Blue Eyes escrita por Marih Yoshida


Capítulo 6
VI


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Mil desculpas pela demora!
Mas ah! São tantos os problemas pessoais dessa autora aqui! Mais a escola! Eu ando sempre cheia de coisa para fazer e sempre fazendo coisas! É uma grande bola de neve infernal!
Anyway, fico felizona que vocês estejam gostando!



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Resolvi que iria voltar para casa andando também. Eu precisava de tempo para pensar, para me lembrar. Então eu já havia batido nele? Será que havia ido longe o suficiente para tirar sangue? Qual foi o meu motivo?

As perguntas giravam na minha cabeça, deixando-me um pouco tonto. Apesar de ter gerado mais milhões de perguntas, a declaração explicara o porquê de, todo esse tempo, ele ter sido tão evasivo comigo.

Eu realmente não me lembrava de ter feito o que ele disse, mas não duvidava. Além de eu sempre ter batido em garotos porque meus amigos pediam, sem nem olhar para eles antes, os olhos azuis cheios de mágoa pareciam tudo, menos insinceros.

Não conseguira dormir naquela noite também, estava me sentindo muito mal para isso.

Resolvi que, se queria entender um pouco mais o que havia por trás do azul daqueles olhos, deveria me esforçar um pouco mais. Cheguei à escola e, ignorando o que os garotos falavam comigo, andei até a biblioteca. Ele estava na mesma mesa da primeira vez que o vira ali.

Assim que percebeu que eu estava chegando perto, se levantou para sair, mas eu segurei seu braço. Percebi que era mais magro do que pensara.

— Me solte. - Ele foi autoritário.

— Eu preciso falar com você. - Disse. Vendo que eu não ia desistir, ele se virou com um suspiro.

— Quer se desculpar? - Perguntou com tom de deboche.

— Sim. - Respondi sincero. Seus olhos azuis se arregalaram, mas logo depois sua face retornou à expressão original. – Eu não me lembro de tê-lo feito, mas me arrependo. Realmente quero te conhecer, me parece uma pessoa... Interessante.

— Mas, infelizmente, eu não me dou bem com valentões. - Ele puxou o braço e se soltou. - Vocês têm essa mania de bater nas pessoas.

Quase ri, estava tão nervoso que seria capaz, se não fosse sua expressão.

— Não brinque comigo. - Usei o mesmo tom sarcástico dele. - Sabe, eu posso te espancar até a morte.

 Passou um brilho de divertimento em seus olhos, como se ele quisesse rir. Então, hesitante, ele voltou a se sentar. Fiz o mesmo.

— O que você queria me falar? - Perguntou. Pude perceber, pela primeira vez, o medo que havia em sua voz.

— Primeiramente, eu realmente me sinto mal por eu ter batido em você. - Murmurei um pouco envergonhado. - Eu apenas batia em pessoas porque meus amigos diziam para eu bater. Eu nunca fui muito bom com amigos, sou meio atrapalhado e muitas vezes quebro coisas. Mas sou muito forte, e, talvez por isso eles tenham me chamado para o grupo deles, eu não sei direito. Mas, pensando bem, percebi que isso é ridículo. E eu realmente quero me desculpar com todos aqueles que já foram espancados, em especial com você.

— Está tudo bem. - Ele sorriu. - Eu já me acostumei.

Ficamos em silêncio e ele deixou seu livro suavemente em cima da mesa. Olhava para ele como se fosse um tesouro.

— Esse livro é especial para você, não é? - Perguntei. Ele levantou o rosto para mim e sorriu, sincero, como um garotinho de quatro anos o faria.

— Sim. - Respondeu.

Continuamos nossa conversa sobre o tão especial livro, que cativou a mim e a ele, fazendo-nos cativar um ao outro.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero que tenham gostado!
~Kisses!



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