Time Travel escrita por Lyn Weiss


Capítulo 10
Farewell


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores. Bem, primeiramente... EU SEI QUE DEMOREI MUITO PRA POSTAR, ME DESCULPEM MESMO. Eu não tenho nenhuma desculpa boa pra essa minha demora monstra. O que aconteceu foi que eu simplesmente não soube o que escrever. Me deu um completo branco, fiquei totalmente sem idéias. Me perdoem. ;-;
Eu escrevi esse capítulo meio correndo então peço perdão se estiver meio ruim e com alguns erros, prometo que vou compensar.
Boa leitura. ♥



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NARRADOR • POV

Michael estava feliz. Sim, pela primeira vez em muito tempo, se sentia feliz por ter feito algo. Quando se desculpou com Skyler, foi como se eu tivesse tirado um peso das costas. Afinal, nem sabia o motivo de tê-la tratado daquela forma. Skyler era uma ótima garota, até havia o ajudado com a idéia da luva para esconder as manchas em sua pele. Enfim, eles poderiam ser ótimos amigos, se Michael não tivesse certeza de que ambos eram muito diferentes. Não sabia se conseguiria manter uma amizade íntima com alguém com quem trabalha. Seus amigos mais íntimos eram seus irmãos e Brooke. Ah, sim, Brooke Shields. As palavras fogem da boca de Michael quando pensa naquela mulher encantadora. Ele já havia tido outras namoradas, mas Brooke era diferente. Era para casar. Ele a amava, e tinha certeza que era recíproco. Mas quando se trata do assunto 'Skyler'... Bom, os dois poderiam até se dar bem dali em diante, mas apenas profissionalmente. Fora isso o que ele quis dizer quando perguntou se poderiam ser amigos, e esperava que ela houvesse entendido.

Os dois caminharam pelas ruas de Hollywood durante boa parte da manhã e, perto do meio-dia, Skyler murmurou algo sobre Zoey estar de ressaca e saiu correndo depois de se despedir rapidamente. Michael parou em qualquer restaurante para almoçar — claro, com a companhia de seus seguranças caso algum fã estérico resolva atacá-lo —. Depois ligou para seu motorista e rumou até o set de filmagem de seu novo comercial, que concordou em fazer totalmente contra a sua vontade. Honestamente, Michael não estava com um bom pressentimento sobre aquela parceria com a Pepsi. Havia apenas concordado em fazê-la para promover seu álbum. Depois da experiência com Off The Wall, faria qualquer coisa para realizar seu objetivo de ganhar o Grammy esse ano.

Quando chegou no local, não havia quase ninguém. Era primeiro de janeiro e claro, quase todos estavam de folga. Mas as férias não duram muito para quem trabalha neste ramo, por isso haviam pessoas que estavam ali para adiantar tudo o máximo possível. As gravações do comercial não começariam imediatamente, o cenário ainda estava sendo trabalhado e Michael estava ali apenas para assinar alguns papéis e ensaiar algumas partes, depois poderia ir para casa. Porém, não foi.

Michael amava sua família e amava ter todos perto, mas acontece que alguns dias eram quase insuportáveis. Vários de seus irmãos brigavam feito gato e rato, sem falar em Joseph pegando no seu pé por qualquer coisa, parecia que nunca estava satisfeito com nada. E aquele era um desses dias. Normalmente Michael ficaria em seu quarto e fingiria que nada estava acontecendo, mas já que estava fora de casa, achou melhor continuar assim. Então rumou até sua gravadora, se trancou em sua sala e começou a trabalhar em algumas músicas. Já estavam surgindo novas idéias para seu próximo álbum, e achou melhor colocá-las no papel antes que as esquecesse.

***

SKYLER JONES • POV

Eu entrei em casa pulando de alegria... literalmente. Não havia palavras para expressar o tamanho da minha ansiedade naquele momento. Talvez eu esteja exagerando um pouco, sim. Mas Michael me pediu desculpas! Isso com toda certeza é um grande avanço. Porém, parei de pular e dar risadinhas quando vi Zoey sentada no sofá, cabisbaixa. Ela ainda estava com aquela aparência terrível de ressaca. Deve estar apenas enjoada ou com dor de cabeça, mas mesmo assim não deixei de me preocupar.

— Zoey? — ela me olhou com uma expressão um tanto confusa — O que foi? — perguntei me sentando ao seu lado no sofá. Ela me mostrou um envelope que estava em seu colo, onde estava escrito: ''Universidade de Cinema de Milão''. Olhei para ela com o cenho franzido.

— Mandei minha inscrição dois mêses antes de você chegar. Mas a resposta estava demorando tanto que achei que nem valia a pena contar. — ela respirou fundo — Eu fui aceita. — disse e deu um sorrisinho desanimado.

— Nossa... Zoey, isso é ótimo! Por que está tão pra baixo? — perguntei confusa. Aquela era a oportunidade da vida de Zoey, era o que a faria virar uma cineasta de sucesso. Não estava entendendo seu desânimo.

— Porque... Sky, eu tenho uma vida aqui. Tenho um emprego, ainda sou voluntária no abrigo... E tem você, não posso deixar você sozinha... — com toda aquela correria de ultimamente eu nem me lembrava de que Zoey passava duas horas por dia no abrigo para sem-tetos. Bem... Em parte ela estava certa. Ela tem uma vida aqui. Mas eu faria o máximo para convencê-la a ir para Milão. Se me lembro bem, foi nessa viagem que ela conheceu Frank, o pai de Anna. E isso significa que se ela não for, minha melhor amiga já era.

— Zoey, — interrompi — Eu preciso te lembrar que esse é o seu maior sonho? — ironizei — Você vai estar deixando-o escapar entre os dedos se não aceitar. E eu peço, por favor, não recuse por minha causa. Eu ficarei bem. — eu a olhava fixamente, parecia que havia conseguido convecê-la.

— Você... — ela respirou fundo, acalmando-se. — Você promete tomar conta de tudo pra mim? Da casa, do abrigo...
— Claro, eu prometo. — levantei o dedo mindinho e ela também, nós duas rindo baixinho. Ela limpou as lágrimas e seu rosto tomou uma expressão totalmente diferente.

— Meu Deus... — ela sussurrou. — Eu vou para Milão! — parecia que havia finalmente caído a fixa. — Vem, me ajuda a arrumar as malas. — ela levantou num salto e me puxou até seu quarto. Passamos o resto da tarde colocando suas roupas — que não eram poucas — dentro de várias malas. Estou curiosa para saber como deixarão ela entrar com toda essa bagagem no avião. Ela embarcaria daqui há 3 dias, exatamente no dia em que gravariam o novo comercial de Michael para a Pepsi — não preciso nem mencionar o quanto eu odeio essa parceria —. Por sorte, o vôo de Zoey era no período da noite, então daria tempo de fazer uma pequena despedida, já que ela ficaria em Milão durante 4 anos. Pra ser sincera, eu não queria que ela fosse. Zoey estava comigo desde o início, e eu não conseguia imaginar como seria sem ela ali. Mas, bem, era isso ou Anna nunca nasceria, eu eu não quero nem pensar em quanta coisa mudaria no futuro se isso acontecesse.

***

Passaram-se os nossos três dias de folga. Três longos dias aguentando Zoey enchendo minha cabeça de como ela estava ansiosa para conhecer a Itália e sei lá o que. Ok, eu a amava e estava feliz por ela, mas ficar falando no mesmo assunto durante três dias seguidos é um pouco desgastante, pelo menos para mim.

Eu havia avisado toda a nossa equipe sobre a sua partida, e depois que terminassem de gravar o comercial, o que duraria mais ou menos umas quatro horas, Zoey teria uma despedida de tirar o fôlego.

Às 14:00, todos estavam no set se preparando. Michael vestia uma jaqueta de couro preta e branca e suas costumeiras meias e luva brilhantes. Todos ali em volta eram amigos de Michael e dançarinos profissionais, até as crianças. Quando começaram a gravar, soltaram uma versão de Billie Jean que Michael gravou especialmente para o comercial. Eu tenho que dizer, realmente odiava aquela parceria, mas adorava ver Michael dançar de perto. É uma emoção totalmente diferente do que vê-lo em vídeos ou na TV. É o tipo de coisa que você não acredita que seja real até ver aquilo na sua frente. E eu tive que me segurar para não começar a chorar denovo.

As gravações correram bem. Ocorreram alguns erros, o que fez com que demorassem um pouco para terminar, mas fora isso foi um sucesso — infelizmente —. Exatamente às 16:01, quando finalmente concluíram as gravações, toda a equipe irrompeu em palmas e todos foram em direção à Zoey, que estava num canto do set fazendo algumas anotações. Em questão de minutos, ela estava com lágrimas nos olhos e agradecendo a todos. Michael a abraçou, deu um beijo em sua testa e depois veio em minha direção, e eu senti meu coração falhar uma batida.

— Vou sentir falta das loucuras dela. — disse ele rindo, e eu apenas concordei com a cabeça e dei um largo sorriso. — Não consigo imaginar vocês duas separadas. Vocês são bem próximas, não é? — perguntou. É impressão minha, ou Michael está tentando puxar assunto?

— É, somos. — respondi cabisbaixa. — Eu nunca poderei agradecer tudo o que ela fez por mim... — ele assentiu, parecendo entender.

Ficamos mais algumas horas ali, conversando e rindo com todos da equipe. E, quando o relógio marcou 18:30, Zoey se despediu de todos novamente com lágrimas nos olhos, e nós duas fomos de táxi até o aeroporto.

— Você anotou tudo o que eu disse? — perguntou ela pela milésima vez.

— Você disse as mesmas coisas tantas vezes que eu poderia gravar na memória sem problema algum. — brinquei e ela gargalhou. Depois me deu um abraço e novamente começou a chorar.

— Vou morrer de saudades. — ela disse ainda agarrada em mim.

— Eu também, Zoey. — ela me largou e eu a encarei com os olhos marejados. A expressão dela era uma mistura de alegria e tristeza. — Agora você tem que ir, ou vai perder seu vôo.

— Sim, ok... — ela pegou sua bagagem e olhou para trás, e talvez tivesse acenado se não estivesse com três malas em cada mão. Mesmo assim, eu acenei.

Depois de vê-la embarcar, peguei o mesmo táxi e fui para casa, a qual tenho certeza que agora pareceria bem maior sem Zoey ali.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Zoey vai ficar um tempinho sem aparecer agora, mas garanto que ela vai voltar!
Mais uma vez me desculpem pela demora, gente. ;-;



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