Light and Death - Interativa escrita por JPA extreme


Capítulo 3
Ato 2 - Frio


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu JPA com mais um capitulo dessa fic que adoro escrever.
Amo zumbis! SIM
Amo super poderes! SIM
Então porque não fundir os dois...NÃO SEI!
[E ESSES FORAM OS INGREDIENTE PARA CRIAR A FIC PERFEITA!!!]
Rob Varady: Perfeita, não é não, chefe! Você escreveu esse capitulo comendo melancia e...
Eu: Calado!!!Ou vou formatar vc!!!
(Rob Varady sai triste)
E DEPOIS DESSA NOTA BIZARRA...com vcs o capitulo...
[Não esqueçam de comentar]



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ANTES... 

    Lari caminhava sem esforço. Sua postura era perfeita, provocando inveja das outras garotas mais velhas. Os cinco livros equilibrados sob sua cabeça nem se moviam de tão perfeito que era o andar de Larimar.
    A garota caminhou até o final do tapete violeta da sala e voltou. Uma das garotas, Gini, tentou fazê-la cair pondo o pé no caminho. Mas Lari sem perder a elegância saltou sobre este chegou ao lado da escrivaninha e deixou os livros sobre ela.
   Madame Rose aplaudiu a performance de sua aluna preferida com muitos "bravos" e "perfeito". As meninas acompanharam, mais desanimadas.
  - Merci!- Agradeceu Larimar educadamente esboçando um pequeno sorriso.
   Ela desejava que seus pais fossem que nem Madame Rose, vissem suas conquistas e a parabenizassem por elas. Mas eles jamais seriam desse jeito, sempre viam defeitos nos atos de Larimar. Ela nunca era inteligente ou educada o suficiente. A única coisa que ela desejava era que seus pais tivessem orgulho dela.
 
*****Ω*****

   "Fluctuat nec mergitur". É sacudida pelas ondas e não afunda. Larimar adorava Paris. A cidade luz era seu lar. A menina aprendeu a andar sob o Arco da Aliança, disse suas primeiras palavras num dos famosos Café da cidade, e subiu sozinha até o topo da Torre Eiffel quando tinha 7 anos.
   Um bairro que ela especialmente gostava era Butte-aux-Cailles. Um bairro situado em uma colina no 13º arrondissement. Esse distrito misturava o clássico com o atual, e Lari adorava caminhar pelas ruas nas sombras das árvores observando as pessoas vivendo suas vidas comuns.
    Ninguém em seu Colégio sabia que Lari era filha do casal multimilionário, dono de uma multinacional, ela usava seu nome e sobrenome juntos para ninguém ter conhecimento da sua genealogia.
    Larimar passava em frente de um Café local quando uma limusine parou ao lado da calçada.
    O vidro preto do lado do motorista baixou-se revelando um jovem de vinte e quatro anos com um quepe de motorista e terno.
    - Sabia que iria te encontrar aqui, Mademoiselle!
    -Piettro, nunca duvidei que me encontraria...- respondeu a garota com um sorriso.
   A porta do banco de trás se abriu.
    - Entre, mademoiselle. Precisamos chegar a sua casa antes que sua mãe perceba que está atrasada!- Lari fechou o leque que estava usando para se abanar e entra na limusine.
    Piettro pisa no acelerador assim que a porta bate. Passa por becos, fecha vários carros, utiliza atalhos, e principalmente xinga muito os outros motoristas parisienses.
  -Aller à chier!!! À l'écart!!! #!$@#!!!
   Larimar dá um pequeno sorriso após um desses xingamentos.
  -Você devia sorrir mais, Mademoiselle! Não tem ninguém aqui pra flagra-la...EI IMBECIL, TIRA ESSA D#$&@ DA FRENTE!!!!
   Lari sorri novamente. Ela adorava Piettro. Ele era o motorista da família a três anos e é a pessoa que conhece melhor no mundo. Seus pais pensam muito no que ela deveria ser, Piettro gostava de quem ela era. O motorista era o irmão mais velho que ela gostaria de ter. E como não tinha outra família, Piettro também a considerava sua irmãzinha mais nova.
   Quando a limusine passou em frente a pirâmide do Louvre, Lari debruçou-se na janela. Sempre quis visitar o museu, mas nunca havia tido a oportunidade. Estava ocupada estudando etiqueta e aprendendo latim. Ela não tinha muito tempo para se divertir.
    Piettro olhou pelo espelho retrovisor e percebeu o que Larimar tanto olhava. O rapaz sorriu e pegou o retorno para o museu.
   - O que está fazendo?- Perguntou Lari.
   -Estamos indo visitar o museu, Mademoiselle- Respondeu o motorista.
   Lari o encarou pelo retrovisor incrédula.
   - Vamos nos atrasar. Mère ficará ...
   Piettro gargalhou.
  -Seremos rápidos. E se você nunca viu a mona lisa, não é uma parisiense...
  Lari o encarou sem qualquer expressão e reencostou-se no banco recompôndo-se.
  -Merci!- Disse baixinho. Mas por dentro estava radiante.
 

*****Ω*****

A limusine parou em frente a mansão e Lari sentiu um arrepio ao perceber que seu pai estava na porta de casa.
     -Merde!-Disse Piettro. O pai de Lari começou a se aproximar e o motorista saiu do carro. Os dois começaram a discutir, às vezes gesticulando em direção a Lari que assistia a tudo de dentro do carro. Ela queria abrir a porta e defender Piettro, mas não tinha coragem de enfrentar seu pai. Ela abraçou seu leque azul e fechou os olhos.
     Sabia que algo ruim iria acontecer.

*****Ω*****

    Larimar fechou a porta do quarto atrás de si. E a trancou.
   Segundos depois, sua mãe bateu a porta pedindo para entrar. Sua mãe não entendia o motivo de sua tristeza. Para ela Piettro não passava de um empregado qualquer que não merecia qualquer consideração de pessoas do nível delas.
    - Ele só um pauvres imundo!-Disse a mère de Lari.
   Aquela frase foi o cumulo. Já não bastasse te-lo demitido. Larimar socou a porta de carvalho branco.
    -O quê....-A garota se afasta da porta em um pulo.
    A porta de mogno branco agora está coberta com uma crosta de gelo.
   -Pare com isso, Lari Mar! Vou buscar a chave mestra!- Disse a mãe de Lari do corredor.
  Lari ficou em pânico. Como explicaria aquilo.
    -Espere! Você tá certa! Desculpe, mère! Estava sendo estúpida! Não farei mais isso! Pardon!
   Após alguns segundos, a mãe respondeu.
    -Espero isso não se repita. Está de castigo por uma semana. Não entende que não a cabimento uma garota da sua classe social chorar por causa de um motorista. E filha....
  Lari levantou a cabeça.
   -  Não esqueça da sua prova de Latim- Disse a mãe de Lari. Os passos foram ouvidos enquanto ela se afastava.
   Larimar ficou parada encarando seu replexo no gelo fino.

*****Ω*****

  AGORA...

   Os zumbis lotavam a rua cercando Larimar. A garota não esboça nenhuma reação, abre o leque calmamente, era o mesmo leque de um ano atrás só que agora adaptado como uma arma com lâminas e com uma pequena habilidade.
    Um walker avançou, a garota avançou com o leque e cortou-lhe o pescoço. A cabeça saiu rolando. E o corpo tombou. Outros avançaram, Lari atingiu um com uma bica no estômago, e decepou outro. Um morto vivo vestido de jogador de beisebol avançou pela lateral, Lari rolou para trás, e avançou em seguida cortando o corpo do zumbi na altura da cintura sem perder a elegância.
     Deu uma rasteira em um zumbi, esmagou-lhe a traquéia com uma cotovelada, uma criança tentou ataca-la por trás. Usando seus braços como apoio, deu varios chutes rápidos no zumbi que recuou até a borda da rua, o leque cresceu de tamanho, Lari cortou varios walkers em um único golpe. E avançou até o zumbi próximo ao guarda corpo, tocando de leve sua testa.
     Uma estalactite de gelo suja de sangue desponta do outro lado do crânio do morto vivo. O cadáver vai em direção a rua de paralelepípedos três metros abaixo.
    O leque volta ao tamanho normal e o restante dos zumbis cerca a garota.
    Larimar sorri e toca o guarda corpo. O metal é coberto de uma crosta de gelo na mesma hora. As pedras do chão e os walkers também ficam congelados. Lari cai exausta.
     Piettro desce a encosta gramada segurando sua espingarda, e corre até Larimar.
     -Está bem? Consegue andar? -Pergunta o rapaz.
    Lari se levanta com esforço e Piettro a ajuda passando o braço da garota pelo seus ombros.
    - Meu vestido. Está manchado de sangue-Diz Lari exausta. Por mais que agora fosse uma sobrevivente e decepasse zumbis ainda era uma dama.
     Piettre ri.
   -Com tanta coisa para se preocupar. Você está preocupada com o vestido, Mademoiselle. Você sabe definir suas prioridades.
    No dia em que o vírus chegou a França, Lari estava na escola, fora Piettre que salvara Larimar do colégio lotado de walkers. Larimar insistiu para que fossem atrás de seus pais. E mesmo com tudo que eles haviam feito a ele, por ela, Piettre dirigiu sua van até a mansão. Só para encontrar os pais de Lari tranformados em um dos Outros.
     Lari deu um fim ao sofrimento deles, fria. Pittre continua a protege-la até hoje.
     -Precisamos ir mais rápido...já vai anoitecer. Precisamos chegar ao abrigo ainda hoje- Diz Piettre- Ficar perambulando à noite é o mesmo que decretar sua sentença de morte.
    Lari assentiu e com Pittre a ajudando desceram a rua. Avançaram umas três quadra,até que Piettre parou, arrombou uma das casas e deixou Lari descansando num quarto no segundo andar para procurar um veículo para fazerem o resto do caminho. Antes que ele saísse Lari lhe fez uma pergunta:
     -Piettro. Como iremos saber que os sobreviventes dessa comunidade são confiáveis?
    Piettro ficou calado durante alguns segundos antes de responder.
   - Teremos que ter fé na natureza humana, Mademoiselle-disse antes de sair.
   Isso deixou Larimar ainda mais preocupada. Ela sabia que a natureza humana era ser egoista e passar por cima dos outros.

*****Ω*****

  O jipe avançava pela estrada de terra. Piettro dirigia, como sempre, já que Lari não tinha idade para isso, tinha apenas 13 anos. Larimar estava no banco de carona penteando seu cabelo ciano distraidamente. Quando Piettro pisou no freio, parando bruscamente. A escova de Lari cai embaixo do banco.
    - Porquê freiou o carro...-Ela para de falar ao ver o motivo.
    Um garoto de cabelos verdes está parado no meio da estrada sangrando.
    Piettro desce do jipe com arma em punho.
    - Não....estou...mordido!-Diz o rapaz antes de cair desmaiado de cara no chão.
     Piettro se aproxima do rapaz e o cutuca com a arma obtendo um gemido. Ele vira o corpo do rapaz que tem um fone de ouvido no pescoço. E uma corte na barriga.
    -Não atingiu nenhum point vital do corps humain!-Diz Lari em pé sem qualquer expressão ao lado do sobrevivente.
     Piettro estanca o ferimento rasgando um pedaço de sua blusa e fazendo um torniquete.
    O garoto abre os olhos encarando o céu no crepúsculo.
   - Safe...Zone-murmura o rapaz.
   -Também estamos indo para lá! Lá eles podem ajuda-lo.
   O rapaz agora parece mais calmo.
   -Obrigado!-Diz ele.
   Piettre sorri.
   - De rien! Nesses tempos sombrios temos de nos proteger uns aos outros!
    Piettro ajuda o rapaz a levantar e o leva até a traseira do jipe. Fecha a porta e entra no lugar do motorista.
   Larimar sentasse em seu lugar ao lado de Piettro. Este dá partida no carro. A garota se vira e encara o novo sobrevivente.
     -Qual o seu nome?- Pergunta ela.
     -Léo. Eu me chamo Léo-Responde ele.
    Ela com certeza não confiava em Léo.

*****Ω*****

   A van era vermelha. De longe poderia parecer um carro abandonado qualquer que tinha aos milhares atualmente. Mas, Gustavo sabia que este era diferente. Ele e sua irmã gêmea sairam dentre as árvores a beira da pista assustando o dono do veiculo.
     -Gustavo. Fernanda. A quanto tempo...-Começou a dizer o árabe antes de receber um soco de Gustavo-Por quê isso?- Questionou o vendedor massagiando o queixo.
   Gustavo o encarou mal humorado.
   -Você sabe porquê, seu trapaceiro sujo. Não achei que havia conseguido sair pela fenda mais aqui está! O mesmo velho Farid de sempre. Mas dessa vez não passará a perna na gente!
   Fernanda contornou Farid e espiou dentro da van pelas portas traseiras abertas.
   - Pra que relembrar do passado. Creio que veio aqui fazer um negócio, certo? - Disse o Árabe-Cadê o jovem Lucs?Pelo que me lembro vocês são mais grudados que gêmeos siameses.
   A expressão de Gustavo continuou dura.
   -Vim aqui comprar algo e tenho certeza que você tem o que procuro!-Disse Gustavo ignorando a primeira pergunta.
  -Tem que ser mais específico. Vendo muitas coisas na minha humilde van!
  -Antizina.
   -Antizina? Mas qual de vo...Ah, creio que o jovem Lucs não pode se unir a nós por estar indisposto. Estou certo?
   Gustavo agarrou o colarinho do trapaceiro.
   -Isso não lhe interessa!
   "Não" disse a voz de Fends em sua cabeça. Ele solta o vendedor que se afasta.
   - É realmente uma pena. Mas Antizina é uma coisa muita rara atualmente e com a queda da bolsa em tipo...todo o mundo...-Começa o Vendedor.
   -Qual o seu preço?-Pergunta Fernanda.
    Farid sorri mostrando seus dentes amarelos.
   -A moçinha quer ir direto ao ponto. Bem, meu preço é uma carta!
   Fernanda ficou confusa.
   -Carta?
   - Três doses de antizina! E em troca vocês vão atrás de uma certa carta para mim.
    Antes que Fernanda pudesse questionar sobre a carta, Gustavo aperta a mão de Farid.
   -Fechado!!
  Farid sorri para uma Fernanda incredula. E rabisca as instruções da missão num caderninho, arranca a folha e entrega a Gustavo que nem a lê e guarda no bolso da calça.
   -É bom fazer negócio com vocês!-Farid volta para dentro de sua van. E parte.
   Fernanda encara Gustavo.
  -Porque aceitou tudo sem questionar?
  Gustavo olha para irmã e responde:
  -Porque não temos outra opção se queremos que Lucs fique vivo!
  


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Notas finais do capítulo

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Larimar: http://www.zerochan.net/1864614



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