Escutei o som do telefone tocando, nem imaginava quem poderia ser, não queria saber, não era pra mim. Ela não ligaria, tinha certeza, fazia pouco tempo desde que ela foi embora, fazia pouco tempo?

Minha mãe entrou no quarto com o telefone sem fio na mão. Ela estava com um sorriso aberto no rosto...

- Seth, telefone!

- Quem é mãe? – Falei me levantando entusiasmado.

- É a Alice!

- Ah mãe, não quero falar com ela agora.

- Ela tem noticias de Sophy!

Peguei o telefone sem responder minha mãe, Alice certamente viu ela. Eu queria saber se ela estava bem. Corri falar com ela:

- Alice, Sophy, está bem?

- Ei, calma! Ela está ótima, por isso que eu liguei, tenho novidades.

- Conte logo, eu preciso saber!

- Eu vi ela tomando a decisão de voltar, ela chegará no aeroporto daqui a 3 horas. Topa ir lá recepcioná-la?

- Mas é claro que sim! Eu não suporto mais ficar longe dela!

- Tudo bem então Seth, vamos nos encontrar lá.

De Forks até o aeroporto não era muito longe. Em 2 horas eu chegava tranqüilo. O que eu mais precisava agora era de um banho, comida, e roupa limpa. Nem me lembro a ultima vez que tomei banho, talvez três dias atrás?

Corri para o banheiro, tomei meu banho em 20 minutos. Comi uma coisa rápida e olhei no calendário, hoje é sexta feira, eu entrei em coma quarta passada! Nove dias de reclusão, vou escrever um livro com esse nome.

Sai correndo para meu carro. Sorrindo de ponta a ponta do rosto. Eu ia vê-la, eu ia vê-la! Meu amor!! Estou radiante.

A pista marcava a velocidade de limite 100 por hora, eu estava a 200. Se eu tomasse uma multa, valeria à pena. Eu queria chegar logo. Não demorou muito e eu vi o aeroporto, nunca pensei que eu ia um dia idealizar um avião.

Desci correndo do carro e fui mais correndo ainda para o saguão. Avistei os Cullens e fui ao encontro deles.

- Ela não chegou? – Perguntei pulando.

- Não, ainda não, se acalme! – De verdade, eu não sei quem disse isso. Não prestei atenção.

Continuei pulando que nem um louco, quem me via achava que eu estava drogado. Eu podia sentir os olhares nas minhas costas.

- Chegou! – Agora era Alice.

OH meu Deus, ela chegou! Quanta emoção para meu coração! Eu avistei ela, estava com a cabeça abaixada e segurando as malas. Tinha me esquecido de quanto ela era linda.

Algo dentro de mim me empurrou pra frente. Quando eu vi estava correndo na direção dela. Ela me viu e veio correndo até mim, numa velocidade normal. Seus olhos brilhavam.

Nós nos encontramos. Aquele foi o melhor momento de minha vida, eu tive a certeza que nós fomos feitos um para o outro.

Nós nos abraçamos bem apertado um no outro. Eu a peguei pela cintura e comecei a jogá-la pra cima sem parar, como se ela um troféu, meu troféu. Ela dava risada, acho que ela estava gostando.

Coloquei ela no chão de novo. Comei a beijá-la por todo seu rosto, exceto pela boca, eu não sabia se ela iria ou não gostar. Lancei ela de novo pelos ares e comecei a dar beijinhos em seu rosto.

Nem me toquei que começamos a dançar um com o outro no meio do saguão. Todos olhavam a nossa atitude. Alguns batiam palmas, alguns riam, alguns ignoravam.

Eu estava com ela de novo! Meu amor... Eu estava mais do que feliz.

- Seth, me desculpe!

- Por que?

- Por tudo!

- Não precisa se desculpar mais, eu entendo você. Eu sei que você não fez por mal, alem do mais, quem não tem recaídas?

- Eu sei, mas não é só por isso que eu peço desculpas. Eu te abandonei sem dizer tchau.

- Não tem importância, agora você esta de volta! Além disso, você esta bem?

- Completamente bem, foi ótimo ficar lá, eu agora não vou mais pensar nisso!

- Isso é bom, eu fico feliz em te ver bem.

- Você esta bem?

- Agora estou!

- Mas e antes?

- Antes eu não estava bem mesmo, não quero nem falar.

- Não Seth, me conte, eu preciso saber o mal que fiz pra você.

- Vamos dizer que eu entrei em coma e perdi a vontade de viver.

- Oh meu Deus Seth, isso é péssimo, me sinto muito culpada. Eu juro que nunca mais vou me separar de você desse jeito.

- E eu juro que vou te amar eternamente.

- Eu nem preciso jurar, você sabe, você é meu amor eterno!

Depois de tudo o que aconteceu, só me restava esquecer e curtiu meus raros momentos com ela. Por mais que nosso namoro ainda não fosse oficial, em relação ao beijo, eu me sentia casado. Logo, logo eu iria beijá-la. Aquele resto de dia foi ótimo, eu voltei a viver.

Cheguei em casa e já fui interrogado:

- Onde você foi mocinho?

- Mãe, ela voltou!

- Voltou?

- Sim, eu estou muito feliz!

- Da pra ver em seu rosto. Ela te explicou certinho?

- Sim, eu acho que foi um pouco de tempestade em copo d’água.

- Eu sabia que ela ia voltar.

- Eu também, mas é horrível ficar longe dela. Sabe mãe, eu ainda peço ela em casamento.

- Já?

- Ainda!

- Quando eu vou conhecê-la?

- Hum... Eu ainda não sei, mas eu trago ela aqui.

- Tudo bem.

- Onde está Leah?

- Aqui! – Leah respondeu. – Voltou?

- Voltei, estou feliz como nunca!

- Isso é muito bom!

- E eu não me machuquei.

- É verdade, mas toma cuidado viu? Eu não quero ver você sofrer.

- Com ela eu não vou! AHHH Leah, acho que vou dormir.

- É bom, você está parecendo um vampiro com essas olheiras.

- Estou?

- Está.

- Puxa, isso é ótimo!! – Sai pulando de novo.

Pulei, pulei até cair morto na cama. Dessa vez não era de tristeza, era da canseira da felicidade. Essa noite eu ia dormir nas nuvens...