Tiger – Especial Babá Perfeita escrita por Poi Peterson


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Final.
Até que nem demorei, estão vendo? Antes que crucifiquem a coitada da Poi...

Tive que esperar a Ari postar para que eu pudesse ter no que me basear para escrever a zoeira. XD

Como todos sabem, isso é uma fanfic da fanfic com a autorização (exigência) da própria autora, mlleariane. =D

Espero que gostem.



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Apesar de todas as tentativas frustradas da família em conseguir uma babá para os pequenos monstrinhos, essa última até que estava agradando o Tiger. Era um milagre! O pobre felino passou o dia em paz com os gêmeos dentro de casa, coisa que nem o próprio gato estava acreditando.

Já começou bem aliviando-o do pior dos tormentos, que era a tentativa de darem banho nele. Nem parecia que essas crianças eram filhas de uma capitã da delegacia de homicídios, se sempre tentavam matá-lo, pura ironia. Isso tinha um nome para o Tiger, karma! Certeza que puxaram o lado psicopata do pai.

Aproveitando que o pai estava trabalhando no escritório, Tiger foi tirar sua sesta na cama do quarto principal, aconchegando-se no aroma de cerejas que tanto gostava, sobre o edredom de sua dona. Que dia maravilhoso estava tendo.

Naquela noite, ele observou muito que estava acontecendo. As crianças obedeceram à mãe e acabaram por dormir mais cedo. “Quando a esmola é muita, o santo desconfia”, alguém disse uma vez. Apesar dessa babá estar dando certo, aparentemente tudo estava muito perfeito e as chances dessa perfeição dar algum problema nessa família é acima de 100%.

Sua dona estava tristonha apesar de tudo, pois seus bebês não lhe deram a devida atenção, somente elogiando a tal babá. Tiger, como felino, percebeu logo e não gostou nada disso. Tentou agradá-la arrastando-se em suas pernas, não que fosse algum problema para ele, pois sempre gostou de fazer isso com ela. Só não gostava quando o pai acabava por empurrá-lo com o pé para longe e de fato foi o que aconteceu aquela hora. O gato grunhia ferozmente para ele quando o fazia.

No decorrer dos dias, apesar das carícias das crianças, que mais pareciam coisas de taxidermia, sobre seu corpinho felpudo, Tiger teve um pouco de paz e sossego.

O urso fedido que ele adorava arranhar acabou por tomar banho e ficar com o cheirinho de sua dona, ideia que não o agradou, já que ele não destruía nada que estivesse com o cheiro dela. Poderiam ao menos colocar a loção do pai deles, assim o bichano teria prazer em trucidar a tal pelúcia com requintes de crueldade.

As semanas se passaram, os gêmeos bem comportados, na medida do possível, claro. A babá se achando cada vez mais dona da casa enquanto sua verdadeira dona não estava. Tiger já não estava gostando ela, tornando arisco quando estava por perto. Além de avançar, escondia-se embaixo dos móveis.

No dia em que os avós chegaram, Tiger pode realmente começar suas férias. Enfim, livraria-se daquelas crianças e teria tempo de recuperar seus pelos perdidos nos puxões e brincadeiras. Enquanto o pai resolveu tomar um banho, ele aconchegou-se novamente na cama do casal para tirar outro cochilo, mas o que ele não imaginava era a visão do inferno que estava por vir. A babá abusada entrou no quarto e começou a tirar a roupa, enquanto o pai tentava fugir. Que abusada, além de não ter comparação com a beleza de sua dona, Tiger via perfeitamente que o seu dono — nessas horas de aflição, ganhava esse crédito — estava em apuros e, dessa vez, sem ter culpa.

Quando o felino viu que todos estavam trancados no quarto, ele ficou em pé sobre a cama miando e grunhindo de um lado para o outro, protegendo o território sagrado de sua dona. Ninguém de fora poderia ficar ali e claramente era o que a babá louca queria. Essa família só atrai coisas esquisitas e, como sempre pensou, Tiger e Kate eram os únicos normais por ali.

Quando a psicopata caiu na cama sobre seu dono, tomando-lhe a chave do quarto, Tiger avançou nela, arranhando-a, tentando afastá-la de Castle.

Porém quando Castle foi para a janela e pulou:

Tiger: Miauuu!! “Me livrei!” — Ele não sabia se lamentava por sua dona ou se soltava fogos de artifício pelo fardo que tentou se suicidar.

Pouco depois, quando Kate adentou o quarto, Tiger só faltou pegar pipoca para saborear a cena que se desenrolava à sua frente. Posicionou-se no batente da janela para apreciar tudo de camarote.

O louco do pai pendurado de toalha, a babá psicopata seminua querendo justificar o injustificável e sua dona segurando uma arma ameaçando os dois. O felino dava gargalhadas internas. 

Castle: Babe, babe, calma, eu posso explicar.

Tiger: “Quero ver mesmo a explicação. Pode colocar a criatividade de escritor em prática para convencê-la.” — o gato debochava olhando a desgraça de seu dono.

Castle: Babe, eu posso explicar, eu posso explicar tudinho. Eu só preciso sair daqui porque vou cair – Castle olhou para baixo – e nós não queremos isso...

Kate: Não? – Kate o encarou de novo.

Tiger: “Agora que o bicho vai pegar, estou até me vendo como macho alpha da casa...”

Kate: Estou esperando a parte onde vocês tiraram a roupa – Kate o fuzilava com o olhar.

Castle: Eu já estava sem roupa! – ao ver a arma apontada para sua direção. Castle ponderou – Nós tomamos banho sem roupa, lembra?

Tiger: “Embora eu queira me livrar dele, tenho que admitir que dessa vez, apenas dessa vez, ele é inocente” — Tiger miou aproximando-se de Castle, tentando apoiá-lo em sua desculpa esfarrapada, apesar de real.

A situação continuou tensa naquele quarto e estava parecendo até um filme de comédia, onde tudo dava errado. Entretanto, o mais cômico era que todas as confusões que aconteciam naquela casa eram verdadeiras.

A babá louca contou tudo, como planejou e executou o plano. Realmente eles não poderiam confiar em ninguém. Humanos... “para quê tê-los? Mas se não tê-los, como sabê-lo”? Por que Deus não o enviou ao mundo como um tigre selvagem para viver longe dessa espécie humana insana?

Castle: Eu sabia que você iria querer me matar...

Kate: Eu nunca iria te matar.

Liz: Nem a mim? – Liz se aproximou dos dois.

Kate: Você já é outra história!

Quando elas tentaram puxar Castle de volta ao apartamento, a toalha caiu, fazendo tudo ficar mais embaraçoso ainda.

Tiger: “Minha dona não merece passar tanta vergonha assim com você...” — o gato aproximou-se mais das mãos de Castle, olhando-o com desdém e asco. Ele era gato macho e não gostou nada do que vira.

Para piorar ainda mais a situação, a babá soltou as mãos do escritor para apreciá-lo, fazendo com que Castle perdesse todo o apoio em que se sustentava e tentasse pegar em qualquer coisa por sua vida. Então, foi assim que Tiger provou sua imortalidade mais uma vez.

Castle: KAAAAAAA......teeeee.....

Os olhos da capitã mudaram de direção rapidamente. Castle, nu, caía pelos ares carregando Tiger junto.

Tiger: “Des... gra... ça.... do....!!!!”

Tiger sempre soube que um dia ele seria jogado lá de cima. Mas nunca imaginou que fosse junto com Castle. O adulto suicida o pegou pelo rabo, arrastando-o junto em direção à morte. Quando sua dona correu para ver o estado de ambos lá embaixo, encontrou Tiger e Castle desmaiados no salão de festas, sendo que o gato estava sobre o bumbum do escritor, fato que certeza deve ter lhe salvado a vida, pois amaciou sua queda.

Como se todo castigo já não tivesse sido suficiente para pagar por todos seus pecados, Tiger quebrou a patinha e ficou deitado em sua caminha no chão ao lado de Castle à mercê dos dois enfermeiros açougueiros. Entretanto, agora, doentinho, ele podia ficar o tempo que quiser em cima da cama de sua dona, ou seja, sempre. Ao menos ele teve certeza, poderia ser um Highlander, um imortal, mas infelizmente ele não possuía nem as garras e nem o poder de regeneração do Wolverine.

Claro que Tiger ficava fazendo miadinhos dramáticos e se jogando de barriguinha para cima a fim de ganhar mais carinho e atenção. Apesar de odiar seus enfermeiros arrancando sua pele, estava amando ser cuidado e paparicando pela “Doutora Kate”, que fazia questão de ficar com ele ao invés do marido, mesmo que fosse de birra.

Eventualmente, mesmo com a patinha imobilizada, o gato andava pela cama para “examinar” o outro paciente. O marido nada poderia fazer a não ser mimá-lo também, já que sempre o culpavam de quase matar o felino. Obviamente, Tiger não perdia tempo em pisotear Castle com a patinha com a tala e arranhar o curativo dele com suas unhas, somente para torturá-lo. As crianças e sua dona sempre defendiam o gato e ele estava se aproveitando disso. A pior parte era quando o tal pai o acordava de seu sono sem nem um pouco de delicadeza.

E assim a vida continuava, com a certeza que ele iria mancar o máximo possível quando os gêmeos chegassem perto a partir desse dia – ele era um “Rodgers Castle” também, reis do drama – para que pesasse na consciência de todos e sempre se lembrassem do quanto ele sofre nessa casa.


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Notas finais do capítulo

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