Hero Highschool escrita por Cahxx


Capítulo 12
Capítulo 12




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— St. Louis... Uma cidade linda! Campos repletos de flores, pastos verdes, animais saudáveis e fortes. A escola para alunos extraordinários de St. Louis é uma das melhores do estado! Todos os alunos são educados, receptivos, acolhedores... E todos são esforçados! Você não escuta um aluno se quer que não esteja planejando cursar uma Universidade pelo país. Mas então, a viagem termina. Nós voltamos para nosso local de origem na esperança de observamos um pouco disso tudo aqui. E quando chegamos, damos de cara com um casal de alunos ROUBANDO OS ANIMAIS DO LABORATÓRIO DA ESCOLA!

Harley e Leigh fecharam os olhos assim que a voz do diretor Paschoal tornou-se estridente:

— Então respondam-me: por quê?! Por quê?!!!

— Ah, bem... – Harley começou – Nós... Bem...

— A culpa foi minha, senhor diretor – interveio Leigh.

— Como? – Paschoal surpreendeu-se e Harley o encarou de lado, perplexa.

— Eu estava tentando tirar os animais do laboratório porque sou contra o uso deles em experiências no colégio. Então decidi liberta-los. Harley estava passando pelo lugar e tentou me impedir. Foi quando o senhor chegou e nos viu lá.

Paschoal levantou de sua cadeira e começou a observar a janela de sua sala. Harley aproveitou para cochichar ao rapaz:

— O que está fazendo?!

— Te salvando! Não quero que seja expulsa por estar tentando fazer algo certo!

— Mas... Por quê...? Por que tá me ajudando...?

— Porque sei muito bem como é ser condenado por tentar fazer o certo.

O diretor virou-se sorrindo de forma assustadora:

— Bem, senhor Leigh. Admiro sua causa. Mas deveria lembrar-se que o Delegado nos disse que qualquer infração sua, o senhor seria obrigado a voltar à prisão. Sei que foram boas intenções; mas são as regras da escola que vão de encontro a Leis Civis. Eu sinto muito.

— O que?! – Harley exclamou apavorada.

— O senhor voltará a cadeia.

— Não!!! – gritou Harley.

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Brandon voltou do vestiário e foi até Stella que o esperava sentada, analisando os cadarços de seu all star.

— Oi... – o rapaz cumprimentou coçando a cabeça. Stella apenas forçou um sorriso e voltou a olhar para os tênis. Brandon sentou-se ao seu lado e começou a pensar numa maneira de lhe pedir desculpas. – Mô... Desculpa não ter falado com você... É que... Aqueles caras me tiram do sério! Sério! São uns idiotas que vivem de rixa com a gente... Eu fiquei com vergonha por causa da cena toda e por isso fui embora... Não queria que me visse brigando e falando aquelas palavras feias...

— Brandon, tudo bem – ela disse com sinceridade, lhe ajeitando uma mexa de seu cabelo claro – Não me importa que você seja meio exibido, meio esquentado e que tenha rixas com outros garotos. Só quero que saiba que gosto de você do jeito que é e que se você tiver problemas, que me deixe te ajudar... Quero ter problemas junto com você...

O garoto lhe encarou admirado. Ninguém nunca lhe dissera isso. Nem mesmo seu pai, de quem sempre ganhava conselhos sobre ser um homem melhor.

— Obrigado... Mas não gostei da parte que você me chamou de exibido... – ele emburrou.

— Mas isso é muito verdade! Acho bonitinho em você, mas me deixa com medo de que se enjoe de mim, afinal, você é todo animado e festeiro, e eu sou tímida e não gosto de festas...

— E é por você ser assim que gostei de você.

Stella sorriu encantada com a resposta e beijou o namorado com gratidão.

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— Não! Você não pode expulsar o Leigh! – Harley protestava na sala do diretor.

— E por que não, menina? Sou o Diretor desta instituição! Autoridade maior! E como tal, posso muito bem fazer isso.

— Mas é injusto! Leigh não fez nada de errado! Além disso, ele mentiu quando disse que tinha toda a culpa! Fui Eu quem o arrastou pra lá!

— Não adianta tentar ajudar seu colega, senhorita. Já tomei uma decisão e chamarei o delegado hoje mesmo para vir buscar este rapaz.

— Não! Não pode!

— Não só posso como o farei imediatamente.

Paschoal começou a discar o telefone e Harley virou-se para encarar Leigh com olhar desesperado:

— Leigh, não... Não faça isso! Você vai voltar pra prisão... Vão te levar... E a culpa vai ser minha... Você é inocente... Você...

Sem conseguir dizer mais nada, Harley se atirou nos braços do rapaz e o abraçou com força. Por mais durona que sempre demonstrara ser, a garota começou a chorar. Leigh ficou surpreso com a reação da menina que parecia lhe odiar tanto e retribuiu o abraço. Já estava acostumado a passar por injustiças, e não se sentia triste por ter que sair da escola. Pelo contrário: sentia que não pertencia aquele mundo correto e que a prisão onde passara a maior parte de sua vida era de fato sua casa, a qual estava destinado a voltar sempre.

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— Meninos, meninos! Acalmem-se – exclamava o professor James em meio ao falatório do 1º Alfa – Se estão tão desesperados assim eu prometo que irei conversar com o professor Hilário e pedir para adiar a prova.

Todos gritaram comemorando. Stella tapou os ouvidos devido a gritaria da sala.

— Mas com uma condição! – e todos calaram-se – De que vão estudar mais pra prova do Hilário do que qualquer outra.

— Ah, professor...

— Injusto isso aí...

— Pow... Sacanagem!

— Eu sei, eu sei... – continuou James – Mas não será nada agradável se o professor deixar que tenham mais tempo pra sua prova e vocês acabam por tirar notas ruins. Tentem entender.

— Hunf...

— Ok, ok...

— Tá certo...

Will subiu em sua carteira para chamar atenção de todos:

— Galera! Ei povo lindo do meu coração! Ouçam a voz da verdade: eu sei como vamos ir bem na prova do Hilário!

— Ae? Como?

— É! Como?

— Stella vai ajudar todo mundo – o garoto apontou pra amiga. Esta arregalou os olhos e se revoltou.

— Ah, Will! Me poupe! – e com a mão estendida, esta ameaçou derrubar a carteira, fazendo o amigo perder o equilíbrio.

— Eh Will!!! Que plano de merda o seu!

— Não me culpem! Culpem Stella por não querer ajudar todo mundo!

— É!

— É verdade!

E todos os alunos foram pra cima da garota, reclamando e implorando ajuda.

— Meninos, meninos! – chamava James outra vez – Deixem Stella em paz! Não sejam preguiçosos! Terão que conseguir com seus esforços...

— Ah professor!

— Que putice essa!

— Abram seus livros... Andem!

E mesmo a contragosto os alunos foram voltando a seus lugares, resmungando e pegando seus materiais.

— Ei, cadê a Harley?! – Keira perguntou se esticando pra Stella e Raquel.

— Não sei... Não a encontrei no almoço... – respondeu a loirinha.

— Também não a vi em lugar nenhum...

— Também! Vocês duas estão mais preocupadas em namorar do que encontrar a amiga de vocês!

— Ei, não é assim! – protestou Stella.

— É! E eu só saí com um amigo— apoiou Raquel.

— A gente tem que encontra-la logo! Ela pode ter se metido em encrenca!

— Não duvido nada... – comentou a castanha.

— Ah! – Stella soltou um gritinho abafado – Será que pegaram ela?!

As outras duas se encararam preocupadas.

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— Mandou me chamar, senhor Diretor? – perguntou o delegado adentrando a sala.

— Sim, delegado. Tenho uma triste notícia para dar-lhe.

— Não escute nada do que ele disser! – gritou Harley.

— Ora senhorita! A senhorita já passou dos limites! Saia desta sala e volte pra sua aula! Imediatamente!

Harley o fuzilou com o olhar e então encarou com Leigh com pena, com um olhar significativo, como se quisesse dizer “vai ficar tudo bem”. A morena saiu da sala e logo deu de cara com Raquel, Stella e Keira lhe olhando apavoradas.

— O diretor te pegou?!

— Você foi expulsa?!

— O que houve?!

A menina então começou um resumido relato sobre o que acontecera e sobre o quanto se sentia mal por Leigh.

— Mas não podem fazer isso! Ele não infringiu regra alguma da escola! – reclamou Stella.

— Harley, não fica assim... – Raquel confortou-a – Vai ficar tudo bem.

— Não, não vai Raquel! Vão leva-lo de volta pra cadeia e ele não poderá sair de lá nunca mais! E tudo por um capricho meu!

— Eu também tive culpa... – murmurou Stella – Eu pedi pra você fazer alguma coisa...

— Deixa disso Stella! Mesmo se você não tivesse pedido eu teria feito algo! Foi minha culpa tê-lo arrastado até lá!

— E agora...? O que vamos fazer? – Keira perguntou.

— Vocês eu não sei! Mas EU vou dar um jeito nisso!

E Harley saiu pisando forte no chão:

— Ela vai fazer mais uma de suas loucuras!

— Já devíamos ter nos acostumado...

— Quer saber?! – Stella exclamou – Vamos dar um jeito sim!

— E como planeja fazer isso?

— Bem, eu vou pesquisar tudo sobre as regras da escola e sobre leis civis. Vou arrumar um jeito de provar que Leigh não fez nada de errado!

— Beleza. Então eu vou falar com o advogado da minha mãe pra tentar ajudar a gente! – ofereceu Keira.

— E eu vou atrás da Harley – decidiu Raquel.

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Theo andava pelo gramado do jardim distraído, lendo seu livro sobre Físico-química. Não entendia uma só palavra do que estava escrito e a quantidade absurda de números e fórmulas começavam a lhe deixar tonto.

Foi quando sem querer esbarrou em uma garota – de cabelos loiro-escuro muito lisos – que carregava uma pilha de bolas de tênis e estas caíram todas pelo chão:

— Ei imbecil! Não olha por onde anda?! – a menina exclamou. Era Joyce, a melhor atleta da escola, uma garota um tanto severa e rude, que se metia medo em algumas pessoas era pelo simples fato de defender seus amigos com todas as suas forças.

— Ah, não! Joyce não! Não me bate! – choramingava Theo.

— Deixa de ser idiota, garoto! Não vou te bater não! Tá louco?!

— Ah Deus... Obrigado! Então eu posso sair de mansinho sem que você se zangue comigo...? – ele perguntou cuidadosamente.

— Claro que não, ô, criatura! Agora tem que me ajudar a recolher tudo isso aqui!

— Ah não... – ele gemeu – Eu sei que nunca fui um garoto religioso, mas se estiver aí em cima, me ajuda Superman!

E Joyce gritava de forma assustadora cada vez que Theo recolhia uma bola de tênis.

A garota organizou toda a pilha de volta nos braços de Theo e o mandou carrega-la até o quartinho do depósito. O menino andava meio desequilibrado, os óculos tortos pendendo no rosto e suava como um esquilo ameaçado.

Chegaram finalmente no quartinho, e quando Joyce acendeu a luz, deram de cara com um amontoado de materiais de esporte, tudo espalhado pelo chão.

— Ah, não! Quem fez isso?! – a menina espantou-se – Droga...! Se o professor ver isso assim vai achar que fui eu...

— E não foi não?

— Claro que não seu imbecil!

— Desculpa... – ele gemeu – Mas você é a única que eu vejo mexendo por aqui...

— Que cê ta querendo dizer, ô quatro olhos?! Que eu sou uma vândala?!

— Não!!! – ele estava quase chorando – Só que... Alguém pode ter feito isso pra te ferrar...

Joyce pareceu encolher-se com a ideia:

— Mas... Então... Quem faria isso...? E por que...?

Theo deu de ombros:

— Tá sabendo de alguma coisa, seu filhote de texugo?!

— Não, não! Juro! – e ele mostrou as mãos.

— Ah... Bem... Ok. Mas eu não entendo... Por que fariam isso?

Theo olhou pra garota e sentiu pena ao ver a forma cabisbaixa que ela ficou:

— Eu sempre tento ajudar todo mundo... Nunca quis mal a ninguém...

O garoto pensou 54 vezes se deveria ou não falar com a menina que tanto lhe assustava, mas não conseguiu aguentar vê-la triste e decidiu que tentaria ajuda-la:

— Olha Joyce... Não quero que fique com raiva de mim... Você é uma garota super legal e acho muito maneira a forma como defende seus amigos de todos... – e ela sorriu admirada com o que ele dizer. Mas... – e seu sorriso sumiu.

— O que?!

— Bem... É só que... Hunf... Muitas pessoas tem medo de você.

Ela ficou surpresa com o comentário. Essa ideia nunca havia passado por sua cabeça.

— Medo?

— É...

— Medo de que...?

— Bem, você parece ser muito forte, não só por ter super força como o Will, mas pelo seu jeito durona.

— Mas... Eu sou assim porque aprendi que se você não for durona, as pessoas te tratam mal...

— Como assim? – Theo perguntou sentando-se ao lado da garota. Começava a não ter tanto medo.

— Bem, quando eu era pequena, sofri bully durante o fundamental inteiro. E no ensino médio, as outras garotas me zuavam por eu não gostar de me maquiar ou cuidar tanto de mim... Isso me chateava e eu comecei a guardar tudo aquilo dentro mim! Ai como me dava ódio daquelas garotas! Só de pensar nelas eu tenho vontade... vontade... vontade de matar alguém! – ela exclamou e Theo gritou como uma garota. Joyce o encarou confusa e esperou que ele recuperasse sua postura.

— Entendo... – ele finalmente disse – Mas não acho que você deva ser assim... Sabe? Minha amiga Stella...

— A que tem olho de coruja assada?

— É – Theo riu – Ela mesma. Ela é assustada daquele jeito porque também tinha medo das garotas que faziam mal a ela. E ela também não é de se arrumar como as outras garotas.

— Nada a ver isso, quatro olhos. Ela tem cabelo bonito! E já vi ela usando maquiagem!

— Sim. Porque as minhas outras amigas a ensinaram a se cuidar mais.

— Que cê quer dizer com isso?!

— Quero dizer, Joyce, que você não tem que ligar pra o que pensam de você e sim, pra forma como você se gosta! E daí que elas acham que você não se arruma direito?! Eu particularmente acho meninas sem maquiagem muito mais bonitas do que aquelas que tem um quilo de tinta na cara!

A garota riu com a metáfora:

— Além disso, você é bonita do jeito que é! Não precisa tentar ser o que querem que você seja! Acho que a única coisa que você deveria mudar agora é seu jeito durona de ser! Porque você pode ser assim por querer proteger-se, mas guardar o que sente e pensa só pra si mesma vai fazer muito mal a você.

Joyce começou a sentir seus olhos encherem d’água e tentou disfarçar:

— Quatro olhos, até que você não é tão burro assim! – e ela abriu os braços.

— Ah meu Deus! Não me bate! Retiro tudo que disse!

— Eu só ia te abraçar seu imbecil...!

— Ah... – e ele recuperou-se – Ei! Você está... chorando?

— Não... – ela murmurou secando os olhos – É a poeira daqui...

Theo sorriu. Ele então se levantou e estalou a coluna:

— Anda, vem. Vamos arrumar isso aqui – e estendeu a mão pra ajudar Joyce a se levantar.

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— Eu te disse garoto – falava o delegado, arrastando Leigh que ia com os braços algemados e estendidos a frente do corpo – Uma gracinha e teria que voltar. Confesso que estou decepcionado. Achei que realmente tivesse mudado. Rezei muito pra que conseguisse ficar aqui... Sua mãe teria sentido orgulho de vê-lo numa escola. Não acreditei quando o diretor me contou o que havia feito... Eu sinto muito que tenha que voltar.

— Não sinta, Howard. Meu lugar não é aqui com essas pessoas cheias de famílias e regras de moral... Eu sabia que não duraria num lugar assim. Já aceitei que vou viver no reformatório pra sempre.

— Não diga assim... Olha, você...

Mas o policial foi cortado por uma vez feminina que gritava pelo corredor:

— Leigh! – Harley aproximava-se correndo e Raquel vinha atrás – Leigh!

— Harley! O que faz aqui?!

— Leigh, por favor, não vá! Se tá fazendo isso porque te tratei mal, eu peço desculpas... Não foi por querer... Eu assim mesmo...

— Harley...

— Eu prometo que não faço mais! E prometo que deixo você comer com a gente...

— Harley...!

— Vai ser até mais divertido se você ficar...

— Harley!!! – ele gritou e ela finalmente ouviu – Relaxa, ok? Tá tudo bem...

— Não, não tá... Você tá indo embora...

— Só tô indo pro lugar de onde nunca deveria ter saído!

— Não fala assim...

— Olha: eu não sou daqui... Regras, autoridades, professores, aulas... Nada disso combina comigo... Eu vivi tendo que roubar pra poder comer e ter que dividir quarto e mesa com outras pessoas e ainda aprender sobre as diferentes formas com que se cozinha uma pilha...! Fala sério! Eu sei fazer uma chave apenas com um chiclete e um clip desde que fui espancado no internato aos oito anos. Então não venha se preocupar comigo, porque eu sei o que faço.

O rapaz puxou seu braço das mãos de Harley e deu as costas, saindo pela porta do colégio. Howard esperou o garoto desaparecer e voltou-se para a morena, que era consolada por sua amiga:

— Ei garotinha. Se quer mesmo ajudar o Leigh a voltar eu posso te dizer como. Mas terá que prestar bem atenção!

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Tudo se acalmara no colégio. A noite chegara de forma triste e silenciosa. Quase não havia alunos passeando pelas áreas comuns. Harley chorava em seu quarto, acompanhada de Stella e Keira. Lollita, Vick e Brook também apareceram para consolá-la. Raquel explicara a todas a respeito do plano de Howard e todas se postaram a ajudar.

A castanha decidiu ir até o refeitório perguntar as moças que cuidavam da cozinha se não podiam preparar a comida de Harley para que ela pudesse comer no quarto. Disse a elas que a menina estava doente e todas concordaram em fazer o prato.

— Raquel! – Ian aproximou-se da garota ao avista-la no salão.

— Ah, oi Ian. Tudo bem?

— Sim, sim. Tá sozinha aqui?

— É. Minha amiga tá com uns problemas e vou levar o jantar dela no quarto.

— Ah, eu te ajudo, se você deixar é claro.

Raquel riu:

— Agradeço, mas não precisa. Não vai ser bom te pegarem no dormitório das garotas.

E o garoto sorriu meio sem jeito, enfiando as mãos nos bolsos e observando as pessoas ao redor, como se quisesse evitar encara-la.

— Ah, Ian...?

— Sim?!

— Ah, eu nunca pude te agradecer direito, sabe, por ter me salvado naquele dia. Queria dizer obrigada.

— Não precisa agradecer. Eu faria de novo se pudesse...

E ele sorriu, fazendo Raquel o encarar admirada e envergonhada ao mesmo tempo.

— Ah! Não que eu quisesse que você corresse perigo de novo... Não! Isso não! É só que...

— Eu entendi... – ela riu ajeitando uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. – Bem, é melhor eu levar isso pra Harley – ela pegou uma pequena tigela e um copo de suco.

— Certo. A gente se vê então.

— Té mais – ela sorriu.

Ian permaneceu no mesmo lugar, perdido em pensamentos, observando Raquel afastar-se aos poucos. Foi quando uma mão passou abandando pelo seu rosto e o rapaz despertou:

— Para de babar, Ian!

— Afe, cala a boca!

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