Dias de Verão em Tempos de Inverno escrita por MiddyMoon


Capítulo 9
Expiração


Notas iniciais do capítulo

Hello honeys! Como prometido, aqui está outro capitulo! No final do texto eu tenho um projeto que estou querendo compartilhar com vocês e queria uma opinião! Espero que gostem e boa leitura! (^▽^)/



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Já se passaram duas semanas após o incidente, e meu dia de alta era hoje. Antes de sair do hospital eram necessários mais alguns exames e em esse meio tempo certifiquei-me de algumas coisas; que minha ‘cara de bunda’ estava estampada nos jornais da cidade, que Lolla e Alexy que me visitavam todos os dias todos os dias iriam se aproveitar de minha boa vontade depois que praticamente salvaram minha vida e que meu relacionamento com o ‘senhor certinho’ estava um pouco melhor, porém ainda estranho.

Enquanto eu estava no quarto do prédio ainda arrumando as roupas na mala que Lolla havia pegado para mim com a ajuda de Alexy e Lysandre, me deixara com a duvida de como eles entraram em minha casa, também soube que ligaram para meus pais e quando a enfermeira entrara e me dera o telefone isso realmente se confirmou, pois seu rosto mostrava que eles deveriam estar surtando.

— Alô? — Quando atendi o aparelho meus tímpanos fora rapidamente corrompidos pelo choro histérico de uma mãe incrivelmente preocupada e um pai perplexo e com raiva dizendo que iria acabar com as pessoas que fizeram isso a mim — Mãe, eu juro que estou bem, meus amigos me ajudaram e cuidaram de mim esse tempo, por falar nisso, tenho que recompensa-los — Demorei um bom tempo para acalmar a mulher que incessantemente falava que não deveria ter me deixado sozinho e que viria para a cidade o mais rápido possível.

Mas alguma coisa ainda me preocupava, eu não sou uma pessoa que gosta de se meter na vida alheia, entretanto, naquele dia Lysandre estava conversando com uma mulher que por algum motivo parecia familiar, e que me impulsionara a talvez pergunta-lo sobre isso, até porque ele sempre me conta quando tem alguém que ele gosta.

Estava acabando de guardar as poucas coisas que faltavam na mala e peguei meu casaco de couro preferido, afinal, tinha que voltar com estilo, mas ao pega-lo senti algo no bolso e verifiquei o que era, o bilhete de Lolla, rapidamente abri para ver o que estava escrito e me surpreendi.

“Castiel, acho que você leu que tinha que ler antes das aulas terminarem, bem, meio obvio se você estiver lendo.Tem alguma coisa estranha acontecendo e sem espernear nós vamos com você depois da aula, vamos esperar por você”

Lolla percebeu tudo muito antes de mim ou de qualquer pessoa, o que ela sabia? E por que achava que estava tudo muito estranho? Precisava encontra-la, se eu tivesse  lido o bilhete isso talvez não aconteceria agora, porém, mais tarde.

Peguei minhas coisas, entretanto meu braço direito ainda estava dolorido, a enfermeira me deu os parabéns por eu ter conseguido a alta e logo a agradeci por ela ter cuidado de mim todo esse tempo. Ajeitei minha mala no ombro esquerdo e esperei o elevador, que por minha surpresa, estavam duas figuras com os olhos marejados quando me viram e repentinamente senti que iria ser atacado.

— Cas-Castiel!!! — Disseram em uníssono enquanto literalmente pularam em cima de mim o que me fizera cair. As pessoas no hospital observava a cena aparentando quererem rir e algumas estranhando a situação, me desculpei fazendo um gesto com a cabeça.

— Quantas vezes tenho que falar que isso é um hospital? E vocês não me visitaram todos os dias? Porque isso agora? — Disse um pouco irritado, mas me senti feliz com a preocupação e carinho que estava recebendo desses dois baderneiros.

— E que sua alta é hoje! Estamos tão felizes que você esteja bem! — Disse Alexy choroso enquanto olhava para mim.

— Sentimos sua falta — Lolla sentara em cima de suas pernas e sua cabeça estava cabisbaixa enquanto nós três ainda continuávamos no chão, por algum motivo desconhecido.

Observei aquela situação, incomum para mim, eu realmente soube o quanto aquelas duas pessoas também se preocupavam comigo e que aturam esse meu jeito rude e meu vocabulário nada polido. Afaguei os cabelos dos dois por um momento, senti minhas bochechas se avermelharem e isso me deixou um pouco desconfortável, afinal, eu não fazia isso todos os dias.

— Obrigado — Desviei o olhar — Não sei o que aconteceria comigo sem vocês — Quando voltei a fitar dupla cômica, eles me olhavam assustados, como se tivessem visto algo incrível. — O que foi? — Perguntei irritado.

— Por favor, devolva o Castiel! — Falou Alexy e Lolla riu. Me levantei do chão pegando minha mala.

— Ah, foi só brincadeira, é que nunca vimos você sendo... Assim, sabe? — A morena colocou a mão em meu ombro com um sorriso largo. 

— Espero que tenham aproveitando, pois certamente não vou fazer mais isso – Descemos a escada com aqueles dois discutindo sobre o recente afeto recebido e me dei à liberdade de perguntar o que aconteceu naquele dia. — Lolla — Assim que eu a chamei ela olhou-me curiosa. — Como você soube? — Então parou seus passos, o que praticamente obrigou-me a parar, consequentemente Alexy também.

— Havia alguma coisa estranha... — A garota olhou para mim com uma expressão pensativa e ao mesmo tempo amedrontada. — Começou logo depois que você saiu da sala dizendo que iria desistir de Nathaniel antes disso tudo acontecer... — Seus olhos agora fitavam o chão. — Havia um homem que eu via todos os dias e que por acaso sempre vinha pelo mesmo caminho que você, primeiramente pensei que era apenas alguém que passava por ali a trabalho, mas estava ficando mais estranho a casa dia, então eu liguei para a policia e eles falaram que iriam ver isso, mas disserem que provavelmente era um morador.

— Como esse cara se parecia? — Perguntei praticamente perturbado, aquela sensação de estar sendo perseguido não era apenas coisa da minha cabeça, então... — Naquele dia no parque! — Pensei alto.

— O que? Enfim, não consegui ver o rosto dele direito, usava um cachecol na altura da boca e óculos e não vi os olhos dele. — A menor cruzou os braços — Lembram o dia que eu cheguei atrasada?

— Eu lembro, o que aconteceu naquele dia? Você não contou nada nem para mim, disse que estava lavando louça, e você mente muito mal, pois estar com as unhas perfeitas naquele dia não te ajudou muito — Disse Alexy irritado.

— Desculpa mesmo — Lolla deu um sorriso amarelo, digno de quem já esperava a punição de Alexy — Então, eu fiquei observando ele e confirmei, ele esperava do lado de fora da escola, um pouco distante, provavelmente para não levantar suspeitas.

— Você ficou maluca?! E se acontecesse algo com você nesse meio tempo?! Ele poderia ver você e fazer seja lá o que! — Agora quem estava irritado no momento fora eu, como ela faz isso?!

— Calma pessoal, eu tenho meus métodos! — Botou as mãos na cintura, revirei os olhos e Alexy colocou a mão na testa não acreditando no que aquela garota fizera. Ela era inacreditável — Então, quando eu deixei o bilhete na sua mesa era para você tê-lo lido, porém, mesmo se lesse não faria diferença, depois que soube que você saiu eu puxei Alexy e fomos atrás de você, então quando você virou a esquina alguns homens o seguiram, imediatamente ligamos para a policia, mas não sabíamos para onde o levaram.

— Corremos atrás e vimos à placa do carro a tempo — Começou Alexy se aproximando de Lolla e entrelaçando os braços, pareciam que na verdade, eles eram gêmeos em alguma outra vida. — Avisamos a escola assim que chegamos lá, enquanto falamos com a diretora assim que praticamente quase arrombamos a porta da sala dela e Nathaniel que estava lá dentro discutindo algo saiu correndo no mesmo instante que soube — O representante? Então foi assim que aconteceu, por um momento algo aqueceu meu coração — O final da historia acho que já sabemos, chegamos lá, os capangas foram rendidos e quando vimos dentro daquele galpão, você estava no chão e o loiro estava abraçado segurando você, ele parecia que tentava não chorar, mas não adiantava, estava tão assustado — Alexy fez um sinal de negação com a cabeça. — Acho que nunca o vimos daquele jeito, tão pouco ficamos tão desesperados assim.

— Ah! Vimos Lysandre conversando com alguém em outra rua, se não me engano tinha cabelos loiros — Cabelos loiros? — Mas estávamos tão desesperados que o avisamos quando tudo estava um caos. — Será que...

— E conseguiram ver o rosto dela? — Perguntei receoso e um tanto curioso para saber quem era.

— Se um homem alto com o Lysandre nos deixasse ver qualquer coisa na frente dele... — O gêmeo olhou-me derrotado fazendo bico — Eu também queria ver... — Quando o assunto é ser curioso nem adianta fingir que não estamos no mesmo barco.

— Alexy ficou incrivelmente sério quando a diretora disse para esperarmos um minuto enquanto tomava chá que pareceu até outra pessoa — Lolla mudou o assunto e parecia relembrar o momento que disse fazendo um rosto cômico de algo inacreditável.

— Foi o calor do momento! — Alexy tentou se defender.

— Será que devo repetir o que disse? — Provocou o azulado — “A gente não tem um minuto! Você vai ouvir a gente agora!”, ele estava tão mal-encarado que o Totó começou a latir e foi só ele olhar para ele que o cão parou de latir — A menina tentara imitar a voz do amigo. Alexy deu um sorriso amarelo que nem parecia que ele era capaz de ser tão sério assim.

— Mas foi só daquela vez — O proferiu com certeza colocando a mão direita da cintura e sorrindo — E minha voz de sereia não é assim, terá que treinar mais, ok?

— Sim senhor — Os dois se entreolharam e começaram a rir, em meio a situação, as incertezas e duvidas, tudo o que havia acontecido, eu ri com ele, esquecendo por um momento que tudo aquilo havia acontecido.

— Desculpem por preocupar tanto vocês, de agora em diante prometo que lerei todos os seus bilhetes, tabua — Ela me olhou brava mas logo sorriu. — Eu meio que gosto de vocês.

— Só meio?! — Falaram em uníssono, com certeza, gêmeos de vida passada.

— É mão de vaca até para sentimentos — Lolla virou a cara e me olhou de soslaio.

— Ok, eu gosto de vocês, e... obrigado — Eles sorriram um para o outro dando um olhar um tanto suspeito, logo seus braços cruzaram em mim em um abraço caloroso dos dois mais baixos. — É muito afeto... — Revirei novamente os olhos. — Vai estragar minha imagem de badboy.

— Aguente — Disse Alexy — Como você está dócil hoje vamos aproveitar.

— E você está agradecendo e se desculpando muito, por mais que eu aprecie isso, é estranho em você, mas continue assim! — Eles se ‘descolaram’ de mim dando mais uns daqueles sorrisos largos que por acaso me fez sentir melhor.

— Vamos comemorar a saída do hospital com hambúrguer! — O garoto saiu na frente saltitante.

— Você quer me matar? Acabei de sair do hospital, não posso comer isso — Falei o óbvio.

— Bem, é você quem vai pagar mesmo, compre um suco para você ué — Eu realmente não sei lidar com esse cara.

— Quem disse que eu vou pagar? Lolla você concorda com ele? — Silêncio, eu não entendi o motivo de ela estar me ignorando. Quando dei por mim, eles estavam discutindo a lanchonete e percebi que havia perdido.

Estamos prestes a sair do pequeno pátio do prédio, estava quase anoitecendo, o seu alaranjado marcava o fim da tarde, porém repentinamente Lolla parou olhando para frente.

— Quem está ai!? — Ela olhou furiosa para o portão.

— O que houve? — Perguntei, rapidamente olhamos para o portão e a silhueta do que parecia ser um homem desapareceu, ouvimos sons de alguém correndo, Lolla fez o mesmo e tentamos acompanha-la, quando chegamos a uma esquina o mesmo havia desaparecido.

— É o mesmo cara?  — Alexy olhou para Lolla que estava nem um pouco feliz com a situação.

— Não faço ideia, pensei que tinham prendido todos, vou avisar a policia novamente.

— Todos? Espera, o pai de Nathaniel?...

— Sim, também foi preso, não sei como ele vai conseguir lidar com isso, ele mesmo denunciou o pai, quando ele te atacou disse que foi legitima defesa, porém a situação dizia outra coisa — Fiquei perplexo, não sabia que havia acontecido tudo isso, provavelmente saiu nos jornais, mas não li afundo.

— Mas que... merda — Botei minhas mãos na nuca — Lolla, Alexy, vou leva-los para casa, não saiam para a rua se ficar muito tarde.

— O que? E deixar você sozinho em casa? Vou dormir na sua casa — Ele convidou-se para ficar em minha casa, mas eu sabia que seria muita preocupação para os pais dele.

— Alexy, seus pais vão ficar ainda mais preocupados, principalmente se souberem que tem um homem perseguindo é melhor eu leva-los para casa, eu vou ficar bem — Disse sorrindo para acalma-los.

— Meus pais nunca deixariam dormir na casa de um garoto, então vou fazer o possível para ajudar mesmo não estando junto. — Fora a primeira vez que a vida emburrada por não ser um garoto, o que me fez rir.

— Agora vamos crianças, daqui a pouco é hora de dormir — Debochei e eles dois fizeram bico.

Estava anoitecendo, nos despedimos primeiramente de Lolla que mostrava um sorriso preocupado, digno de uma mãe, logo após de Alexy, que me olhava como uma criança antes de ir-me embora. Era eu novamente, sozinho fazendo passos na neve, entretanto, pensei que o que estava fazendo era certo, não queria que acontecesse nada de ruim com aqueles dois. Após alguns poucos minutos recebi uma mensagem em meu celular que vibrou na mesma hora.

“De: Nathaniel

Para: Castiel

Estou em frente a sua casa, é melhor vir logo, estou congelando aqui fora.”


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Notas finais do capítulo

I'm back babe's, espero que tenham gostado do capitulo amores, sobre o projeto, estou criando um canal no youtube lendo minhas historias para quem quiser ouvi-las, o que acharam? Bem, até o próximo! Ah, postarei uma vez por semana agora, não será um dia definido, de vez em quando eu posso postar dois! Beijos rosados com glitter dourados! ❤ \( ̄▽ ̄)/



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