Divided We Fall escrita por Augusto C S de Souza


Capítulo 12
XII — Culpa


Notas iniciais do capítulo

E finalmente eu trouxe o capítulo novo. Confesso que estou um pouco envergonhado por ter atrasado com o capítulo e mais ainda por não ter respondido vocês. Desculpa, de vdd.

E agora eu queria aproveitar essas notas aqui pra desejar feliz dia 3 de Junho para a pessoa mais importante da minha vida, minha pequena, meu anjo, minha Vicky ♥
Queria te agradecer por ter ficado comigo nessa maior parte do tempo e, mesmo estando separados agora, eu não paro de pensar em você em nenhum instante, pequena ♥
Mas fica tranquila que a gente ainda vai comemorar esse dia 3 juntos. Amo você e sempre vou amar. Saiba disso.



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Alemanha


Josh havia descido do campo aberto em que estava, indo ao bar mais próximo. Não queria beber, apenas passar um tempo em um lugar divertido. Ao entrar, caminhou até o balcão e pediu um uísque que não seria bebido.

Olhou em volta, notando uma morena ao seu lado. Os cabelos castanhos e curtos eram levemente arrepiados nas pontas. Usava uma jaqueta de couro por cima de uma regata vermelha, junto com um jeans apertado. Josh fitou o corpo da garota, desviando o olhar quando ela o encarou.

A noite tinha tudo para correr bem, mas um estrondo vindo da direção da porta assustou a todos. Cinco homens armados e usando máscaras para esconder o rosto invadiram o lugar, atirando para o alto.


— Se ninguém se mexer, ninguém se machuca. — O mais alto ameaçou, indo até o balcão e apontando para o barman. — Anda, passa tudo o que tem na registradora.


Amedrontado, o garoto abriu a caixa e esbarrando em um copo que se quebrou ao atingir o chão. E esse pequeno engano foi o suficiente para assustar o assaltante a ponto de fazê-lo disparar contra o barman.

Josh terminou o seu copo de uísque e olhou para o lado, vendo o projétil viagar em câmera lenta até o rosto do rapaz. Caminhou até o barman e mudou a trajetória da bala em apenas alguns centímetros para esquerda. Foi até o assaltante mais próximo e abaixou sua cabeça, a deixando próxima do balcão.

Em seguida, caminhou até os outros quatro assaltantes e os desarmou. Abaixou as calças do primeiro e o deixou na ponta de um degrau de madeira. Amarrou os cadarços do segundo e o inclinou para trás. Depois colocou a mão direita do terceiro no rosto do quarto e a mão esquerda do quarto, no rosto do terceiro. Voltou para o seu lugar é diminuiu sua velocidade.

A bala atingiu uma garrafa de vodka atrás do barman, enquanto o primeiro ladrão batia a cabeça no balcão com força. O segundo caiu para frente, batendo o rosto no chão e quebrando o nariz. O terceiro caiu para trás e desmaiou ao bater a cabeça no chão, enquanto os dois últimos se socavam simultaneamente.

Os frequentadores do bar olharam para a cena com seus olhos arregalados, com o espanto estampado em seus rostos. Josh apenas sorriu de canto e deixou uma nota de dez dólares no balcão.


— Eu chamaria a polícia se fosse você. — O Kane comentou com o barman, antes de deixar o lugar.


Do lado de fora, Josh respirou fundo, deixando o vento gelado atingir o seu rosto. Pôs as mãos no bolso da jaqueta e caminhou pelas ruas, sem um destino certo.


— Sabe, o que você fez lá dentro foi bem incrível. — Josh se assustou ao ouvir uma voz feminina ao seu lado. Era a garota do balcão.

— Eu não faço ideia do que você está falando. — Ele respondeu, um pouco desconfiado.

— Eu estou falando de você derrubando os cinco lá dentro. Abaixar a calça de um deles foi bem cômico.

— Certo, quem é você? — Josh parou e a fitou, cruzando os braços. — E como você conseguiu ver aquilo tudo?

— Daphne. Daphne McCall. — A garota sorriu de canto. — Não imaginei encontrar um mutante por aqui.

— O que? — O rapaz franziu o cenho, um pouco confuso. — Eu não sou nenhum mutante.

— E o que você é então? Um alien?

— Um aprimorado. É uma longa história e eu realmente não estou com cabeça para explicar. — Voltou a fitá-la. — Como você conseguiu me ver?

— Simples, eu absorvi parte da sua velocidade e a apliquei em mim. Sou capaz de absorver a energia cinética das coisas e transformá-la em energia potencial.

— Isso é... interessante. E sua explicação foi muito boa.

— Peguei no Google, nem sei se está certo. — Daphne deu de ombros.

— Existem outros como você?

— Mutantes? — A garota ergueu uma sobrancelha. — Sim, um instituto cheio deles. — Ela respondeu, tirando um cartão do bolso da calça e entregando para o rapaz. — Aparece lá.


Josh pegou o cartão e o fitou por alguns segundos. "Instituto Xavier para jovens superdotados", era o que dizia no cartão.


— Talvez eu... — Começou a falar, mas ao olhar para frente, não encontrou ninguém — passe por lá. — Sorriu, voltando a caminhar pelas ruas noturnas da Alemanha.


Base dos Vingadores — Nova York


Apenas o General Ross e o Visão estavam na base quando os Vingadores chegaram. Ross queria um relatório detalhado do desastre em Lagos, na Nigéria. Wanda caminhou na frente, de cabeça baixa, passando ao lado do militar sem nem sequer o olhar. Steve veio logo atrás, mas não escapou de Ross. Killian e Carol vinham atrás da Natasha e do Sam, sendo guiados pelos corredores do lugar.


— Capitão, precisamos conversar, mas antes me diga quem são esses dois.

— Killian Kane e Carol Danvers. — Roger respondeu, levemente irritado. — Eram cobaias da Hydra. Eles foram aprimorados com a ajuda do Cetro de Loki.

— E por que eles ainda não estão em uma cela? — Ross o fitou, sério.

— Enquanto eu estiver aqui, ninguém será preso sem um julgamento adequado.

— Você está sendo um pouco ousado, Capitão.

— Não estou vivendo o melhor dos meus dias.


Rogers saiu, caminhando até o seu quarto, mas não sem antes passar no de Wanda e encontrar a porta trancada. Enquanto isso, na sala de estar, Killian e Carol contavam o que havia lhes ocorrido nesse tempo com a Hydra.


— E depois de aceitarmos, o Wyatt nos deu esses poderes, prometendo que faríamos a diferença para o mundo. — Killian explicou. — Não imaginávamos que essa diferença seria a destruição dos Vingadores.

— Sinto muito por isso, garoto. — Natasha comentou baixo.

— E alguém sabe onde o Sr. Stark está? — O Kane mais novo perguntou. — Gostaria de conversar com ele. Tudo bem se um de vocês for junto.

— Eu levo você até ele. — Visão respondeu, enquanto se levantava e transformava as suas vestes em seu uniforme.

— Obrigado.


Após a saída dos dois, Natasha se levantou e caminhou para o seu quarto com o intuito de arrumar as malas para a Conferência em Viena.

Carol, que ainda usava o uniforme da Hydra, parecia um pouco perdida em seus pensamentos e isso foi notado pelo Wilson.


— Você está bem? — Ele perguntou após se levantar e sentar ao lado dela.

— Você sabe que essa é uma pergunta idiota, não sabe? — Ela sorriu fraco, o fitando.

— Sei que sim, mas foi o melhor jeito que eu achei de iniciar uma conversa. — Sam riu com ela. — Eu achei que você tivesse morrido, Carol.

— Teria sido o melhor, Sam. — Ela fitou o chão, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Eles fizeram experimentos comigo. Testaram diversas fórmulas e artefatos alienígenas em mim. Eu já nem sei se ainda existe algo humano em mim.

— Sempre vai existir, Carol. — Sam sorriu, assentindo com a cabeça.

— Atrapalho? — Ross perguntou ao se aproximar.

— General Ross! — A voz de Danvers saiu um pouco mais alta ao ver o homem, enquanto se levantava e batia uma continência.

— Desculpa, nos conhecemos? E pode descansar.

— Eu era uma Capitão na aeronáutica, senhor. — Ela respondeu, embora não tivesse gostado do tom dele. — O senhor me deu a minha primeira medalha.

— Entendo e acho que me recordo. — Ele respondeu, sorrindo fraco. — Srta. Danvers, muita coisa mudou nesse tempo em que esteve fora. Está pronta para voltar ao serviço?

— Sim, senhor.

— Então, por favor, venha comigo. — Ross pediu, enquanto caminhava para fora da base.

— Nos vemos depois? — Carol perguntou para o amigo.

— Claro, vai lá. — Sam sorriu fraco, enquanto a mulher assentia com a cabeça e ia atrás do General.


Torre Stark — Nova York


— Será que funciona? — Tony perguntou ao Hank, enquanto fitavam o corpo deitado na mesa de operações. Era uma réplica perfeita do Thor, o Deus do Trovão.

— Lógico que funciona. Eu que construí. — O cientista respondeu, cruzando os braços. — Só precisamos achar um jeito de fazer o martelo criar relâmpagos.

— Sr. Stark, o Visão está chegando. E não está sozinho. — Sexta-Feira anunciou.

— Fica aí pensando e eu já volto.


Tony caminhou até a sala, vendo o elevador se abrir e revelar o rosto avermelhado do sintetizoide e o de um outro rapaz, que ele não reconheceu.


— Visão, que surpresa! — Tony sorriu fraco. — O que você veio fazer aqui?

— Esse é o Sr. Kane. Ele é da Hydra. — Visão comentou, como se não fosse nada demais.

— Era da Hydra. — Killian corrigiu, esticando a mão para o Stark. — É um prazer.

— Você não faz o meu tipo, garoto. — Tony apertou a mão de Killian, um pouco relutante, virando-se para o sintetizóide. — O que está rolando aqui?

— Eu queria conversar com o senhor e o Visão me trouxe aqui. Eu... eu quero ser um Vingador.

— Você escolheu a pior hora pra isso, garoto. — Tony deu as costas para o garoto, caminhando pela sala. — Tem muita burocracia envolvida, acordos para assinar. É complicado.

— Não importa, eu faço, só me dá um chance. — Killian foi até o Stark, o puxando pelo braço, o fitando em seguida. — Por favor.

— Por que, garoto? Esse não é um mundo tão bonito quanto parece.

— Porque... porque eu fui criado pra ser um vilão, Stark. Meu único propósito na vida, era tirar outra. E eu não quero isso. — O Kane desviou o olhar por alguns segundos, voltando a atenção para os olhos castanhos do bilionário logo em seguida. — Eu quero ser um herói. Como você, Stark.


Tony ficou sem palavras e sem saber o que fazer, o que era raro. Passou a mão nos seus cabelos negros, enquanto pensava sobre o assunto.


— Certo, Killian. Vem comigo.


Base dos Vingadores, quarto da Wanda — Nova York


— Cerca de trinta pessoas, entre elas onze wakandanos, morreram no acidente envolvendo um aprimorado e a Vingadora, Wanda Maximoff. Buscas indicam que...


Wanda virou para trás ao ter a sua televisão desligada, enquanto assistia ao noticiário. Encostado no batente da porta estava o Steve, de braços cruzados.


— Não foi sua culpa. — Rogers disse, adentrando o quarto.

— Então ligue a televisão novamente. — Ela respondeu, deixando o homem sentar ao seu lado. — Eles foram bem específicos.

— Se eu não tivesse me distraído, você não teria que ter feito aquilo com o seu amigo. — Steve abaixou a cabeça. — A culpa é minha.

— A culpa é nossa. — Wanda corrigiu, o fitando. — Quando você lançou o escudo, você errou. Por que?

— Eu não sei.

— Está mentindo. — A Maximoff afirmou, fazendo com que Rogers a olhasse. — Steve...

— Eu estava com medo, Wanda. — A resposta de Steve a surpreendeu por um instante. — Quando eu vi o que estava para acontecer e que eu não podia fazer nada, acabei me desesperando. Não estou acostumado com a ideia de perder você.


Os dois ficaram em silêncio após a última frase de Steve. Os olhos azuis do Capitão estavam enfeitiçados pelos verdes da Maximoff. Seus rostos estavam próximos, já podiam sentir a respiração um do outro. Uma vibração no bolso esquerdo da calça de Rogers o fez desviar a atenção dos olhos de Wanda, como se aquilo tivesse quebrado um encanto.

Steve retirou o celular do bolso, vendo o alerta de uma nova mensagem da Sharon Carter. Apertou o ícone, que o levou até a mensagem. "Ela se foi. O enterro será em três dias".


— Eu... eu preciso ir. — Rogers comentou baixo, deixando a garota confusa enquanto o via sair do quarto.


Steve caminhou até uma escadaria vazia, onde encostou em um corrimão e deixou as lágrimas de sua mais recente perda escorrerem pelo seu rosto. Wanda o achou alguns segundos depois, ficando surpresa ao vê-lo chorando. Sem dizer nada, sem perguntar o que aconteceu, ela apenas foi até ele e o abraçou forte, encostando o seu rosto no peito dele. Rogers devolveu o abraço, afundando o rosto no ombro da Maximoff. O único barulho no lugar vinham do choro do Capitão América.


— O que aconteceu? — A Maximoff perguntou, acariciando os fios loiros da nuca de Steve.

— A Peggy... ela... — Steve mal conseguia terminar a frase.

— Eu ja entendi. — Wanda disse baixo, sentindo o Capitão lhe abraçar mais forte. — Vai ficar tudo bem.

— Ela ainda me devia uma dança.


Apartamento da Jessie — Alemanha


Bucky estava na porta do apartamento de Jessie, fitando o seu rosto confuso. Ele usava uma mochila que aparentava estar pesada, junto com um boné cobrindo um pouco do seu rosto.


— Eu não entendo, Bucky. — Jessie tentou se aproximar, mas ele a afastou. — Por que você está indo embora?

— Eu tenho coisas para resolver, pequena.

— E você vai resolver isso como Bucky Barnes ou como o Soldado Invernal? — O silêncio de James após a pergunta foi o suficiente para a garota. — Não era a resposta que eu queria ouvir.

— Jessie...


Bucky foi interrompido pela porta de madeira fechada em seu rosto. Estava sozinho. Novamente.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam do capítulo? Bem triste eu sei, mas um pouco de drama sempre é bem vindo. Beijos e até a próxima ♥
P.S: não sei se teremos capítulo semana que vem, pois vou estar fazendo prova.