Saint Seiya: Memórias de um Guerreiro escrita por Rafa Gui Souza


Capítulo 2
Conto 2 - O Passado Trágico e um Futuro Esperançoso


Notas iniciais do capítulo

Nessa estória irá explicar o porquê de Ionia ser tão devoto ao conhecimento, sabedoria e a Athena. Veja como foi o passado terrível dele e como foi que ele se tornou um Cavaleiro de Ouro.



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CONTO 2 – O PASSADO TRÁGICO E UM FUTURO ESPERANÇOSO

 

CAPÍTULO I

 

“Não existe um caminho para a Paz. A Paz é o caminho.”

(Mahatma Gandhi)

 

Século XI

Em um lugar distante do Santuário, existia um vilarejo simples; com casas, ainda, feitas de madeira e telhado de feno com leve abertura para uma chaminé de pedra e argila. Cada casa tinha uma mureta ao seu redor com um pequeno jardim contendo várias flores de petúnias de todas as cores. O vento, que ali soprara, parecia estar correndo de felicidade; o Sol tinha um calor materno e a terra era macia, fria e úmida; mais a frente passava um riacho onde tinha todos os tipos de peixe para pescar; o som que a água produzia, dava uma sensação relaxante; pouco depois do riacho tinha um bosque cheio de árvores, ervas e animais para caçar.

As pessoas que ali moravam eram felizes, companheiras e solidárias. Ali era dividido e compartilhando toda a colheita, pesca e caça. A agricultura tinha como foco as imensas plantações de trigo, assim fazendo uma paisagem limpa e dourada; era lindo ver os trigos dançando ao vento.

Boa parte do que sobrava era “presenteado” ao santuário por intermédio de dois soldados. Ninguém da vila podia chegar perto de lá, a não serem os que lá serviam. Muitas das pessoas viventes em vilarejos próximos nunca viram o local; ali só se escutara falar do local onde os soldados viviam. Então só aquele com sorte conseguia ver o local por um curto período de tempo, na maioria das vezes faziam isso escondido.

O lugar é sagrado. Pediam para os aldeões não questionarem sobre o Santuário, pois lá existia um deus que orava e rezava por eles. E era por causa dessa compaixão que eles tinham prosperidade.

 

X.X.X

 

Iooonia! Heitooor! Podem vir que a janta está na mesa. – chamou seu filho e marido com um sorriso caloroso em seu rosto e acenando com a mão direita e a esquerda segurava a sua barriga, pois ela estava grávida, e o filho já estava para nascer.

— Boa noite Siringe, não quis chegar tarde, é que a colheita foi um pouco difícil hoje. – disse Heitor com um belo sorriso em seu rosto. – Mas não queria preocupa-la.

— Boa noite mamãe! – falou Ionia com uma expressão cansada em seu rosto, mas mesmo assim também estava sorrindo.

Todos se sentaram em seus lugares ao redor da mesinha. Eles eram pessoas muito pobres, então não tinham muitas coisas, suas cadeiras eram as palhas da plantação de trigo. Seus pratos e talheres eram feitos da madeira dos troncos das árvores do bosque. O caldeirão, de barro, era fervido por uma fogueira a lenhas; as carnes eram fritas na pedra aproveitando as lenhas da fogueira. Não muito diferente de todos os dias, a comida era um ensopado de verduras e carne de caça.

— Ihoooo, agora eu vou matar o que está me matando! – disse Ionia bem alegre.

POFT!

IONIA, olhe os modos! Você já tem 7 anos e ainda não aprendeu?! – reclamou Siringe dando um cascudo na cabeça de seu filho, que fez um galinho. – Primeiro temos que agradecer a deus por ele estar rezando e orando pela nossa prosperidade.

Os três deram as mãos, fecharam os olhos e começaram a agradecer a deus por tudo de bom que havia naquele lugar. Depois disso todos começaram a comer.

— Nooooooooooooooossa mãe!!!!!!!!! Isso aqui está muito bom. – expressou Ionia bem feliz com o que havia comido.

— Amor isso está ótimo como sempre. – disse sorrindo Heitor. – Siringe, como é que está o nosso bebê? Você está se sentindo bem?

— Obrigada meus amores. – responde Siringe aos elogios sobre sua comida. - Ele está chutando muito, mas estou me sentindo muito bem. – estava acariciando sua barriga. - Ionia venha contar para o seu irmão sua aventura de hoje!

Então o pequeno Ionia colocou suas mãos na barriga de sua mãe, encostou seu ouvido esquerdo e começou a sussurrar a sua aventura diária. O bebê que se mexera bastante ficou calmo.  Depois da história contada pelo garoto todos foram dormir em seus colchoes de palha com forro de pele de animais.

Mas em meio à madrugada algo aconteceu.

— SOCOOOOOORRO! – alguém gritou de uma maneira apavorada e cheia de medo e horror.

Todos da casa acordaram. Heitor abriu a cortina de sua janela e viu a vila toda em chamas e um exército de guerreiros matando todos que viam pela frente. Eles entravam nas casas e matavam primeiro os filhos depois os pais. Alguns deles chegavam a torturar os aldeões antes de dar um fim em suas vidas.

— MEU DEUS, ISSO É HORRÍVEL. – gritou Heitor muito espantado. – VAMOS!

— Querido o que está havendo? - perguntou de maneira assustada e confusa.

— Não há tempo para explicar. Vamos sair daqui, ou os próximos que irão morrer seremos nós. Mas primeiro leve o Ionia com você que logo chegarei com suplementos. Se não me encontrar nas proximidades vá ao Santuário.

— PAPAI NÃÃÃÃO! – gritou o pequeno Ionia chorando, olhando para traz e segurando nas mãos de sua mãe que estava correndo em direção a algum lugar mais próximo.

— Vamos meu amor, tudo ficará bem! – falou Siringe com os olhos cheios de lágrimas e com um sorriso, falso, para tentar tranquilizar seu filho. Seu pai voltará logo. Ele é um homem de palavra.  Lembre-se, deus está orando e rezando por nós.

O pequeno viu as pessoas de sua vila sendo mortas por todo tipo de arma e de todas as formas. Ele presenciou a carnificina junto com a morte. Toda sua paz estava em ruinas. Aquilo não se desejaria para ninguém, nem para seus inimigos. Mas o que mais chamou a atenção do garoto foi o que um dos assassinos falou:

— ATÉ QUE ATHENA APAREÇA, ESSA SERÁ A PRIMEIRA DE MUITAS VILAS. Hiahiahiahiahiahiahiahiahiahaihiahiahia!

Ionia se perguntou quem ou o que é Athena. O menino não sabia de muita coisa já que ele só vivia em um lugar isolado de tudo. Sua sapiência se resumia somente nas coisas de sua casa e no trabalho com o pai.

 

CAPÍTULO II

 

“Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.”

(Sócrates)

 

Dias e dias eles caminharam para chegarem à próxima vila. Mas enquanto não achavam ninguém. Eles sobreviveram como podiam. Tomaram água suja como lama e em situações difíceis beberam até urina. A comida era escassa. O que tinha disponível eram apenas insetos, minhocas, centopeias e capim. A sorte era boa quando eles achavam restos de carniça para comer, dividindo o espaço com abutres..

Foram dias cruéis. No meio dessa triste jornada viram, de longe, um vilarejo grande, e ali foram em busca de encontrar algo melhor.

Vilarejo de Tebas

Chegando ao vilarejo, eles encontraram quase tudo em ruinas. Poucas pessoas ainda permaneciam ali. Siringe se dirigiu a uma casa próxima.

TOC! TOC! TOC!

— Um momento por fav... – Uma senhora abriu a porta falando, mas ao mesmo tempo ficou chocada com a cena que viu. – MINHA NOSSA O QUE HOIVE COM VOCÊS? AI MEU DEUS, ENTREM DEPRESSA!

Eles passaram dez dias de caminhada rumo a qualquer lugar que lhes fornecesse abrigo, comida e água. Ionia, que veio a desmaiar, estava em estado raquítico; seus olhos estavam fundos e secos; sua boca estava seca e cortada; suas costelas estavam bastante visíveis e seu corpo tinha muitas feridas. Sua mãe se encontrava nas mesmas condições.

— Obrigada senhora. – sussurrou Sirige com um sorriso de esperança em seu rosto, que logo em seguida desmaiou.

— Santa Athena. Não sei o que aconteceu a esses pobres coitados, mas, por favor, tenha compaixão dessas pessoas. – implorou por Athena, para que ela salvasse Siringe e Ionia.

Passaram-se sete dias.  Siringe contou tudo para essa senhora, que por sinal ficou muito espantada e emocionada com o que acontecera. Ionia acordou depois de dois dias; já estava bem melhor, mas ainda em um leve estado de choque por ver toda aquela carnificina em sua antiga vila, devido a isso ele não falara nada.

— Por gentiliza, a senhora poderia dizer-me o que houve com esse vilarejo? – perguntou Siringe. – Desde que pisei aqui vi poucas pessoas morando, mas observei que existe uma grande quantidade de casas abandonadas e uma praça destruída.

— hahaha, por favor, não me chame de senhora. Meu nome é Minerva. – indagou com uma expressão reconfortante. – Escute, há pouco tempo essa cidade foi assolada por um ser mitológico, a Esfinge¹.

 

CAPÍTULO III

 

“O conhecimento dirige a prática; no entanto, a prática aumenta o conhecimento”

(Thomas Fuller)

 

Enquanto Minerva contara o que acontecera, em detalhes, Siringe escutava atentamente o que havia acontecido com aquele vilarejo. Ionia estava escutando, mas ao mesmo tempo olhava a casa em que estava “residindo”, quando uma coisa lhe chamou atenção. O pequeno garoto perguntou para a idosa Minerva:

— Com licença vovó Minerva. – interrompeu de uma maneira respeitosa. – O que são aquelas....coisas? – O garoto estava apontando para uma prateleira.

— Ah, aquilo?! É os livros, meu pequeno!

— Livros? – perguntou de uma maneira muito curiosa, afinal ele nunca viu ou ouviu falar disso.

— Sim. Eles contam histórias fantásticas de todos os tipos. Existem também aqueles que contem outros tipos de conhecimentos. – respondeu Minerva de olhos fechados, em uma sensação de prazer, e estava com um belo sorriso em sua face.

O pequeno Ionia relacionou os livros com as histórias de suas aventuras que ele contava para seu irmão, que residia, ainda, no ventre de sua mãe. Depois disso o garoto foi descansar ao lado se sua mãe..

Siringe ainda estava curiosa sobre a história da esfinge e pediu para que Minerva continuasse. As duas conversaram a noite toda, mas uma coisa lhe chamou a atenção no que a senhora falava.

— “Dizem que quem conseguir responder o enigma da esfinge ganhará alguma coisa grande. Alguns dizem ser muito ouro ou joias, outros dizem que ganham habilidades sobre humanas. Mas todos que foram para lá nunca voltaram. Aqueles que erram seu enigma são devorados vivos e sem piedade.” – Minerva contou essa história para Siringe e Ionia. – Me prometa que nunca irá para lá. Depois que se entra naquele lugar, o único jeito de sair vivo é acertando o enigma.

— Muito obrigada por me esclarecer sobre essa história. – disse Siringe olhando para o chão de uma forma séria e pensativa.

Semanas se passaram. Minerva ensinou Ionia a ler, mas foi difícil porque o garoto era não gostava de ler nada, só queria fazer trabalhos pesados, como pegar lenha, concertar telhas, cuidar do gado e coisas do tipo; finalmente o bebê nasceu saudável e chamava-se Édipo. Todos ficaram contentes com seu nascimento e fizeram a maior festa. Pela primeira vez Ionia e Siringe comeram algo que não era um ensopado.

Um ano se passou. Siringe tinha que procurar pelo marido. Os dois marcaram de se encontrar no Santuário, mas ela sabia que era quase impossível de se entrar lá; a burocracia era muito grande. Antes de seguir seu rumo Siringe tinha algo a fazer.

— Senhora Minerva?! – chamou por ela do lado de fora da casa segurando a mão de Ionia e em seu busto estava Édipo enrolado e pendurado com um pano, como se fosse um marsúpio. – Agradeço a sua estadia e conforto que nos ofereceu, mas tenho que encontrar meu marido Heitor. Ele nos espera no Santuário.

— Oh! Então você já vai?! – respondeu de bom grado a velhinha Minerva. – Mas leve isso com você! – ela cedeu um boi, uma carroça, muito capim, ervas medicinais, comida, água, leite e alguns livros. – Lembre-se o Santuário fica há dois dias daqui, basta seguir a estrada depois da praça.

— Muito obrigada mesmo. – agradeceu Siringe chorando de emoção e saudade, então veio a abraçar a senhora Minerva.

— E você rapaz, continue lendo e cuide bem de seu irmão. – deu um sermão sereno para Ionia.

— Eu vou cuidar bem de meu irmão, mas não irei ler. – respondeu agradecendo a sua “avó” Minerva.

A despedida foi emocionante, mas ela seguiu seu rumo. Em vez continuar na estrada para o Santuário, ela se desviou do caminho. Pois sabia que para entrar no lá era difícil, então a única coisa, de valor, que poderia conseguir, era respondendo o enigma da esfinge.  Siringe se iludiu com o que iria ganhar sem antes pensar no perigo. Uma mistura de desespero e ganância tomou conta dela.

 

X.X.X

 

Já era noite. A estrada era escura e silenciosa; só existia o brilho da lua que a iluminara. Enquanto seguiam, no meio do caminho apareceu, diante deles, um homem cego de roupas surradas.

— Perdão. Mas será que vocês poderiam dar-me um pouco de comida e água. Estou a horas andando e não acho nada nem ninguém. – pediu o homem “olhando” para baixo com a sua mão estendida esperando por algo.

— Pois não Senhor! – respondeu Siringe de uma forma pouco assustada devido ao estado em que o homem se encontrara.  – Ionia, ajude esse rapaz a subir em nossa carroça. Não podemos deixa-lo sozinho aqui no meio do nada.

— Ta mamãe!

— Ah! Muito obrigado. Que Athena ilumine vocês.

O jovem Ionia ficou confuso, pois aquela fora a segunda vez que ele escutara esse nome.

— O que é Athena? – perguntou o garoto de forma confusa para o rapaz, que estava comendo.

— A pergunta correta seria: “Quem é Athena”. – respondeu o rapaz levantando suas sobrancelhas, abrindo seus olhos cegos e apontando com seu dedo indicador para o céu. – Athena é a deusa que vive no Santuário e zela pela paz na Terra.  É ela quem...

— ...reza e ora pelo nosso povo. – interrompeu Ionia completando a frase do rapaz.

— Isso mesmo garoto. – disse o homem com um belo sorriso em seu rosto. – Peço perdão mais uma vez; eu ainda não me apresentei, meu nome é Praesepe². – Logo em seguida ele foi dormir.

Depois de horas na estrada, eles chegaram a uma local onde o chão se preenchia por pedras, fazendo com que a carroça não pudesse ir mais adiante. Siringe ainda estava com Édipo em seu busto. Ela desceu da carroça e pediu para que Ionia cuidasse de Praesepe. O olhar dela estava vazio e sem brilho, a sensação era de esperança e a falta dela ao mesmo tempo. Ionia ficou confuso e com medo do que podia acontecer afinal ele percebeu que ela não estava sã. Siringe caminhou em direção a uma gruta adentro das montanhas. Seu filho, escondido, a seguiu; ele estava bastante preocupado com o esquisito comportamento de sua mãe.

Dentro das montanhas havia um templo e na porta dele quem o guardava era a tão temível esfinge; Ela era enorme, tinha uns 12 metros de altura, seu corpo era de um leão, mas seu busto era de uma mulher linda com belos olhos amarelos; possuía um par de asas gigantes em seu dorso, e sua cauda era um corpo de uma serpente. Tudo naquele local era escuro; pouco atrás da esfinge tinha centenas de milhares de esqueletos e corpos, alguns podres e outros comidos recentemente. Todos eles estavam sem cabeça ou corpo. O cheiro do local era terrível.

 Siringe foi à frente da esfinge e, de cabeça baixa, perguntou friamente sem nenhum questionamento ou remorso.

— Eu quero resolver seu enigma!

Então você escutou falarem de mim. Isso quer dizer que você é fraca e desistiu de tudo. Seu desespero é bastante visível. Mas já que você me desafiou, eu aceito.— A esfinge estava bastante alegre com o que acabara de ouvir. Então ela deu um leve assopro em direção a Siringe.

— Onde estou? – perguntou Siringe a si mesma. Em seguida olhou a sua frente – Ai meu deus por que eu estou aqui diante desse monstro? – No momento em que viu a monstruosidade ela caiu no chão por estar confusa e amedrontada.  

Eu tenho um poder que, por onde eu passo, deixo uma maldição. Aqueles de espírito fraco que escutarem minha história, sendo ela verdadeira ou falsa, cairão em uma hipnose que fará a pessoa ir direto a mim. Ninguém sabe onde vivo só os hipnotizados. As pessoas que contam não sabem disso, então não culpe quem lhe contou.

— O que eu faço para sair daqui? – Deixe-me viver. – gritou apavorada de medo. – Minha nossa, ele mês fez até trazer o Édipo. Por que fez isso comigo?

Chega de faladeira e vamos ao enigma. Só irei dizer uma única vez — falou de uma maneira séria. – O pai do mestre é o único filho de meu pai, o eu sou do mestre?

— Arf! Arf! Arf!  - ela estava respirando muito ofegante. Então olhou para a esfinge com muito medo, estava tão fraca e desesperada; seus olhos não paravam de lacrimejar, seus lábios tremiam constantemente; ela não estava assim por causa da vida dela, mas por que não iria mais ver seus filhos e marido; Siringe não sabia responder. – Por favor, repita a pergunta.

Resposta incorreta!

A esfinge usou a cauda para enlaçar Siringe, levando seu corpo até sua boca.

PLACK!

            Uma pedra veio em direção à esfinge. Alguém a arremessou.

  - SOLTA MINHA MÃE E MEU IRMÃO! – gritou o Ionia tremendo de medo.

 - HAHAHAHAHA! Interessante, não sei como chegou aqui sem estar enfeitiçado, mas você é uma criança de espírito forte. Em respeito a você irei fazer mais um enigma para poupar a vida de vocês.

            Mas algo aconteceu. Édipo começou a chorar muito alto e forte, isso causou um eco entre as montanhas o qual a esfinge morava.

Cale-se!— A esfinge lançou sua língua em direção ao bebê; depois mastigou e engoliu!

GLUPT!

— NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! AAAAAAAAAAAAAAAAAAH – Siringe gritou desesperada depois de perder seu filho de uma forma terrível. – MEU FILHO! SEU MONSTRO! NÃO, NÃO, NÃO, não, não, não, n-nããão.... – ela chorou e chorou pela perda de seu filho que ainda nem tinha falado “mamãe”.

ÉDIPOOOOOOO! – gritou Ionia pelo seu irmão. – por quê? Por quê? Por que sempre termina em tragédia? Por que ninguém pode viver feliz? Mamãe o que eu faço?

Dane-se seu irmão. Vamos ao próximo enigma.

Ionia parta daqui sem mim, vá ao encontro com seu pai. Deixe-me aqui. Eu tenho fé que Deus, ou melhor, Athena está orando e rezando por nós.

Diga-me.......qual é a essência do cosmo?

— “O que é isso? Cosmo?” – perguntou o garoto a si mesmo de maneira pensativa.

Ionia meu filho, você sabe a resposta? Perguntou sua mãe

O menino olhou para ela chorando e balançou a cabeça de um lado para o outro expressando um “não”.

Ionia, eu só quero lhe dizer uma coisa antes de partir;

.

.

.

MEU AMOR, A MAMÃE TE AMA!

 

Essas foram as últimas palavras que Siringe proferiu. Em seu rosto os seus olhos se fecharam e sua boca levantou um belo sorriso sereno de adeus.

— E-EU TAMBÉM TE AAAAAAAMOOOOO!!!!!!!!!!!

Resposta incorreta.

CRAAACKT!!!!

A esfinge comeu a cabeça da mãe de Ionia. O sangue dela respingou no garoto. Seus olhos ficaram vidrados; ele só olhava para o corpo dela, assim lembrando-se de todos os seus momentos com sua adorada e amada mãe. Seu corpo tremia de medo e não tinha reação a nada, sua boca tinha ficado aberta. Seu ouvido ficou zumbindo. O garoto estava e estado de choque extremo.

­ - HAHAHAHAHAHAHA, que pena! Agora será sua vez moleque.

A esfinge foi em direção ao garoto, que estava parado como uma pedra. Ele não teve nenhuma reação.

Sua falta de conhecimento e sabedoria levou sua mãe e seu irmão a uma morte trágica, assim como será a sua. Como que alguém não sabe essa pergunta? HAHAHAHAHAHAHA. Todos sabem que a essência do cosmo é....

­— ...UMA COISA ALÉM DA SUA COMPREENSÃO SUA ESFINGE COVARDE. - Alguém interrompeu completando a frase da esfinge.

Um cosmo dourado iluminou e esquentou o local assim fazendo o garoto olhar para trás. Ionia estava vendo tudo embaçado, exceto a pessoa vestida com um traje dourado. Por algum motivo, talvez um impulso, o garoto disse uma única palavra:

— Você?!

— Sim, graças a sua adorada mãe, pude chegar à minha missão. Eu, Praesepe de Câncer não deixarei que a dor e sofrimento dela sejam em vão. – Indagou o dourado de uma forma bastante séria.

A esfinge sentiu a imensa cosmo-energia emanando do dourado.

Antes de cuidar de você, pequeno caranguejo, eu irei terminar o que comecei com esse garoto.— disse a esfinge que lançara a serpente em cima de Ionia.

De repente o monstro não conseguiu mexer sua cauda. Ela percebeu que espíritos estavam envolvendo-a e restringindo seu movimento. Logo em seguida usou suas garras para atacar o garoto, mas o dourado foi mais rápido.

MEIDO INDO!— Proferiu Praesepe.

KPOOOOOOOOOFT!!!!

Uma esfera vermelha saiu de sua mão do canceriano e acertou a esfinge em cheio levando-a para o alto. A pressão foi tanta que o mostro mal conseguia se mover. Entretanto com grande esforço ela cuspiu uma rajada de cosmo na esfera, jogando-a para fora de seu corpo. Então a esfinge, com um ferimento grave, voou em direção ao menino, ainda desprezando o cavaleiro de ouro.

Praesepe apontou o dedo para Ionia e sussurrou:

SEKISHIKI MEIKAI HA.

Não só a alma do garoto, mas seu corpo foi mandado para a entrada do mundo dos mortos, a Colina do Yomotsu. O monstro ficou muito bravo, e mudou sua rota para atacar o dourado.

O QUE VOCÊ FEZ SEU VERME? ELE ERA MINHA PRESA E MINHA PRIORIDADE! VOU ACABAR COM VOCÊ SEU ESCRAVO DE ATHENA! — A esfinge avançou ferozmente em direção a Praesepe.

— Escravo de Athena é? Interessante! – O dourado tirou sarro da esfinge. – Mas antes de vir até mim se preocupe com sua traseira.

Quando o monstro olhou para trás, havia 20 esferas vermelhas voando em sua direção.

— A primeira investida ele absorve seu cosmo e depois explode se tornando várias esferas menores, mas com uma potência ainda mais forte. Quanto maior for o cosmo mais esferas se formam. Isso que dizer que você tem um cosmo equivalente a um cavaleiro de Prata.

Ora seeeeeu.........não me subestime!

 A esfinge começou a desviar dos Meido Indo, e tentava destruir algumas delas com suas rajadas de cosmo. Mas todo esse esforço foi inútil. Uma delas acertou sua asa esquerda, que fez a esfinge cair no solo de um jeito estrondoso. Logo em seguida veio uma chuva de esferas vermelhas em cima dela.

KBOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOOOOM!

— Acho que já acabou! Agora vou buscar aquele garoto. – disse Praesepe que saiu bocejando.

Ainda acha que me venceu?! — disse a esfinge toda ensanguentada. Ela não tinha mais suas asas, sua cauda nem sua pata traseira esquerda.

— Ponha-se em seu lugar! – encarou Praesepe com seu olhar cego, mas ao mesmo tempo intimidador. – Olhe ao seu redor. Você acha que eu me contentaria com apena um golpe?

O que é isso? — A esfinge estava rodeada de espíritos.

— Você já matou mais de 10.000 pessoas aqui. Posso escutar a alma delas clamando por vingança. Mas eu sei bem o que irei fazer com você. – ele olhou com um olhar de indignação. – Serás morto pelas almas de todos aqueles que você matou.

Isso é impossível!—Ela sentiu medo da morte pela primeira vez. Isso era algo que nunca tinha acontecido. Estava tremendo como um coelho diante de uma raposa.

 De repente todos os espíritos que estavam ao redor da esfinge começaram a se comprimir. Então Praesepe fechou seus punhos, e em um movimento de soco ele gritou com muita raiva:

SEKISHIKI KONSOU-HA. —.  Os espíritos que envolvia o monstro explodiram que nem pólvora, mas em uma escala muito maior.

KBOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!!!!!!!!

            - Ainda bem que acabou. Que Athena tenha piedade dessas pobres almas. – disse Praesepe de joelhos e juntando as palmas de suas mãos em posição de prece. – Agora irei pegar aquele menino. – ele se levantou e seu corpo desapareceu em meio às chamas azuis.

 

X.X.X

 

Colina do Yomostsu

Onde estou?

—Por que estou aqui?

—Quem são essas pessoas?

—Para onde elas estão indo?

—Que lugar mais sombrio. Será que eu morri?

—Eu deveria segui-los?

 Ionia se fez tantas perguntas. Embora estivesse naquele lugar obscuro cercado por colinas, pedregulhos e pessoas caminhando em direção a um grande buraco; o garoto não estava com medo nem impressionado. Era como se aquilo fosse algo “normal”. Então ele começou a seguir as pessoas. Mas algo lhe agarrou pela sua roupa.

— Não apresse as coisas, garoto! Não posso deixar você seguir esse povo; ainda não chegou a sua hora. – falou Praesepe seriamente.  – Não sei por que, mas você não caiu no encanto da esfinge. Isso não é normal. Você tem um dom. “Provavelmente algum tipo de protagonismo.” Hehehehe!

— S-senhor Praesepe.......

— O que queres meu jovem?

— ...muito obrigado por vingar minha mãe e meu irmão. Como posso lhe agradecer? – disse chorando limpando suas lágrimas com a manga de sua camisa. O garoto já tinha voltado a si; o efeito do choque tinha acabado devido ao sekishiki meikai ha.

— Não há de quê; e quiser agradecer, me agradeça tornando-se um cavaleiro de Athena. – falou o dourado apontando para cima com seu polegar direito. – Mas primeiro tenho que lhe mostrar algo de seu interesse. Antes de morrer consegui retirar a alma dela e ainda achei duas almas.

Praesepe apontou seu dedo para o alto e assim evocou três almas que tomaram formas humanas. Essas eram sua mãe Siringe, seu irmão Édipo e seu pai Heitor.

— M-mamãe, irmãozinho. Até v-você papai? – ele estava chorando e soluçando de emoção.

— Eles não podem falar. Ah, e seu pai, infelizmente, foi morto enquanto pegava suplementos.

— Mas como você...?

— Eu sei disso porque posso ler as memórias dos espíritos. Assim como posso enxergar através deles. É como se eu tivesse milhões de olhos em todos os lugares. É engraçado, mas ao mesmo tempo em que sou cego eu sou aquele que pode ver tudo e mais além. Acho, até hoje, que isso foi um presente dos deuses, em especial de Athena. Por isso devemos respeitar e se compadecer dos espíritos existentes entre nós.

Logo depois da explicação de Praesepe, todos se despediram de Ionia acenando com as mãos. Eles estavam sorrindo para seu filho.

— Ei garoto, sua família, em especial sua mãe, não desejavam se vingar da esfinge. Eles queriam que vivesse livre, bem e feliz.

O silêncio prevaleceu por certo momento. Ionia se levantou colocando as mãos em seus joelhos, o menino já não tremia mais; limpou o sangue de sua mãe em seu rosto com a parte de baixo de sua camisa; ele olhou diretamente para Praesepe com um olhar decidido e falou:

— Leve-me ao Santuário. Eu preciso saber sobre o cosmo, sobre Athena, quero obter conhecimento pleno e aprender de tudo sobre tudo. Nunca mais irei deixar ninguém morrer por ignorância minha. Não quero ver mais carnificina se espalhando por ai.

Naquele momento, sem que Ionia percebesse, um pequeno cosmo dourado lhe envolveu.

— “Eu sabia que esse garoto tinha algo a mais.” – pensou Praesepe. – Vamos garoto, muita coisa lhe espera.

 

CAPÍTULO IV

 

“Vá firme na direção das suas metas...

Porque o pensamento cria...

 o desejo atrai e a fé realiza!”

(Leandro Costa)

 

Dois anos se passaram e Ionia já estava com 10 anos. Nesse tempo ele leu quase todos os livros da biblioteca do santuário: filosofia, teologia, as ciências exatas e humanas, criptografia e também livros de entretenimento. Cada livro que lia ele aprendia um mundo de coisas, mas mesmo assim ainda achava que aquilo nunca era o suficiente.

Durante sua leitura ele sem querer derrubou um livro de matemática. Quando o garoto foi colocar o livro em seu devido lugar, ele viu ao fundo outra obra. Então o menino pegou e a abriu. Ali ele viu coisas que mostrara sobre o cosmo, armaduras, cavaleiros, amazonas, guerras santas e muitas outras coisas. Conseguiu entender o que é o cosmo, mas não a sua essência.

Cada livro desses mostrava, em códigos, onde estava mais outro. Com o passar do tempo ele sentia que estava lendo um universo e que aquele universo também residia dentro de si. Foi dessa maneira que Ionia descobriu a essência do cosmo.

 

X.X.X

 

— “... e o príncipe matou o dragão e todos comemoraram. Depois que voltou para cidade ele casou com a princesa, tiveram filhos e viveram felizes para sempre. FIM.” – Ionia estava lendo uma história para crianças que moravam em vilarejos próximos ao Santuário.

Ionia tornou-se uma boa pessoa e resolveu compartilhar o que aprendia com todos aqueles que não tinham boas condições de vida. Ele queria que todos tivessem uma vida como em um conto de fadas, com um final feliz. Assim ele, também, podia aliviar as dores do povo, causadas por enfermidades, contando suas histórias e estórias.

Certo dia enquanto Ionia lia um dos livros para os enfermos ele viu uma velhinha, de cabelos castanhos, se aproximando de um homem gravemente doente. Em seguida ela estendeu sua mão em direção à cabeça do enfermo; sua mão brilhou com um cosmo branco; evolveu o homem e então ele se levantou e andou, ainda não estava 100% bom, mas mesmo assim foi um milagre; seus músculos já haviam sido atrofiados. Ele fechou o livro e se deu conta de que aquela mulher era a chave para que tudo terminasse em um final feliz.

Logo em seguida ela estava indo em direção a Ionia, mas não estava sozinha; em suas costas tinha um cavaleiro enorme de cabelos curtos de cor preta e olhos preguiçosos, e estava vestindo uma armadura de ouro. Em seguida ela chegou perto de mim e disse:

— Então é você que Praesepe falou tanto. – falou sorrindo.

— ...  – A única reação do garoto foi o silêncio.

— RESPONDA A SENHORA ATHENA! – reclamou o cavaleiro.

— Pã, não assuste o garoto. E não use meu nome em vão, seu boi malvado. – como sempre, estava sorrindo.

—Tsc! Velha chata! – resmungou Pã de Touro.

— Ah! Perdão senhora Athena. – Ionia se ajoelhou e abaixou sua cabeça em respeito à deusa. – O que um simples mortal como eu poderia fazer por ti?

— Hahahahaha....assim como Praesepe, eu pedi para que essa vaca atrás de mim ficasse de olho em você aqui no Santuário. Mas eu tinha que ver com meus próprios olhos. – falou Athena de maneira entusiasmada.

— Ver em quê? – perguntou Ionia que estava confuso com a situação.

— Você já conseguiu despertar e dominar seu 7º sentido sem nem mesmo perceber. Às vezes é bom prestar atenção em si mesmo. Lembre-se, dentre os cavaleiros do Santuário, apenas 12 deles são capazes de dominar esse sentido. E eu estou aqui justamente por isso.

Athena também se ajoelhou na frente de Ionia, com seu dedo indicador levantou seu rosto e disse com as seguintes palavras:

— Para proteger a paz na Terra, você poderia se tornar um cavaleiro?

— M-mas é l-lógico minha senhora! Farei isso com bastante honra! – exclamou Ionia de maneira séria mas com um sorriso em seu rosto.

— Ela está lhe esperando e cintilando por você. Agora vamos para as 12 casas.

 

X.X.X

 

Entrada das 12 casas.

Os três subiram até a primeira casa, a de Áries. colocou a senhora Athena no chão; Ionia os acompanhou segurando alguns livros em seu braço.

— Vish Maria! Para uma velha, tu tá bem pesada! – reclamou Pã.

POFT!!!

— Gorda é sua avó, sua picanha andante. – Athena deu um soco na cara . – E não fique falando coisas que o autor não planejou em escrever.

— Isso doeu sabia?!

— Eu bato é para doer sua vaca estúpida!

— “Minha nossa que tratamento é esse?” – pensou Ionia confuso, mas feliz.

Depois dessa “briguinha”, a deusa Athena ficou séria e ordenou:

Hamal apareça!

Hamal de Áries se apresentando. Senhora Athena o que desejas?

— Por favor, leve-nos até lá.

— Ah sim, ela já está impaciente.

— Ela quem? E porque está impaciente? – Perguntou Ionia

Hamal de Áries teleportou todos para um lugar próximo a casa de capricórnio. Ali tinha uma estátua de Athena e o local era lotado de pedras; em suas paredes escorriam águas brilhantes; ali cheirava a flores de petúnia. Aquilo trazia algo nostálgico e agradável. Veio em mente sua antiga casa em seu vilarejo pacato.

— Onde estamos? – perguntou o garoto de forma solene.

— Aquilo agora é sua missão garoto. – disse Athena com um sorriso expressando um desafio. – Aquele que conseguir puxar a armadura de capricórnio da pedra será digno de porta-la. Será que você consegue?

— Muitos já vieram aqui. Homens fortes de força física e com cosmos grandiosos. Mas nenhum deles conseguiu, sequer, mover um milímetro dessa armadura. – explicou Pã para o garoto.

A armadura não parava de ressoar. Estava pulsando cada vez mais forte.

— Então eu vou! – decidido, Ionia foi até lá.

O menino mal tocou na armadura; a urna saiu da pedra levitando em frente ao menino. Logo ela se abriu, ficou a amostra e em seguida se desmontou e vestiu o jovem garoto.

Estava esperando por ti meu mestre.— a Armadura de Capricórnio conversou com Ionia. – Aquele que me tirar da pedra tem todo o direito de me usar se for designada à PAZ e à JUSTIÇA.

— Nossa! Isso é de mais!

Aceite essa habilidade como um presente meu e de Athena. A espada sagrada EXCALIBUR.

— Sinto muito, mas depois do que passei eu prometi para mim mesmo que nunca usaria uma arma.

São sábias suas palavras. Mas não se vence uma guerra lutando com flores.

­— Mas uma guerra pode ser sessada através de palavras, que são tão afiadas ou até mais do que essa Excalibur. Elas podem dominar qualquer coisa, até um reino inteiro. Saber usa-las de maneira correta faz isso uma arma extremamente perigosa. O que eu quero é desenvolvê-las, e com a ajuda de seu cosmo isso se tornará mais fácil. Eu irei desenvolver a Domination Language por intermédio de um grimório que já criei.  E aí, topa ser meu companheiro em nossa jornada?

Você é um garoto interessante. Quero ver até onde irá o poder dessas suas palavras.

— Com você, Athena e nossos companheiros, podemos deixar esse mundo em paz e tornar as coisas mais felizes.

De repente tudo voltou ao normal, àquilo que acabara de acontecer não passou de frações de segundos. Era como se nada tivesse acontecido. Essa conversa foi só entre Ionia e Capricórnio.

— Então você não aceitou?! – disse Hamal de Áries com um sorriso em seu rosto. – Também estou curioso para saber o que fará sem a Excalibur usando apenas suas palavras.

Athena não quis saber o que houve entre ele e Capricórnio. Ela só parabenizou e disse uma coisa:

— Prepare-se para seu treinamento. Praesepe está em uma longa missão, portanto seu mestre será o churrasquinho, Pã de Touro.

O QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ?! ­— Ionia e Pã gritaram ao mesmo tempo.

 

“CONTO 2 – O PASSADO TRÁGICO E UM FUTURO ESPERANÇOSO – FIM

 

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¹ Foi um mostro que afligiu a cidade de Tebas. Tinha parte inferior de seu corpo em forma de leão com asas de águia e em sua parte superior de uma mulher. Ela se matou quando Édipo resolveu seu enigma.

— Que animal de manhã anda com quatro pés, à tarde com dois e à noite com três?

— O homem. -  respondeu Édipo.

 

² Também conhecida como Messier 44. É o aglomerado da constelação de Câncer. Na china tem o nome de Sekishiki.


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Notas finais do capítulo

Estou muito contente por fazer mais um conto. E ai estão gostando? Eu estou amando escreve-los.
Essa foi uma estória mais sombria e obscura, achei que seria mais interessante mostrar a infância de Ionia dessa maneira. Então fiz desse seu passado uma chave para seu futuro promissor.

Próximo Conto:
"A loucura do Rei de Amarelo."



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