Divided We Fall escrita por Augusto C S de Souza


Capítulo 18
XVIII — Ponto Sem Retorno


Notas iniciais do capítulo

Esperem!! Esse não é o último capítulo ^^
Algumas coisas aconteceram e alguns planos mudaram, então vamos ter mais um tempo de diversão o/

Queria agradecer aos que comentaram e, mais uma vez, pedir desculpas pelos atrasos nas respostas t.t
Quero agradecer também pela Thais, que me surpreendeu novamente, fazendo uma linda recomendação ♥ ♥ Muito obrigado, de verdade.

Agora sem enrolar, vamos ao capítulo. Boa leitura o/



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A brisa gelada que entrava pelo teto da fábrica abandonada e era mais do que o suficiente para balançar a capa vermelha da nova Deusa do Trovão, assim como balançava os seus longos fios dourados. Astrid ergueu a postura, estufando seu peito.


— Qual de vocês é o Tony Stark? — Perguntou, fitando cada homem ali presente.

— Aquele com uma belíssima voz. — Tony respondeu, embora estivesse um pouco mais tenso.

— Era tudo o que eu precisava saber.


Astrid deixou o Mjolnir escorregar um pouco pela sua mão, antes de o lançar contra o peito do Homem de Ferro, que foi jogado contra uma parede, a quebrando com o impacto. Rhodes logo fez com que suas pequenas metralhadoras aparecessem em seus pulsos, já abrindo fogo contra a mulher, que se defendeu atrás do seu escudo.

Astrid fez um gesto com a mão, chamando o Mjolnir de volta, que acertou a nuca do Máquina de Combate, o lançando ao chão. Josh, vendo o que acontecia, deixou a eletricidade percorrer o seu braço direito e avançou contra a Deusa, que simplesmente se virou e o segurou pelo pescoço, o lançando contra o Steve, que se aproximava. Astrid endireitou o corpo, voltando a segurar o Mjolnir.


— Já chega, Stark! — Bradou a mulher, enquanto os rapazes se levantavam e a cercavam. — Eu sei tudo o que está acontecendo aqui. Essa guerra civil precisa acabar!

— E se não acontecer, você vai nos parar? — Stark indagou, levemente irritado, enquanto o reator em seu peito brilhava um pouco mais.

— Se for preciso. — Respondeu, deixando alguns raios escuros rodearem o Mjolnir.


Tony estava pronto para avançar em Astrid, porém, o braço de Rhodes o fez parar. Em uma troca de olhar silenciosa, Máquina de Combate e o Homem de Ferro deixaram o local, saindo pelo buraco no telhado.

Astrid suspirou pesadamente, enquanto colocava o escudo nas costas e prendia o martelo em seu cinto. Retirou o elmo e deixou sua pequena franja loira cobrir a sua testa, enquanto seus olhos azuis fitavam a fumaça deixada por Rhodes e Stark.


— Meus pêsames. — Steve comentou ao se aproximar, sendo seguido por Josh. — Thor devia ser importante para vocês, assim como era para nós.

— Ele morreu defendendo Asgard. Não existe uma honra maior para um guerreiro. — Suspirou Astrid, comentando baixo. — Senhor, essa guerra precisa acabar, antes que seja muito tarde.

— Pode me chamar apenas de Steve — sorriu — e esse é o Josh. — O moreno assentiu com a cabeça, enquanto Rogers levava a mão até a cintura. — E infelizmente, Astrid, creio que já estamos em um ponto sem retorno.

— Melhor nos apressarmos. — Josh pediu, fitando o céu, já ouvindo o som de alguns helicópteros.


Steve assentiu, enquanto o rapaz segurava em seu ombro e estendia a mão para a nova Deusa do Trovão, que o olhava com desconfiança, mas no fim, acabou segurando na mão de Josh, que os levou de volta para a oficina em alguns segundos.

Ao ouvir o barulho, Sam veio de encontro a eles, ficando um pouco surpreso ao ver a mulher em trajes medievais e, principalmente, por carregar o Mjolnir.


— O que está acontecendo aqui? — Sam perguntou, um pouco confuso.

— Explico no caminho. — Steve respondeu, enquanto pegava as chaves do carro em cima de uma mesa suja. — Sam, essa é a Astrid. Astrid, esse é o Sam.

— Oi. — O rapaz sorriu fraco, enquanto a mulher lhe dava um breve aceno com a mão direita. — Onde vamos?

— Recuperar nossos trajes e impedir o psicólogo. — Rogers respondeu, caminhando para fora e sendo seguido pelos dois. — Josh, trás o Bucky.

— Certo.


Josh assentiu com a cabeça, enquanto caminhava até o quarto onde o Soldado Invernal estava. Passou apenas no banheiro antes e limpou o corte no seu rosto.

Enquanto isso, Astrid seguia os dois homens até o lado de fora, olhando ao redor, como uma criança curiosa em um lugar novo. Parou ao lado dos dois, próxima a uma estrutura metálica e de tamanho médio, um pouco arredondada no topo.


— Steve, não acho que vão caber cinco pessoas em um fusca. — Sam riu fraco ao comentar.

— Vai ter que caber. — Respondeu, enquanto Josh e Bucky se aproximavam.

— Como vamos recuperar nossas coisas?

— Vamos precisar da Sharon. Procurem uma cabine telefônica pelo caminho.

— Tem uma na rodoviária próxima ao aeroporto de Leipzig. — Barnes comentou ao parar do lado deles. — Com esse fusca, vamos demorar um pouco.

— Então melhor nos apressarmos. — Steve concluiu, enquanto levantava o banco, para que Astrid pudesse entrar na parte de trás.


Sam fez o mesmo, deixando que Bucky sentasse no banco de trás. Abaixou o banco e sentou no de carona, esperando pelo Capitão. Apenas Josh ficou do lado de fora, os fitando.


— Não vem com a gente? — Steve indagou, parado ao lado do carro.

— Vou ajudar o Clint a trazer a Wanda.

— Acha mesmo que ele precisa de ajuda?

— Capitão, ele vai enfrentar um cara tão rápido quanto a luz, uma inteligência artificial e uma feiticeira louca. — Josh sorriu de canto, antes de se virar. — Encontro com vocês depois.

— Se cuida, garoto.


Enquanto Rogers entrava no carro, Josh sumiu em um relâmpago azul, fazendo uma trovoada ecoar alguns segundos depois.


Estacionamento da Força-Tarefa, Alemanha


Natasha estava parada na frente de um Porsche preto, com as mãos no bolso da calça, enquanto esperava o T'Challa e mais uma mulher alta e negra se aproximarem. A mulher tinha os cabelos raspados e usava um vestido preto, um pouco acima do joelho.


— Saia do caminho, ou eu irei fazer isso. — Disse a mulher ao parar na frente de Natasha, que sorriu de canto.

— Seria interessante, mas não é necessário. — T’Challa comentou ao ficar entre as duas, antes de dispensar a mulher. — Srta. Romanoff, em que posso ser útil?

— Rei T'Challa, na verdade, eu que lhe ofereço a ajuda. Barnes se tornou um problema muito maior agora e alguém precisa pará-lo.

— Então sabe onde ele está?— Sorriu de canto, enquanto a ruiva assentia com a cabeça.

— E posso te ajudar a encontrá-lo.

— Então pode contar com a minha ajuda.


T’Challa assentiu com a cabeça, enquanto Natasha lhe dava espaço o suficiente para entrar no carro. Enquanto ele saía, caminhou até o lado de fora, encontrando Stark e Rhodes aterrissando no gramado do lugar. Levemente frustrado, Tony desativou a sua armadura, que se desprendeu de seu corpo e transformou-se em uma maleta.


— Por que eu não tenho uma dessa? — Rhodes perguntou, enquanto o capacete de sua armadura se abria.

— É só pra quem se comporta.

— Então por que você tem uma? — O homem sorriu, enquanto Stark revirava os olhos.

— Deixa eu adivinhar, seu plano não deu certo? — Natasha sorriu ao ouvir o moreno bufar.

— Nem um pouco e as coisas só pioraram, você não acreditaria.

— Tente.

— Eles tem um Thor versão feminina.

— É, você estava certo, eu não acreditaria mesmo. — Romanoff franziu o cenho, enquanto cruzava os braços. — Consegui trazer o T’Challa para o nosso lado.

— Natasha, eles tem uma Deusa do lado deles. — Rhodes comentou, fitando a mulher. — Nós temos o Visão, mas aquele pacifista não vai querer se intrometer. Do que você acha que um cara em roupa de gato pode fazer?

— Eu acho que tenho uma ideia. — Tony disse baixo, endireitando o corpo.

— O que? Vai me dizer que tem um clone do Superman agora? — Natasha ironizou, recebendo um olhar duro do Stark. — Espera, você tem?

— Não, eu não tenho. — Suspirou, voltando a vestir a sua armadura. — Achem eles. Eu volto em algumas horas.


***


Tony estava irritado. Todos os seus esforços para evitar problemas ainda maiores pareciam apenas aumentar com o passar das horas. Seus pensamentos estavam tão desorganizados quanto o seu quarto ficava após suas festas.

E foi sobrevoando o oceano Pacífico, que mais uma possível onda de más notícias pareciam querer lhe atingir, quando a imagem do rosto do General Ross apareceu no canto superior do seu visor. Tony respirou fundo e atendeu.


— Ross.

— Stark, esse era o seu grande plano? — A voz do general saiu firme. — Devido a sua incompetência, estou diminuindo seu prazo para vinte e quatro horas. Melhor correr. — Disse antes de desligar.

— Na verdade, estou voando. — Tony comentou para si mesmo, aumentando a potência em seus propulsores.


***


Já deveriam ser quase três horas da tarde quando Peter subiu os pequenos degraus que separavam o quintal de sua casa, da varanda. Girou a chave na fechadura e entrou, trancando a porta logo atrás de si. Caminhou até a cozinha e pegou uma pequena garrafa de água, voltando para a sala logo em seguida.


— Aí, tia May, tem o maior carrão lá fora, de quem que... — Peter parou de falar ao ver a sua tia sentada ao lado do Homem de Ferro.

— Oi. — Tony sorriu ao ver o espanto no rosto do garoto.

— S-Sr. Stark? — Gaguejou, colocando as mãos no bolso da calça, mas logo as tirando e cruzando os braços.

— Por que não me disse que ganhou o estágio , Peter? — Tia May perguntou, com um sorriso largo no rosto.

— É, o estágio para trabalhar nas Indústrias Stark. — Tony piscou ao interromper o garoto, que parecia confuso.

— Ah, claro, o estágio. — Peter sentia sua mão suar, enquanto tentava entender o que estava acontecendo. — É que a senhora gosta de surpresas, então decidi te fazer uma. Mas, Sr. Stark, esse estágio... Vai ter uma boa remuneração?

— Vai sim, uma bem gorda.

— Isso é muito, muito bom.

— Posso conversar em particular com ele rapidinho? — Tony perguntou para a ainda sorridente mulher, que assentiu com a cabeça. — Obrigado.

— É por aqui.


Tony seguiu o garoto pelo corredor até o seu quarto, que estava um tanto quanto bagunçado. Olhou em volta, enquanto o garoto fechava a porta e a trancava, encontrando alguns eletrônicos em fase de montagem em cima de uma pequena mesa de madeira. Revistas em quadrinhos estavam espalhadas no chão ao lado da cama, também bagunçada. Um pouco mais atrás, tinha uma cadeira giratória e uma vassoura encostada na parede, assim como prateleiras de tamanhos variados e roupas muito bem dobradas.


— Vejo que alguém aqui gosta de reciclar. — Tony comentou, fitando os eletrônicos.

— Olha, Sr. Stark, eu sei que não me inscrevi para estágio nenhum, então pode, por favor, me dizer por quê veio? — Peter perguntou, caminhando até a pequena janela e fechando a cortina.

— Esse daqui é você, não é? — Tony o ignorou, enquanto tirava o celular do bolso e tocava em seu visor, fazendo um holograma aparecer.


No holograma, mostrava um homem pendurado em uma espécie de corda e retirando um outro, que estava tentando assaltar um carro. Tony tocou novamente na tela, mudando a cena. Agora mostrava o homem de vermelho parando um carro que iria colidir contra um ônibus em um cruzamento.


— Bela pegada, mas deve ter sido difícil. — Tony o fitou, enquanto o garoto desviava o olhar para sua mesa com os aparelhos eletrônicos. — Esse carro devia ter o que? Seiscentos quilos?

— Setecentos. Quer dizer, não que eu saiba. — Peter comentou, um pouco nervoso. — Onde achou isso? No YouTube? — Tentou mudar de assunto, enquanto Tony andava pelo quarto, fitando o teto. — Da pra ver que é montagem, que nem aquele vídeo velho, em que o cara...

— Aquele vídeo que tinha a raposa? Sei qual é.


Stark, ao ver um quadrado no teto, coberto por uma espécie de madeira, pegou o cabo de vassoura e retirou a tampa, deixando algo cair de lá. Porém, antes que pudesse ver algo, Peter pulou na direção do objeto e o escondeu no guarda-roupa, enquanto se virava e cobria os braços, como se nada tivesse acontecido.


— Então, quem é você? — Tony perguntou sério, olhando para o rapaz. — O Pequeno Aranha, o Garoto-Aranha, o Aranha Humana?

— Eu sou o-o Homem-Aranha. — Disse baixo, enquanto caminhava até a sua cama e sentava.

— Não com esse pijama.

— Não é um pijama.

— Certo, certo. Como aconteceu? — Stark perguntou ao se sentar na cadeira, após pegar o uniforme, o analisando.

— Bem, eu estava tirando fotos da Oscorp para o jornal do colégio, até que senti uma picada no meu pulso. Quando fui ver, era uma das aranhas que eles usavam em experimentos. — Suspirou. — Passei muito mal no primeiro dia, no segundo, o Homem-Aranha tinha nascido.

— Ah, então foi sobre você que eu li algum tempo atrás. — Tony deu de ombros ao lembrar. — Mais alguém sabe?

— Só a Gwen. Ela trabalha na Oscorp e me ajudou a entender o que estava acontecendo com o meu corpo. E ela também é a minha namorada.

— Não achei que você fosse do tipo que atraía garotas.

— E não sou, na verdade, nem sei como eu consegui a Gwen. — Peter riu fraco, balançando a cabeça negativamente. — Olha, Sr. Stark, eu sou apenas um garoto nerd do colégio, que tenta ganhar uns trocados a tarde e salvar o dia quando precisa.

— Por que fazer isso? — Tony perguntou, enquanto se levantava. — Por que se arriscar assim?

— Bem, eu acredito que, se você tem a capacidade de fazer algo bom e não faz, e isso acaba gerando coisas ruins, a culpa é sua. — Peter suspirou, fitando o Stark. — E o meu tio também me ensinou que, com grandes poderes, vem grandes responsabilidades.

— Esse cara parecia ser bem inteligente.

— Ele era. — Sorriu ao lembrar do tio.

— Escuta, Peter, tem passaporte?

— Não. Não tenho nem carteira de motorista.

— Então levanta e vamos resolver isso. Depois damos uma evoluída no seu pijama.

— Onde vamos?

— Para a Alemanha, capturar um velhinho que fugiu do asilo.

— Mas Sr. Stark, eu não posso ir para a Alemanha assim.

— Por que não? — Stark fitou o garoto.

— Eu tenho que ir trabalhar amanhã ou J. J. vai me matar se eu não aparecer. — Peter respondeu, enquanto Tony revirava os olhos, tirando o celular do bolso. — O que está fazendo?

— Acabei de comprar o Clarim Diário. — Respondeu o Stark. — Agora você é meu funcionário e eu estou te dando a semana de folga.

— Ainda não posso ir. — Respondeu, um pouco surpreso.

— Qual o problema agora?

— Tenho um trabalho de artes para entregar.

— Vou fingir que não ouvi isso.

— Mas é sério! Se eu não fizer, a Srta. Harper vai tirar meus pontos.

— Tá, então eu vou falar com a tia May e...


Tony estava para abrir a porta, quando Peter se levantou e lançou sua teia na mão do Stark, o prendendo a maçaneta. Revelou também um pequeno atirador de teia preso em seu pulso esquerdo.


— Não conta para a tia May. — Peter disse, pausadamente.

— Certo, Homem-Aranha. — Stark respondeu, deixando um curto período de silêncio entre os dois. — Dá pra me tirar dessa coisa?

— Ah, claro, desculpa.


Base dos Vingadores, Nova York


Já era noite quando uma explosão chamou a atenção dos moradores da base. Wanda foi até a janela da cozinha, seguida por Killian e Visão.


— Fique aqui. — Disse o Sintozóide para a Wanda, enquanto fazia suas roupas se transformarem em seu uniforme. — Sr. Killian, vem comigo.

— Certo.


Visão diminuiu sua densidade, atravessando a parede, enquanto Killian usava sua velocidade para aparecer no campo. Wanda continuou a olhar pela janela, porém, ao ouvir passos atrás de si, liberou um pouco de seus poderes e, com a mente, lançou uma faca na direção do invasor, a fazendo parar a centímetros de seu rosto no momento em que o reconheceu.


— Acho que eu deveria ter batido. — O rapaz comentou, enquanto tirava a faca da frente do seu rosto.

— Clint?! — Wanda perguntou, surpresa. — O que faz aqui?

— Decepcionando minhas crianças. — Respondeu, enquanto lançava uma flecha em uma coluna à direta e repetia o ato com uma à esquerda. — Deveríamos estar indo esquiar. — Concluiu, indo até a Maximoff e a puxando pela mão. — Vamos, o Capitão precisa de sua ajuda.

— Clint! — Visão o chamou, ao atravessar a parede. — Você não deveria estar aqui.

— Ah, sério? — Perguntou, com um pouco de sarcasmo na voz. — Eu me aposento por quase dez minutos e vocês estragam tudo.

— Por favor, considere as consequências dos seus atos.

— Certo, já considerei. — No momento em que disse isso, as flechas se ativaram ao redor do Visão, o eletrocutando. — Anda, precisamos ir.


Clint correu para fora, porém, parou ao ver a Feiticeira parada no lugar em que estava, fitando o chão. Barton bufou e voltou até a garota, parando em sua frente.


— Wanda você tem que me ajudar. Ou você fica e banca a aluna deprimida ou vem comigo. — Fitou a garota, mas logo desviou o olhar ao ver o Visão destruir as flechas. — Merda.


O Sintozóide avançou contra o arqueiro, que tentou socá-lo, mas enquanto controlava sua densidade, Clint não conseguia lhe tocar. Barton tentou mais uma vez, mas o Visão desviou e empurrou o Vingador para trás, que rolou no chão evitando qualquer ferimento mais grave.

O arqueiro investiu mais uma vez, acertando três diretos de direita, que não surtiram efeito algum. Clint então tentou acertar um chute frontal, mas o Visão diminuiu sua densidade no último segundo, fazendo com que o Barton passasse por dentro do seu corpo. Logo em seguida, voltou ao normal e segurou Clint por trás, o enforcando.


— Clint, você não pode me vencer. — Apertou um pouco a força, enquanto o arqueiro se esforçava para respirar.

— Eu não... mas ela sim.

— Visão, já chega, deixe-o ir. — Wanda disse ao se aproximar, com suas mãos cobertas por uma aura avermelhada. — Estou indo embora.

— Não posso permitir.

— Sinto muito. — Disse baixo, enquanto atingia a Joia da Mente na testa do Visão.


Com um pouco de esforço, Wanda conseguiu fazer com que o Sintozóide soltasse o Vingador, que caiu no chão, tossindo. A Maximoff então aumentou a força, fazendo com que o Visão caísse de joelhos.


— Se fizer isso, eles nunca vão parar de ter medo de você.

— Não posso controlar o medo deles, só o meu.


E ao dizer isso, Wanda lançou uma esfera de energia no peito do Visão, o fazendo atravessar o chão diversas vezes, atingindo uma profundidade absurda.

A Feiticeira ajudou o Clint a se levantar, quando foram bloqueados pelo Killian, que ficava entre eles e a porta.


— Esse é novo. — Clint comentou baixo.

— Wanda, você não pode ir. — O Kane mais novo disse firme, a fitando.

— Você não decide isso, Killian. Saia do caminho, por favor.

— Não me faça ter que parar você. — Deixou pequenos raios azuis correrem pelo seu corpo.

— Não me faça ter que te machucar. — Wanda retrucou.


A Maximoff parou na frente de Clint, fazendo sua aura avermelhada aparecer ao redor de suas mãos novamente. Vendo que a garota não mudaria de ideia a respeito da sua saída, Killian balançou a cabeça negativamente, antes de investir contra a garota, em altíssima velocidade, fazendo uma forte luz azul surgir ao se movimentar.

Assim que o brilho diminuiu e Wanda pôde abrir seus olhos, viu a mão de Killian a centímetros dos seus olhos, porém, sendo segurada por um homem que ela conhecia muito bem.


— Josh?!

— Esse é novo também. — Clint comentou, fitando os três.

— Oi, Bruxinha. — Josh sorriu, dando um beijo na bochecha da garota. — Clint, sai daqui com ela, tem um certo patriota te esperando.


Sem questionar, Barton apenas concordou com a cabeça e saiu, puxando Wanda pela mão. Ao ver que os dois já estavam longes o suficiente, Josh largou o irmão, que se afastou.


— O que você estava fazendo, Killian? — Perguntou, o fitando.

— Eu ia pará-la. — Respondeu firme, sem desviar o olhar.

— Como? Partindo o crânio dela ao meio? — Josh se aproximou, colocando a mão no ombro do irmão. — Anda, vem comigo. Vamos acabar com isso tudo.

— Não! — Disse, o empurrando. — Por quanto tempo você vai continuar brincando de ir contra o sistema? De fazer o que bem entende, Josh?

— Do que está falando? — Franziu o cenho. — Tudo o que eu tenho feito para o nosso bem.

— E isso tem dado muito certo, não? — Killian o empurrou mais uma vez. — O Alex está morto porque vocês dois estavam querendo fazer o que era certo!

— Killian...

— Você matou os nossos pais, Josh! — Bradou, lhe dando um empurrão um pouco mais forte.

— Foi um acidente.

— Foi um ato egoísta! — Vociferou novamente, acertando um soco no rosto do irmão. — Me diz, como isso nos trouxe algo bom?


Killian o fitou em silêncio, com os olhos levemente marejados, tentando não chorar. Josh endireitou o corpo, limpando o sangue que escorria do canto da sua boca.


— Você sempre foi egoísta, Josh! — O mais novo continuou. — Tudo sempre precisa ser do seu jeito ou nada feito.

— Você sabe que não é verdade.

— Por sua causa nós perdemos o Alex, nossos pais e até o Bob. — Killian desviou o olhar.

— E quem você acha que vai ter conviver com isso?

— Cala a boca, Josh.

— Eu errei, admito. — Josh deu um passo a frente, falando baixo. — Só por favor, me perdoa.

— Eu falei pra você ficar quieto!


E em um frenesi de fúria, Killian atacou o irmão, acertando mais um soco em seu rosto. Josh não tentava revidar, apenas desviava dos golpes seguintes. Aproveitou uma leve brecha na guarda de Killian e desviou de um ataque que atravessaria o seu peito e acertou um golpe na nuca do irmão, com força o suficiente para lhe apagar.


— Parece que o Alex não foi o único irmão que eu perdi naquela noite. — Josh disse baixo, antes de sumir em um relâmpago azul.



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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram, não gostaram? Me deixem saber nos comentários XD
Muito obrigado por ficarem até aqui e até breve o/



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