A: Cuidado!
Risos descontrolados ecoavam pelo apartamento de Emma. Esbarraram em alguma coisa deixando um vazo cair no chão e quebrar.

A: Merda! – mais risadas se fizeram presente – Não ri! Não é engraçado!

E: Mas que merda está acontecendo aqui? – Perguntou ligando a  luz vendo Abby sustentar o peso de outra garota sobre  o seu ombro.

A: Emm! Desculpa te acordar...

E: Você ainda não respondeu a minha pergunta!

A: Ela está bêbada!

E: Sim, isso eu posso ver...

A: Eu não estou, ao menos não tanto – a menina riu mais uma vez.

E: Quem é essa menina?

A: Uma amiga...

E: Senta ela aqui, Deus! Quanto ela bebeu?

Abby com dificuldade levou a menina até o sofá, que caiu deitada rindo.

A: Digamos que demais – fez uma careta.

E: Ok, ela pode ficar ai no sofá, desde quando não vomite tudo, o que é difícil, então pensando bem seria melhor levar ela para o seu quarto que fica mais perto do banheiro.

A: Tem um pequeno problema – Emma a encarou seria – Ela é menor... e provavelmente a gente deveria avisar para os pais dela que ela vai ficar aqui...

E: Você só pode estar brincando! Desde quando as suas amigas são menores de idade?

A: Desde o momento em que talvez um cara idiota fosse se aproveitar da bebedeira dela pra ter sexo com ela em coma... – olhou para a menina – Eu nem sequer conheço ela, quero dizer, quase nada...

E: Então você estava lá e decidiu só salvar a garota?

A: Tipo isso...

E: Ok, ela deve ter um celular... – Emma começou a mexer nos bolsos da jaqueta, achando no jeans da menina – Ok... Deus 20 ligações perdida da mãe...

A: Você vai ligar?

E: Não! Você vai ligar, e falar pra ela que está tudo bem, que ela só bebeu um pouco demais, mas que vai ficar na sua casa...

A: Ela não vai acreditar em mim, ela nem me conhece.

E: Bom, se ela não acreditar, você fala para ela vir aqui pegar a filha dela... – passou o telefone para Abby e foi para o quarto.

Meia hora depois Emma foi até o quarto de Abby.

E: E então?

A: Falei com a mãe dela, muito simpática alias, ela vai passar amanhã cedo pra pegar a filha...

E: Ok, a gente deveria dormir então, temos trabalho cedo! –beijou a testa de Abby e voltou para  o seu quarto.
Deitou encarando o teto e a única coisa que podia pensar era no sorriso de Regina, seus olhos, e aquela pequena cicatriz no lábio a qual ela apenas tinha notando ontem, era extremamente adorável e sexy ao mesmo tempo, fechou os olhos sorrindo, se permitindo adormecer com aquela imagem perfeita em sua cabeça.

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Emma estava tomando o seu café da manhã e checando os seus emails quando a campainha tocou, ela já tinha avisado o porteiro que deixasse a mulher subir. Levantou, e foi abrir a porta.

E: Regina? – olhou surpresa para a morena, e Regina olhou igualmente da mesma forma – Aconteceu alguma coisa?

R: Não... quero dizer sim, alguém me ligou ontem falando que a minha filha estava nesse endereço...

E: Oh! Você é a mãe da... Deus, entra por favor, eu nem sei o nome dela – sorriu sem jeito.

R: Lilith...

E: Lilith certo, nossa como esse mundo é pequeno!

R: É o que parece, ou o destino esta resolvendo brincar com a gente –Sorriu abaixando a cabeça.

E: Você acredita no destino?

R: As vezes é bom acreditar em algo assim, não é...

E: É eu acho que sim... você quer um café ou alguma coisa?

R: Não obrigada, eu só preciso levar a minha filha para casa, e depois ir correndo para o trabalho, não posso me atrasar no segundo dia!

E: Quanto a isso não se preocupe, eu levo vocês e depois você vai comigo para o trabalho

R: Eu não posso aceitar isso.

E: Sim, você pode, e vai, espera ai que eu vou lá chamar ela! – Levantou tocando a mão da morena.

Emma voltou com Lily do lado.

R: Lilith! – a morena estava brava – Você mentiu pra mim!

L: Mãe, eu posso explicar

R: Claro você sempre pode, Deus! Eu não acredito! Você disse que ia para a casa do seu pai, imagina o meu desespero quando o Henry ligou para ele e descobre que você nunca chegou lá!

L: Mãe eu estou com dor de cabeça, sem sermão por favor!

R: A gente vai conversar mais tarde! – nesse momento percebeu que Emma ainda estava ali – Desculpe Miss Swan, eu nem sei com que cara olhar pra você...

E: Não precisa disso, na verdade é até bom que ela tenha acabado na minha casa, não é?

R: Muito obrigada, mesmo!

E: Na verdade foi a Abby que trouxe ela.

R: Agradeça a sua irmã por mim. – Emma assentiu.

L: Espera! Vocês se conhecem?

R: Ela é minha chefe...

L: Oh...

E: Na verdade você trabalha para a minha irmã... – sorriu – Então eu não sou exatamente sua chefe.

L: OMG! Você é a milionária Emma Swan!

R: Lilith! – repreendeu a filha.

L: Os jornais e revistas sempre estão falando de vocês! Os irmãos Swan’s!

E: Bom, os jornais exageram as vezes – sorriu

R: Lillith chega! A gente precisa ir agora!

E: Eu vou levar você – Swan pegou as chaves – Vamos!

Desceram o elevador, Lilith estava visivelmente interessada em saber mais sobre Emma, ela já tinha lido muito sobre a mulher, mas nunca pensou que um dia iria parar em sua casa.

Lilith era uma boa garota, só um tanto interesseira, coisa que tinha saído ao Pai, já Henry era mais simples e parecia muito com Regina na sua forma de ver as coisas, era um garoto extremamente tranqüilo,  Lilith era o oposto, o que com certeza rendia grandes dores de cabeça para a morena. Ela era uma garota muito bonita e não só Regina via isso por ser mãe, mas também os homens já começavam a olhar para Lilith com outros olhos, Regina passou exatamente por isso, e tinha muito medo que a sua filha escolhesse algum caminho errado como ela fez na adolescência.

Deixaram Lily em casa, a menina desceu do carro se despedindo, e Emma partiu com Regina para o trabalho.

R: Nem sei como te agradecer por tudo!

E: Não precisa!

R: Me sinto um pouco envergonhada...

E: Porque? – Desviou o olhar por um segundo para ver a morena.

R: Porque a gente praticamente não se conhece e a minha filha já vai parar bêbada na sua casa.

E: Não é sua culpa, não tem porque se sentir envergonhada, talvez foi coisa do destino, sei lá!

R: Agora sou eu quem lhe pergunto, você acredita no destino? – sorriu encarando a loira.

E: Tenho que confessar que até antes de conhecer você eu não acreditava, mas agora...

Emma olhou para Regina que desviou o olhar levemente corada, o que Swan achou a coisa mais fofa do mundo, nada mais foi dito, em silencio elas continuaram até chegar ao prédio da empresa. Emma deixou Regina na porta enquanto ia estacionar o carro.

Regina ficou observando por alguns segundos o carro de Emma, até ser tirada dos seus pensamentos.

Rb: Gina!

R: Ruby! – olhou para trás vendo a amiga parada sorrindo – O que você está fazendo aqui?

Rb: Eu estava passando e vi você, e pensei eu conheço aquela bunda! – Gargalhou recebendo um tapa no braço – Mas e você o que está fazendo aqui?

R: Eu trabalho aqui agora! – apontou para o prédio.

Rb: Serio? – arregalou os olhos.

R: Sim, secretaria, eu passei na entrevista!

Rb: Então você vai mesmo abandonar a gente?

R: Já estava na hora ne Red... não quero que os meus filhos descubram por acidente.

Rb: Eu entendo, bem, boa sorte no seu novo trabalho! E ai me conta, o seu chefe é gostoso?

R: Hahaha para! Meu chefe é uma mulher se você quer saber!

Rb: E ela é gostosa?

R: Ela é linda, mas não faz o meu tipo...

Rb: Bom, com certeza você vai achar alguém legal nessa empresa que roube o seu coração!

R: Eu não estou procurando por isso – sorriu

Rb: É exatamente nesse momento que acontece, quando você não esta procurando... Mas deixa eu ir agora, porque tenho que comprar umas coisas pra o show de hoje, alias você não esta mais dançando, mas ainda pode ir me ver não é? – sorriu irônica.

R: Claro que sim! Prometo que assim que tiver tempo eu vou!

Rb: Ok, vou ficar esperando a Majestade ir ver a minha humilde pessoa, me liga pra gente combinar de sair!

R: Pode deixar!

Se despediram com um beijo no rosto. Ruby com certeza era a única pessoa que Regina poderia chamar de amiga, sempre esteve ao seu  lado, elas praticamente começaram a dançar juntas na boate.

E: Hey! Você esqueceu! – mostrou a bolsa para Regina.

R: Oh Deus, que cabeça a minha, obrigada Miss Swan!

E: Achei que você já tivesse entrado!

R: Eu encontrei uma amiga e conversamos rapidamente, espero que não se importe...

E: Não que é isso! Tudo bem, você pode fazer o que quiser – Sorriu – Vamos?

Regina assentiu, então Emma abriu a porta para ela passar, e por mais que Emma tentasse se controlar perto daquela mulher, era inevitável não notar aquelas belas curvas. Regina estava usando uma saia que ia até os joelhos, mas que moldava perfeitamente seu corpo, Emma respirou fundo, e seguiu a morena até o elevador...