Do outro lado da linha escrita por LcsMestre
Notas iniciais do capítulo
Nunca brigue com seu chefe, sério mesmo. Quando você têm atrito com o superior tudo está fadado a dar ruim...
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)
Atendimento #072: Bombada
Você já brigou em seu emprego ou já ficou de mau com seu chefe? É muito ruim ter os laços balançados por quais quer que sejam as razões, mas é pior ainda ter seu superior como seu inimigo. Pode não parecer, mas nossos amados Igor e Ezequiel se odiavam mortalmente, pois é. Isso mudou quando Amanda ofereceu bolo de chocolate para seu então noivo, este fora pego com a boca na botija comendo na mesa pelo próprio supervisor; o encarregado ao invés de dar-lhe uma bronca, ou esfaqueá-lo com uma colher, compartilhou do doce. Depois disso eles sempre conversaram como amigos e Ezequiel tornou-se um funcionário importante para o senhor Alastor.
Mas não é em toda operação que isso acontece.
— Eu não posso encaminhar esses documentos moça. — O cliente Oliveira tinha um tablet defeituoso, ligara para a central e conversava com Amanda; esta o instruiu com toda a calma e delicadeza de um elefante na TPM a enviar o produto para a assistência técnica autorizada.
— Mas por que não cara? São só documentos simples, nem precisa ser os originais, basta apenas que você tire uma cópia e já era. Eu sei que você não é titular, fale com a senhora Rose e peça para ela os documentos.
Lembra que a Catherine tinha ordenado a não atender nínguem que não fosse o próprio dono do produto? Bom, essa regra voltou a valer depois de um tempo, porém funcionários e parentes próximos do mesmo não entravam nessa regra. No caso o cliente Oliveira era um funcionário da titular.
— É que eu estou processando minha ex chefe, ela me deu esse tablet de presente, mas a nota está no nome dela.
— Aí realmente embaça, — Amanda coçou a cabeça, prendeu o cabelo em um coque. — foi feio assim para não ter nem chance dela colaborar ?
Igor voltou naquele instante de sua pausa com alguns pedaços de bolo de morango empilhados em um guardanapo. Ao ver a face emburrada de sua operadora o mesmo verificou quanto tempo de chamada ela tinha, como a duração ainda era pouca ele assumiu que estava tudo andando no trilhos.
— Pede um momento. — Falou ele tocando no ombro da garota, virou-se para a esquerda e deu um leve tapa na cabeça de Ezequiel chamando-lhe a atenção. Distribuiu o doce. — Quase nunca têm bolo de morango, tive de comprar pra vocês, pivetes. — Afagou o os cabelos dos dois. O olhou para as mãos. — Pronto, finalmente limpei meus dedos.
Ezequiel parou a mastigação no meio, cerrou os olhos.
— Alô, moça? — O cliente chamou Amanda. Como a atendente ficou em silêncio, porque tentava engolir o bolo rapidamente, chamou novamente. — Amanda, você ainda está ai?
— Ô sim. — A boca cheia dificultou a fala deixando claro que comia. Seu monitor ficou todo sujo de farelos de bolo.
— Você tá comendo alguma coisa?
— Êm eu? — Rebateu ela indignada, porém não tinha como esconder aquele som de alguém que fala com a boca cheia. Engoliu. — Tá doido é? Eu to com meu supervisor do meu lado, até parece que eu iria comer.
Igor apanhou uma cadeira e colocou a chamada em viva voz.
— Então vê com ele se eu posso substituir o documento da minha ex chefe pelo meu.
— Parceiro a regra é clara, se têm de sacar dos documentos do dono. Como é que os cara na autorizada vão saber que esse produto não caiu do caminhão? — interferiu o encarregado se apoiando na divisória das mesas. — Bom dia, a proposito.
— Você é o superior da Amanda?
— Em carne e bolo.
— Igor ele me disse que está processando a ex chefe dele e por isso ele não pode pegar a documentação do titular. — Explicou Amanda em uma tentativa de ajudar o cliente.
O encarregado abriu um sorriso, arqueou as sobrancelhas e apontou para o telefone; a história contada pelo cliente já era de seu conhecimento. Já a vira acontecer várias vezes, alguns detalhes sempre mudavam, entretanto o conceito sempre era igual.
— O relacionamento durou muito pelo menos colega? — A pergunta do supervisor foi tão adversa que os dois operadores se viraram com cara de interrogação. — É sério que vocês não tão ligados dessas histórias? — O dois menearam a cabeça em negativa. — Me corrija se eu estiver errado senhor Oliveira. Primeiro você não conhecia sua chefe, depois de um tempo passou a ser chamado para fazer serviços específico para ela e eventualmente vocês acabaram se pegando.
— Foi alguma coisa assim. — O cliente sentia-se mais desprezado que uma magikarp com epilepsia. — Durou pouco.
— Entendi, vocês brigaram e ela te demitiu.
— Na verdade eu me demiti. — Igor conseguira fazer o cliente se abrir com ele, e olha que o cliente nem estava bêbado. — Eu fui humilhado por aquela infeliz, fui chamado de o flash do amor por todo mundo, foi uma vergonha! — O cliente batera na mesa enfurecido. — Ela espalhou a história que eu não aguentava “dez bombada”
Curioso como um gato imortal, Ezequiel largara a chamada que atendia para ouvir o que se passava, beliscava a fatia de bolo aos poucos como quem degusta a pipoca em um cinema. Igor já concluíra todo o escopo da situação, mas queria que o cliente confessasse todo o causo.
— Fui humilhado, “o homem bombadinha”. — O homem teria explodido em fúria não tivesse a beira do choro. — Quando ela colocou um quadro no hall da empresa com a minha foto e o título “broxa do mês” eu não aguentei.
Ezequiel engasgou com o bolo, amanda controlou o riso enquanto estapeava as costas de nosso herói.
— Eu compreendo senhor, mas… — Igor esperou Ezequiel se recuperar. — cá entre nós, foi só dez bombadas mesmo?
Os dois operadores não resistiram e caíram no riso, o cliente encerrou a chamada enfurecido.
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A...não pegue seu chefe ou sua chefe se você não aguenta o tranco... fica a dica aauiehaiehiaeh
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D