The Light Of The World escrita por Lily Viana


Capítulo 11
Capitulo 11_ Sorriso de Criança, Garras de Demônio P/2


Notas iniciais do capítulo

Olha quem veio postar novo cap... EU!
Meus queridos pandas leitores, eu deu uma pequena prévia no cap anterior do que aconteceria nesse novo cap, não é? Então, não dei para escrever tudo o que eu queria nesse cap pois iria ficar grande demais - sério ia dar mais ou menos 3.000 palavras - por isso eu decidi fazer uma p/3 para poder escrever tudo o que eu queria :)
Incrivelmente essa semana não foi muito agitada, o que me deu a oportunidade de postar cap novo mais cedo do que o previsto.
As coisas estavam ficando meio chatas em TLOTW, então decidi antecipar logo alguns fatos e cortar outros, sendo assi não vai demorar muito até a nossa loira finalmente encontrar com seus amigos.
Bom, sem mais delongas, vamos ao novo cap.
Espero que gostem!



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P.O.V. Lucy

    Já faz uma semana desde que eu fui trancada neste quarto; uma semana sem as minhas chaves; uma semana sem meus amigos; uma semana sem a minha vida.

    Uma garota estranha – que a pouco tempo descobri se chamar Mono – sempre vem a este quarto tentar conversar comigo, foi ela quem me trouxe para este lugar. Eu não confio nela de jeito nenhum, mesmo que ela diga que isso é para o “bem de algo maior” eu continuo não acreditando nem um pouco nela.

    Há mais alguém que vem a este quarto com ela de vez em quando, ele tem quase a aparência de um humano, se não fosse por um par de chifres e asas como as de um morcego, orelhas pontudas e seus olhos tinham a esclera negra e a íris extremamente vermelha (N/: quem já assistiu Tokyo Ghoul vai conseguir imaginar bem os olhos), vestia-se com um casaco negro, ao qual deixava aberto, um cachecol vermelho e uma calça jeans. Há algum tempo atrás ele tentou me levar para outro lugar para “correção”, não sei exatamente do que se trata, mas a garota o impediu de todas as formas.

    A Mono começou a me chamar de “Ai-chan” enquanto o outro me chama de “criança de luz”.

    Durante o tempo que fiquei aqui percebi que terei que ser bastante esperta caso eu queira sair daqui. O principal por enquanto é fazer com que Mono confie em mim, depois preciso dar um jeito de fugir sem que o cara estranho perceba.

    O maior problema é:

    – Ai-chan, diga “ah” – como ser legal com essa doida?!

    – Acho que você não precisa me dar comida na boca – disse controlando a raiva e afastando a colher que ela insistia em tentar colocar na minha boca.

    – A desculpa, esquece que você não gosta desse tipo de coisa.

    Até que enfim ela desistiu, aleluia! Mais um pouco e eu ia explodir como uma bomba de raiva.

    Ela estava tentando isso a quanto tempo? Uma hora, talvez?  Que saco! – Eu estou muito irritada ultimamente, talvez seja porque eu estou nesse lugar.

    – Ah... Mono?

    – Sim?

    – Quando eu poderei ver minhas chaves?

    Depois de tanto tempo finalmente vou por meu plano em ação. Ela só precisa me deixar ver minhas chaves.

    Sua expressão não era de raiva ou algo do tipo, era apenas uma expressão pensativa, nada mais, nada menos.

    – Por que quer tanto ver suas chaves?

    – Eh? Bem, porque elas são muito importantes para mim e ficar tanto tempo assim sem vê-las está sendo difícil – nossa, eu devia ganhar um premio por essa atuação. – E como somos amigas pensei que você poderia me deixar ir vê-las.

    – Somos amigas?

    Concordei com a cabeça. Pelo que parece ela ficou muito feliz, pois no instante seguinte ela estava grudada no meu pescoço me enforcando abraçando.

    Ótimo, até agora tudo como tinha planejado, preciso continuar me esforçando!

    – E então, posso ver minhas chaves? – Ela pareceu pensar.

    – Bom, se for só para ver... 

    Abri o maior sorriso que pude no momento e ela me retribuiu com uma daqueles sorrisos infantis que ela usava para esconder sua verdadeira face.

    Mono segurou minhas mãos e uma névoa negra começou a nos cobrir até que eu não pudesse ver nada, apenas sentir as mãos de Mono segurando forte as minhas.

    Então a névoa começou a si dispersar e sumir no ar até que não restasse um rastro sequer dela.

    Quando eu finalmente pude ter uma visão do ambiente percebi que não estávamos no quarto, e sim em um tipo sala de pesquisa. Mono caminhou até uma sala ao lado depois de sussurrar um breve “não se mova”, assim que ela sumiu da minha vista eu fui dar uma olhada no conteúdo daquela sala.

    Nas paredes havia várias fotos estranhas, pedaços de jornal recortado, gráficos entre outras coisas. O que mais me chamou atenção foi um painel com quatro fotos, uma delas era minha, a outra era da Yukino, a outra da princesa Hisui e a ultima era de uma garota loira com um tapa-olho em forma de rosa no olho esquerdo. O canto da minha foto estava marcado com um xis, assim como as fotos da Yukino e da princesa, apenas a foto da garota de tapa-olho não estava marcada.

    Havia algo escrito debaixo de cada foto:

    “Lucy Heartfilia; dezessete anos; portadora de dez chaves do zodíaco.”

    “Yukino Agria; dezessete anos; portadora de duas chaves do zodíaco e da décima terceira chave.”

    “Hisui E. Fiore; dezessete anos; não porta nenhuma das chaves do zodíaco.”

    “Aimi Nakamura; dezesseis anos; não porta nenhuma das chaves do zodíaco; portadora das cinco chaves de gênesis/chaves primárias.”

    “Chaves de gênesis...?” – Pensei.

    – Já pode vir.

    Não pude evitar um pequeno gritinho de susto ao ouvir a voz de Mono, ato que arrancou risadinhas da garota relógio, sinceramente, se eu não tivesse visto seu verdadeiro lado juraria que ela é uma pessoa boa e normal.

    Ela seguiu na frente estando eu logo atrás, carregava em minha mente vários pensamentos sobre o que eu vi naquele painel, mesmo assim aquele Ra o momento errado para eu pensar sobre isso, precisava me concentrar em meu plano, eu já havia chegado longe demais, pensamentos que me distraíssem no momento não valiam a pena.

    Segui Mono até uma grande sala contendo vários armários, mesas com frascos contendo líquidos de diversas cores, cápsulas entre outras coisas. Parecia um tipo de laboratório.

    Mono fez sinal para que eu aguardasse perto de uma das mesas enquanto ela retirava uma maleta de dentro de um dos armários, tentei ver o que era guardado dentro do mesmo, mas tudo o que consegui foi ver algumas gavetas. Aproveitando seu momento de distração eu peguei um dos recipientes de vidro que havia na mesa e o escondi atrás de mim.

    Desviei o olhar quando percebi Mono se aproximando, ela estava com a maleta em mãos e parecia uma tanto pensativa sobre o que estava fazendo.

    “Será que ela está desconfiando!”

    Um turbilhão de alívio me atingiu assim que vi Mono exibir seu sorriso para mim, ato que significava que as coisas ainda iam bem.

    – Suas chaves estão nessa maleta – disse entregando-me a maleta.

    – Obrigado – sorrio.

    Meu coração estava quase pulando para fora, aquela era a hora, eu não podia dar para trás agora, mesmo que eu estivesse com medo, eu já havia chegado longe demais.

    “É agora ou nunca!”

    Respirei o mais fundo que podia e avancei contra Mono para derruba-la no chão, estando em cima dela quebrei o recipiente de vidro em sua cabeça, o que a deixou desnorteada, mas não totalmente inconsciente.

    Saí de cima da garota e comecei a correr com a maleta em mãos para longe daquele lugar.

    Depois de sair da sala de pesquisa, aonde viemos parar inicialmente, adentrei um extenso corredor como pouca iluminação. Não sabia para qual direção era a saída, mas não podia para de correr agora então optei por ir pela direita.

    Corri, corri e corri. Minhas pernas começavam a doer e respirar começou a ficar difícil. Não sabia para onde eu estava indo só não podia para de correr. Parecia não ter ninguém naquele lugar, eu não ouvia nada além do som dos meus passos, o que me deixou aliviada.

    Então, ao fundo de corredor eu pude ver um traço de luz forte vinda do outro lado de uma porta. Talvez fosse a luz do sol, talvez aquela fosse a saída!

    Apressei o passo mais ainda não me importando com o cansaço nem com a pequena tontura, só queria sair de lá logo.

    Assim que consegui alcançar a porta não pude evitar o sorriso de felicidade eu meu rosto, girei a maçaneta e abri a porta com pressa para logo em seguida atravessa-la.

    Não esperava que tão rápido como o sorriso formou-se nos meus lábios da mesma forma ele sumisse. O que eu pensava ser a luz do sol na verdade era a luz de uma sala bastante iluminada por conta da luz das lâmpadas refletida nas paredes e chão brancos.

    Apressei-me para sair daquele lugar, mas quando tentei abrir a por qual entrei estava agora trancada. Senti uma pontada de desespero com esse acontecimento.

    Bati, chutei e tentei abrir a porta de todas as formas, mas ela não abria de jeito nenhum. Foi nesse momento que me lembrei das minhas chaves.

    Elas eram minhas ultima esperança.

    Agachei-me e pus a maleta no chão, destravei duas trancas que havia em suas laterais e a abri.

    Senti pequenas poças de águas se formarem nos cantos dos meus olhos com o que vi, nada, minhas chaves não estavam lá, na maleta agora só havia gotas de lágrimas que caiam meus olhos nela.

    – Achou mesmo que Mono seria tão idiota a ponto de acreditar em você?

    “Não, ele não.”

    Ergui a cabeça lentamente para então encontrar com um par de olhos extremamente vermelhos e cheios de ódio.

    Mais lágrimas começaram a cair de meus olhos e junto delas o desespero se tornou palpável. Abri e fechei minha boca várias vezes, mas todas as palavras que saiam dela eram sem som. Queria gritar, chorar, arrombar aquela porta e sair correndo até encontrar a saída daquele lugar infernal.

    Eu estava com medo, não sei por que, mas estava com muito medo.

    – Você não saíra daqui – naquele momento seus olhos pareceram ficar mais vívidos e no instante seguinte correntes surgiram do teto e prenderam meus pulsos. – Já está na hora de você saber seu lugar – as encurtaram-se até meus pés não conseguirem mais encostar-se ao chão. – E além do mais, eu ainda não me diverti com você.

    Foi a primeira vez que eu o vi sorri, com certeza esse sorriso ficará gravado na minha mente, juntamente com a lembrança do que ocorreu em seguida.

    Senti uma forte corrente elétrica passar por todo meu corpo, algo começou a se aquecer dentro de mim e algo se acumulou em minha garganta.

    Todo que eu pude fazer foi gritar.

    Cada célula do meu corpo ardia intensamente, cada pedaço de mim estava submerso em um mar de dor, como se milhares de agulhas perfurassem meu corpo ao mesmo tempo.

    Não sei por quanto tempo fiquei daquele jeito, quando eu pensava que ia acabar todo começava novamente, e ainda duas vezes pior do que a vez anterior.

    A esse ponto todo o que eu desejava era perder logo a consciência, chegava a implorar mentalmente por isso.

    “Ajude-me... Alguém... Por favor, me ajude...!”

    Aos poucos minha visão começou a ficar turva, em pouco tempo aquela dor, antes insuportável, começou a diminuir ao mesmo tempo em que eu começava a não sentir mais meu corpo.

    Antes de tudo ao meu redor escurecesse totalmente e a consciência me abandonasse eu pude ouvir uma voz familiar dizer distante:

    – Não somo e nunca seremos amigas, Ai-chan...


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam desse final, ou melhor, do cap inteiro?
Sinceramente eu nunca quis tanto saber a opnião de vocês como agora. Eu estou tentando melhorar as coisas, então deve ser por isso.
Essa semana não foi tão agitada, como eu já tinha dito antes, mas semana que vem eu estarei super ocupada então não esperem novo cap tão cedo.
Ah, e mais uma coisa: o que acharam? Gostaram? Por favor comentem!
Olha, uma borboleta acabou de passar!