Divided We Fall escrita por Augusto C S de Souza


Capítulo 13
XIII — Centro das Atenções


Notas iniciais do capítulo

E aí, meus lindos, de boas? Bem, por aqui, nem tanto. Só três de vcs apareceram no ultimo capitulo t.t Beleza que a culpa pode ser minha por ter atrasado nas respostas dos reviews, mas isso não vai passar de hoje, prometo.
Bem, já estou de férias, então não teremos mais atrasos ^^ agora vamos parar de enrolar e vamos ao capitulo. Boa leitura e até la embaixo o/



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Abadia de Westminster — Londres


Após carregar o caixão daquela que fora o seu primeiro amor, após ouvir o discurso de Sharon Carter, Steve aproveitou o silêncio da vazia igreja para colocar seus pensamentos em ordem. O seu terno negro contrastava com a clareza do local, enquanto seus olhos azuis permaneciam levemente avermelhados.

— Quando eu saí do gelo, achei que todos os que eu conhecia haviam morrido. — Rogers comentou, ao ouvir os saltos de Natasha ecoando pela igreja. — Então descobri que ela estava viva. Eu tive tanta sorte por tê-la.

— E ela por ter você também. — A ruiva respondeu, com sua voz baixa e rouca.

— Quem assinou?

— Tony, Rhodes, Visão.

— E o Clint?

— Ele disse que se aposentou.

— Wanda?

— Está pensando. — Sorriu de canto, enquanto Steve suspirava pesadamente. — Não é só porque esse é o caminho com menos obstáculos, que significa que ele é o errado. — Comentou, se aproximando. — Ficar juntos é mais importante do que como ficar juntos.

— E do que vamos ter que abrir mão para isso acontecer? — Rogers questionou, desviando o olhar. — Não posso assinar. Não posso.

— Eu sei. — Natasha assentiu, sorrindo.

— Você vai assinar?

— Sim. Meu voo sai em algumas horas.

— E por que você ainda está aqui? — Steve perguntou, voltando a fitá-la.

— Não queria que você ficasse sozinho. — Natasha respondeu, fazendo o Capitão sorrir fraco. — Vem cá. — Disse, o puxando para um abraço.


Torre Stark, Subsolo — Nova York


Stark, Hank e Killian estavam envolta da maca que acomodava o corpo de Ragnarok, o clone do Thor, criado a partir dos fios de cabelo do Deus do Trovão. O Kane mais novo fitava o corpo robótico, um pouco confuso, enquanto Tony e Pym se afastavam.

— Tem certeza que quer fazer isso aqui embaixo? — Killian perguntou, olhando para o Stark.

— Vai na fé, guri. — Tony respondeu, ficando atrás de uma pilastra, junto com Hank.

— Você tem mesmo certeza disso? — Pym sussurrou.

— Já não sei de mais nada.

Stark apertou um botão no controle remoto que segurava em sua mão esquerda, fazendo a maca se levantar, deixando o clone preso apenas por cordas de couro. Killian olhou para o Tony e, ao receber o sinal do bilionário, liberou um pouco de seus poderes elétricos, atingindo o peito da máquina com os seus raios azuis.

A descarga elétrica percorreu os sistemas do clone, até ser conduzido para a réplica do Mjolnir, em sua mão direita. Ao parar de ser recarregado, os olhos de Ragnarok se abriram, fitando o aprimorado em sua frente. Sem muito esforço, soltou-se das amarras e lançou o martelo na direção de Killian, atingindo o seu peito e o lançando para trás.

— Está vivo! — Tony exclamou, levantando os braços.

— Já não sei se poderemos dizer o mesmo do garoto. — Hank comentou, apontando para o clone que caminhava na direção do garoto.

— É verdade. — Stark disse, correndo até o Ragnarok e parando na sua frente. — Código de desligamento de emergência! — Disse Tony. — Autorização Anthony Stark, 070893.

— É, parece que acabamos de criar o nosso Deus do Trovão, Stark. — Hank comentou, após se aproximar e ajudar o Killian a se levantar. — Tenta só usar eles em casos de emergência, ouviu?

— Espero que não precise, Hank.


Cidade da ONU, Viena — Áustria


T'Challa observava a cidade pela janela da sala onde seria realizada a conferência. Seu olhar firme, não deixavam duvidas sobre a sua linhagem real e sobre o seu futuro como rei. E embora muitos jornais o chamassem de rei de Wakanda, ele apenas assumiria esse título após a morte de seu pai, T'Chaka. Enquanto observava os repórteres caminhando pelas ruas, um nome familiar chamou sua atenção.

— Com licença, Srta. Romanoff, pode assinar aqui? — T'Challa olhou para trás, vendo a ruiva assinar o caderno de uma repórter. — Obrigada.

— Suponho que não fiquemos confortáveis sob holofotes. — Ele comentou, após se aproximar de Natasha.

— Nem sempre são tão simpáticos.

— Até agora parece estar indo muito bem. — Sorriu de canto, fitando a mulher. — Considerando a sua última viagem ao Capitólio, não achei que fosse estar tao confortável perto dessas pessoas.

— E não fico.

— E por isso estou feliz em vê-la aqui, Srta. Romanoff.

— Por que, não está de acordo com tudo isso? — Natasha ergueu uma sobrancelha, com um sorriso fraco no rosto.

— Do Tratado sim, dos políticos — T'Challa balançou a cabeça negativamente —, nem tanto. Duas pessoas em uma sala, podem fazer mais do que uma centena.

— A menos que tenha que transportar um piano. — Um senhor com uma certa idade comentou após se aproximar. Os cabelos grisalhos contrastando com sua pele e terno negros. Um óculos de grau enfeitava o seu rosto.

— Pai.

— T'Challa. — Sorriu o rei. — Srta. Romanoff.

— Rei T'Chaka, por favor, deixe-me me desculpar pelo o que aconteceu na Nigéria. — Natasha comentou, após apertar a mão do rei de Wakanda.

— Obrigado. — Ele assentiu com a cabeça. — Obrigado por concordar com tudo isso. E fico triste em saber que o Capitão Rogers não vai se juntar a nós.

— É, eu também.

Torre Stark — Nova York

— Toma, coloca isso no peito. — Tony comentou, jogando uma bolsa de gelo para Killian.

— Obrigado. — Ele sorriu, sentando no sofá, enquanto o bilionário enchia um copo de uísque.

— Então, você me disse que tinha um irmão. Só tem ele na família?

— Na verdade, o Wyatt nos mostrou nossos pais biológicos após os experimentos. — O moreno suspirou. — Era uma forma de conseguir nossa confiança.

— E como eles reagiram quando vocês voltaram para casa? — Perguntou, tomando um gole de sua bebida.

— Não voltamos. — Killian fitou o chão. — Nossos poderes eram muito instáveis na época, então decidimos não ir vê-los, como forma de os proteger.

— Muito bonito. — Tony encostou-se na poltrona, enquanto colocava as pernas na mesa de centro. — E o seu irmão, Josh, né? Os poderes de vocês são iguais, não são?

— Sim, mas os deles são bem mais fortes que o meu. — O rapaz respondeu, tirando um pouco a sacola de gelo do peito. — Conhece o Teorema de Padgett?

— Sim, relâmpagos positivos são mais poderosos que os negativos. — Stark assentiu com a cabeça. Parecia realmente estar interessado pela história.

— Bem, é o contrário com os nossos poderes. A voltagem dele é duas mil vezes maior que a minha e isso aumenta sua força e velocidade.

— Acho que posso dar um jeito nisso. — Stark disse, se levantando. — Volta a pra base dos Vingadores, a Wanda precisa de uma babá e não sei se o Visão é uma boa escolha.

— O que você vai fazer? — Killian perguntou, erguendo uma sobrancelha.

— O que eu faço para viver: construir uma armadura.

Cidade da ONU, Viena — Áustria

Josh não teve muitas dificuldades para entrar na Conferência sem ter uma credencial. Caminhou pelo saguão, um tanto quanto admirado com a beleza do lugar. Seguiu até o elevador e esperou que suas portas fossem abertas.

Ao se abrirem, Josh entrou, divindo o espaço com uma bela ruiva, que aparentava ser um pouco mais jovem que ele e um homem de cadeira de rodas. Por um momento achou que ele fosse pai dela, mas sua falta de cabelo dificultava o seu julgamento.


Ele não é meu pai. — Uma voz feminina invadiu a cabeça de Josh.

— O que? — O Kane mais velho perguntou, recebendo olhares confusos dos dois.

— O que, o quê? — O cadeirante devolveu a pergunta, o fitando.

— Nada. — Josh cruzou os braços, virando para frente. — Esquece.

Esquece você, Josh. — Mais uma vez ele pode ouvir a voz, já começando a duvidar de sua sanidade mental.

— Ouviram isso? — Os olhos azuis do rapaz iam da garota até o senhor e vice-versa.

— Você está bem? — O homem perguntou, parecendo preocupado.

— Não sei.

— Você tem usado drogas?

— O que?! Não! — A ruiva riu baixo com a conversa dos dois. — Não é engraçado.

— Isso é muito engraçado. — Ela sorriu ao ver que o rapaz reconheceu sua voz.

— Acho que esse é o seu andar. — O homem disse, quando as portas se abriram.

— Também acho. — Josh disse antes de sair, um tanto quanto irritado.

— Jean, você entrou na cabeça dele? — O homem perguntou, assim que as portas se fecharam.

— Talvez. — A ruiva respondeu, com um sorriso de canto. — Não pude resistir.

~x~

Quando Josh entrou na sala, o rei T'Chaka já havia começado o seu discurso sobre o que havia acontecido em Lagos, na Nigéria. Olhou um pouco mais para baixo e encontrou o cadeirante, ao lado da ruiva que ele considerava ser uma telepata.

Próximo ao pai, T'Challa observava uma movimentação um tanto quanto agitada dos guardas na rua abaixo. Eles haviam cercado uma van de um canal de noticias italiano. Trouxeram um cão farejador, que logo começou a latir ao chegar nos fundos da van. Ao ver os policiais abrirem a traseira do automóvel e se afastarem, o wakandano apenas agiu por reflexo.

— Todo mundo pro chão!

Ele gritou, antes das chamas da explosão da van invadirem a sala da Conferência. Pulou na direção de seu, tentando tirá-lo do caminho, mas só teve tempo de ver as chamas o consumirem.

Josh sentiu o prédio balançar, o que fez com que ele ativasse os seus poderes. Parte do teto começava a desabar, trazendo o prédio abaixo. Mas antes que pudesse fazer algo, as pedras começaram a flutuar pelo lugar. Correu os olhos pelo lugar, vendo a ruiva de antes se esforçando para segurar as pedras.

Utilizando de sua velocidade aprimorada, o rapaz correu na direção dos civis, fazendo com que seus raios azuis brilhassem pelo local. Retirou os dois wakandanos primeiro, os deixando na grama do lado de fora. Um a um ele retirou os civis do prédio e do salão. Após retirar a ruiva e o cadeirante, os encarou, embora estivesse um pouco ofegante.

— Certo, quem são vocês? — Perguntou, colocando as mãos na cintura.

— Depois resolvemos isso. — A ruiva disse, ainda impedindo que o prédio caísse. — Ainda tem mais uma pessoa lá dentro.

— Certo, já entendi.

Josh correu novamente para dentro da salão, encontrando um homem na parte de cima de uma escadaria. O rapaz quase não acreditou na silhueta que o fitava.

— Wyatt! — O Kane mais velho bradou, investindo contra o homem e o segurando pela gola da blusa social que ele usava. — Me dá um bom motivo para não te deixar aqui?

— Você não pode fazer nada sem seus poderes.

Em um movimento que passou despercebido pelo garoto, Wyatt cravou uma seringa no peito de Josh, que caiu para trás, rolando escada abaixo.

— Esse composto tem o triplo do que usamos na Hydra. — O Comandante disse baixo, enquanto descia as escadas calmamente. — Você já está sem seus poderes agora.

— Wyatt... espera. — Josh disse com dificuldade, vendo a homem crescer a cada passo dado.

— Desculpa, Josh, você é poderoso demais. — Wyatt sorriu, tirando uma faca de um bolso escondido do seu terno. — Hora de morrer.

Sem pensar duas vezes, Wyatt se abaixou, enfiando a faca no peito do rapaz, que soltou um grito de dor. Porém, seu corpo logo virou uma massa de eletricidade, sendo transferida para o corpo do Comandante, que caiu no chão ao ser eletrocutado.

— Parece que não sou eu quem vai morrer hoje. — Josh comentou após sair de trás de uma pilastra.

— Parece que você venceu hoje. — Ele gargalhou. — Mas não se preocupe, você e seu irmão vão terminar o trabalho por mim.

— Do que você está falando?

— Vocês serão a nova versão de Caim e Abel. — Riu mais uma vez, dando uma forte mordida em sua língua, fazendo sua boca espumar. — Hail... Hydra. — Foi a ultima coisa que disse antes de morrer.


Josh fitou o corpo do homem que tanto o machucou ao longo dos anos, antes de sair do prédio, voltando para onde a ruiva e o cadeirante estavam. Cansada, a garota estava sentada na grama, enquanto respirava um pouco mais rápida que o normal por conta do seu esforço. O Kane mais velho caminhou até eles, parando em sua frente.


— Acho que agora podemos nos apresentar direito. — Ele sorriu, colocando as mãos no bolso da jaqueta que usava. — Josh Kane.

— Jean Grey. — A ruiva sorriu de canto, fitando o rapaz.

— Charles Xavier. — O homem disse, esticando a mão para Josh, que a apertou.

— Então, mais cedo, era você na minha cabeça, não é? — O rapaz riu baixo, fitando os olhos azuis de Jean.

— Sim, foi mal por isso. Espero que possa me desculpar.

— Vou pensar no seu caso.

— Então eu vou acabar descobrindo. — Ela sorriu, desviando o olhar.

— Você tem grandes poderes, Josh. — Charles comentou. — Ficaria muito feliz em ter você no meu Instituto.

— Para jovens superdotados? Já ouvi falar e bem, talvez eu tire um tempo para ir lá. Até outro dia. — Piscou para a ruiva, antes de sumir, usando a sua velocidade e deixando seus raios azuis pelo caminho.

— Eu gostei dele. — Jean comentou, enquanto os raios começavam a se apagar.

— Então já sabemos que o Scott não vai gostar.


Londres, Inglaterra — Europa


Após trocarem de roupa, Sam, que acompanhou o Capitão até o funeral, o chamou. Os dois estavam dentro de uma cafeteria, quando um plantão de emergência chamou a atenção do clientes do lugar.


— Apenas alguns minutos atrás, uma bomba explodiu em na Cidade da ONU, em Viena, deixando muitos feridos e mortos, entre eles o rei de Wakanda, T'Chaka. — Um repórter anunciava, enquanto a foto de um homem encapuzado aparecia na tela. — Imagens de câmera de segurança indicam que esse homem é o sargento James Buchanan Barnes, mais conhecido como Soldado Invernal. A ONU e a policia alemã já estão a sua procura. Atualizaremos em breve.

— E agora, o que faremos? — Sam perguntou, fitando o Capitão ao seu lado.

— Vamos achá-lo.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Gostaram, não gostaram? Me deixem saber com um review de vocês.
Beijos e ate sexta que vem ♥