Ouvir Estrelas escrita por Rosenrot, Hamal


Capítulo 2
Capítulo dois


Notas iniciais do capítulo

Ultima parte, espero que gostem.



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Havia na fisionomia de Mu um semblante terrível de medo; dir-se-ia até pavor.

Executar qualquer movimento naquele instante era impossível. Seu corpo todo tremia paralisado por um espanto que lhe roubara todo o calor do sangue e o viço das feições. Assim, em completo choque tudo o que conseguia fazer era apenas olhar, inteiramente imóvel, para aquele ponto exato no céu que agora estava vazio, tal qual seu coração.

...

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido 
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

...

 

Estaria enlouquecendo?

Bem provável que sim.

Seu pai havia lhe deixado esse estigma.

— Meu... Deus... não... você não... você não...

A voz era nada além de um sopro. Os olhos, antes úmidos, estavam secos pelo abalo.

— Não me deixe você também... não... O que está acontecendo?... O que está acontecendo?

Súbito Mu percebeu uma luz vinda do fundo do lago e ao direcionar os olhos para lá eis que esta intensificou-se até seu fulgor extraordinário irradiar por todo o perímetro da água, transformando aquela bacia numa nascente de luz.

Como veios fantásticos que transportam seiva divina, por debaixo da terra feixes de luz partiam da água e corriam por todos os vastos hectares de plantação, fazendo pulsar aquele solo arrasado como se estivesse vivo.

A princípio Mu pensou ser aquele desvario fruto de seu espírito castigado e de sua mente devastada pela dor, mas algo dentro de si o fazia sentir uma comoção familiar.

Prendendo a respiração ele olhava atônito para as veias de luz que corriam por debaixo de seus pés e cobriam toda sua plantação até que de repente tudo se apagou e a escuridão da noite voltou a reinar, salvo por um brilho sutil no lago que agora se movimentava aproximando-se da margem.

Naquele ponto Mu não saberia dizer se era medo ou ansiedade o que sentia. A luz indecifrável se aproximava pela água e ele, instintivamente, caminhava em direção a ela pela terra.

A brisa tépida da noite o surpreendeu com um sopro impregnado de perfume de flores de lótus, o que era deveras singular, já que nunca houvera ali tal flor e ele mesmo se recordava jamais ter visto uma, tampouco sentido seu aroma agradável para reconhece-lo com tamanha exatidão e imediatismo; no entanto ele reconhecera.

Da mesma forma, sem saber dizer o motivo, Mu reconheceu a criatura que ao sair da água caminhou lentamente ao seu encontro.

Era um rapaz, de feições andrógenas e grandes olhos de um azul tão puro quanto o do céu de uma manhã ensolarada.

Os cabelos, longuíssimos e louros emitiam uma luz dourada que reluzia como ouro e caíam em volta dos ombros emoldurando o corpo esguio.

Como se fossem pequeninas sardas, constelações inteiras salpicavam-lhe a pele muito alva lhe conferindo um brilho próprio e fantástico.

Os lábios rosados eram como uma perfeição à parte e ofereciam um sorriso tão acolhedor que era como ser abraçado pela própria Natureza.

Era apenas um pouco mais alto do que Mu, e do centro de sua fronte um pequeno ponto de luz emanava um fulgor vermelho.

A beleza daquela criatura era tamanha que arrancara lágrimas dos olhos de Mu.

Esse rapaz era...

— Sirius!

Por mais ilógico que parecesse, por mais que seu conhecimento acerca das leis da física, das ciências exatas, da astronomia e também da teologia lhe dissessem o contrário, por mais que estivesse se entregando de vez à loucura herdada de seu pai Mu não tinha dúvida.

— Sirius!

Ele repetiu num sussurro quase mudo, estremecido, em choque.

— Meu amado Mu.

O som de sua voz era um esplendor à parte. Era como ser transportado aos portões do paraíso e sem mais karmas a cumprir ser jogado no confortável abraço da eternidade sublime.

Era impossível verbalizar o que Mu sentira ao ouvi-lo falar, pois que palavra nenhuma seria capaz de dar sentido à emoção que ele vivia naquele momento.

— Sirius...

— Os homens aqui na Terra me deram esse nome, mas você, Mu, me dera outro.

— O... o que?

— Shaka. Esse é o nome que você me deu.

Mu sentiu os joelhos falharem e as pernas amolecerem, mas lutou para manter-se firme.

— Eu?... Como, mas... eu... eu estou sonhando?

— Você não está sonhando — sorriu a estrela.

Conferindo uma vez mais se não delirava Mu olhou para o céu, para a constelação de Cão Maior, a vendo sem sua estrela principal, pois que esta estava ali, bem diante de seus olhos, em carne, osso e luz.

— Mas... isso... isso é impossível... é ilógico!

— Eu tenho pouco tempo, Mu — disse Sirius.

— O que?  

— Em uma hora o sol nascerá e eu deverei voltar, mas não regressarei ao céu antes de dar a você um presente.

— Um presente?

— Sim, por todos esses anos em que me fizera companhia daqui da Terra — disse ele, depois estendeu o braço, tomou a mão de Mu na sua e emendou: — Me leve até o seu filho.

— Como?

Como racionalizar um pedido feito por uma estrela? Especialmente uma que descera do céu na forma de um rapaz belíssimo e completamente nu?

Na mente tresloucada de Mu ele já havia fantasiado inúmeras vezes em como seria Sirius caso fosse um ser humano e em todas as suas fantasias ela nunca tivera um sexo definido. O fascínio que o astro provocava em si ia muito além dos conceitos terrenos de gênero e desejo carnal. Sirius tinha conquistado sua alma, e pouco lhe importava com que aparência ou gênero ela se apresentaria para ele.

Agora entendia quando Shion lhe dizia que estrelas tinham forma, som e cheiro próprios.

Sirius, ou Shaka, era uma estrela viva na forma de um jovem de beleza estonteante, com som de todas as potências da Natureza e um perfume suave de flores de lótus.

Quando tocou na mão dele, Mu sentiu uma energia viva e eletrizante ser transportada para seu corpo, então imediatamente toda a dor e desespero que carregava no peito se transformaram em calor e conforto.

Sem que Mu esperasse, Sirius o abraçou ternamente.

— Eu infringi rigorosas leis para estar aqui hoje com você, Mu... e também para te dar o meu presente — disse o astro encostando seu rosto ao do fazendeiro que parecia em transe — mas nenhuma força do Universo seria capaz de me impedir. Eu me sinto tão amado quando me toca com os seus olhos... Ah, como eu sonhei poder tocá-lo de volta, assim, com um corpo físico.

Ainda hesitante devido à luta instintiva de sua mente com seu lado racional, Mu apertou Sirius contra seu peito.

— Meu Deus... eu... isso é tão absurdo... — sussurrou, depois de um tempo afastou-se e segurou no rosto dele com ambas as mãos trêmulas — mas você... você é real... tem calor, tem cheiro... como pode? Sirius... Shaka!... Você disse que eu dei esse nome a você?

Mas o astro tinha pressa.

— Leve-me até Kiki. Não devemos esperar mais — disse ele acariciando o rosto lívido de espanto do fazendeiro.

Então Mu conduziu Sirius até a pequena casa e depois até o quarto de Kiki; este que estava iluminado apenas pela fraca luz amarelada de um abajur aceso ao lado da cama. Lá o astro acercou-se do garotinho adormecido e em silêncio sentou-se na borda do leito, levando alguns minutos apenas a observar sua respiração ofegante e feições devastadas pela cruel doença.

Mu ficou parado na porta com a mão sobre o coração e lágrimas nos olhos, num misto de deslumbre e medo.

Teria Sirius ouvido sua súplica e descido à Terra para levar Kiki consigo para o céu? Seria esse o presente que viera lhe entregar?

Com o peito congelado pelo pânico, pois que jamais sentir-se-ia preparado para aquele momento, por mais inevitável que ele fosse, Mu avançava alguns passos em direção ao leito quando a voz melodiosa de Shaka o surpreendeu quebrando o silêncio:

— Não tenha medo, Mu — disse ele sem tirar os olhos do rosto de Kiki — tenha fé.

Dito isso a estrela tomou o garotinho em seus braços que de tão debilitado pela doença nem se moveu; com todo o cuidado do mundo ela o aconchegou em seu peito e então o ponto vermelho em sua testa emitiu uma luz branca tão brilhante que todo o quarto se iluminou.

Mais uma vez foi preciso que Mu protegesse os olhos com as mãos, mas dessa vez a luz não o cegara totalmente, e quando conseguiu fazer com que suas retinas se acostumassem à claridade ele pode ver uma sombra densa cor de chumbo pairando sobre o corpo de Kiki. Não! Ela não pairava, mas saía de dentro do corpo dele, através dos poros de sua pele, e conforme esta saía ia sendo também dissipada pela luz magnífica de Sirius, até não sobrar mais nada.

Luz esta que o astro banhou o garotinho com todo amor que lhe cabia.

Nessa hora Kiki deu um suspiro alto e forte deixando entrar em seu corpo todo o ar que seus pulmões não suportavam mais filtrar.

Ele estava curado.

Curada também estava toda a plantação do lado de fora da casa, a qual florescera com mesmo viço e força vital que agora retornavam ao rostinho de Kiki. Mu não haveria de perder um só pé de sua produção anual.

Dentro da casa Kiki abriu os olhos e olhou diretamente para Shaka. Por um momento ficaram assim apenas, mas logo sorriram-se um para o outro como se fossem velhos conhecidos.

— Bem que o meu pai falou que você existia para mostrar o caminho aos viajantes — disse o menininho abraçando com força a estrela, depois agradeceu: — Obrigado por me guiar de volta, Sirius.

Ao lado deles, entre lágrimas e soluços convulsos Mu caiu de joelhos no chão.

Ver o filho curado e sorridente nos braços daquela que por anos fora sua luz de devoção era um milagre.

— É Shaka — sussurrou desnorteado ainda, sem saber exatamente o que dizer.

Kiki olhou para o pai, com uma expressão confusa no rosto.

— Shaka? — indagou ele. — O que é Shaka?

— É o nome dele — disse Mu lutando para conter os soluços e abrandar o choro.

Testemunhando comovido a emoção do pai, Kiki deixou o colo de Sirius para correr até ele e dar-lhe o abraço como há muito não conseguia.

— Papai!

— Kiki... Meu filhote... É... um milagre... é um milagre!

Pai e filho ficaram longos minutos abraçados.

Quando conseguiu enfim conter a emoção Mu levantou-se do chão e celebrou aquele milagre girando com Kiki no colo e lhe distribuindo beijos estalados na face corada, enquanto Shaka os observava sorridente batendo palmas.

Mas eis que chegou sua hora de partir.

O sol em poucos minutos nasceria e ele teria que ser visto em outros horizontes.  

— Filho, acho que nosso amigo precisa ir embora — disse Mu colocando Kiki no chão.

O garotinho então voltou-se para a figura que iluminava todo o quarto.

— Eu achava que estrelas eram meninas — disse ele.

Sirius riu de sua perspicácia infantil.

— Nem meninas, nem meninos. Estrelas são corpos celestes — explicou Mu passando a mão no rosto num gesto nervoso. Sua mente, ainda presa pelos conceitos da lógica humana, tentava lidar com tudo aquilo sem enlouquecer.

— Exato — disse Shaka se agachando para olhar nos olhos curiosos de Kiki — somos feitas de átomos, gases interestelares, poeira cósmica e o desejo mais íntimo dos seres humanos.

Nessa hora o astro trocou um olhar tão íntimo com Mu que este não pôde deixar de sentir ter a alma revelada.

— Isso é tudo o que precisa saber, pequeno... o restante os seus sonhos irão te revelar — concluiu Shaka despedindo-se do garotinho com um abraço terno.

Quando a estrela se levantou e caminhou até Mu, Kiki enfim lhe fez a pergunta que o pai já tinha ensaiada na garganta:

— Sirius... você volta?

Shaka apenas olhou para trás e presenteou Kiki com um sorriso sapeca e cativante.

Não era preciso seus lábios ditarem uma resposta.

Eles já se comunicavam pela linguagem do amor.

Sirius então voltou seu rosto para Mu e lhe tomou a mão. Seu toque era tal qual um afago feito diretamente na alma.

Conduzindo o jovem fazendeiro para o lado de fora da casa juntos eles entraram no milharal e caminharam de mãos dadas até o lago; ali se puseram um de frente para o outro.

Sentindo uma emoção indescritível Mu tocou os cabelos de Sirius e sensação era tão arrebatadora que pensou que poderia passar o resto da vida apenas acariciando aqueles fios dourados de luz.

Shaka por sua vez, afagava o rosto de Mu direcionando a ele um olhar apaixonado.

Nem todo o incalculável tempo que passara na vasta matéria escura do Universo testemunhando os milagres do cosmos lhe foram tão sublimes quanto tocar naquele rosto.

— Se eu fiquei louco de vez eu não quero que me curem... Não quero voltar a enxergar a vida com olhos sãos — confessou Mu.

— Não está louco, Mu — disse Shaka e depois lhe fez um pedido: — Olhe para o céu.

O jovem fazendeiro assim o fez e a estrela então continuou:

— Vê? Acima de nós está a constelação de Ariétes — apontou para o amontoado de estrelas que compunham a constelação de Áries — as estrelas mais brilhantes do Carneiro são α Ari, uma gigante vermelha cuja magnitude aparente é de 2,0, e β Ari, uma estrela da sequência principal. Agora, vê aquela anã branca ao lado de β Ari?  

— Sim... creio que sim... mas...

Mu estreitou os olhos para focalizar o pequenino ponto de luz citado por Sirius que por muito tempo não havia se dado conta de estar ali.

Como nunca havia reparado que na constelação de Áries surgira uma nova anã?

Talvez se não tivesse abandonado o curso de astronomia tivesse reparado...

— Espere! — disse Mu num súbito espanto. — Essa estrela que mencionou, ela... eu sinto... Ela está sorrindo?

— Sim, ela está!

— Não pode ser!... Meu pai... Shion... ele...

Nesse momento Shaka segurou no rosto de Mu com ambas as mãos e o fez olhar diretamente em seus olhos azuis, então nessa hora todo o mistério lhe fora revelado.

Não era necessária mais nenhuma pergunta, e o coração de Mu logo encheu-se de felicidade.

Com um beijo de amor eles selaram aquele reencontro. Os lábios quentes de Shaka transcendiam o físico e tocavam a alma de Mu com a promessa de nunca deixa-lo só.

Minutos depois eles se separaram e Sirius então começou a recuar para a margem do lago; sempre olhando para Mu enquanto caminhava.

— Sempre que a lua não estiver cheia e o céu apresentar-se mais escuro, os viajantes precisarão de minha orientação ou se perderão em seus caminhos. Mas quando a lua banhar a Terra com seu véu resplandecente de prata eu estarei aqui ao seu lado, até que os seus dias nesse planeta se findem... Então eu o levarei de volta para a casa. Meu amado Mu.

E assim Sirius se despediu de Mu e com um novo clarão que tomou os céus ascendeu de volta à constelação de Cão Maior.

...

Os anos passaram e Sirius cumprira a promessa.

Todas as noites de lua cheia Shaka descia à Terra para ficar com Mu. Sorriam, se amavam, e quando não podiam estar juntos fisicamente lá estavam eles em mútua contemplação.

Mu na Terra e Shaka no céu.

Até que os dias de Mu entre os homens chegaram ao fim.

Kiki já estava casado e era pai de três filhos lindos e saudáveis que sentiam muitas saudades do avô brincalhão e de seu companheiro que descia do céu nas noites de lua cheia.

Porém tristeza não tinha vez naquela família, já que Kiki sabia bem onde seu amado pai estava.

— Até hoje os astrônomos não conseguiram decifrar o fenômeno, supostamente natural, que fez a Sirius A desaparecer do céu por alguns anos nas noites de lua cheia — dizia o engenheiro agrônomo deitado na rede com as três crianças em seu colo. Todos olhando para a constelação de Cão Maior — alguns dizem que um corpo celeste desconhecido, meteorito, cometa, asteroide, quem sabe, entrava em sua órbita e projeta uma sombra nela a impedindo de ser vista da Terra.

— Mas agora ela não vai mais sumir lá do céu, né papai? — perguntou a pequena menina de cabelos castanhos deitada em seu colo.

— Agora não — Kiki respondeu.

— Agora que o vovô está com ela, a Sirius não se sente mais sozinha lá no céu.

— Sim — respondeu Kiki sorrindo — imagino o tanto de teorias de conspirações foram criadas durante esses anos em que Shaka viveu aqui na Terra com meu pai... Mas é isso mesmo, crianças. Agora eles estão lá juntinhos. Estão vendo ali do lado dela?

— Do lado da Sirius A é a Sirius B, a anã branca que voltou para ocupar seu lugar de direito no céu. — disse um garotinho ruivo cheio de propriedade.

— Exato, para o terror de toda a comunidade cientifica, que ficou chocada quando Sirius B finalmente mostrou seu brilho e provou que Sirius A sempre teve uma companheira, e que elas sempre formaram uma órbita binária. A comunidade científica que também nunca vai conseguir decifrar esse mistério — disse Kiki às gargalhadas.

— Não é culpa deles não saberem que Sirius B esteve desaparecida pois passou um tempo aqui na terra. Aquela é a estrela Mu. É o vovô! — disse o garotinho menor de cabelos loiros e grandes olhos violetas. — Vovô está sorrindo!

— Sim, ele está — Kiki suspirou sorridente e feliz — e agora que todo mundo já viu o vovô vamos dar tchau para ele que está na hora de dormir.

— Tchau, vovô! Boa noite! Tchau Shaka! — disseram as crianças em uníssono abanando as mãozinhas para o céu e se divertindo com o piscar das duas estrelas sorrindo para elas, a gigante brilhante Sirius e sua pequena companheira que atraía os olhares curiosos de astrônomos do mundo todo, os quais dentavam desvendar o mistério acerca de seu misterioso reaparecimento.

Mal sabiam eles que a explicação mais lógica não estava dentro dos livros de astrofísica ou em complicadas equações matemáticas, tampouco nas escrituras religiosas cercadas de mistérios e crenças, mas em algo muito mais simples.

“E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".” – Olavo Bilac

FIM

 


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Notas finais do capítulo

E você, já conversou com as estrelas hoje?

beijos, até a próxima.



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