Inesperado escrita por svp


Capítulo 4
Trovão


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores!! Obrigada pelo os comentários, li todos, porém não tive como responder, desculpas!
Qualquer coisa que não tiverem gostando ou acham que pode mudar, me falem, por favor!
Boa leitura! ❤️❤️



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678905/chapter/4

Por João Lucas:

3 semanas depois...

Já comecei a trabalhar faz algumas semanas, não sabia que iria sentir tanta falta de passar o dia todo com a Eduarda.
Ela é aquela garota meio moleca, engraçada, gosta de rir, de fazer as pessoas ao seu lado sorrir. Posso dizer que nunca me divertir tanto, igual me divertir naquela semana.
Hoje um amigo meu antigo me mandou uma mensagem falando que queria me ver, o chamei para almoçar lá em casa, mas esqueci de avisar a Eduarda, acredito que ela irá me matar ou gostar. Não sei.
Liguei para minha ajudante e a avisei, quando ia ligar pra Eduarda me chamaram para um reunião.
—João Lucas Medeiros.
—E aí? Tanto tempo em?
—Muito. Você casou e nem me chamou.
—Foi mau, Thiago. Foi tudo muito corrido, mas hoje eu te apresento ela. Você vai gostar dela, ela é incrível.
—Ta apaixonado Lucas?
—Ta louco? Acabei de conhecer ela.
—Ae, esqueci que sua família tem esse negocio louco de casamento arranjado.
—Vamos falar desse assunto não. Borá almoçar. Só pra te avisar, ela não sabe que você está indo lá.
—Você não avisou sua mulher que tem visita? Tá procurando morrer né?- falou rindo.
—Espero que não.
—Borá então?
—Borá.
Minha casa era um pouco distante do centro, então demoramos um pouco.
Assim que chegamos ouvimos um barulho vindo da cozinha, corri para ver o que era e encontrei uma Eduarda toda suja. Comecei a gargalha, não conseguir segurar.
—Ta tudo bem ?
—Rir mesmo, idiota.
—O que você tá fazendo na cozinha.
—Eu fiz uma lasanha.
—Você?
—Só por isso você não irá comer.
—O que tá acontecendo?- Thiago chegou.
—Seu amigo não irá almoçar hoje. Prazer, Eduarda.
—Thiago.- ele falou já rindo.
—Rosa, vou lá em cima trocar de roupa. Começa a colocar as coisas na mesa fazendo favor?
—Coloco sim dona Eduarda.
—Obrigada.- ela olhou pra mim.- eu vou deixar você experimentar minha obra prima, mas só dessa vez.- ela me deu um beijo na bochecha e subiu.
—Baleia.- fretei enquanto ela saia.
—Idiota.- revidou.
—Cara, vocês dois são muito pala. São feitos um para o outro.
—Não exagera, a gente só se diverte juntos. Ela não tenta ser totalmente certa, sabe? Igual a família dela, ela é apenas ela mesma.
—Depois fala que não tá apaixonado. Cê não falava assim daquela...
—Cara, esqueci esse assunto, ninguém pode saber disso. Lembra?
—De disso o que?
—Não te avisei que ele iria almoçar aqui.
—Verdade, ainda bem que avisou a Rosa, mas já tinha começado a fazer a lasanha. Prometo que da próxima vez a comida vai estar melhor.
—Tenho certeza que aquela confusão toda que você arrumou não foi atoa.- Thiago falou rindo para ela e aquilo me incomodou um pouco.
—Vamos almoçar.- chamei.
—Vamos, estou morrendo de fome.
Incrivelmente a lasanha estava uma delicia. Acabamos de almoçar e ficamos conversando por algumas horas, assim que ele foi embora começou a chover e me veio uma preguiça de voltar para o trabalho. Liguei para meu pai e falei que só voltaria no outro dia.
—O que vamos fazer?-falei me deitando no sofá.
—Borá ver filme?
—Comédia?
— Comédia.
—Só vou trocar de roupa e já volto.
—Também vou, gosto de ficar de pijama.
Subi, tomei um banho para tirar um pouco o cansaço. Coloquei um short de pijama e desci.
—Demorou demais, fiz pipoca pra gente. A rosa já foi embora. Tu não tem camisa não?
—Você não tem pijama maior não ?
—Vamos ver logo o filme?
—Qual?
—A família do bagulho. Já viu?
—Nunca ouvir fala. Você já viu?
—Também não.- me deitei no chão e Eduarda no sofá.
O filme todo ela não me deixou em paz. Ou ela me jogava pipoca ou colocava seu pé em meu rosto.
Quando o filme acabou já tinha anoitecido.
—Agora chegou a minha vez.
—Ta doido Lucas, sua vez de que?
—Tu implicou comigo o filme inteiro.- comecei a subir em cima dela.
—Sai Lucas, não começa.- ela tentou se esquivar, mas não deu muito certo. Comecei a fazer casquinhas nela.- para Lucas, por favor.- ela falava entre risos. Do nada deu um trovão e ela pulou em cima de mim.
—Você tem medo de trovão?
—Talvez... Um pouco.
—Desde quando?
—Desde sempre.
—Oh dó.- falei rindo.
—Tu é abusado demais, sabia.
—Sabia. Agora vem.- falei a pegando no colo.
—Para, Lucas. Tá chovendo.
—É só um banho de piscina.- falei a jogando dentro da piscina.
—IDIOTA.- assim que ela gritou pulei em cima dela.
—Nosso Deus, que água gelada.
—Jura?- ela já ia saindo quando a puxei para mais perto de mim. Seu corpo colou ao meu, acho que nunca tínhamos ficado tão perto um do outro. Coloquei minha mão em seu rosto.
—Acho melhor a gente sai, tá frio demais.
—Melhor né?- falei a largando.
Fui tomar meu banho, mas não parei de pensar naquele olhar dela, naquela boca tão perto da minha. Acordei dos meus pensamentos com alguém batendo desesperado na minha porta.
—O que aconteceu?
—Deixa eu dormi aqui, por favor.- sei que é por causa dos trovões, queria zoar, mas ela estava muito desesperada.
—Deita lá, só vou trocar de roupa.- coloquei um pijama e deitei ao seu lado.- não precisa ficar assim é só um barulho.
—Pra mim não.
—Como assim?
—Eu tinha três anos. Eu estava na casa do meu avô, acordei a noite procurando minha mãe. Sai do meu quarto pra procurar meu avô, quando cheguei no quarto dele tinha um homem com uma faca, na hora que ele matou meu avô, ouvi um trovão. Sei que não tem nada haver com a morte dele, mas sempre que ouço lembro dele.- ela contou chorando.- eu guardei isso pra mim durante anos, toda chuva forte eu ia dormi com minha irmã mais velha, mas tiraram ela de mim também. Então eu ficava chorando sozinha em meu quarto, até passar.
—Sinto muito. Você não está mais sozinha, estou aqui com você.
—Obrigada.
—De nada. Agora dormi, descansa um pouco.- a abracei e comecei a mexer em seus cabelos até ela se acalmar e dormi.- eu to aqui com você e sempre vou estar.- beijei sua cabeça e também adormeci.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

❤️