Escolhas escrita por RafaRique


Capítulo 2
A Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Dois meses e três dias de espera, espero que gostem, até as notas finais!



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16 horas antes.

Stoico P.O.V.

Eu e Bocão saímos de navio numa caçada a um objeto misterioso que o comerciante Johann disse que viu á Leste de Berk.

—Já estamos pertos? – Perguntou Bocão.

—Johann disse que estaria por aqui, deve estar perto. – Respondi.

—O que é que estamos procurando mesmo? – Bocão.

—Um tipo de pedra ou dragão, Johann é confuso. – Eu.

—Posso dizer o mesmo da Gothi, desde que o Sven não tão silencioso foi até ela de madrugada com dor de barriga ela parece que não entende ninguém... – Sinceramente não entendi o porquê disso, Bocão também pode ser bem confuso.

—Ok Bocão. Devemos estar chegando então fique de olhos abertos.

—Ok. – Bocão

O dia, ou melhor, noite estava clara, mas a neblina não nos deixava com muita visibilidade apesar da lua cheia e de não haver nenhuma nuvem no céu iluminado. Uma fraca luz violeta podia ser vista ao longe atrás de uma ilha à frente de nós, ao chegarmos mais perto a neblina começou a sumir e a luz se intensificou atrás de uma grande rocha. A princípio poderia se dizer que aquilo era um tiro do Banguela, mas era impossível, mesmo fora do arquipélago outro fúria-da-noite viver ali seria muito improvável, não havia peixes aparentes ao redor da ilha e nenhuma vegetação na ilha também, se estivéssemos perdidos eu diria que estamos na ilha dos exilados.

Ao chegarmos mais perto à ilha ela começou a ficar ainda mais visível e podemos ver alguns espetos negros atrás de rocha que a luz violeta estava atrás, quando atracamos à ilha saímos do barco e escalamos a pedra em que a luz e os espetos estavam atrás, chegamos ao topo da pedra e o que vimos foi um cenário de destruição e esqueletos humanos no chão, havia também marcas de explosão em vários pontos do local que parecia uma baia sem água, aquilo tudo parecia um cenário de guerra, mas olhando mais de perto vimos vários túneis, cavernas e grutas que pareciam ter sido usadas para mineração de rochas, eu e Bocão olhamos para a direção da forte luz e dos espetos e o que vimos foi uma grande rocha que parecia ser uma bola com espetos saindo do centro que tinha uma luz que mudava de roxo claro para violeta e rosa escuro como um ovo roxo de transformasa prestes a eclodir.

—O que é isso Stoico? –Perguntou Bocão em tom de conversa, como se eu fosse saber.

—Eu não faço ideia. –Respondi me aproximando da rocha, que de perto parecia fogo, era hipnotizante, era bela, se uma joia fosse feita com a pedra, seria muito bela, quando toquei nela, ao contrário de algo áspero ou liso, parecia que estava tocando em água, não era maleável, mas mesmo assim era uma situação esquisita. Eu queria ficar tocando naquilo, mas o que parecia água gelada estava se tornando água fervente, minha mão estava fervendo de calor e parecia dormente, tentei tirar a mão, mas ela não saía dali, puxei-a com a outra mão para se soltar, o calor sumiu da rocha e do meu corpo quando tirei a mão, sumiu como magia, mas eu não era burro de tocar naquilo outra vez.

Se uma joia fosse feita com a pedra, seria muito bela...

Bocão parecia não ter percebido nada, mas como amigo de longa data sei que ele percebe tudo ao seu redor em um raio de 5 metros, ele olhava intrigado para a tal rocha, mas não tocou nela, pela expressão dele eu percebi que estava com a mesma ideia que eu: Não podemos deixar ninguém achar isso, principalmente meu filho e os cavaleiros de dragões (eles tocariam naquilo sem pensar, e nisso falo pelos gêmeos e pelo meu sobrinho Melequento). Sem dizer mais nenhuma palavra, fomos até o barco e buscamos cordas para retirar a rocha dali, não iríamos colocar a mão naquilo, puxávamos as cordas com força para puxar uma casa viking, eu mesmo já puxei uma sozinho sem o esforço que estávamos tendo, mas a rocha parecia não sair dali de jeito nenhum, continuamos tentando até que as cordas se partiram e tivemos de desistir, e só então falei:

—Vamos ter que deixar aqui.

—Ok... –Concordou Bocão – Mas precisamos pelo menos cobrir isso, tenho algo que pode servir no barco. – Ele disse caminhando até o barco novamente com os pedaços arrebentados das cordas nas mãos. Ele jogou as cordas para o lado e abriu uma caixa que de dentro retirou um tecido enorme com o brasão de Berk estampado em um canto dele.

—Pena que tem o brasão de Berk, mas se dobrarmos conseguiremos esconder. –Disse o Bocão.

—Então vamos dobrar esse canto e colocar em cima da pedra. –Respondi dobrando um canto do tecido e estendendo para levar até a pedra.

—Assim está bom... –Eu espero. Terminei a frase mentalmente. –Espero que ninguém ache.

—Ainda mais o seu filho e os pilotos, se encontrassem iriam fazer muitas perguntas sobre a Pedra da Morte* pra gente...

—Pedra da Morte? Do que você está falando Bocão? –Eu o interrompi.

—Você não sabe sobre a pedra da morte? Como você não sabe sobre a pedra da morte? Todo mundo sabe sobre a pedra da morte. Você não ouviu sobre a pedra da mort...

—Bocão!

—Okay, okay... Bom, eu ouvia lendas de uma pedra que tinha um poder inimaginável, uma pedra! Ah, sim aquela pedra...

—A versão resumida, por favor.

—Resumida, tá bom. –Ele deu um longo suspiro. –Mas a versão maior é mais legal...

—Desembucha Bocão!

—É uma pedra que mata a todos aqueles que em que toca, menos os em que o maior desejo é a vida...

O que? O Bocão bebeu alguma coisa antes de vir. É, deve ser isso, talvez leite de Iaque podre congelado recheado com o vegetal-no-qual-o-nome-ninguém-ousa-dizer (batata*).

Autor P.O.V.

            Stoico não estava acreditando naquela história. Se ela mata a todos que toca, então como ele mesmo não morreu? Cabia a Bocão responder.

            Stoico – Hum... É mesmo Bocão, tem um pequeno problema nessa história... EU ainda estou vivo, não?

            Bocão – Por que ela não tocou no seu sangue, dessa pedra sai um veneno mais mortal do que o veneno de qualquer Vorpente Venenosa*... –Disse em um tom sombrio. – Se tocar no seu sangue, você, bem... Cai duro feito pedra. – Ele disse essa ultima parte já em tom mais alegre, como se fosse algo normal de se dizer, o que no mundo Viking é realmente muito normal. – Se você acredita nesse tipo de coisa! – Ele continuou em meio a risos abafados. – É uma velha lenda que eu escutei quando pequeno, sabe? Naquelas rodas de histórias que os bardos fazem, meu tio avô era um bardo famoso, Beedle, O Bardo! Sempre me levava para as cantigas, e essa em especifigo... Especialifico... Espedifico... Qual era a palavra mesmo?

Stoico – Hum... Acho que o Soluço fala ‘específico’. – Uma das coisas de que fazia Stoico se orgulhar do filho (além de ele ser um treinador de dragões, ter salvado a vida de vários moradores de Berk e de ter salvado a vida de todos os Hooligans de Morte Verde/Morte Rubra e de ser destemido, um líder nato, sábio, inventor de armas etc.) era que ele é muito bem alfabetizado desde pequeno, e para um chefe: “ou você sabe ler e escrever, ou você está em guerra”(muitos vikings já nasceram, cresceram, se tornaram líderes e sucumbiram sua tribo por não saber ler uma carta de uma tribo aliada avisando sobre uma competição de nado, e começar uma guerra por achar que era disso que a carta se tratava.)

Mas continuando.

Bocão – É isso mesmo, essa história em específico me chamou a atenção, meus amigos falavam da pedra, mas eu não entendia muito bem, era uma história em que se por acaso do destino você se encontrar com esse veneno no sangue, peça a Thor que exista alguém em algum lugar dentro ou fora do arquipélago que preze sua vida mais do que a pessoa preza a própria vida, ou bata as botas e ganhe um passe-e-parta...

Stoico o interrompeu. – Acho que o Soluço fala passaporte.

Bocão – É o que eu queria dizer. – E continuou – ...ou bata as botas e ganhe um passaporte só de ida para Valhalla com o pior atendimento, repleto de dor e tortura.

Stoico – Já está bom Bocão, obrigado, mais um motivo para NÃO deixar os pilotos chegarem perto disso. Vamos para casa Bocão.

E assim, os dois voltaram para casa, aparentemente sem notar que a descoberta que fizeram foi uma das maiores descobertas já feitas até hoje (e sem saber que isso poderia ser mais uma vitória para a pequenina ilha de Berk, ou a maior derrota que sucumbiria não só os Hooligans, mas como também todo o arquipélago barbárico).


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Notas finais do capítulo

*A batata é um vegetal que só cresce na América, que os vikings não sabiam se existiam ou não. Vem do livro Como Quebrar a Maldição de um Dragão.
*A Vorpente Venenosa é um dragão amarelo pequenino apresentado no livro Como Falar Dragonês.
*A Pedra da Morte é um mistério (Risada Maligna e Macabra).
(Eu gosto de por parênteses por todo lado.)

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