Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 186
Atendimento #186: Café na rua


Notas iniciais do capítulo

Já pensou um cafezinho na rua? Sim saca sentado na calçada e pá...

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #186: Café na rua


— Larguem o pai dos meus primeiros afilhados agora. — A mulher de madeixas loiras tinha a pele corada do sol e a flor em seu cabelo era um belo girassol de plástico.

Não demoraram nem mesmo um segundo para soltar nosso herói e seu colega Ancelmo. Naquela altura não tinha ninguém que não tivesse escutando ou mesmo vendo toda aquela algazarra na operação.

— Todo mundo voltando a atender agora! — Gritou a mafiosa. Sua ordem foi mais que direta e reta, foi instantaneamente acatada e todos voltaram a suas funções, todos menos o vendedor de colônias. — Você aí... — Falou ela apontando em sua direção.

Morreu gente, ele morreu simples assim. Eu poderia descrever que ele foi demitido, que ela chutou a bunda dele do Brasil até a China, mas depois daquele dedo apontado ele nunca mais foi visto por ninguém da operação. Algum especulam até o dia de hoje que o elevador explodiu ou mesmo que ele despencou com o rapaz dentro dele. Mas a verdade é que a mafiosa não perdoa ninguém não... Então só nos resta pensar que o rapaz da colônia está em um lugar melhor, preferencialmente vendendo outras coisas que não perfumes, topwares talvez...

— Ancelmo volte a atender precisamos de você amansando os clientes chatos.
— É pra já, dona Catherine. — O rapaz fez uma pose agaixada com os dedos esticados em riste. — Rapidamente, e bem feliz por não estar mais no núcleo da confusão, o domador de clientes retornou a sua mesa.— Hora de morfar! — Falou ele atendendo um cliente.

— Por que vocês estão me ignorando tanto assim? — A cliente de Ancelmo sentia-se indgnada por escutar diversos gritos, e isso inclui algo que ela acreditou ser alguém tendo a pele arrancada e recosturada com agulha de tricô.

— Longa história senhora, recomendo que veja os atendimentos anteriores para uma compreensão melhor.

— Se quiser falar eu to aqui no orelhão tomando café.

Ancelmo parou por um momento enquanto construía a cena da cliente em sua mente. Calma, o processador biológico dele não era tão ágil quanto o de Amanda que conseguia atender, pensar em formas de ficar rica e em praticas sádicas para abusar do marido quando saísse do expediente.

— Espera moça, como você tá tomando café no orelhão? — Agora eu também fiquei curioso, vamos ver.

— Então é justamente por isso que eu tô ligando para vocês.

— Espera, espera, espera. A senhora está ligando porque está tomando café no orelhão? A senhora sabe que aqui é uma central de suporte e não o programa da Ana Maria né?

— Claro que eu sei que é suporte, mas é que meu telefone fixo parou de funcionar do nada, primeiro foram barulhos estranhos na linha e depois o negocio começou a dar choque.

— Isso me lembra uma série que eu estou vendo. — Ancelmo tentou recordar o nome, mas como não foi patrocinado o mesmo não se lembrou.

Enquanto o domador de clientes explicava para a mulher o que poderia estar causando o problema "sobrenatural" a mafiosa era informada de tudo o que tinha acontecido na central.

— Vocês dois? — Catherine apontava para o gestor e Kauã. — Que nojo gente, a sala é um aquário, como vocês tiveram a coragem de fazer...lá? — Fez uma cara de asco. — Eca...

— Eu sabia que tava ruim, mas não imaginava que o Kauã tava nesse nível de puxasaquisse.— Igor observava o gestor e o novo supervisor cabisbaixos. — Dona Catherine tinha deixado a ordem para outra pessoa ser o supervisor, não você.

— Acontece que...

— Senhora corre! — Ancelmo deu um grito que interrompeu o atual encarregado de falar. A cliente realmente estava tomando café da manhã na rua, nada mais se não fosse o grupo de rotweillers que tinha virado a esquina e dado de fuscinho com o cheiro de mortadela que o sanduíche dela tinha.— Por que cacetes ela não usou um celular? — Indagou Ancelmo depois que a cliente largou o telefone público e correu para dentro de casa deixando para trás

— Enfim, quando o Alastor falou que a coisa tava desandando aqui eu pensei que a Amanda tinha começado a sodomizar o Ezequiel na operação mesmo, mas isso é demais... — Catherine sinalizou em negativa com a cabeça. — Impedir o uso do mute é atentar contra meu negócio sabia disso? — Os olhos da mafiosa tinham chamas e por eles Kauã teve uma visão mais tenebrosa do que deve ter sido os campos de batalha das duas guerras mundiais. Respirou profundamente.— Olha eu não vou nem me estressar por que tenho de ir com a Amanda no médico. Você vai levar a gente? — virou-se para Igor.

— Levo sim, também sou padrinho desses pivetes, não tô fazendo mais que o meu dever.

Kauã por um instante sentiu como se tudo fosse ficar tranquilo, entretanto, antes de irem para o elevador Catherine voltou.

— Revoga a ordem do mute e...

Ancelmo interferiu com outro grito.

— Senhora deixa esse sanduíche e corre logo infeliz!

— Liga pra ambulância da região da mulher que o outro alí ta atendendo e entrega teu cargo antes que eu te demita ou faça coisa pior.  


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Notas finais do capítulo

Que dó ein amigão!

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U



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