Dark Inside escrita por Weretroxeane


Capítulo 6
Our little party


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Okay.. Não me matem shippers Canna, obg dnd ♥

Genteney, mais um cap hj! Espero que gostem! Até as notas finais ;3

Boa leitura ♥♫



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A festa já havia começado e íamos todos juntos. Os meus braços estavam entrelaçados ao de Sophia. Carol havia preparado cookies e não posso negar que eu, Carl e Sophia havíamos pegado uns dois ou três escondidos, o fato de Carol não ter percebido — ou ter percebido e não ter falado nada — nos fez rir o caminho todo até aqui. 

  Havia música tocando, a festa era em nossa recepção e era na casa de Deanna, no mesmo lugar que havia sido a nossa entrevista quando chegamos aqui. Parecia que todos os moradores de Alexandria estavam na festa. Havia bebidas espalhadas por uma mesa, alcoólicas e também refrigerantes, na mesa ao lado estavam as comidas, todos pareciam estar se divertindo. 

 

 

 

  O fato de eu achar a festa desnecessária não significava que eu não ia aproveita-la. 

 

  — Está gelado — Sophia falou com os olhos brilhando, eu franzi a sobrancelha, tentando entender do que se tratava o "gelado", ela revirou os olhos quando viu o que eu estava perguntando — O refrigerante está gelado.

 

  — Ahh.. — ela riu, provavelmente pelo fato de que depois ela já calculava que iria sair correndo para beber um copo de refrigerante. Logo Sophia já não estava mais ao alcance dos meus olhos. Ela havia sumido. Relaxei os ombros, ela estaria segura. 

 

  Logo Deanna veio nos receber, disse para ficarmos á vontade, não passou de uma recepção clichê.

 

  Não demorou muito até que eu achasse um canto e me enfiasse nele. O fato de eles estarem usando suprimentos que poderiam durar uma semana inteira para todo o grupo me irritava profundamente. Nenhuma das músicas que tocavam me deixavam á vontade ou com vontade de dançar, não eram sequer no estilo de música que eu gostava. Acho que meu plano de aproveitar a festa não passaria de encher a minha barriga quando tudo que eu conseguisse comer ali. 

  Peguei um dos pequenos sanduíches de presunto que estavam em cima da mesa, fazia tempo que eu não sentia esse gosto salgado, meu olho devia estar brilhando pelo simples fato de eu estar comendo presunto. Antigamente era meu prato frio favorito. Engoli o pequeno lanche, e logo que me virei me assustei com o mesmo garoto que estava no quarto de Ron. 

  — Graças á Deus! Te achei — eu franzi o cenho. Ele pegou meu pulso e começou a andar comigo. No meio tempo entre a festa de Deanna e o lugar que ele queria me levar acabei por descobrir que seu nome era Luke. 

  Quando chegamos eu continuava com a mesma expressão, o cenho franzido e a covinha que se formava na minha bochecha direita quando eu estava com raiva, duvida ou totalmente feliz. 

  Tinham três pessoas nos esperando. Eles estavam em volta de uma fogueira. Carl, Ron e a garota que descobri se chamar Enid. Parecia estar um clima estranho entre os três, eles não estavam trocando mais que uma ou duas palavras. Quando chegamos eles olharam diretamente para nós.

  Me sentei em um lugar vago, entre Ron e Carl. Ron estava sentado na ponta, logo depois vinha eu, Carl, Enid e por fim Luke. Eu não sabia o que exatamente estávamos fazendo ali. o que usávamos de cadeira/banco era um tronco cortado ao meio.

  Não era necessário uma fogueira já que hoje e noite não estava gelada, mas de alguma forma ela reconfortava a noite. 

  Ron puxou assunto comigo, conversávamos de assuntos aleatórios, no começo, depois falamos sobre o que podia ter começado esse apocalipse. Ele tinha algumas idéias bizarras. Eu estava me divertindo, mas algo me intrigava, Carl estava evitando conato visual comigo, sempre que o olhava ele estava com sua atenção presa em outro pessoa, Ron não parecia confortável com isso, mas assim como eu tentava manter o foco na nossa conversa. 

  Luke pareceu se cansar de ficar de vela de Carl e Enid. Logo ele estava sentado ao lado de Ron, o que consequente tinha feito eu empurrar Carl. Eu havia gostado, pelo menos havia chamado a sua atenção e o feito começar a conversar com todos nós.

  Não demorou muito até dar o toque de recolher, na verdade tinha demorado, mas não parecia.

  Me despedi de Luke e fui surpreendida com um abraço do mesmo, fiquei meio sem jeito quando Ron repetiu o mesmo ato. Não estava acostumada a abraçar ninguém, nem mesmo a minha irmã. Com esse pensamento acabei percebendo o quanto eu era distante para Sophia, mesmo estando perto dela. Tirei isso da minha cabeça quando Ron sussurrou algo em meu ouvido.

  — Nos encontre quando der meia-noite aqui... — eu não havia entendido, mas acho que seria as mesma pessoas que estavam ali, as únicas pessoas na nossa faixa de idade que existiam em Alexandria. Eu não disse nada, não sabia se ia, afinal eu nem conhecia eles direito, nenhum deles.

  Carl andava ao meu lado, já que iriamos na mesma direção, para o mesmo lugar. O caminho não era muito longo, nada ali era muito longe um do outro. Mas parecia bem mais longo com o silêncio que reinava entre nós, eu estava desconfortavelmente desconfortável.

  Cocei a minha garganta.

  — E a Enid? — perguntei indiferente, ainda desconfortável, não queria que ele pensasse que eu me importava com o fato de ele ter passado a noite inteira sem tirar os olhos dela, e eu realmente não me importava. Ele olhou para mim, não sabia o que falar aparentemente, nem sabia que eu tocaria nesse assunto — Você gosta dela? — de algum modo eu estava com medo da resposta, não sabia o porquê havia me perguntado, se sabia que me abalaria.  

  Ele assentiu. Eu respirei fundo.

  Eu parei e fechei os olhos para pensar antes de falar o que eu queria, eu revirei mentalmente, e vi que não era a melhor coisa. Ele pareceu parar para me esperar.

  — Carl... — eu comecei, ele arqueou as sobrancelhas, ele de algum modo esperava que eu dissesse isso e eu nem sei como — Você só a conhece á dois dias — nem dois dias faziam para ser  sincera. 

  Ele respirou fundo, ia dizer algo, mas logo recuou. Ele respirou fundo, pensei que ele voltaria a andar, seguir o seu caminho sem mim, mas ele se voltou para mim novamente.

  — Isso não me impediu de gostar de você — minha respiração entrecortou, ele esperava que eu dissesse algo? Porque eu definitivamente não conseguia naquele momento. Ele esperou por mais alguns segundos e quando viu que eu não ia dizer nada negou e soltou um riso nasalado, em fim se afastando de mim e seguindo o seu caminho. 


[...] 


  Eram exatamente meia-noite agora. Eu sabia que aquilo era errado, estávamos burlando o toque de recolher mas eu havia burlado várias coisas para chegar até aqui, não recuaria agora. 

  Eu estava ali, ninguém mais estava, o que me fez pensar que ou eles estavam brincando com a minha cara ou tinham se atrasado. 

  Senti meu corpo ser puxado, eu ia gritar mas senti minha boca ser tampada. Um alivio me atingiu quando vi o rosto de Ron, seus lábios apertados reprimindo uma risada, provavelmente por causa dos meus olhos arregalados.

  — Qual o seu problema? — eu sussurrei, mas gritando quando ele emfim me soltou, depois de ele ter se inclinado para não rir alto. 

  — Você tinha que ver a sua cara! — Ele sussurrou mas logo depois se desculpou, eu dei um tapa em seu ombro.

  — Ai! — ele reclamou, logo depois massageando no lugar aonde eu tinha dado o tapa, nem tinha doído, talvez um pouco.

  Nós ficamos no canto que estávamos, esperando os outros chegarem, o clima estava estranho já que não falamos mais nada desde que ele havia me assusto. Depois de quinze minutos percebemos que ninguém viria. 

  — Parece que somos só nós – ele comentou, enquanto saíamos do nosso esconderijo. Eu o acompanhei.

  – Então... – engoli em seco, sentindo meu rosto corar, eu não sabia se queria ficar sozinha com ele. – O que você tinha planejado – perguntei, fazendo ele me olhar descrente, eu franzi o cenho, tentando saber por que ele me olhava assim.

  – Não é só porque algumas pessoas não vieram, que eu vou cancelar nossa pequena festa – eu assenti, balançando os ombros, bem, minha noite não podia piorar, não depois de saber que Carl gostava da Enid. E eu ainda não sabia o porque daquilo me atingir tanto.

  Eu segui Ron, em silêncio, eu não sabia por onde andávamos, apenas alguns postes estavam acesos o que dificultava o meu senso de direção eu provavelmente não lembraria o caminho assim de primeira.

  Não demorou muito até chegarmos ao nosso destino, soube que havíamos chegado assim que ele parou.

  Vi uma grande estrutura e só raciocinei o que era aquilo quando ele começou a subir uma escada que até agora eu não tinha visto.

  — Você vem? – eu queria negar, eu tinha medo de altura, nunca lidei muito bem com ela – Não vai me dizer que tem medo de altura – ele riu. Ele estava na metade da escada, e parou para me observar.

  – Não — disse mais firme e convincente que pude, percebi que já falávamos com o nosso tom de voz normal, estávamos longe o bastante da parte social de Alexandria para que qualquer barulho chamasse a atenção dos moradores. Ele provavelmente estava brincando comigo e eu não deixaria ele ter um motivo para me zoar.

  Comecei a andar. Minha perna estava tremula, eu realmente não sabia como tive coragem de pular aquele muro, a altura não importava naquele momento, mas nesse importava muito. 

  Quando comecei a subir a escada, forcei meu pé, para ficar mais firme e não cair, naquele momento eu senti as consequências de ter pulado o muro, meu pé estava dolorido mas era suportável, pelo menos até aquele momento. Eu soltei um gemido de dor. 

  — Você está bem? – eu olhei para cima, ele já havia acabado de subir e me esperava.

  – Sim, maravilhosamente bem – sorri cínica, fazendo ele rir da minha cara. Eu queria mandar ele ir se ferrar e eu nem sabia o porque. Quando finalmente alcancei o topo da casa na árvore eu soltei um suspiro de alívio. Ele me ajudou a pisar na madeira.

  Eu juro, a cada passo que eu dava sentia que a casa iria cair, mas tirei esse pensamento da mente quando percebi que era tudo da minha cabeça e a casa nem se movimentava.

  Vi Ron acender um esqueiro e logo depois colocar o fogo em uma lamparina. A luz não era muita, mas foi o suficiente para que eu visse a "nossa pequena festa". Era como se fosse um acampamento, havia várias cobertas espalhadas pelo chão, em um canto uma bolsa que pude ver que havia algumas comidas, em outro canto uma empilhado de gibis em quadrinhos, Carl iria gostar disso. Lembro de te-lo visto, na noite que dormimos no depósito, se esforçando para ler um com a pouca luz do local.

  – Vocês já tinham se preparado? – perguntei apontando com a cabeça para a sacola de comida. 

  – Toda vez que Deanna dá suas festas, vemos a oportunidade perfeita para sairmos sem sermos notados – ele disse, sentou em cima de um dos cobertores – Sabe, as pessoas estão muito cansadas para repararem que sumimos, no máximo eles descobrem no outro dia... – eu respirei, minha respiração pareceu ecoar ali. – Não vai se sentar? – ele me olhos esquisito, eu balancei os ombros, sentando em um dos cobertores que estavam espalhados pelo chão.

  – Eu acho que já devem ter percebido o meu sumiço, talvez Carl tenha os avisado – dei de ombro, cruzei as pernas. Vi Ron reprimir um sorriso, e abaixar a cabeça, meu Deus, não... – Você não o convidou? – eu não seu eu ria de sua infantilidade ou se ficava com raiva. – Meu Deus! – eu disse jogando nele a primeira coisa que vi, um pacote de comida. – Eu preciso voltar... Meu Deus... Sophia vai ficar preocupada – eu revirei os olhos.

  – Não vai – ele riu – Mandei Sam avisar para ela – eu não sabia que era Sam, mas também não perguntei. 

  Eu não sabia o que falar com ele, se Luke estivesse aqui para fazer uma daquelas piadas sem graça iria melhorar o clima. Eu respirei fundo.

  – Foi por causa da Enid? – ele olhou para mim por cima do quadrinho que lia, sua expressão de dúvida – quero dizer, você não convidou Carl, foi por causa da Enid? – ele franziu o cenho, pensando no que falaria, deixou o quadrinho de lado e olhou diretamente para mim.

  — Eu estou tentando algo com ela á seis meses — ele pegou a porta do meu cobertor e puxou, para que eu me aproximasse dele – E ele chega e boom! – ele fez uma gesto com a mão, me fazendo rir baixinho. – Eu acho que você sabe o que que é isso... 

  – Eu não sei do que você está falando – franzi o cenho, fazendo uma expressão desentendida. Ele arqueou as sobrancelhas. A partir daquele momento, nós não paramos mais de falar. 

 

[...]

 

  Havia se passado mais ou menos uma hora desde que havíamos subido para a casa da árvore, eu estava rindo de uma história que Ron havia me contado, e ao mesmo tempo morria de sono, estava cansada pelos episódios de hoje mais cedo. Quando de repente ele parou e olhou para o relógio em seu pulso.

  – É agora! – ele disse se levantando, ele se sentou na ponta da casa, suas pernas estava voando, sem nenhum apoio, apenas seu corpo estava por dentro, eu não iria pra lá nem ferrando.

  – Não obrigada! Estou bem aqui – disse brincando com a ponta do meu cabelo.

  – Vem logo, não precisa ter medo – ele deu de ombros – Você vai perder... – a minha curiosidade foi maior que o meu medo, eu cheguei perto dele, mas não perto o bastante para cair dali de cima.

  – Senta! – eu o fiz, meu estômago embrulhou ao sentir minhas pernas livres, tocando o nada. Ele apontou para o céu, meu queixo caiu ao ver os pontos brilhantes – essa é a melhor hora para ver as estrelas – eu olhei para baixo engolindo em seco, era melhor eu me concentrar nas estrelas.

  – Nesse tempo todo... Eu nunca parei para observa-las – ele soltou um riso nasalado e depois olhou para mim, foi rápido, ele voltou a olhar para as estrelas.

  Senti ele ter um pouco de dificuldade em levantar seu braço direito, mas logo ele pousou sobre meu ombro. Eu estava cansada de mais para recuar ou me afastar. A tensão deixou o meu corpo rapidamente, logo senti meus músculos relaxarem.

  Não demorou muito até que meus olhos se fechassem também, a última coisa que eu me lembro foi da minha cabeça encostando em seu ombro.

 


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Notas finais do capítulo

Genten, tem um motivo por eu estar desenvolvendo essa coisa com o Ron...
PORQUE QUANDO A TRAGÉDIA ACONTECER A DOR VAI SER PIOR MUHAHUAHUA
Mentira, me desculpem, me descontrolei... Agora até eu estou confusa com o término dessa história heuheue
Eu ai: CANNA OR RANNA?

Até segunda munamoures



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