The flowers escrita por Katherine


Capítulo 11
Capitulo 11




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Peter Hale

 

 

Lydia Martin estava assustadoramente serena enquanto dormia, segurando entre as mãos um lençol branco. Engoli seco, apenas analisando a cena. Poderia ficar ali durante o resto do dia e, aquele realmente era o meu plano, mas saberia que logo a ruiva acordaria com o seu típico sorrisinho nos lábios e, me afrontaria de todas as formas possíveis. Talvez fosse o que mais me chamasse atenção na própria. Ela era extremamente corajosa, aponto de me desafiar diversas vezes, e não se arrepender nenhuma delas. Das poucas vezes que vi medo em seus olhos, eu mesmo fui o responsável e não conseguiria por em palavras o quão aterrorizante é o sentimento de impotência que me domina.

Depois da reunião de noite passada, da qual não consegui ficar quieto por diversos momentos, causando brigas e discussões a quase todo momento, ficou determinado que Jackson não faria parte do bando enquanto não estivessem convictos que suas intenções eram boas, o que eu duvido muito que aconteça.

A garota se remexeu na cama e eu soube que estava prestes a acordar.

Lydia se sentou na cama, ainda abraçada com o lençol e franziu o cenho pra mim.

— O que está fazendo de pé? – perguntou, me olhando através do espelho, enquanto eu terminava de abotoar uma camisa social branca – Vai sair?

— Preciso resolver alguns assuntos – respondi, me virando para encara-la – Bom dia, ruiva.

— Devo me preocupar com “seus assuntos”?

— Não – me aproximei, sentando ao seu lado – Volte a dormir.

— Perdi o sono – deu de ombros.

— Precisa voltar para o quarto antes que Malia perceba sua falta.

Ela riu.

— Não se preocupe, ela não vai sentir minha falta – franzi o cenho – Malia não dormiu em casa.

Rolei os olhos, me levantando.

— Você precisa parar de acoberta-la, Lydia – resmunguei – Sei que são amigas, mas, eu e você estamos juntos agora, e não pode tirar minha autoridade com Malia.

— Peter, não estou tirando autoridade nenhuma de você – foi sua vez de rolar os olhos – Ela não é mais criança, não precisamos ficar discutindo sobre a vida dela como se ainda fosse. Eu entendo que queira recuperar o tempo perdido, mas tenho certeza que fará isso muito melhor quando começar a trata-la como a mulher que está se tornando.

— O que sugere? – perguntei, contrariado.

— Que confie mais em sua filha, ela merece isso – ficou de joelhos na cama, aproximando-se mais, deixando o lençol cair propositalmente – E se quer continuar discutindo sobre a vida de uma criança, sugiro que faça uma.

Ela dedilhou os botões da camisa suavemente, ainda com os olhos presos em mim.

Eu adoraria. Como eu adoraria.

— Lydia Martin, você é o caos.

Ela sorriu, ficando de pé e arrancando a minha camisa do meu próprio corpo, pulando no meu colo logo em seguida, com suas pernas entrelaçadas em minha cintura.

— E juntos, somos o que? – provocou, afundando uma das mãos em meu cabelo.

Não tive tempo e muito menos, força para responder. Afundei meus lábios nos seus, mostrando o que erámos juntos. Ela sabia.

Erámos fogo, exatamente como a cor de seus cabelos.


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