pov's Lucy 

Nesse momento eu estou na frente de toda a escola olhando uma albina vindo na minha direção, quero fujir, mas ela não deixa, a como eu odeio essa albina, sinceramente, o que meu pai estava pensando? 

Só para esclarecer para vocês, essa albina que está vindo na minha direção é a famosa- só que não- fada: Lissana Strauss, ela é como uma irmã para mim, mas as vezes ela gosta de me provocar usando magias em mim. 

'' Espera magias em mim? ''

Sim, essa albina vaca é uma fada, e as fadas tem total, absoluto, controle sobre os bruxos, já que o primeiro bruxo do mundo foi criado por uma fada, e por causa disso as fadas tem controle sobre a gente. 

Provavelmente essa albina só pode está aqui por que meu pai pediu, já que ela é a '' minha irmã '' em outras palavras. Mas o meu pai só podia estar doido em fazer isso, ou ele queria tortura a Lissana ou ele está doido de fazer tantas poções. 

Lissana é um ser que gosta das suas asas, e pelo o que ela diz, esconder as asas é uma coisa que dói bastante, é quase a mesma coisa que você quebrar a ulna ou a radius, uma coisa bem dolorosa. 

Lucy fica na minha frente e eu percebo que eu estava viajando nos meus pensamentos a muito tempo, balancei a cabeça me concentrado na figura de cabelos brancos olhando para mim com a mão na cintura. 

— O que diabos você está fazendo aqui criatura? _ Eu disse me referindo a o lugar onde os humanos frequentam. 

— O mesmo eu pergunto para você _ Ela fala mostrando tristeza na voz. 

— Bom, a principio tentando ser um alguém normal. Eu estou tentando me afastar de olhares, por que se os olhares daquelas pessoas matassem eu estaria morta a muito tempo _ Eu disse olhando diretamente nos olhos dela _ Porque você está aqui sofrendo? _ Eu pergunto me referindo as asas dela. 

— Você não me avisou, sumiu por mais de um ano, ninguém sabia onde você estava, eu fiquei preocupada e deixei elas de lado para lhe procurar. 

— Você... mas... isso é uma coisa muito dolorosa _ Eu disse assustada, dei uns passos para trás. 

— Lucy, eu prefiro ficar sem elas do que perder a minha irmã, lhe perder é uma dor pior. 

— Lis, quem é essa? _ Olhei para trás da Lissana e percebi que os amigos dela estavam apenas observando a nossa conversa. 

— Essa é a minha irmã, de coração, Lucy Heartfilia _ Eu aceno para eles, meio que sem jeito, com um sorriso amarelo. 

— Essa é a garota que desapareceu? _ Um garoto de cabelos rosados perguntou... Pera, cabelos rosados? 

— Sim! _ Pera, ela contou tudo para eles? Tudo?

— Então ela foi a garota que fugiu? Juvia acha que você deve aceitar seu destino _ Disse uma garota de cabelos azuis que eu deduzi ser a Juvia. 

— Lissana, você falou para eles? _ Eu perguntei chamando a atenção de todos. 

— Hey, as vezes eu tenho que soltar elas, e eles entraram na minha casa sem ao menos tocar a campainha, e assim eles me viram voando _ Lissana disse no modo defensiva.

— Então vocês sabem que a Lissana é uma fada e que nesse mundo existem, fadas, magos, bruxos, feiticeiras e mais alguns tipos de seres que vocês conhecem e não conhecem e que as lendas que vocês conhecem são verdadeiras, mas nós nos escondemos do mundo pois temos medo que, vocês, humanos não nos aceitam e queiram nossa extinção total? _ Eu perguntei sem parar por nenhum minuto. 

— Sim! _ Todos eles disseram em uníssono. 

— E vocês também sabem que eu sou filha de uma feiticeira e de um bruxo, e que eu nasci com os dois dons, e recebi muitos xingamentos, por inveja e por mal compreensão do meu mundo e que eu fugi junto com a minha mão para conviver com vocês sem magia nenhuma, mas o meu pai não aceita isso, e sempre tenta me fazer voltar para casa? _ Eu perguntei de novo sem parar. 

— Sim... quer dizer, não _ Eles disseram me olhando confusos. 

— Lissana! _ Eu falo olhando para ela. 

— Como eu ia saber? Eu só falei a parte que você fugiu, nem eu sabia o motivo, seu pai também não sabia. 

— Espera aí, você é duas pessoas? _ Um garoto sem blusa perguntou. 

— Sim... e você está sem blusa. 

Ele olha para ele mesmo e se assusta. _ Mas quando que...? _ Reviro os olhos e olho para a mais baixinha de todas que estava meio calada. 

— Lissana, eu tenho os meus motivos para ter vindo para cá, eu não queria... _ Ouço a campa da escola tocar, todos nós olhamos para a escola e só aí que a minha ficha cai _ Estamos atrasados _ Eu falo quase que engasgando as palavras. 

— Lucy, sabe onde fica a secretária? _ Lissana pergunta. 

— Não. 

— Natsu, leva a Lucy _ Lissana fala olhando para o garoto de cabelos rosados. 

— Que? Por que eu? 

— Por que eu não posso, e eu escolhi você, agora vai logo! _ Lissana fala com uma aura assustadora a sua volta. 

— O.k, o.k _ Ele fala vendo a Lissana e os outro começarem a correr _ Vamos _ Natsu fala pegando na minha mão e começando a correr, ele é rápido, porém eu não fico muito para trás... quer dizer, eu fui um pouco atrás dele, pois era ele quem sabia onde ficava a secretária. 

Assim que, finalmente, chegamos, nós dois estávamos ofegantes, com as mãos nos joelhos, entrei na secretária e pedi todas as informações, minha sala era a 2-B, a mulher me deu todos os horários e tudo mais. Saí da sala e vi o rosado me olhar. 

— E aí? Onde fica a sua sala?

— 2-B _ Eu disse olhando o papel. 

— Legal, a mesma que a minha, assim eu não tenho que sair com você atrás de uma maldita sala _ Ele fala seco. 

— Nossa, que garoto idiota, sabe que eu poderia te deixar numa prisão de fogo, né? _ Eu disse subindo as escadas nos mesmos passos que ele. 

— Duvido, já que você está em uma '' greve de magia '' _ Ele fala fazendo aspas. 

— Mas eu posso muito bem sair dessa '' greve de magia '' e te mandar para longe dessa escola, e vai por mim, se eu fizer isso, você vai ter que aprender a voar em segundos para poder viver _ Eu disse vendo ele parar no meio da escada. 

— Há, uma garota que ficou com medo de alguns olhares e parou de usar magia por mais de dois anos, vai usar magia em mim? _ Ele disse me olhando com raiva _ Olha, eu to achando essa sua história uma verdadeira mentira, será que você realmente é a pessoa que a Lis está procurando? 

— Pode crer, sou eu _ Eu falo olhando para cima/ele. 

— Então prove, se você conseguir escapar dessa, eu acredito em você _ Ele diz parando bem na minha frente. 

— Como assim? _ Eu perguntei, e em resposta ele me empurrou. 

Eu poderia muito bem usar uma magia para fazer o vento me levar para um lugar seguro, mas como ele mesmo disse, eu estou mais de dois anos sem usa magia, eu estou meio enferrujada, e sem experiencia no momento, ou seja, eu vou ter uma queda bem feia. 

Senti a sua mão me empurrando pela barriga, e logo depois perdi o meu equilíbrio, abri a minha boca e a única coisa que saiu foi um suspiro e logo depois um grito fino que deve ter ido em várias salas, tentei fazer algo com a mão para chamar o vento, mas eu não consegui, tentei mais uma vez, porém logo senti as minhas costas batendo em alguns degraus, e logo em seguida, meu corpo girava e eu sentia os degraus batendo em vários lugares do meu corpo. 

Costa, barriga, coxa, perna, rosto, cabeça, braço, mão. Tudo, a dor era bem grande, minha costa era a mais prejudicada nessa caída. Abri os meus olhos e vi que eu estava girando, até que a visão era meio engraçada, eu acho que eu teria rido se eu não estivesse caindo escadaria a baixo. 

Assim que eu parei de girar, percebi que eu tinha chegado ao fim da escada. Meu corpo todo estava doendo, abri os olhos e vi a luz da lampada no teto branco, fechei ele de novo e me sentei, olhei para o meu braço e vi ele arranhado, vermelho e alguns lugares que provavelmente iria ficar roxo, a mesma coisa na minha perna. Levantei um pouco a meia e vi que ela tinha cobrido uma parte a outra parte a saia estava cobrindo. Peguei a minha jaqueta que estava na minha cintura e botei ela cobrindo os hematomas no braço. Porque eu estava escondendo? Também não sei, estava fazendo aquilo por puro extinto, alguma coisa me diz que eu não deveria dedurar aquele idiota. 

Assim que eu terminei de botar a minha jaqueta olhei para a minha bolsa e vi que ela tinha ficado na metade da escada, me levantei com dificuldade por causa das dores e comecei a catar o meu material e botar na minha bolsa, peguei um espelho e comecei a olhar o meu rosto, tinha alguns hematomas, mas não parecia muito, porém, nunca subestime uma fada, nunca! 

Peguei um pó compacto e comecei a passar por todo o meu rosto, tinha até alguns roxos no meu pescoço. Como? Nem me pergunte. 

Botei o resto das coisas na minha bolsa e depois botei ela nas minhas costas, todo o meu corpo estava doido, e aquele retardado tinha me deixado sozinha, além de me jogar de uma escada ele me deixou sozinha. Eu ainda mato aquele retardado. 

Arrumei a minha postura, com certeza fiz uma cara de dor, mas logo tratei de tirar ela. E eu ainda não sei por que eu não vou logo para a diretoria e deduro aquele retardado, eu apenas comecei a andar a procura da sala 2-B, assim que eu achei, bati na porta e falei para o professor que eu tinha me perdido, ele percebeu que eu era novata e me mandou fazer uma apresentação. Fiz uma apresentação rápida e simples, logo me sentei em uma cadeira perto da Lissana, ela sorriu para mim e eu devolvi o sorriso. 

Senti algo molhado em mim, discretamente olhei para o lado e vi um pouco de sangue. Como eu disse, a queda ia ser feia, me arrumei na cadeira e logo arrumei a minha jaqueta, passando o zíper, que bom que hoje era um dia frio, assim ninguém ia perceber ou desconfiar. 

Eu posso não dedurar aquele fila de uma puta, mas depois eu vou acabar com aquele retardado. Passei os olhos pelo caderno e logo depois vi uma bolinha de papel em cima do meu caderno, peguei ela e cuidadosamente abri, sem fazer barulho algum. 

Sabia que você era uma farsa. 

Senti muita raiva, ele não sabia nada sobre mim e estava tirando uma com a minha cara, que garoto idiota. Peguei a minha caneta e botei o papel em cima do meu caderno, assim parecia que era a folha do caderno, tirei a tampa da minha caneta e botei em cima do papel. 

Você vai pagar pelo o que fez pantera cor de rosa.

Joguei o papel para ele sem ninguém percebe, ele pegou o papel e fez o mesmo que eu, assim que ele leu fez uma careta engraçada, logo ele pegou a caneta dele e começou a escrever, olhei para frente e logo senti uma bolinha de papel na minha perna. Peguei o papel e abri ele. 

Pantera cor de rosa?!

Engoli um riso com a mão na boca, olhei para ele e vi que ele estava olhando para frente, peguei a caneta e continuei a provocar ele. 

O que foi? Não gostou? Se for o caso eu concerto isso rapidinho. Que tal purpurina rosa ou algodão doce rosa, qual você prefere, se quiser eu penso em outros aqui.

Assim que ele leu a campa tocou, o professor saiu da sala e todos se levantaram das suas cadeiras, Natsu olhou para mim e logo veio na minha direção, pegou na minha mão e começou a me puxar, algo que estava doendo muito, a ponto de eu querer chorar, ele me levou para trás da escola e me depois me soltou, senti as minhas pernas perderem a força e logo em seguida eu já estou de joelhos no chão. 

— O que você quer? _ Eu perguntei meio que cuspindo as palavras. 

— Você... é uma farsa, está fingindo ser a pessoa que a Lissana procura, e mesmo se você fosse, você não está sentindo a dor que ela está sentindo por esconder as asas. Você sumiu sem mais nem menos da vida dela, você é algum tipo de idiota? Já pensou nos sentimentos das outras pessoas além dos seus? Só sabe machucar os sentimentos de outras pessoas e... _ Me levantei dali e logo virei as minhas costas para ele, senti a mão dele apertar o meu ombro dolorido e por algum motivo perdi totalmente o controle.

Me virei bruscamente fazendo um escudo e depois jogando esse escudo nele, levei as minhas duas mãos na direção dele e levantei ele,  prendi ele em uma árvore acabando com o oxigênio dele. 

Eu estava fora de controle, a magia estava tomando conta de mim de novo, eu estava virando a maldição, eu estava virando algo que podia acabar com o mundo dos humanos e o meu mundo. Eu estava virando a Lua Azul... de novo. 

— Lucy! _ Ouço alguém gritar, olho para trás e vejo a Lissana, uma ruiva e uma baixinha atrás de mim, olhei para o rosado que estava fechando os olhos, abaixei as minhas mãos e o oxigênio dele foi voltando, ele se jogou no chão e as duas amigas dele foram na direção dele, olhei para trás e a Lissana estendeu o espelho para mim. 

Olhos vermelhos, cabelos enormes, algumas tatuagens pelo rosto e a magia fluindo ao redor da pessoa.

Senti as lágrimas nos meus olhos, e logo vi o castanho dos meus olhos voltar e as marcas sumirem, meu cabelo logo começar a ficar menor, assim que eu estava normal e sentia e via as lágrimas vindo e descendo. Olhei para trás e vi uma mão vindo na minha direção, mas a Lissana meteu a mão dela, parando a outra mão. A ruiva olhou assustada para a Lissana, e a Lissana olhava para ela seriamente. 

— Lissana, porque você está protegendo ela? Ela quase matou o Natsu! _ Ao ouvir essas palavras senti mais lágrimas começarem a virem e a descerem. 

— Cale a boca Erza! _ Lissana disse soltando a mão da ruiva e vindo na minha direção e me abraçando. 

— Jura que você vai proteger ela? Você viu o que ela estava fazendo com o Natsu? _ A ruiva quase que gritou. E eu? Não conseguia falar nada, apenas conseguia chorar. 

— Não foi culpa da Lucy... 

— Como não? _ Ela gritou dessa vez. 

— Olha aqui Erza, nem tudo eu posso contar para vocês, o que ficou em segredo é por que eu tenho que ter a permissão dela para contar _ Lissana disse se referindo para mim _ Eu sou a dona da Lucy, e eu vou fazer o trabalho de uma dona, vou proteger ela _ Lissana disse me abraçando mais forte _ Todas as fadas são donas de algum bruxo, e eu sou dona da Lucy, e assim eu tenho alto controle sobre a Lucy, e o que ele fez o que ela quase virou não foi culpa dela, não é Natsu? _ Olhei para o Natsu assim como todos, fechei os olhos e logo abri eles de novo, olhei dentro dos olhos dele e vi uma coisa que me deixou mais triste ainda, Lissana olhou para mim e ela percebeu _ Ou devo dizer Jude. 

— Que? _ A ruiva e a baixinha perguntaram ao mesmo tempo. 

Ele quer que eu volte de um jeito ou de outro, virando a maldição ou salvação, virando a Lua branca ou a Lua azul. Isso é doloroso, por que ele estaria fazendo isso comigo? O que diabos você que de mim? 

— O que você quer de mim, papa? _ Eu sussurrei só para mim e Lissana ouvir.