Inesperado escrita por svp


Capítulo 1
Começo


Notas iniciais do capítulo

Amores, espero que gostem e não tenham se esquecido de mim!!! ❤️



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P.O.V. Eduarda:

Parece coisa da antiguidade ou coisa de filme, mas infelizmente em minha família ainda existe casamento arranjado, sempre por interesse, para fortalecer a fortuna que meus pais possuem, nunca irei entender essa ambição.
“Já somos ricos, se trabalharmos mais vamos ser mais ricos, não a necessidade de casamentos arranjados.”
Sempre usei esse argumento, mas infelizmente nunca funcionou, ou eu casava ou eles me internavam em um hospício, infelizmente eles podiam fazer isso. A maior prova disso era minha irmã mais velha, ela se negou a casar com um primo nosso, agora ela vive trancada naquele lugar, drogada por remédios e mesmo meus pais vendo a situação dela se negam a tirá-la de lá.
“A escolha foi dela, agora você também tem que tomar a sua.”
Minha mãe dizia para mim,quando eu falava que ela não podia mais ficar naquele lugar.
Então refletir, mesmo não querendo me casar com um estranho, também não queria ficar presa em um lugar daqueles.
Estou noiva já faz uns seis e não o conheço, ele mora fora do país, é filho de um dos maiores empresárias do Rio, seu pai mexe com joias. Não tenho contato com ele, a única coisa que tenho é uma foto, nada mais.
Amanhã será “o grande dia,” irei o conhecer e depois de uma semana iremos nos casar. Às vezes fico me perguntando se ele sabe que não quero esse casamento ou ele acha que sou mais uma patricinha que só pensa em dinheiro e por isso vai se casar, apenas por interesse.
—Esta animada?- minha irmã mais nova me pergunta. Não sei como, mas ela acha essa história “romântica.”-a mamãe já me mostrou a foto dele, ele é muito lindo e ainda por cima se formou para médico...
—Para nada, ele não vai exercer, seu pai vai obriga-lo a cuidar da empresa.
—Você sempre só vê as coisas negativas.
—Eu vejo a realidade, agora me deixa tomar meu sol sossegada, quero curtir meus últimos dias de liberdade.
—Para de ser dramática, casamento nem é tão ruim assim...
—Quando a gente ama a pessoa pode até não ser, mas do jeito que está sendo, vai ser.
—Bom, não vou mais discutir com você. Minha mãe está te chamando para a prova do vestido e ela falou que não aceita não como resposta, é pra você ir agora.
—Mas que saco, Ana. Fala pra ela que irei tomar um banho e já estou indo.- falo me levanto e indo para meu quarto.
Pelo menos o vestido eu pude escolher, ele é simples nada muito chamativo, mas é perfeito.
“Queria usá-lo para o casamento com alguém que amasse.”
Amar, acho essa palavra linda, acho um sentimento lindo, mas nunca senti ou ouvir alguém me falar isso.
Nunca fui à escola, me privaram de tudo que uma criança, adolescente e jovem podiam ter, amigo homem nunca tive e amiga de verdade só tive uma até hoje, mas ela já foi morar fora e não mantemos contato.
—Anda logo, Eduarda.- minha mãe grita da escada, acabo de colocar o chinelo e desço.
—Já estou aqui, Dona Amélia.
—De chinelo, Eduarda?
—De chinelo e se mandar tirar, subo e não desço mais.- minha mãe nada mais fala e assim continua até chegar no ateliê. Assim que me colocam o vestido fico me olhando no espelho, aquela não parece eu, essa menina com esse cabelo loiro e esse vestido tão perfeito, não sou eu. Quando passo as mãos em meu cabelo tenho uma ideia, quero mudar, vou mudar.

P.O.V João Lucas:

Já faz seis anos que sai de casa, sai do meu país.
Essa foi a condição que dei aos meus pais para que eu me casasse com uma estranha e seguisse seus passos na empresa, teriam que me deixar cursa a faculdade que eu quisesse e quando voltasse iria me casar.
Passou tão rápido que nem percebi, hoje é o dia da minha formatura, amanhã irei voltar para casa e aqui estão meus pais, em vez de me parabenizar, estão apenas me cobrando e lembrando o que vai acontecer quando voltar.
Nem acredito que daqui uma semana terei que me casar, não imaginava isso para minha vida, não agora e muito menos com uma pessoa que não tenho nenhum sentimento, mas tenho que cumprir minha palavra. Me casarei, tentarei ser feliz, talvez a gente possa se torna amigos, mas esses pensamentos mudam totalmente quando me lembro como são esses tipos de meninas, quase impossível de ser amiga de uma patricinha, porém irei me esforça, quero ter paz.
Pego meu diploma e vou direto pra casa para acabar de arrumar minhas coisas, não quis ir a minha festa de formatura, não estava animado para isso, quero dormi logo e esperar por amanhã.
Acordo com meu pai me chamando, falando que já estamos atrasados. Me levantando tomo meu banho, pego minhas coisas e vou para o aeroporto.
—Filho não fique com essa cara, você vai gostar dela.- meu pai fala.
—Ela é uma menina linda.- minha mãe completa. Apenas mexo a cabeça e viro pro lado, não quero falar disso agora.
Quando chegamos ao Rio, peço para meus pais para levarem minhas cosias para casa, pois queria dar uma volta na cidade, depois apareceria no almoço na casa da “minha noiva.”
Começo a andar na beirada da praia, quando vejo uma família com um recém-nascido paro e fico olhando, sei que eles devem passar por várias dificuldades, mas pelo olhar deles dá para perceber que se amam, era isso que queria para minha vida, queria ter uma família com uma mulher que amo e não que mal conheço. Continuo a andar, quando percebo nem estou mais perto da praia, meu celular toca, vejo que é meu pai, olho as horas e vejo que já estou atrasado, nem atendo. Quando estou indo chamar um táxi esbarro com uma moça, ela está com pressa.
—Desculpa, é que estou meio atrasada.- fala sorrindo e sai correndo.
Olho ela correndo em direção a um carro que sai em alta velocidade, não deu para reparar muito em seu rosto, mas aquele sorriso e seu cabelo vermelho ficou guardado.


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Notas finais do capítulo

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