Entre Irmãs escrita por Cristabel Fraser, Paty Everllark


Capítulo 1
Minha Vida


Notas iniciais do capítulo

Hoje dia, 18/01/2017 às 10h 41m, estou repostando esta fanfic. Ela precisava de revisão e quem já acompanhou antes peço a compreensão do porque eu fiz isso, não foi maldade, também sou leitora aqui no nyah assim como vocês. Entre Irmãs terá novos eventos, novos acontecimentos e rumos, espero que gostem.

(Notas Antigas abaixo)
Olá olha eu aqui novamente na verdade agora divido um pedacinho aqui com minha querida irmão caçula de quinze anos, gente ela é uma fofa e a amo demais. Brigamos como toda irmã, mas sempre nos perdoamos quando magoamos uma a outra. Espero que gostem dessa nova fic, amo ler os comentários e este capítulo foi escrito pela minha irmã e infelizmente não pode postar, mas vim aqui para fazer isso. Vamos partir para mais um romance e espero que gostem do primeiro capítulo está pequeno, mas o próximo serei eu a escrever. Boa leitura. Sejam muito bem-vindos.



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POV PRIM

Lá estava eu na cadeira de balanço escutando a música que minha mãe adorava Yes Indeed de Peggy Lee. Era uma mãe carinhosa no passado antes de começar as discussões com meu pai. Ela queria seguir com sua carreira de atriz que para mim era apenas futilidade. Quando discutia com meu pai eu sempre corria para o quarto de Katniss, ela me abraçava e dizia que tudo ficaria bem, mas não foi isso o que aconteceu.

Meu pai começou a beber cada vez mais e tanto que ela se irritou e foi embora nos deixando para trás. Poucos anos depois ela voltou apenas para nos buscar, mas por algum motivo que não consigo me lembrar eu não quis ir. Então ela levou Katniss.

Enquanto minha avó Rebecca era viva sempre cuidava de nós e da fazenda, mas depois de sua morte quando eu tinha meus dezesseis anos tudo ficou por minha conta. O resort ficou abandonado. Vovó Becky adorava esse lugar. Amava quando as crianças vinham passar as férias aqui. Dispúnhamos pelo menos de seis chalés. Os meninos e as meninas ficavam bem divididos entre eles. Eram bons tempos. Tínhamos o lago com um deque de madeira onde podíamos nadar no verão e patinar no inverno.

No meu último ano do colégio conheci ele, Marvel me cortejou por pelo menos quatro meses para conseguir namorar comigo, claro que tudo isso escondido do meu pai. Ele não deixava nenhum garoto se aproximar de mim e só por ameaça tinha um velho rifle em cima do console da lareira.

Nem isso pode evitar que aquilo acontecesse. Acebei me apaixonando por ele e no fim descobri que queria apenas se aproveitar de mim. Não consegui concluir o colegial pois minha pequena Becky nascera e não pude retornar aos estudos desde onde tinha parado.

Despertei-me dos devaneios quando meu pai veio reclamando do trabalho duro que teve. E acabei desligando o antigo aparelho de vinil. Ele odeia que escute as músicas que ela gostava.

— Mas que coisa! – diz emburrado – Aqueles gansos sempre me dando trabalho.

— E, por que não os vende? – perguntei balançando na cadeira depois que desliguei o som.

— Eu, vende-los? – disse entrando pela porta telada da cozinha que rangeu assim que a fechou atrás de si. Trazia em seus braços uma caixa pesada que a depositou no balcão da cozinha. – Prim...  Os gansos e a fazenda.... É-é tudo que... – ele gagueja – Vamos dizer que são as únicas coisas que temos. – Tenta explicar indo em direção a geladeira e pegando uma garrafa de cerveja e bebendo-a.

Meu pai tem toda razão a fazenda, o resort, os gansos e alguns dos outros animais que temos aqui é tudo que restou da falecida vovó Rebecca Abernathy.

Realmente os gansos fazem muito barulho, mas o que ele acha bom é que, se viram sozinhos mesmo dando o “trabalho” como diz sempre quando tem que concertar algo que eles destroem ou sujam.

— Pai, mas não é você que sempre diz que eles sabem se cuidar? – lembro ele.

Antes dele responder ouço o freio do ônibus escolar. Rebecca está chegando, penso.

Minha garota de doze anos entra pela mesma porta que meu pai entrou a pouco e joga a mochila em qualquer canto e em silêncio começa a subir as escadas.

— Ei, docinho nem vai pedir a benção ao seu avô? – papai sempre tira uma lasquinha com ela coisa que odeia.

— Becky venha falar comigo. Como foi seu dia? – ela bufa com indignação descendo as escadas.

— Teve uma corrida hoje na aula de educação física. – diz sem animo algum.

— E? – faço cara de interrogação.

— E, o que? – retruca.

— Quero saber como foi a corrida. – tento puxar assunto.

— A garota da oitava série ganhou de mim, satisfeita? – ela cruza os braços na altura do peito. Sei o quanto gosta de praticar esportes e detesta perder.

— Mas você sabe que é minha vencedora, não sabe? -sorrio animadamente e a vejo revirar os olhos.

— O que teremos para o jantar? - tenta mudar totalmente de assunto.

—Pizza! - diz meu pai.

— Pizza.... Que delícia. - diz com um pouco mais de animação - Mãe terá um café da manhã na escola próxima terça e.… sei lá será que você pode ir comigo?

— Becky na próxima terça vai ser o dia da colheita aqui na fazenda e vou ter que ajudar seu avô. - digo levantando indo em direção ao armário e pegando os pratos.

— Então quem vai comigo?  - pergunta com olhar triste - Vovô nem adianta sair de fininho. – o repreende, ele já ia dando as costas.

— Minha querida nós todos teremos um compromisso nesse dia então... - meu pai ficou sem palavras - Me desculpe querida.  - diz dando um abraço em Rebecca.

— Sai! Eu não quero abraço, se o meu pai estivesse aqui com certeza não iria recusar - desvencilha dele aumentando o tom da voz.

— Filha, não começa.  - digo em tom baixo - Seu avô e eu estaremos ocupados você tem que entender.

— Vocês sempre, sempre estão ocupados. Quando eu digo alguma coisa para fazermos juntos é sempre a mesma frase estamos ocupados ou...estaremos ocupados tal dia, por que? Por que fazem isso comigo? – sua angústia é palpável.

— Becky... - de repente o forno apita avisando que a pizza já está pronta.

— Vocês não vêm? – papai nos chama.

— Chega, já perdi a fome! – minha filha sobe as escadas e entra em seu quarto batendo a porta em seguida.

— Adolescentes sempre achando que sabe melhor que a gente. – resmunga enquanto se serve de sua pizza favorita - tomates secos com anchova.

— Pai ela só tem doze anos e vai aprender a lidar melhor com os problemas. Depois converso com ela. – pego dois pedaços da pizza aos quatro queijos e coloco em meu prato.

No dia seguinte acordo 05:30 da manhã e vejo que estou mais do que atrasada. Pego a caminhonete que ultimamente tem dado trabalho para ligar – mentalmente tomo uma nota de levá-la para Anthony dar uma olhada – com muito custo a faço pegar e vou para a cafeteria. Começo arrumar as coisas, deixando tudo em ordem para abrir.

Já são 07h da manhã e vejo pessoas chegando. Hoje o dia está lindo, com um belo sol iluminando Belleville, a cidade do Kansas. Ligo a TV no jornal da manhã.

Bom dia Kansas! Essa é mais uma edição do jornal e vamos falar sobre o tempo em Belleville com Deborah Turner.

— Belleville está com um sol muito agradável agora de manhã, mas a tarde terá chuva passageira. Qualquer hora voltaremos com mais previsões do tempo.

Dou um passeio rápido pelo café para ver se está tudo no lugar, e logo as funcionárias - que na verdade são minhas melhores amigas - começaram a chegar.

— Bom dia Prim. – Ariane me abraça assim que entra.

— Bom dia amiga, como passou de ontem para hoje? – abro meu melhor sorriso a ela.

— Bem e você? – retribui com o mesmo sorriso.

— Muito bem. Onde está a Dany.

— Tenta adivinhar e te pago um cappuccino.

— Está passando mal? – chuto e pela confirmação de sua cabeça acertei.

— Disse que a azia atacou. – e assim começamos nosso dia conversando e trabalhando.

Ela se dirige para o caixa enquanto ajeito alguns arranjos de flores que estão em algumas das mesas.

De repente avisto um homem que não me é nada estranho entrar e se sentar em uma das mesas próximo a janela. Conheço ele, mas não pode ser.… de repente meu telefone toca é Rebecca.

— Oi filha.

— Mãe, eu não estou me sentindo muito bem.

— Não é só um enjoo? - pergunto preocupada.

— Não é só um enjoo, venha para casa por favor.

— Não posso filha, comecei a trabalhar agora. Seu avô está por aí?

— Não, ele foi cuidar da criação.

— Vamos fazer assim então... – começo a explicar rapidamente onde a chaleira e o hortelã estão – Espere a chaleira apitar e desligue, depois pegue um pano de prato para não se queimar e despeje o chá em uma xícara. Espere esfriar e beba. Fique deitada quietinha e se, não melhorar não vá para a escola que no meu horário de almoço dou uma corrida até aí. – me despeço dela e volto minha atenção para o trabalho.

Procuro com meus olhos aquela pessoa, mas cadê? Não está mais sentado ali. Onde pode estar? De repente o vejo no balcão.

— Hum.… Clarissa dê uma olhadinha nas cafeteiras e deixe que eu cuido do caixa. – ela me olha torto, mas faz o que pedi - Deu 4,50$. – digo a ele.

— Aqui. - disse retirando o dinheiro do bolso frontal de sua calça surrada e me entregando.

— Então está de volta à cidade? – ele estreita os olhos antes de responder.

— Por quanto tempo eu não sei. – sua voz está mais grave do que de costume e seu rosto está com uma camada de barba rala.

— Seja bem-vindo novamente. Está indo para a casa de sua irmã? – ele assente – Ela precisará de você.

— Pois é. – dá um meio sorriso – E o Haymitch, como está?

— Conhece ele. Vive cuidando da fazenda e diz que não tem tempo para sair, mas está bem.

— Diga que lhe mandei um abraço. - ajeita a mochila em suas costas – Foi bom te ver, Prim.

— Digo o mesmo e vê se não some. – ele dá meia volta e se vai.

— Ele está de volta? – Clarissa se aproxima de mim comentando – Quanto tempo será que vai aguentar ficar aqui? – a encaro com certa desaprovação.

— Acredito que isso não seja da nossa conta, não é? – ela me olha sem graça – Vamos voltar ao trabalho?

Pego um pequeno porta-retratos que fica em meu caixa e começo a observá-lo. É uma antiga foto minha com a minha garotinha. Becky tinha entre três e quatro anos nesta foto.

Sou a gerente da cafeteria e Lucas Lancaster é o dono. Quase não aparece por aqui, sempre diz que, tem total confiança em mim e permite que eu mesma recolha o lucro da cafeteria, tire o ordenado de cada funcionário, pague as contas e deposite o restante a ele. Sempre foi assim durante cinco anos.

A cafeteria sempre tem atrativos para diversas pessoas. A noite tem de karaokê, festival de cinema mudo – temos duas salas grande no andar de cima disponíveis para isso – tem bingo para a terceira idade, noite de soneto, apresentações de alguns cantores da região e alguns jovens sempre se encontram para estudarem.

Não temos muitos atrativos então nos resta a Cafeteria Lancaster. Nunca namorei ou me casei depois do fiasco que tive em minha adolescência. Alguns quiseram se aproveitar de mim, mas dei um chega para lá em todos eles. Fora que eu tinha uma irmã durona e controladora que morava em Seattle e por mais que ela tivesse me abandonado, nos falávamos vez em quando e sempre que contava-lhe algo ela já vinha com uma enxurrada de alegações, descasos e sermões para cima de mim. Papai diz que ela não se importa conosco de verdade senão viria nos visitar com mais frequência.

Becky era apaixonada pela tia, também pudera a tia lhe trazia presentes caríssimos, coisas que não me importavam, o que eu queria mesmo era sua presença nas datas importantes. Mas ela chegava num dia e ia embora meia hora depois, isso quando vinha.

— Meninas vou tirar minha hora de almoço, mas tenho que dar um pulinho lá em casa. – Ariane se aproxima de mim.

— Você não disse que ia deixar a caminhonete no Anthony, porque não está boa? – ela me lembra o que tenho dito a semana toda.

— Sim, é verdade. Vou ligar para a Becky e dizer que não vai dar... – ela me para.

— Tome minhas chaves, vai na minha moto. – ela oferece e não recusaria sua lambreta que considero mais nova que o motor da caminhonete.

— Obrigada querida, até mais tarde. – dou-lhe um beijo na bochecha.

— Até. – responde ela.

Dei partida na lambreta e tranquilamente tomei o caminho para a fazenda. Essa era minha rotina e minha vida, até quando? Eu não sei.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Bom eu e minha irmã esperamos vocês nos comentários.Ah sim! Estarei postando sempre o POV da Kat, do Peeta e minha irmã fica com o POV da Prim...até o próximo e quem sabe volto antes do feriado de páscoa, muitos beijos e até a próxima. o/



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