Eles já estavam lá, Carlisle, Esme, Rosalie e Emmet. Os outros provavelmente ficaram para não levantar suspeitas.

Sophy e Rosalie estavam abraçadas, Emmet estava ao lado das duas esperando. Carlisle e Esme me esperavam sorrindo. Eu também sorri, depois os cumprimentei:

- Olá Carlisle, Esme, Rosalie e Emmet.

- Olá Seth! – Carlisle, Esme e Emmet responderam.

Rosalie me olhou com um olhar mortal, certamente Sophy já tinha contado. Rose com seu instinto materno provavelmente já tinha ficado do seu lado, ela iria aprovar a sua loucura. Elas eram melhores amigas.

- Venha comigo Sophy, vamos conversar longe deles! – Rosalie a puxou com um olhar de ódio para mim.

- Vamos! – As duas foram ao quarto, nós continuamos na sala.

- Seth, acho que temos um serio problema. -  Disse Carlisle.

- Sim, você já sabe o que fazer? – Perguntei.

- Bom, Esme me deu uma idéia, fale querida...

- Claro. – Respondeu Esme. – Seth, vamos deixá-la em observação. Tentaremos ajudá-la psicologicamente, fazê-la parar com a loucura.

- Tomara que funcione. – Eu disse.

- Caso ela não melhore, precisamos tomar uma atitude drástica. – Ela continuou.

- Que atitude? – Perguntei.

- Se não pudermos ajudá-la, só há um clã no mundo que poderá!

- Ah Esme, eu faço tudo para esse clã nos ajudar, quem são eles?

- Os Volturis. – Carlisle falou. – Eles tem conhecimento suficiente para isso.

- NÃO! Não vou deixar  eles encostarem um dedo nela! Eles não vão fazer mal pra ela e nem me separar dela!

- Seth meu querido, não é fazer mal! Pode ser que eles a ajudem, eles não são maus! – Esme disse.

- Mas e se eles quiserem ficar com ela? – Falei.

- E se for a única chance dela? Pense bem...

- É Esme, tenho que admitir, se não houver meio, eu faço tudo por ela, mesmo que isso signifique perdê-la.

- Você não vai perdê-la, vai dar certo! Eu acredito que ela vai melhorar antes! – Disse Carlisle tentando me confortar.

- Eu também acredito.

Isso não era possível, um dos meus maiores medos era perdê-la para os Volturis. Se sua vida corresse risco eu permitiria, mas eu acreditava que ainda tinha uma chance.

- Fique calmo Seth! – Disse Carlisle. – Nós vamos começar o tratamento quanto antes.

- Tudo bem, eu confio em você Doutor.

Carlisle me passava um ar de esperança e alívio. Ele com certeza era um ótimo médico, garanto que não existia homem como ele. Quando tudo isso acabasse, arranjaria uma forma de agradecê-lo.

As duas ainda estavam conversando no quarto, Rose provavelmente estava alimentando mais e mais a sua ilusão, isso era péssimo. Rosalie queria ser mãe, e isso a fazia passar por cima de tudo.

Eu tinha certeza que ela faria a mesma coisa que fez com Bella, só que na época Bella estava mesmo grávida. E agora, mesmo sendo ilusão, ela iria ajudá-la até o fim.

Enquanto as duas não se manifestavam, pensávamos em um tratamento para ela. Carlisle nos disse que seria mais fácil se ela dormisse, poderíamos atingi-la com hipnose.

A melhor maneira de ajudá-la seria por muito diálogo. Vampiros eram seres complicados de mexer com o psicológico, por isso teríamos que ter uma boa estratégia.

Já estávamos começando a ficar preocupados com o silêncio das duas. Até chegamos a pensar que elas teriam fugido, mas gritos de horror romperam as dúvidas:

- Oh meu Deus! Carlisle venha aqui agora! Ela está vomitando! – Rose falou.

Eu senti aliviado por um momento, pelo menos elas estava colocando para fora toda a comida. Logo ela iria melhorar eu tinha certeza disso. Ufa!

- Calma Rose, isso é normal! – Carlisle falou para tranqüilizá-las. – Ela comeu muita comida humana e... – Rose o interrompeu:

- NÃO! Ela está vomitando sangue!

Entramos em choque! Isso não era possível! Eu não tinha palavras, não conseguia me mover. Ninguém da sala conseguiu se mover, escutávamos Sophy vomitando, Rose gritando, mesmo assim estávamos sem reação.

Permanecemos nesse estado um bom tempo. Coitada, coitada, coitada! Ela estava bem pior que eu pensava, por que tinha que ser assim? Justo quando pensei que já estivesse bem...

Carlisle se recuperou e tomou uma atitude, correu até o quarto e entrou. Nesse exato momento eu acordei e corri atrás dele, precisava ajudar meu amor.

Lá estava ela deitada com os olhos perplexos, os mesmos olhos que todos ali tinham. O sangue jogado no chão era impressionante, tão impressionante como o que estava em suas roupas.

Era uma quantidade enorme de sangue, não era nenhum pouco normal tudo aquilo. Algo de muito ruim estava acontecendo com ela.

Carlisle foi ao seu lado e começou a sentir sua temperatura, analisar os principais aspectos médicos. Eu fui ao seu lado para dar apoio, peguei em sua mão e sussurrei um calma.

Carlisle pegou um pouco de seu sangue para analisar. Aquilo deveria ser totalmente diferente do que ele viu até agora. Enquanto isso Rose gritava:

- Faça um ultra som nela! Por favor, vocês não vêem as evidências? Ela está mesmo grávida!

- Calma Rosalie.

- Calma nada Carlisle! Ela está precisando de cuidados com o bebê!

- Rose, eu preciso analisar o sangue primeiro!

Rosalie meio que aceitou o pedido de Carlisle. Ele foi analisar o sangue, eu não tinha reparado, mas ele deveria ter trazido algum instrumento para isso.

Eu fiquei cuidando dela, e Rose começou a limpar a sujeira junto com Esme. Claro que elas limparam em segundos.

Quando ela se recuperou, levei-a para tomar banho e limpar sua sujeira. Ela parecia além de triste, muito cansada.

Depois de um tempo Carlisle voltou com a análise. Todos já desconfiavam que aquele sangue seria animal, e para a nossa confirmação era mesmo.

Isso era bom, mas Carlisle não soube explicar o por que. Ele tentou encontrar algum vestígio de comida junto ao sangue, mas não encontro nada, o mistério continuava. Agora teríamos que observá-la.

Decidimos que Rosalie não podia ficar sozinha com ela, para não instigar mais. Esme que deu idéia e Rose não gostou nenhum pouco. Normalmente ficávamos eu e ela juntos para cuidar dela.

Os meses foram se passando, ela continuava em seu estado até pior. Ela não entendia que nesse tempo uma criança já teria crescido. Era tudo invenção, mesmo assim as duas gostavam de criar teorias em relação a isso.

O que me deixava muito triste era que não podíamos esperar muito. Nós combinamos que iríamos esperar mais um mês, depois disso a levaríamos aos Volturis.

Até tentamos fazer ultra som nela para ver se tinha alguma coisa, tentamos escutar, sentir ele mexer dentro dela... Tentamos tudo o que poderia provar a existência de um neném.

Até eu que sempre fui contra os Volturis já estava pensando que seria a única solução. Apesar de que não tinha como saber se eles poderiam fazer alguma coisa, se precisasse eu pediria ajuda a eles.

Mas não precisou!