pessoas que também estavam na padaria. Todas pareciam tão felizes, principalmente os casais, por que ela e Cascão não poderiam ser assim de vez em quando?

Ela sabia que tinha parte da culpa, é claro. Ninguém gosta de namorar alguém que briga o tempo todo. Porém, ela vinha se sentindo tão insegura ultimamente, com toda a história de Cascão e Magali, que não sabia mais como não agir na defensiva. Depois do campeonato, até acharam que Magali era a namorada de Cascão, sem contar que ele vinha defendendo-a sem parar.

Por que ele não era o herói dela?

Era porque ela era ranzinza? Ou não era tão bonita quanto Magali? Ou porque Cascão simplesmente enjoou? Cascuda não sabia. Aquilo, no entanto, a desanimava.

— É óbvio que não rola nada entre o Xaveco e eu. Nunca rolou. E você sabe bem disso – retrucou a garota.

— Eu não tô implicando com você porque você vai fazer dupla com Xaveco, apesar de ele ser um homem. – reclamou Cascão, acabando com o sundae.

— É porque eu não dou motivos pra isso. – rebateu Cascuda.

De repente, Cascão começou a rir. Ele riu durante um tempo, até perceber que Cascuda não o acompanhou. Ela estava triste, como se estivesse vendo seu namoro afundar e não pudesse fazer nada, apesar de tentar.

Cascão empurrou a taça para o lado e segurou a mão de Cascuda.

— Não vê que eu só tô afim de você? – perguntou ele, em voz baixa.

Cascuda olhou para a mão de seu namorado na sua, e pensou em como as últimas semanas tinham sido horríveis, como ela detestava ficar horas na frente do espelho para tentar bater Magali no look — que, de implicância, havia escolhido um macacão bem parecido com o que Cascuda estava usando, só que claro, ficou melhor em Magali, para variar – e de pensar em como ambas eram diferentes, e em como Cascão parecia gostar mais de Magali do que dela.

Por impulso, tirou a mão de Cascão com agilidade, e levantou-se da cadeira. Ela tirou dinheiro da carteira e deixou em cima da mesa para pagar seu suco.

— Não. Há tempos que não vejo isso – murmurou ela, e foi embora.

Cascão não foi atrás dela. Ficou olhando-a andar apressada pela padaria, e depois observou-a pela janela. Em nenhum momento ela se virou para procurá-lo. Apenas continuou em frente, andando desajeitada naquele macacão jeans que não era nem um pouco a cara dela, e seguiu até sumir de vista.

A atenção do rapaz foi tomada pelo dinheiro. Ele guardou o papel no bolso e foi para o caixa pagar pelos dois. Depois devolveria a nota. No entanto, não seria hoje, já que ele tinha cansado de ir atrás de Cascuda.

Enquanto esperava na fila, refletiu sobre o quanto ela andava implicante. Cascão tinha a impressão de que Magali estava o evitando por causa de sua namorada, e aquilo era um saco. Ele e Magali sempre foram amigos. Muitos costumavam pensar que eles só eram amigos por influência de Mônica e Cebola, já que Maga era melhor amiga de Mônica, e ele, de Cebola, só que não era assim. Os quatro eram bem amigos.

E Cascuda não implicava com a Mônica. O que tornava Magali diferente? Era porque a personalidade das duas eram bem distintas? Ou por causa do quase lance que Cascão teve com Maga? Ou uma mistura das duas coisas? Ele não sabia, e naquele momento, na raiva que estava da sua namorada que não tinha confiança alguma nele, ele não queria saber.

Desta vez, não correria atrás dela. Ele também tinha orgulho, e desta vez Cascuda provaria um pouco do próprio veneno.

Quando chegou sua vez de pagar, Cascão olhou os docinhos que tinham no balcão. Qual deles será que Magali mais gostava? Indeciso, o garoto pediu um doce de amendoim para levar. O que ele queria era que as coisas entre Cascuda e ele se resolvessem, e que Magali parasse de evitá-lo. Como não resolveria nenhuma das duas no momento, desistiu da ideia de levar o doce para sua amiga, e comeu ali mesmo. De alguma forma, tinha um gosto amargo.


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Notas finais do capítulo

Olá de novoooo. Eu quero agradecer à helenabenett por comentar (e favoritar). "Sa" linda.
Sobre este capítulo: Eu não coloquei tanta descrição quanto à paisagem e aparência de personagem. Eu queria, principalmente na questão da paisagem, e não consegui encaixar direito com o que eu gostaria de passar para vocês. Vou progredir nisto.
Bombons de chocolate, vejo vocês!



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