Dark Inside escrita por Weretroxeane


Capítulo 2
I'm Rick Grimes


Notas iniciais do capítulo

Sim gente! Isso não é uma alucinação ♥
Como eu nunca escrevi uma fanfic de The Walking Dead(essa é a minha primeira), eu resolvi postar dois capítulos de estreia :3
Me abracem agora ♥33

Boa leitura!



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 Annabeth P.O.V 

Meu corpo estava cansado e desidratado, o que dificultava a nossa caminhada, se algum zumbi aparecesse ali nesse exato momento eu poderia me considerar morta.

  – Já chega — apressei o passo para chegar até Sophia. — não pode me ignorar pra sempre. — Sophia tinha pernas mais longas que a minha, por isso já estava praticamente do meu tamanho.

  – Eu posso — ela deu de ombros e começou a andar um pouco mais depressa. Eu revirei os olhos.

  – Sophia! — chamei a atenção dela. Ela se virou bruscamente.

  – Você disse para eu te matar! — ela gritou, eu respirei fundo, mas antes de que eu pensasse em algo pra dizer ela disse novamente — literalmente, e você sabe que eu não vou conseguir — ela chorava, ela se aproximou de mim — eu não ia conseguir sem você.

  – Você precisa — disse a afastando, limpando suas lágrimas.

  Depois de andarmos mais um pouco avistamos uma pequena armação de madeira, um celeiro.

  – Podemos passar a noite aqui aqui — eu disse apontando com a cabeça para o celeiro.

  – Precisamos — ela falou e depois apontou para o céu — vem vindo uma bela chuva por aí. — eu assenti.

  Estávamos indo em direção ao celeiro quando fomos surpreendidas por alguns zumbis.

  Eu estava tão mole que senti meu corpo ser jogado ao chão e o zumbi tentar arrancar um pedaço do meu ombro. Levantei a sua cabeça. Eu estava fraca, não conseguia o segurar com uma mão só, isso significava sem conseguir pegar a minha faca no meu cinto.

  Tentei olhar para ver se Sophia estava bem, mas logo seus gritos confirmaram o contrário. Vi outro zumbi vir para cima de mim. Comecei a apertar a garganta do que estava em cima de mim. Sentido sua pele flácida se abrir ao meu toque, o sangue começar a jorrar no meu rosto. Reprimi os lábios para que o sangue não entrasse na minha boca.

  Quando a cabeça se separou do corpo, eu joguei o mesmo ao meu lado, logo depois pegando a faca do meu cinto. 

  Não havia percebido que Sophia havia parado de gritar, até ver o corpo sem vida com uma flecha na cabeça em cima do seu corpo. Não tive tempo de levantar e outra flecha atingiu o zumbi á minha frente. Me levantei e cravei a faca no meio da testa do que tinha sobrado. Andei até Sophia. Ajudei-a a sair de baixo do zumbi. Verifiquei se ela não havia sido mordida, e ela estava bem, só havia feito um corte superficial no braço por que tinha caído em cima de uma pedra.

  Me assustei com um homem retirando as flechas das cabeças dos zumbis. Apontei minha minha faca em sua direção, ele a encarou por alguns segundos e logo depois se virou.

  – Podem vir comigo se quiserem. — disse arrumando, o que eu julguei ser uma besta, em suas costas.


[...]


  Andávamos a uns bom passos de distância do carinha da besta. Não sabíamos o que ele queria de nós ou o por que tinha nos salvado, mas ele disse que tinha um grupo e que talvez pudéssemos nos juntar á ele.

  Claro, ele podia ser mais um desses aproveitadores de meninas, mas ele não parecia - apesar do colete de couro - e por que ele teria se dado o trabalho de nos salvar?

  – Ele é estranho — ouvi Sophia me sussurrar.

  – Eu — sussurrei de volta.

  – Muito, muito estranho — acho que ela estava tentando me convencer á voltar atrás. - Ele tem uma asa bordada no colete — ela gritou, mas ainda sussurrando.

  – Talvez ele goste de anjos – sugeri fazendo ela rir, mas ela logo parou.

  – Ele anda com um arco e flecha — ri de sua insistência em me fazer desistir.

  – É uma besta — eu neguei com as sobrancelhas franzidas. — E além disso, ele disse que tem um grupo. Quanto mais gente, maior  nossa chance de sobreviver. 

  – E se for mentira? E se ele for quem nem o ... — impedi que ela falasse o seu nome, não queria trazer á tona histórias do passado.

  – Ele não é má pessoa, confia em mim — disse a olhando o mais compreensiva que conseguia. A verdade é que eu queria que ele não fosse. Eu precisava - qualquer coisa eu mato ele — ela riu, eu também. Apesar de não ser brincadeira.

  Quando estávamos chegando perto da estrada, Daryl, como ele disse que se chamava, começou á correr e logo depois no chamou.

  Consegui ver ele apoiar a besta nas mãos e logo atirar, depois voltou a correr.

 – Fica atrás de mim – disse para Sophia. Puxei a faca do meu cinto novamente e matei um dos zumbis que tinham ali. 

  Daryl ajudou uma mulher e logo depois  correu para ajudar outra pessoa. Em pouco tempo eu já não via mais nenhum zumbi.

  Pareceram reparar na nossa presença. Todos os olhares se direcionaram ao Daryl, que logo puxou um homem "no canto" para conversar.

   Depois de alguns minutos Daryl e o homem voltaram em direção á nós. Pude perceber uma arma de fogo no coldre do homem. 

   – Eu sou Rick Grimes — Ele estendeu a mão para mim. Eu o cumprimentei. Logo depois ele repetiu o ato para Sophia, que exitou um pouco, mas fez o mesmo que eu. 

  Ele se abaixou para falar com Sophia.

  – Quanto zumbis já matou? — Sophia olhou para mim, desentendida, eu apenas assenti.

  – Nenhum.

  – Quantas pessoas já matou?

  – Nenhuma.

  – Por que? — Ela estava perdida em seu próprio pensamento agora, talvez tentando entender a pergunta. 

  – Por que eu não quis, não precisei — ela fez uma grande pausa — minha irmã sempre esteve lá por mim. 

  Ele assentiu. Sophia mandou um sorriso para mim, e eu devolvi. Logo depois Rick se direcionou para mim.

  – Quantos zumbis já matou?

  – Demais pra contar.

  – Quantas pessoas já matou? — engoli em seco.

  – Três – troquei o peso de um pé para o outro, sim, eu me sentia desconfortável com esse quesito.

  – Por que? 

  – Eles tentaram machucar a minha irmã — Travei o maxilar. Rick se levantou.

  – Tudo bem — ele pareceu olhar para os outros, alguns deles assentiram, outros apenas ficaram quietos — Podem ficar.


[...]



Eu conversava com a Tara e Noah enquanto eu comia. Eles são bem legais. Ela estava falando sobre a vida dela antes de tudo começar.

  - Eu era policial - ela disse dando uma mordida na sua carne. 

  - Eu queria ser médica. Minha mãe era clínica geral, ela me ensinou algumas coisas - mordi um pedaço da minha.

  Olhei para a Sophia. Ela não estava muito distante de mim, com um menino, tudo que eu sabia era que ele era filho do Rick. Sophia estava brincando com as pequenas mão de Judith, outra filha do Rick. Judith ainda era criança de colo.

   Rick se levantou para ver algo, e logo depois jogou um papel no chão. Tudo que eu consegui ver foi um dos homens que tem o nome com a pronuncia engraçada abrir umas das garrafas e logo depois vi a garrafa vir parar nos meus pés. Houve uma pequena discussão que logo foi cessada por gotas de água caindo do céu. Meu Deus, como eu senti falta disso.

  Sophia veio correndo empolgada até mim. Senti a sujeira toda escorrendo do meu rosto. Passei a mão para ajudar. Logo depois abri a boca, sentindo as pequenas gostas na minha boca.

  – Você fica bem melhor sem sangue de zumbi no rosto — Ouvi o filho do Rick falar, ele sorriu para mim e logo depois colocou o chapéu que ele usava para a proteger a irmã. Eu apenas devolvi o olhar.

  Senti uma cotovelada na cintura, olhei para Sophie que me mandava um sorriso estranho.

  – O que foi?

  – Nada — mas ela continuou com o sorriso no rosto.

  Paramos de curtir a chuva quando percebemos que estava virando um temporal.

  – Tem um celeiro — ouvi Daryl falar.


[...]


Haviam havido algumas complicações com o celeiro, mas agora estava tudo certo.

  Os "adultos", estavam em um canto paralelo ao nosso conversando. Judith dormia nos braços de Carl, e Sophia no meu colo.

  Ouvi o choro de Judith, o choro foi ficando cada vez mais estrondoso, e naquele silêncio fazia muita diferencia.

  Sophia já tinha acordado e estava sentada ao meu lado.

  Rick andou até Judith e tentou alcama-la, ele sabia que o choro dela não era uma coisa boa, não com um bando de zumbis espalhados aí fora.

  Sophia se levantou e se aproximou de Rick. 

  – Se importa? — ela perguntou antes de pegar a Judith dos braços de Rick. Em menos de um minuto Sophia já ninava Judith e a mesma estava desmaiando de sono, era uma cena até engraçada, ver ela tentar ficar com os olhos abertos.

  Só percebi que Carl estava sentado do meu lado quando ele disse:

  – Agora eu entendo — franzi a sobrancelha.

  – O que? — perguntei sem olhar diretamente pra ele.

  – O porquê do Daryl ter trazido vocês pra cá — agora eu olhei diretamente para ele, curiosa — A Sophia, ela é muito parecida com alguém que perdemos recentemente. Beth, ela era irmã da Maggie – Apontou com a cabeça para a que eu julguei ser Maggie. Ela tinha o corpo envolvido por um homem que não dava para distinguir daqui, já que estava escuro. Eu quase não via o rosto de Carl direito.

  – Eu não sei se ser comparado á uma pessoa morta seja algo bom — eu olhei novamente para Sophia, que agora já tinha dominado Judith completamente. Ela sempre gostara bastante de crianças, e eu a entendia, não sabíamos quando íamos ver uma de novo.

  – Se essa pessoa morreu fazendo algo que valheu á pena, sim é algo bom — suspirei. Tinha ficado um clima estranho, me mexi desconfortável.

  – Eu faria qualquer coisa para protege-la — mordi meu lábio inferior.

  – Eu também faria qualquer coisa para proteger a Judith.

  – Você não é tão idiota quanto parecer ser — me levantei e abaixei o seu chapéu, tampando o seu rosto.

  Ele riu, eu também. 

  Fui até Sophia. Acariciei o cabelo ralo de Judith e sorri.

  Carl faria qualquer coisa para proteger a irmã, então ele não era tão diferente de mim. Já tínhamos uma coisa em comum.


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Notas finais do capítulo

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