É uma verdade universalmente conhecida que em tempos em que os mortos andam sobre a terra ceifando vidas inocentes uma dama conhecedora da arte de decepar cabeças é sim uma dama valiosa. Em teoria pelo menos...

Londre  1813

— Não é seguro, Charles! Argumentou Mr.Darcy levantando os olhos do livro que tinha em mãos.

— somos capazes de nos defender e ainda defender ao nosso grupo! Rebateu o olhando com seriedade.  – e ainda podemos levar alguns homens, estaremos seguros, meu amigo! Disse sorrindo enquanto tomava um acento de forma despreocupada.

—pode ate ser! Disse Mr Darcy Pensativo. – mas é uma viagem longa... e o que diabos você quer fazer em uma região tão isolada Quanto Meryton?  Perguntou franzindo a testa enquanto olhava o amigo sorrir e dar de ombros.

— Fiquei sabendo de uma propriedade que esta a venda! Disse sorrindo. – você tem Pemberley... eu poderia comprar a propriedade se realmente for como penso e poderiamos passar uma temporada por la! Justificou-se. – Longe de toda esse caos que é Londres!

— quer colocar todos em risco por uma propriedade? Perguntou Mr. Darcy em tom de indgnação.

— se quiser não precisam vir comigo! Disse sentindo-se culpado.

— sabe que não deixariamos que viajasse sozinhos nos tempos de hoje! exclamou Darcy sentindo pena do amigo. – você não acertaria um desses montros nem se estivesse a um palmo de seu nariz! Brincou com a total falta de habilidade do amigo com armas.

— sabe que sou melhor com espadas! Disse sorrindo divertido.

— sim...mas mesmo sabendo de sua habilidade com a espada nunca a tem em mãos quando é preciso! Disse sorrindo. – então...  partiremos ao amanhecer!  Darcy sugeriu se colocando de pé enquanto dava por encerrada aquela descursão.

Mr. Darcy se recolheu em seus aposentos mais cedo naquela noite, não havia muito que se fazer, não poderiam sair e a sociedade não fazia tantas reuniões quanto fizera um dia... e também precisava esta bem disposto para a longa viagem que fariam na manhã seguinte, seu amigo se esforçava ao máximo em suas batalhas, mas não poderia contar com as habilidades de seu amigo Charles para defendé-los dessa horrível praga.

Darcy achou que dormir não seria algo fácil naquela momento, nessas horas em que estava só não conseguia afastar seus próprios montros interiores, não podia esquecer-se do quão sozinho se sentia, tinha seu grande amigo Charles, seu primo Richard, georgiana, mas eles não pareciam suficientes para suprir essa sensação de solidão que sempre o perseguia nos últimos anos... Mr. Darcy era capaz de aposta sua fortuna de que existiam mais mortos vivos do que pessoas na terra...  enquanto Mr.Darcy observava pela janela as escuras e sujas ruas de Londre  tomadas desses pobres infelizes em seus trapos funebres condenados a uma eternidade vagando por sobre a terra em meio aos vivos.

Nesses momentos de profunda reflexão Mr. Darcy não podia deixar de lembrar-se de seus amigos perdidos para sempre... e nunca poderia se sentir feliz por ter sobrevivido... sim, porque ele estava apenas sobrevivendo, não poderia dizer que tinha uma vida, quem poderia? Se perguntava enquanto observava um grupo de mortos vivos que perambulavam pela rua em suas formas assustadoramente esqueleticas...

Nunca poderia se acostumar com suas aparências medonha, as vezes tinha pesadelos com os mortos e sempre acordava durante a madrugada com medo de que pudessem de alguma forma ter conseguido invadir sua casa.

Se ao menos sua irmã Geogiana estivesse com ele não se sentiria tão sozinho naquele momento... o mais irônico era que a sociedade tentava levar a vida como se os mortos ainda continuassem descansando em paz em suas tumbas. 

— Idiotas! Disse em um resmungo.

###  Condado de Meryton ###

— Meu caro senhor Bennet você sabia que Hertfordshire vai ser comprada? Perguntou a Sra.Bennet em seu tom escansaloso de falar.

— quem seria o maluco que viriam para cá em tempos tão perigosos? Perguntou o senhor bennet sem tirar os olhos de sua adaga que cuidadosamente limpava.

— A senhora Long disse que os compradores chegariam ainda hoje! Disse ignorando a pergunta de seu marido. – o senhor precisa lhes fazer uma visita assim que chegaram! Disse animadamente.

— porque diabos eu faria isso? Perguntou o senhor Bennet olhando a mulher pela primeira vez com um sorriso irônico nos lábios.

O senhor bennet melhor do que ninguem sabia as intensões casamenteiras de sua esposa ao pedir-lhe que arrisque seu pescoço em um trajeto de 5 milhas  Hertfordshire  pra conhecer o cavalheiro em questão.

— Por deus, senhor Bennet...  O senhor tem 5 filhas que estão encalhadas e tudo por culpa desses Demônios! Disse de forma chorosa enquanto olhava indignada para o marido que parecia não dar importância.

— quem pode pensar em casamento enquanto estamos tentando a sobreviver a tudo isso? Perguntou dando de ombros.

— senhor Bennet! Exclamou em evidente irritação. – pare de troçar dos meus pobres nervos! Pediu enquanto saia  resmungando o deixando finalmente sozinho.

A Senhora Bennet saiu de forma tão apressada que quase derrubou sua segunda filha que ia em direção ao escritório do pai.

— o que o senhor fez dessa vez, papai? Perguntou Elizabeth compartilhando um sorriso cumprisse com o pai.

— lhe juro que nada fiz dessa vez a senhora sua mãe, minha querida! Disse sorrindo para a filha.

—  como não? Perguntou sorrindo. –  ela não estaria reclamando de seus pobres nervos atóa! exclamou Elizabeth erguendo a sobrancelha.

O senhor Bennet nada disse em sua defesa, era melhor deixar as coisas como estavam e não dar a senhora Bennet ainda mais motivos de evidenciar seus pobres nervos para todos, não teriam paz.

—bom, eu vim apenas avisá-lo que vou pegar o SR. Wickham ! disse animadamente.

— tenha cuidado Lizzie... andar por ai não é seguro! Aconselhou o pai.

— não se preocupe, papai... sei me cuidar! Disse sorrindo. – aprendi com o melhor! Completou

— e o aprendiz superou o mestre! Brincou o senhor Bennet. – vá com cuidado, minha querida, não suportaria perder minha filha mais sensata para esses malditos! Advertiu.

Lizzie saiu rapidamente, com um espírito livre nem mesmo os mortos poderiam impedir que Elizabhet fizesse seus passeios, sempre pensou que poderia enlouquecer  se ficasse trancada em casa por tanto tempo... nesses seus momentos sua mãe sempre fazia o maior escandalo dizendo que não mandaria ninguém ir a procura dela e que se fosse morta pelos zumbis não a perdoaria. Lizzie sempre ria do drama da mãe, mas a entendia.

— não se preocupe, mamãe... não serei morta! Disse enquanto dava um beijo no rosto da mãe e saia porta afora rumo a liberdade.

Mesmo estando cercada por natureza Lizzie mantinha os olhos e ouvidos bem atentos a qualquer barulho.

Sempre se mantinha seu cavalo Mr. Wickham sempre próximo ao rio e enquanto caminhava se admirava como em um mundo onde os mortos vagavam sobre a terra  ainda poderiam existir belezas de tirar o fôlego como as que cercavam a região.

Por um momento deixou sua mente viajar nas belezas a sua volta, mas essa sensação de liberdade não durou muito porque De repente Lizzie fez seu cavalo Mr Wickham parar, aquele grunidos eram inconfudiveis... um pouco mais a frente um pequeno grupo de zumbis perambulavam sem rumo em suas formas desengonçadas...

Aprendera da forma mais díficil que sempre deveria evitar grupos de zumbis, por menor que seja esse grupo era melhor evitá-los,  um zumbi poderia ser considerado inofencivo, mas em grupos eram mortais.

Rapidamente Lizzie direcionou seu cavalo para longe do pequeno grupo, mas por um momento de descuido seu cavalo deu de cara com um desses monstros e no susto o animal empinou relinchando ao ser atacado pelo monstro e derrubou  Lizzie no chão e atraindo a atenção do pequeno grupo a alguns metros dali.

Lizzie com o coração acelerado se levantou ignorando a dor terrível pela queda, mas  e antes que pudesse ter tempo seu pobre cavalo fora mordido por um zumbi, não havia nada que pudesse fazer pelo pobre animal ele estava perdido... lizzie rapidamente se afastou do animal, mas um pequeno grupo a seguiu, apesar de mortos eram bem ageis, afinal, a sineta anunciando o banquete havia sido tocada... mesmo com suas habilidades Lizzie não poderia lutar com todos ainda mais em um lugar tão fechado quanto aquela floresta... então Lizzie decidiu que era melhor correr rumo a estrada e eles o seguiram proferindo seus ruidos e gritos.

Aqueles sons eram capazes de atrais mais zumbis, e  Lizzie não poderia se dar o luxo de aniquilar tantos... mesmo assim correu mais que seus pulmões suportavam tentou de alguma forma separá-los um pouco.

Lizzie derrubou um zumbi fêmea com facilidade e mal teve tempo de respirar e já tinha de correr novamente... de longe pode ouvir barulhos de cavalos pela estrada... esse não era um bom momento para aparecer mais pessoas.

— droga! Disse Lizzie quando avistou a majestosa carruagem que se aproximava.

Antes que ela pudesse avisá-los que estava tudo sobre controle os homens avançaram e lizzie poderia cair na risada ao ver um ruivo muito desajeitosamente atirar em um zumbi e acerá-lo no ombro.

— você tem que acertar a cabeça! Lizzie gritou enquanto passava correndo pelo ruivo que sorriu envergonhado com sua total falta de jeito.

Rapidamente lizzie derrubou mais um dos mortos vivos e já era perceguida por outro... o moreno não encontrava dificuldade alguma ao derrubar alguns não mensionaveis.

Derrubou um após o outro sem nenhuma dificuldade...

Faltava apenas 1.

— esse é meu! Lizzie disse parando em frente ao zumbi enquanto ele se aproximava de forma cambaleante. O zumbi era enorme, o maior que lizzie já encontrou e o sorriso em seu rosto não demostrava qualquer sinal de medo, muito pelo contrario.

Antes que o mostro pudesse alcançar lizzie sua cabeça voou longe. Lizzie ficou boquiaberta.

— como pode? Perguntou indgnada. – ele era meu! Disse olhando o zumbi caido.

O Moreno a olhou com a testa franzida. Entenderá bem? Ela estava brigando com ele por tê-la salvo? Rapidamente o ruivo se aproximou dos dois.

— A senhorita esta bem? Perguntou o ruivo a olhando com preocupação.

— estava ate esse... Senhor... disse de má vontade. – matar meu zumbi! Disse lizzie chateada.

— seu zumbi? Perguntou  o moreno não acreditando no que ouvia.

— eles eram seus? Perguntou o moreno divertido. – achamos que estava em perigo!

— eu estava com tudo sobre controle! Lizzie disse olhando o ruivo com simpatia.

— não foi o que me pareceu! O moreno disse desdenhoso.

— certo! Lizzie disse de má vontade. – eu estava tendo um pouco de dificuldades, mas já estive em situações piores e eu poderia ter dado um jeito sozinha! Disse o olhando seriamente.

— Me chamo Charles Bingley! Apresentou-se charles antes que o amigo pudesse piorar a situação.

— Elizabeth bennet! Disse lizzie fazendo uma leve reverencia.

Sua mãe a mataria se soubesse que não estava praticando a boa etiqueta... quem precisaria de etiqueta em um mundo como esse? Mas não adiantava discutir.

— Muito prazer miss Bennet! Charles disse de modo animado. – esse é meu amigo Fitzwilliam darcy! Lizzie igualmente fez uma reverencia de má vontade, mas mesmo assim o fez.

— o que fazia por aqui sozinha? Perguntou o senhor Darcy a olhando com curiosidade.

Mesmo com o calor da batalha pode vê-la derrubar um zumbi sem qualquer esforço, era algo incomum ver uma dama capaz de derrubar um zumbi, em geral as damas quase morriam apenas de olhar para uma dessas criaturas demoniacas, mas essa moça não, ela pareceu ficar realmente chateada com a eliminação do “Seu” zumbi.

 Derrubar zumbis eram tarefas dos homens porque uma dama faria algo assim? E o mais espantoso, Como ela poderia gostar de tal tarefa?  Darcy Se perguntava enquanto observava a moça.

— vim dar um passeio! Disse lizzie dando de ombros.

— podemos lhe dar uma carona! Ofereceu bingley. – esta sozinha, não esta? Perguntou olhando em volta.

— eu estava com o Sr.Wickram! disse Lizzie mostrando-se ainda mais chateada. – meu pai vai querer me dar de comida aos zumbis por perdê-lo! Completou chateada apesar de parecer levemente divertida.

Darcy sentiu seu corpo tensionar ao ouvir esse nome, não era possivel encontrar homem mais despresivel em um lugar tão improvavel o que esse homem estaria fazendo aqui? Esperava não ter de encontrá-lo.

— o que aconteceu com ele? Perguntou charles cheio de preocupação. – se quiser podemos procurá-lo!

— ele esta morto! Disse lizzie olhando o ruivo com divertimento. – oh, não se preocupe! Disse Rapidamente notando-o preocupado. -  era só um cavalo! Disse lizzie sorrindo ao notar o semblante pesaroso do ruivo.

— nome curioso para um cavalo! Darcy comentou.

—era o nome de um soldado do regimento que tornou-se um deles a alguns meses! disse apontando para o cadáver a alguns metros. – ele esta sempre por ai... ninguém nunca conseguiu matá-lo e todos que tentaram acabaram mortos! Explicou.

— isso esta mais para estórias que os pais contam para as crianças dormirem! Disse bingley divertido.

— antes fosse senhor Bingley! Disse lizzie sorrindo. – para onde vão? Perguntou Lizzie olhando ambs.- Para herdforshire! Bingley respondeu de forma animada.

— vocês são os novos moradores? Perguntou sorrindo

— como sabe? Perguntou Darcy curioso.

— não a nada que essa cidade não saiba, senhor Darcy! Disse lizzie o olhansdo nos olhos de forma dasafiadora e logo em seguida quebrando o contato visual e  indo em direção a estrada.

Darcy tentou ignorar o calor que subiu em seu peito ao ouvir aquela moça pronunciar seu nome, havia algo de especial ou poderia não haver, mas darcy sentiu seu peito se aquecer... e enquanto a seguia ate a beira da estrada levou seu tempo admirando a moça a sua frente.

“Não é bonita... Tolerável eu diria e seus modos são incomuns, sabe se virar sozinha e tem uma língua muito afiada para meu gosto!” pensava darcy enquanto observava ela conversar com seu amigo charles.

— Darcy! Chamou Bingly tirando o amigo de seus devaneios a respoito da moça.

— diga, Charles! Disse Darcy de aproximando dos dois.

— Não é nada... só achei que não estava se sentindo muito bem! Disse Charles sorrindo. – Você estava ai parado olhando fixo! Completou.

— podemos ir? Perguntou Darcy olhando o amigo seriamente enquanto tentava ignorar o olhar divertido no rosto daquela moça incomum.

— claro! Disse bingley indo em direção a carruagem onde a ocupante permaneciam no mais absoluto silencio.

— Charles meu irmão! Disse a moça ruiva ao ver o irmão entrar na carruagem. – o que aconteceu? Perguntou preocupada. – O senhor Darcy esta bem?

— perfeitamente bem! Disse charles tomando o acento ao lado da irmã. – temos uma companhia para a viagem! Disse rapidamente enquanto elizabeth entrava tomando o assento vazio ao lado de Bingley.

— Desculpe a intromissão! Pediu elizabeth oferecendo um sorriso a moça ruiva que não retribuiu.

Elizabeth apenas deu de ombros... e rapidamente se envolveu em uma conversa com o senhor Bingley que parecia muito curioso sobre suas habilidades em derrubar zumbis, elizabeth e Caroline nem ao menos foram apresentadas, a etiqueta não era mais uma pratica.

Elizabeth pessou que talvez os zumbis fossem mais educados que aquela ruiva com cara azeda e teve que suprimir um riso.

O moreno rapidamente entrou na carruagem e sentou-se ao lado da Ruiva e de Frente Para elizabeth.

Elizabeth o encarou por apenas um minuto, ele se mantinha serio. Talvez estivesse chateado por sua grosseria quando ele pensou estar a salvando.

— Podem me deixar ali! Disse elizabeth ao avistar seu caminho para casa.

— Podemos levá-la em casa sem problema algum! Ofereceu bingley animadamente.

— Não quero abusar da boa vontade de vocês e já me intrometi o suficiente em suas viagem! Disse Elizabeth olhando todos e agradecendo pela ajuda.

Elizabeth desseu da carruagem e já ia seguindo rumo ao seu caminho quando ouviu seu nome e virou-se para ver o moreno vindo em sua direção enquanto a carruagem seguia seu caminho sem ele.

— vou acompanhá-la ate esta em segurança! Justificou darcy ao olhar questionador da moça.