— E depois? – ela perguntou levando a xicara azul aos lábios. O gosto do café continuava o mesmo amargo de sempre apesar do leve trago a canela que ela sempre insitia em colocar. Os olhos cinzentos se desviaram para Percy que estava do seu lado comendo uma fatia do seu bolo xadrez.

Seu preferido.

Ele ergueu o olhar sorrindo de lado.

— Visitei uns antigos amigos que já não há muito tempo. Tipo muito mesmo – ele deu uma risada fraca – fui jantar num restaurante que ia nos tempos da faculdade. Tinha tantas saudades daquela comida.

— E como foi a virada?

— Ah ficamos por casa mesmo, minha avó não gosta muito de sair… e a sua?

— Ah também foi legal – ela sorriu roubando uma garfada do seu bolo – Passámos todos juntos mesmo.

— Eu vi que sua mãe estava lá com o namorado.

— Pois estava… George é impecável com ela – sussurrou baixinho.

Percy a encarou por leves segundos. O seu olhar correr pelos seus cabelos, suas mão e seu rosto… ele sentiu tanta falta disso.

— Eu senti saudades…-  a mão do Jackson pegou na da loira beijando suavemente os seus dedos.

— Eu também. – ela sorriu.

Ele entrelaçou os seus dedos nos dela de novo, a fitando.

— Que foi? – a Chase arqueou a sobracelha.

— Nada só… só estava pensando – admitiu sorridente. Voltou a dar uma ultima garfada no bolo, empurrando o prato pra longe. O sorriso marcava os seus lábios e ele podia sentir os olhos faiscarem cada vez que eles se encontravam com os da garota.

— Pensando em quê? – ela pousou a xicara sobre a mesa o olhando atenta.

— Em tudo.

Ele torceu o nariz e deu uma risada.

Dessa vez foi Percy quem ficou confuso.

— Porque está rindo? – ele nem percebeu que de novo, os cantos da boca se ergueram nos cantos.

Annabeth passou mão sobre os seus cabelos e deu um sorrisinho engraçado.

— Nada só… me lembrei de uma coisa…

Percy pegou na sua mão, encostando-a à sua boca enquanto beijava delicadamente a pele quente dos seus dedos. Ele a sentiu acariciando a sua bochecha.

— E que coisa é essa? – ele murmurou baixinho se chegando pra mais perto.

A loira olhou para as duas mãos ainda entrelaçadas e deu um sorriso. Aproximou o rosto devagarinho e beijou suavemente a sua bochecha.

— Eu estava pensando que… há uns tempos você nem conseguia me tocar sem ficar se remoendo de culpa e agora – ela deu mais um beijo, porém, os seus lábios tocaram sobre o canto da sua boca – agora olha pra gente… aqui, os dois.

Ele mordeu o lábio a observando.

A sua mão tocou sobre as mechas loiras, as colocando atrás da orelha. A sua mão continuou o percurso, descendo até as bochechas e segurando firmemente o queijou.

— Eu simplesmente deixei de ver você desse jeito… - ele sorriu de leve acariciando a face rosada da loira – quando eu olho pra você agora eu exergo a pessoa que eu amo… que eu quero.

Ela desviou o olhar por um segundo sentindo as bochechas corarem. Ele riu baixinho puxando a sua mão, fazendo com que a loira se arrasta-se pro seu colo.

A Chase abraçou o seu pescolo enquanto as mãos do Jackson tratavam de abraçar a sua cintura. Ela beijou o seu pescoço sentindo os dedos do moreno lhe passeando pelas cochas.

— Senti sua falta – Annabeth sussurrou ainda com o rosto enterrado contra o seu pescoço dando leves beijos e mordidas.

— Sentiu? – Percy gemeu baixinho prendendo as costas da loira contra o seu corpo.

— Muito… senti falta de beijar você, do seu sorriso – ela respirou fundo e sorriu – até do seu cheiro.

Ele gargalhou. A sua mão adentrou sobre a camiseta da Chase, tocando sobre a pele quente das suas costas.

— Não foi só você – admitiu – tantas vezes que eu só queria ouvir sua voz, sentir esses lábios de novo… até dormindo eu senti falta de você. Já me acostumei a ter sua companhia.

Ela sorriu, se movimentando contra a sua cintura.

— Annabeth – um suspirou rouco soou sobre a sua garganta – você adora me provocar não é?

— Muito – ela riu segurando o colarinho da sua camisa. Os seus dedos subiram até ao seu rosto, tocando sobre os lábios. Percy logo segurou a sua mão, beijando gentilmente os seus dedos. –  posso te contar um segredo?

— Você pode contar tudo – ele sussurrou meigo. Os seus lábios beijaram a sua clavícula subindo lentamente até ao ombro. – Tudinho de tudo.

— Você anda falando muitos diminutivos sabia?

— Ahn?

— Devagarinho, quentinho… que se anda passando?

Percy mordeu o lábio contendo o sorriso. A sua mão subiu pelas costas da Chase, fazendo um suspiro baixo ecoar da sua garganta. Ele sentiu os seus dedos apertando os seus cabelos.

— Você gosta quando a gente faz devagarinho – ele sorriu. Ela o olhou sentindo rosto esquentar até à ponta dos cabelos.

— Odeio quando você fala essas coisas – ela resmungou escondendo o rosto com as duas mãos.

— Não se esconda de mim – pediu o Jackson segurando o seu rosto, dando um sorriso meiogo, enquanto afagava as suas bochechas – Tive uma semana sem ver seu rosto então não esconda ele de mim.

— Você não facilita as coisas – Annabeth resmungou acariciando os seus cabelos.

— Você acha que não facilito?

A chase arqueou a sobrancelha confusa.

Percy não esperou. A segurou pela cintura a sentando sobre a mesa da cozinha. A sua boca invandiu os lábios da Chase, unindo-os num beijo tenso e urgente, enquanto as mãos seguravam o seu rosto. O corpo do Jackson caiu sobre o dela, obrigando-o a se deitar sobre o vidro da mesa.

— Percy – ela sussurrou quando a boca do moreno se desviou até ao pescoço. As suas mãos seguraram os seus ombros enquanto sentia os dedos do Jackson dedilhavam as coxas em volta da sua cintura.

— Eu te reservei um dia inteiro lembra? – ele suspirou baixinho descendo os beijos até ao á pele exposta da sua clavícula. Os dedos finos da Chase seguraram os cabelos da sua Nuca sentindo a boca do Jackson se aproximar de novo da sua, sussurrando. – um dia inteirinho com você só pra mim.

Os rostos se tocaram de novo num beijo desesperado. As mãos da Chase percorreram de novo a sua camisa, despertando cada um dos seus botões. As mãos deslizaram o fino tecido pelos seus ombros apertando os músculos fortes dos seus ombros.

Um suspiro rouco se formou na garganta de Percy ao sentir a boca da Chase mordendo cada centimentro da sua pele enquanto as suas mãos percorriam as suas costas como se ansiassem pelo toque.

— Amo quando você fica desse jeito – ele sussurrou com um sorriso roubando mais um beijo dos seus lábios antes de descer a sua blusa cinza. As mãos quentes dele alcançaram as da Loira que rapidamente as entrelaçou. – Completamente fora do controle – ele mordeu o láios depositando vários beijos sobre o montinho descoberto dos seus seios.

Ela gargalhou encarando o tempo sentindo o corpo do Jackson sendo pressionando cada vez mais contra o dela. Os olhos verdes se fitaram contra os cinza e um sussurrou ecoou pela garganta do Jackson.

— Isso me tira do sério – a boca se moveu de novo sobre a dela, sentindo a língua da loira roçando contra a sua. – completamente.

— Percy – ela gemeu baixinho sentindo a pele nua do Jackson se pressionando contra a sua. O Jackson sorriu se movendo devagarinho contra o seu corpo. 

— Você me faz tão bem – os lábios travaram sobre a pele do maxilar enquanto a loira permanecia de olhos fechados. As íris cor de musgo encararam de novo o rosto da loira e lentamente as mãos deslizaram sobre os seus braços  – quando escuto você— ele mordeu o lóbulo da sua orelha – quando beijo você— ele deu um beijo sobre a sua boca num gesto carinhoso – quando sinto você — as mãos apertaram o quadril ainda vestido da garota. Ele segurou o seu queixo fazendo a garota finalmente reabrir os olhos. — e quando vejo você… você todinha.

A loira sorriu segurando gentilmente o rosto do moreno, sentindo os dedos roçando contra a barba perfeitamente aparada.

— Eu amo você – as mãos desceram sobre o seu peito – sempre.

— Sempre – repetiu Percy baixinho voltando a beijar a sua boca com fervor – sempre e sempre.

Os braços a levantaram de novo. Ele colocou a sua perna em volta do seu corpo, enquanto a Chase abraçava o seu pescoço. A levou até à cama, a deitando contra o colchão.

— Eu senti saudades desse quarto – a loira sorriu observando as paredes brancas e os moveis perfeitamente arrumados. As cortinas azuis estavam abertas em frente da janela que ainda iluminava o quarto. A cama continuava do mesmo macio de antes, ao contrário dos lençóis que haviam sido trocados antes da partida. Percy correu os olhos pelo quarto voltando a olhar pra garota por baixo. A mão acariciou a sua bochecha enquanto o olhar se mantinha preso nos cabelos loiros espalhado sobre o travesseiro.

— Eu senti saudade de ver você aqui também – sorriu Percy a beijando de novo.

***

Os dedos circulavam sobre o braço despido da garota que se mantinha deitada em seu peito. A luz laranja já reflectia nas janelas denunciando o final da tarde. Annabeth se remexeu sobre a cama abraçando o corpo nú do namorado ao seu lado. Ela beijou o seu pescoço fazendo com que um sorriso divertido surgisse dos seus lábios.

— Ficar aqui com você foi o que senti mais falta – ele murmurou.

— Sério?

— você não acha? – os olhos verdes a encararam – ficar aqui relaxando bem quentinho livre de todo o mundo lá fora.

— Verdade…

Percy mordeu o lábios ao sentir a loira rodando e se deitando sobre o corpo. Automaticamente o braço do Jackson alcançou a sua cintura dedilhando cada centímetros do seu corpo desnudo. Annabeth aproximou o rosto, beijando gentilmente o seu maxilar enquanto se movia devagarinho contra ele.

— De novo me provocando – pigarreou o Jackson com um sorriso no rosto.

Ela mordeu o lábio beijando, agora, a curva do seu pescoço.

— Somos dois provocadores – ela sorriu deitando o rosto sobre o seu peito. Os braços do Jackson abraçaram o seu corpo, respirando fundo.

— Você me assusta – ele murmurou.

— Ahn?

— Não… não desse jeito – ele se justificou rapidamente acariciando a sua bochecha – não é isso… o que me assusta é o que você me sentir. – as mãos pentearam os seus cabelos loiros – quando eu estava em Nova York eu estava tão feliz mas… uma parte de mim só queria pegar o avião e voltar pra junto de você. – ele deu um sorriso fraco – eu não conhecia essa minha insegurança. Eu não era desse jeito antes de conhecer você.

— Você não precisa ser inseguro Percy – ela pontuou – eu amo você.

— Eu sei disso – ele assegurou – e você me faz o cara mais feliz do planeta inteiro por me falar isso… é isso que me assusta Annabeth. Eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo só de estar com você. – a sua mão cobriu o seu rosto a cegando, fazendo a garota soltar um risinho baixo. – e quando não vejo os seus olhos eu simplesmente não suporto isso – as mãos desceram até aos lábios os acariciando – e tudo o que eu é beijar você… - a sua boca se encostou na dela por leves segundos  – te tocar e te sentir sempre… — as mãos deslizaram sobre a coluna dedilhando a pele nua coberta pelo fino lençol – e é isso que me assusta… essa necessidade de estar perto de você.

— Eu me sinto do mesmo jeito.

— Eu sei… eu sei que você quer estar comigo tanto quanto eu quero estar com você. E tudo o que falei agora é porque… acho que chegou a hora.

— Como assim?

— De contar para as pessoas sobre a gente… de assumir o que temos.

— Percy….

— Se você quiser esperar eu entendo – ele se apressou – eu não quero obrigar você a nada e se quiser esperar até ao final do ano a gente espera.

— Eu não quero esperar.

— Então?

— Eu quero você – os dedos finos da loira seguraram o seu rosto o beijando – e eu acho uma boa ideia.

Ele sorriu puxando o seu rosto contra o seu. As mãos fortes percorreram o seu corpo e num movimento ágil o seu corpo rodou pra cima dela, se encaixando entre as pernas da loira. Beijou gentilmente os seus ombros descendo até ao montinho dos seus seios voltando ao maxilar. A loira abraçou o seu corpo, sentindo a pele quente das suas costas vibrando contra os seus dedos.

— Sente? – ele riu baixinho olhando pra cima do seu ombro. Vários traços vermelhos lhe cobriam as costas indo desde dos seus ombros até à base da sua coluna. – Olha o estado que você me deixa.

— Tá doendo? – ela perguntou num tom preocupado tocando de novo sobre as marcas das unhas que ela havia feito há meia hora atrás.

— Não – ele deu um sorrisinho malicioso, a encarando - é bom quando fica desse jeito comigo.

Annabeth sentiu as bochechas esquentarem.

— Não censuro você – ele riu mordendo gentilmente o topo do seu ombro – às vezes eu preciso me controlar pra não marcar você tanto quanto gostaria – os seus dedos deslizaram pelo seu pescoço. Uma pequena mancha vermelha se encontrava centímetros baixo da sua orelha – não que eu tenha sempre sucesso pelos vistos.

— Amanhã a gente vai acabar com isso… - ela murmurou beijando os seus lábios. – juntos.

— Combinado… mas até lá - Ele sorriu por entre o beijo segurando o lençol azul o puxando até acima, os cobrindo por completa – ainda temos um dia inteiro amorzinho.