P.O.V  Autora

    Nuvens cinzentas cobriam o céu naquela manha, nenhum fleche de luz dourada marcava a presença do sol, parecia que seria um dia tempestuoso. Mas não era para menos, pois aquele era um dia triste.

    Cinco Espíritos Celestiais, os quais haviam nascido do forte desejo humano, ao quais deviam proteger a raça-humana dos demônios que se erguiam contra eles, os mesmos cometeram um grave erro e deram ouvidos aos seus inimigos.

    Aliando-se com os demônios, os cinco espíritos foram contra os humanos com o objetivo de apagar toda a raça humana da terra e construir seu próprio império.

    O Rei dos Espíritos Celestiais vendo ao que a situação levara – grande destruição – decidiu interferir a favor da raça humana, mas o Mundo Celestial começou a sofrer ataques de exércitos de yokais. O Rei não conseguiria proteger os dói mundos ao mesmo tempo, ele tinha grande amor por seus amigos, mas também não queria que a humanidade fosse extinta.

     Uma ideia então nasceu na mente do Rei, uma ideia a favor dos humanos.

    E então o Rei criou cinco chaves - estas dos espíritos mais puros, bravos e leiais que conhecia – e foi à procura de um humano, não qualquer humano, mas sim alguém de coração nobre, disposto a colocar o bem estar das pessoas acima do seu, alguém que não tivesse medo de se arriscar por sua raça, era alguém assim que o Rei procurava.

    Depois de certa procura o Rei achou, lutando para proteger a quem amava em meio aquele caos, a pessoa certa.

    O garoto não parecia ter mais de quatorze anos, sua estatura e porte físico eram medianos, vestia-se com roupas simples, dignas de um garoto do campo; seus cabelos eram loiros e compridos e seus olhos tinham uma tonalidade de chocolate, neles era possível ver determinação e coragem de um guerreiro.

    O Rei se apresentou ao garoto lhe explicou tudo da melhor maneira que conseguira, tomando cuidado para não se esquecer de nada importante e mesmo assim ser o mais breve possível, pois a cada minuto que se passava um humano e um espírito eram gravemente feridos ou mortos.

    “- Estas chaves lhe dará a possibilidade de convocar os cincos dos meus mais fiéis amigos: Regulos Aurum, Hunter, ­Chikyū, Best e Yûguri. Eles lutaram ao seu lado nessa guerra – disse o rei apresentando ao garoto cinco chaves, todas diferentes uma das outras.”

    O garoto inicialmente hesitou, mas logo aceitou as chaves.

    Na terra, o garoto convocava os espíritos através das suas chaves, e no Mundo Celestial o Rei lutava com todas as suas forças. Com muito esforço ambos os mundos conseguiram fazer com que seus inimigos perecessem. Os espíritos rebeldes ficaram conhecidos como as Divindades Caídas e foram exilados, junto com alguns dos yokais que sobreviveram à batalha, em um profundo abismo, onde suas magias seriam seladas eternamente.

    As chaves continuaram com o garoto, para que ele pudesse convocar os espíritos celestiais novamente caso ele se deparasse com algum yokai que se escondeu na terra proteger a quem precisasse em situação de perigo. Ele também estudou o profundo de sua magia e anotou tudo em pergaminhos, para que as futuras gerações pudesse ter o conhecimento de tudo que um Mago Celestial – como ele ficou conhecido – tinha a capacidade de fazer.

    Infelizmente, tanto os pergaminhos quanto as primeiras chaves celestiais desapareceram e sua história foi coberta pela areia do tempo...