By The Sea escrita por Breatty, Ballus


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Boa semana a todos!



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Roland

15 dias depois

Vanessa já tirou a bota imobilizadora. Inicialmente ela teria que ficar com a bota durante 20 dias, mas o médico acabou tirando antes pois o ligamento do calcanhar que ela distendeu já estava bem melhor e não necessitava mais do pé imobilizado. Mas apesar do pequeno acidente, esses últimos quinze dias foram tranquilos, fiquei o tempo na casa dela para ajudá-la, a cada minuto do dia nós estávamos juntos e fizemos várias coisas para passar o tempo. A companhia de balé dela está de férias, o próximo espetáculo é só daqui a mais de um mês, então ela está mais relaxada.

Convidei Vanessa para finalmente conhecer meus pais, no início ela fico meio nervosa, mas depois acho que foi relaxando. Quando contei aos meus pais ao telefone que tinha alguém para apresentar, eles ficaram bem animados, faz muitos anos que apresentei uma namorada a eles e sei que o sonho deles é me ver casado e com uma família. Minha mãe se ofereceu para fazer um almoço e eu achei uma ótima ideia, pois ela cozinha bem demais, foi com ela que aprendi a me virar dentro da cozinha.

Marcamos o almoço para hoje, um almoço de domingo. Já estamos dentro do carro a caminho da casa dos meus pais, eles moram em um bairro mais distante aqui de Nova York chamado Governors Island. Vanessa está ao meu lado cochilando, tecnicamente não dormimos muito essa noite, sorrio. Após meia-hora chegamos ao condomínio dos meus pais, estaciono em frente à casa.

— Nessa, chegamos.

Acordo com ela com carinho. Ela abre os olhos e me encara, se espreguiça.

— Meu Deus, não acredito que dormi... devo está com a cara horrível agora.

Sorrio. Ela pega um espelho na bolsa e olha o rosto.

— Você está ótima amor, não se preocupe.

— Vou assustar seus pais.

Eu rio e ela também.

— Meio impossível isso acontecer. Eles vão se apaixonar por você, assim como eu me apaixonei.

Ela sorri doce para mim.

— Vamos lá. – diz.

Beija meus lábios e saímos do carro.

Ela está vestida com um vestido rodado meio florido, e uma sapatilha. Linda como sempre.

Seguro sua mão e toco a campainha na porta, em segundos minha mãe já abriu a porta e nos encara sorrindo.

— Boa tarde mãe. – digo e a abraço.

Continuo.

— Mãe, essa é Vanessa minha namorada. – olho para ela. — Nessa essa é minha mãe.

Elas se abraçam e trocam cumprimentos.

— Olá querida. É um prazer, meu nome é Sandra. Seja bem-vinda. – sorri.

— É um prazer Sandra. Muito obrigada. – ela sorri.

— Venham, entrem. O almoço já está pronto e acho que vocês vão gostar do cardápio. – minha mãe diz alegre.

— Cadê o papai?

— Está lá no fundo arrumando a mesa.

Vamos até o fundo da casa, onde tem um jardim e uma mesa de refeições muito bem arrumada.

— Roland!

Meu pai me abraça e bate nas minhas costas.

— E aí meu velho. – sorrimos. — Pai essa aqui é Vanessa minha namorada. Nessa, meu pai, conhecido mais como Barty.

Eles se abraçam.

— É um prazer tê-la aqui Vanessa.

— Muito obrigada, é um prazer conhecer vocês também.

— Ah propósito, você é muito bonita... já Roland não é muito bonito, infelizmente.

Nessa ri e eu bato de leve no braço de meu pai. Nós somos muito brincalhões um com o outro.

— Obrigada. Eu digo isso a ele as vezes.

Vanessa diz entrando na brincadeira e meu pai ri.

— Sentem aqui na mesa meus queridos, vou servir o almoço. – minha mãe diz.

Vanessa e eu sentamos lado a lado, é uma mesa redonda e muito aconchegante, sempre gostei desse lugar da casa.

Minha mãe serve o almoço: bife à milanesa, salada de frutos do mar e macarrão ao molho de mostarda. Eles sentam a mesa e nos servimos enquanto conversamos.

— Vanessa, querida, Roland me disse que você é dançarina clássica na companhia de balé daqui de Nova York. - minha mãe diz.

— Sim, danço lá a muitos anos.

— Sempre tivemos vontade de ir assistir a um dos espetáculos, já ouvimos falar muito bem de vocês.

— Estão convidados então para o próximo espetáculo.

— Com certeza iremos! Quando será?

— Ainda não temos previsão. Faz uns quinze dias que encerramos a última peça, agora estamos todos de férias e a previsão é que vamos voltar em um mês. Provavelmente os roteiristas já possuem alguma ideia e tudo mais, só que até ensaiar e começar tudo leva um bom tempo. Mas não se preocupem, pois quando estiver perto peço ao Roly para avisar a vocês.

— Ótimo. Iremos com certeza.

— Vocês estão juntos a muito tempo? – meu pai pergunta.

— Dois meses. Conheci Vanessa em uma peça dela, a vi no palco e me apaixonei. – respondo.

Nessa me olha e sorri.

Aproveitamos o almoço e conversamos bastante, acho que meus pais adoraram Vanessa e ela também adorou eles. Estamos todos muito à vontade, aproveitando o almoço.

Minha mãe serve de sobremesa um mousse de limão e eu e Vanessa repetimos umas duas vezes. Estava bom demais.

Depois sentamos na sala pois lá fora começou a esquentar. Minha mãe me conta novidades sobre minha irmã. Vanessa explica algumas coisas sobre a dança e o processo de criação das peças, meus pais parecem intensamente interessados, fico tranquilo em saber que eles estão se dando bem.

Passamos o dia todo lá, quando fomos sair já passavam das 17h.

Nós despedimos e prometemos marcar outros programas em breve.

Já estamos dentro do carro voltando para minha casa. A gente reveza nos fins de semana: um fim de semana eu fico na casa dela e no outro ela fica na minha casa e assim sucessivamente.

Não conseguimos ficar longe um do outro por muito tempo.

 

Vanessa

4 meses depois

Julho

Nem acredito que já estamos em julho. Parece que esse ano está voando. Depois que tive o pequeno acidente com meu pé em março já apresentei mais duas peças e foram recordes de públicos, decidimos inovar com algumas coreografias novas e ensaiamos arduamente. No início tive medo de que pudesse acontecer outro acidente comigo, fiquei por um tempo com isso na cabeça, sempre que sentia algum incômodo no calcanhar já achava que tinha distendido novamente. Mas depois fui perdendo o medo e recuperei minha confiança, coisas assim são impossíveis de prever, então continuei fazendo como sempre fiz.

Em maio teve o lançamento do último livro de Roland e foi um sucesso, lembro que quando eu o conheci ele estava escrevendo esse livro. Foi preciso dobrar o número de cópias, pois em poucas semanas o livro entrou para a lista de best-seller. Ele teve que viajar por alguns países para participar do lançamento, na época eu estava com uma peça em andamento e não pude acompanhá-lo. O nome desse livro foi: A Pura Verdade, e eu tive o privilégio de ser praticamente a primeira pessoa a ler, e como sempre fiquei apaixonada por suas palavras.

Nem consigo acreditar que eu e Roland já temos seis meses juntos. Lembro que praticamente outro dia estávamos no nosso primeiro encontro no café. E a cada dia me sinto mais apaixonada e mais envolvida por ele, me sinto segura e satisfeita com o relacionamento que estamos vivendo, nosso namoro é sólido e estamos contentes um com o outro. Ele é o único homem que me fez sentir assim, e depois que eu o conheci tive a certeza que era com ele que eu queria ter algo sério e me comprometer. E aqui estamos nós juntos e felizes.

Hoje é sexta, são 16:15 e estamos dentro do carro na estrada. Alguns dias atrás Roland me convidou para uma pequena viagem. Estamos indo passar o fim de semana em Hamptons, um local de praias, perto da nossa cidade. Estou animada, pois adoro praia e faz um tempo que não viajo para curtir um pouco.

A viagem demorou algumas horas, mas finalmente chegamos. Rodamos o local a procura de um hotel e achamos um hotel resort bem perto da praia, o hotel é bem praiano e o calor ainda é evidente mesmo agora de noite. Roland escolhe uma suíte e nós colocamos a bagagem no quarto, trouxemos pouca coisa então não foi preciso ajuda dos funcionários. Estávamos morrendo de fome, então nem tomamos banho e fomos direto jantar no restaurante do resort. Escolhemos para jantar torta de frango e arroz ao molho branco, pedimos cerveja e aproveitamos o ambiente fresco e o barulho do mar.

— Nossa, isso aqui está muito bom.

Roland diz de boca cheia. Nós estamos devorando o prato todo.

— Está mesmo. Acho bom você perguntar a receita para fazer para mim outras vezes.

Ele ri.

— O que você quiser meu amor. De um jeito ou de outro vou descobrir essa receita.

Sorrio.

Terminamos a refeição, estávamos tão cheios que nem aguentamos a sobremesa.

Caminhamos um pouco de mãos dadas pelo hotel. Fazia um vento gostoso e o ambiente é muito romântico.

Voltamos para o quarto e tomamos um banho rápido, transamos embaixo do chuveiro, sempre que tomamos banho juntos acabamos namorando um pouco.

Estamos um pouco cansados, e queremos levantar cedo amanhã para aproveitar o dia, então logo deitamos na cama para dormir.

[...]

Acordamos cedo e já estamos acomodados tomando café no restaurante do hotel. A vista do restaurante é maravilhosa, a praia bem na frente e a claridade é incrível. O café é servido em formato de Buffet e são tantas variedades que é até um pecado não comer um pouco mais. Já estamos com roupa de banho, então terminamos o café e vamos andando direto para a praia.

Pegamos uma mesa em uma barraca e nós acomodamos. Tiro meu vestido ficando de biquíni, estendo uma canga na espreguiçadeira e me deito para pegar um pouco de sol. Roland tira a camiseta ficando de bermuda e senta ao meu lado.

— Trouxe algo para a gente se exercitar mais tarde. – diz.

Ele me olha.

— O que?

Ele pega uma sacola preta pequena e abre me mostrando duas raquetes de madeira e uma bola.

— Frescobol? – pergunto.

— Sabe jogar?

— Não.

Nós rimos.

— Eu te ensino.

— Ótimo. Pode passar o óleo de bronzear em mim?

— Mais é claro bebê. – ri. — Isso é algo que tem que ser feito exclusivamente por mim.

Sorrio.

— O óleo está na minha bolsa.

Ele pega minha bolsa em cima da mesa e pega o frasco do óleo. Para na minha frente e esfrega as mãos, fecha os olhos e respira fundo, o encaro achando graça.

— Estou me preparando mentalmente. – diz.

Acho graça.

— Palhaço.

— Meu amor, para fazer isso é preciso muita técnica.

— Passa logo isso Roly. – rio.

Ele coloca um pouco de óleo na mão, senta ao meu lado na espreguiçadeira e começa passando o óleo nas minhas pernas depois sobe pela barriga até chegar ao meu pescoço.

Suas mãos são firmes e eu me sinto massageada.

— Vai passar atrás?

— Agora não. Valeu.

— É sempre um prazer.

Nós beijamos.

— Vou dá um mergulho. Quer vir? – pergunta.

— Agora não, mas depois irei.

— Certo.

Ele me dá outro beijo e saí caminhando lindamente até a praia, observo tudo da minha espreguiçadeira. Que homem!

Alguns minutos passam, minha boca começa a ficar seca, o sol está muito forte e já sinto meu corpo quase torrando. Um garçom passa e me pergunta se quero algo, peço então dois coquetéis de frutas para mim e Roland.

Roland volta da água.

— Pedi coquetel de fruta para nós.

— Ótimo. Que água maravilhosa!

— Pode passar o óleo nas minhas costas agora?

— Vamos lá.

Viro de bruços na espreguiçadeira. Desamarro a parte de cima do biquíni e tiro colocando na cadeira dele.

— Vanessa.

— Hum?

— Topless?

— Assim é melhor para tomar sol.

— Pelada?

Eu rio e ele também.

— Não estou pelada.

— Está bem.

Ele começa a passar o óleo nas minhas costas, depois desce passando pela minha bunda até chegar em minhas pernas.

O garçom volta trazendo os coquetéis. Pedi os dois de morango. Roland me entrega um e eu bebo um pouco.

— Acho que vou tentar escrever um pouco. – diz.

— É um bom lugar para fazer isso. O silêncio e a paisagem.

— Está aprendendo, é? Quem sabe não vira uma escritora também.

Sorrio.

— E você um dançarino de balé clássico.

Ele sorri e abre seu caderno de capa marrom para escrever.

O tempo passa, acho até que cochilei um pouco enquanto tomava sol. Pego a parte de cima do biquíni e visto, me viro e sento na espreguiçadeira, Roland ainda está concentrado em escrever. Levanto da espreguiçadeira e o abraço por trás. Ele sorri e beija meu braço.

— Escrevendo muito? – pergunto.

— Um pouco. Mas deu para produzir algo.

— Quer ir me ensinar a jogar frescobol agora?

— Claro!

Roland me ensina a jogar, no início nunca consigo rebater a bola de volta, mas aos poucos vou pegando o jeito e ele joga muito bem.

Almoçamos na praia mesmo, pedimos a indicação da casa: de entrada mariscos no vinho e o prato principal tranche de salmão com arroz negro, com cerveja para acompanhar.

 

Roland

Depois do almoço maravilhoso fomos aproveitar a piscina do hotel. Passamos praticamente a tarde toda lá. O local não estava muito cheio, então aproveitamos para dá alguns amassos dentro da piscina. Tivemos um dia muito agradável curtindo o sol. Estar com Vanessa faz tudo ficar muito mais especial.

No início desse mês decidi que iria pedir Vanessa em casamento. Nós estamos juntos há seis meses e nosso relacionamento é muito sério e muito sólido. Amo muito ela e ela me ama, temos um sentimento muito forte um pelo outro e ela me faz o homem mais feliz do mundo. Quero construir uma família com ela e sinto que já está na hora de irmos adiante. Não sei se ela sente o mesmo, acho que sim, mas espero que ela aceite meu pedido, pois é tudo que eu mais quero. Pensei muito onde seria esse pedido, quebrei minha cabeça, pois quero que seja perfeito, e então olhando em alguns jornais vi falando sobre as praias aqui de Hamptons e sobre como o local atrai muitos casais. Decidi que seria o local perfeito para fazer o pedido. Comprei um anel de noivado bem delicado para ela, sei que ela não gosta de joias chamativas. O anel tem um brilhante delicadamente acomodado em um aro completo de diamantes com lapidação brilhante em ouro branco.

Vanessa obviamente não sabe, mas acertei com o hotel para preparar um jantar especial e romântico hoje para nós na praia e lá a pedirei em casamento. O hotel possui quiosques individuais e reservados para os casais na frente da praia, reservei ontem em segredo depois que chegamos um desses quiosques e escolhi o cardápio: de entrada crepe de camarão com queijo; de prato principal bacalhau a lagareiro e pasta com La bottarga, acompanhado de batata rosti e aspargos fritos; de bebida vinho branco e tinto; de sobremesa panna cota. Tentei escolher um pouco de tudo que ela gosta, quero que tudo seja perfeito. O pessoal do hotel arruma o quiosque com uma bela mesa de jantar, luzes, música, preparam um ambiente bem romântico e aconchegante. Pedi rosas brancas e vermelhas para enfeitar o ambiente, e um buquê caprichado separado para entregar a Vanessa. Além do melhor champanhe para abrir na hora do pedido.

Quando saímos da piscina já eram 17h. Seguimos para nosso quarto.

— Vamos tomar um banho e trocar de roupa. Tenho algo para a gente hoje à noite. – digo.

Ela me encara curiosa.

— É? O que?

— Segredo.

— O que está planejando, Sr. Misterioso?

Sorrio.

— Curiosa. Venha, vamos para o chuveiro.

 Tomamos um banho rápido, estou nervoso e ansioso, mais nervoso do que tudo, eu tento disfarçar e parecer normal. Saímos do banho e voltamos para o quarto.

— Quer que eu vista algo especial? – pergunta. — Já que não sei para onde vai me levar, tenho que perguntar né para não ir desprevenida. – sorri.

— Não, não precisa de nada especial. Fique à vontade.

Nosso jantar é especial, mas é algo íntimo e só nosso, para mim ela está perfeita com qualquer tipo de roupa.

Visto uma calça jeans e uma blusa de botão branca, algo bem casual e que costumo usar quase sempre.

Vanessa veste uma saia rodada de cintura alta rosa e uma blusa curta, ou é um top, não sei bem, na cor branca e sapatilhas.

— Estou pronta.

— Linda.

— Obrigada, meu galã de cinema.

Saímos do quarto e levo Vanessa até a praia, vejo ela me olhar, acho que está morrendo de curiosidade, mas não pergunta nada. Vejo o nosso quiosque iluminado e todo arrumado, sorrio.

— Nosso jantar hoje será aqui. – ela me encara. — Espero que goste amor, é uma surpresa para você.

Ela sorri e entra no quiosque. Vê as velas em cima da mesa já posta, as rosas espalhadas, uma música suave tocando, um cheiro doce e aromático no ar. Acho que ela está encantada, e eu também estou, o clima está bem romântico, o pessoal do hotel mandou bem.

— Oh Roly!

Ela me abraça e me beija. Sorrio.

— Quando você preparou isso? Eu amei!

— Digamos que providenciei quando chegamos ontem à noite. Combinei com o pessoal do hotel. Gostou mesmo?

— Eu amei! Nossa, não sei o que falar... está tudo tão romântico e íntimo. Tão aconchegante, amor. Obrigada.

— Que bom que gostou, estava ansioso para saber sua reação. – a beijo. — Venha, vamos sentar.

Puxo uma cadeira para ela sentar. A mesa é redonda, dois lugares, sentamos um de frente para o outro. O garçom se aproxima.

— Boa noite. Posso servir a entrada?

— Sim, por favor. – digo.

Ele saí.

— Espero que goste do cardápio. – digo.

— Estou morrendo de fome, mal posso esperar.

Sorrimos. Parecemos dois adolescentes no primeiro encontro.

O garçom volta trazendo dois pratos e o vinho em cima de um carrinho. Ele serve um prato para Vanessa e outro para mim.

— Crepe de camarão com queijo. – o garçom diz.

Ele serve nossas taças com o vinho branco.

— Bom apetite! – ele se retira.

Experimentamos, está maravilhoso.

— Que delícia. – diz.

— Muito.

— Acho que nós dois somos viciados em camarão.

— Mas é bom demais. Camarão vai bem com qualquer coisa.

Degustamos a entrada enquanto conversamos, faço umas piadas e ela se acaba de rir, adoro ouvir sua risada. A cada minuto que passa estou mais nervoso, vou fazer o pedido depois da sobremesa. A caixinha do anel está guardada dentro do buquê de flores.

Após alguns minutos o garçom traz o prato principal e os acompanhamentos, e novamente está tudo divino. Eu e Vanessa amamos frutos do mar. Para acompanhar tomamos um vinho tinto bem gelado.

Demoramos um pouco até pedir a sobremesa, eu estava rindo com as histórias e loucuras de Vanessa depois que ela saiu de casa ainda bem jovem.

O garçom traz a sobremesa. Quase engulo a minha, a hora de fazer o pedido está chegando e estou tão nervoso, nunca me senti assim antes. Conto os segundos esperando Vanessa terminar a sobremesa dela, quando ela termina peço licença e digo que vou ao banheiro, encontro o garçom atrás do quiosque e ele me entrega o buquê de rosas vermelhas e brancas. Pego a caixinha do anel de noivado dela dentro do buquê, respiro fundo e volto até a mesa.

Ela está bebendo o vinho e olhando a praia. Ela percebe minha presença e me olha. Me ajoelho ao lado dela.

— Vanessa, pensei em várias coisas para te dizer aqui nesse momento, pensei em vários locais para fazer o que vou fazer agora. No fim encontrei esse lugar e achei que ele seria perfeito para esse momento. – ela me encara, não consigo decifrar sua expressão. — Tem tanta coisa que eu gostaria de falar para você nesse momento, mas principalmente dizer que você é a mulher mais perfeita que já conheci, a mais bela, a mais sensual, a dançarina mais talentosa, a mais inteligente, a mais engraçada e a mais feliz. Desde que vi você naquele palco, a seis meses atrás, eu senti que meu coração começou a bater em um ritmo diferente, você me deixou encantado e apaixonado. Você me completa de uma forma que eu nunca imaginei. Amo muito você Vanessa, quero ter você para sempre comigo, quero construir uma família com você. – estou nervoso, mas milagrosamente consigo manter minha voz firme enquanto ela continua a me olhar, os olhos dela brilham. — Somos tão perfeitos juntos. Me sinto tão amado ao seu lado, você me faz tão feliz. Quero que seja para sempre minha. Quero que seja minha esposa. Quer casar comigo? – abro a caixinha do anel e seguro na palma da mão em sua direção.

Ela continua a me encarar e coloca a mão na boca, acho que está emocionada. Vejo seus olhos brilharem, vejo algumas lágrimas escorrerem e seu rosto se ilumina ainda mais. Meu coração bate a mil por hora, parece que estou uma eternidade aqui esperando sua resposta, o tempo parece que está parado. Ela começa a chorar e sorri, seus olhos me olham tão apaixonadamente, ela parece radiante.

— Sim.

Meu coração parece que parou. Eu sorrio, meu sorriso domina meu rosto.

— É claro que quero casar contigo, amor. Quero ser sua esposa e quero que seja meu marido.

Levanto e me aproximo mais dela, ela estica o dedo e eu coloco o anel. Seguro sua mão e beijo seu dedo já com o anel de noivado. Ela se levanta e me abraça apertado, nós beijamos apaixonadamente, minhas mãos exploram seu corpo. Nos encaramos, passo a mão em seu rosto molhado pelas lágrimas, sorrio e ela sorri de volta. Pego o buquê e entro para ela.

— Obrigada por esse momento Roly. Você é tão maravilhoso. Foi tudo perfeito.

— Você gostou? Estava morrendo de medo de você não aceitar.

Nós rimos.

— Eu amei. Não poderia ser mais perfeito. – sorri. — Não tinha porque ficar com medo... jamais eu ia dizer não, eu amo você e isso já responde tudo.

— Amo você. Obrigada.

Ela sorri. Meu coração bate apressado, estou tão feliz.

Ela olha o anel no dedo.

— É muito lindo. Tão delicado e tão doce.

— Sei que gosta de coisas simples. Acho que esse combina muito com você.

Ela confirma com a cabeça.

Abro o champanhe e nós comemoramos fazendo um brinde a nós.

Vamos andando abraçados de volta para o quarto, levamos a garrafa de champanhe e as taças.

Entramos no quarto e eu agarro ela, beijo sua nuca e sua boca. Fecho a porta com o pé. Colocamos as taças e a garrafa de champanhe em cima da mesa. Seguro seu rosto e chupo sua boca, sua língua invade minha boca e meus lábios devoram o seu. Estou louco de desejo por ela. Ela tira minha blusa, abrindo botão por botão enquanto encaro seu rosto. Eu a ajudo a tirar a roupa, em poucos segundos estamos os dois pelados e entrelaçados na cama. Meu membro roça em sua barriga e sinto o calor da sua pele. Deito em cima dela, introduzo um dedo dentro dela e ela geme em minha boca, sinto sua excitação em meu dedo, ela sempre está pronta para mim. Tiro o dedo e coloco meu membro dentro dela, ela aperta meus braços e eu começo a me movimentar rapidamente. Ela geme e eu aumento a intensidade dos meus movimentos, o barulho de nossos corpos se atritando é alto e preenche o ambiente do quarto. Mordo seu queixo e aprofundo minhas estocadas nela. Levo minhas mãos até seus seios e estimulo seus mamilos, ela suspira fundo e seu quadril se movimenta ao encontro dos meus movimentos. Meus movimentos são incessantes e concentro toda minha força naquele momento, Vanessa segura nas minhas costas. Gozo dentro dela e meu corpo desabada em cima dela, enquanto ela goza comigo ainda dentro dela. Nossos corpos se libertam em perfeita sintonia.

Depois da transa maravilhosa, permanecemos na cama abraçados e pelados, não estávamos nem com vontade de levantar para tomar banho, apenas queríamos permanecer ali um nos braços do outro. Pegamos no sono ali mesmo daquele jeito.

No outro dia passamos a manhã na cama deitados. Pedimos café no quarto e tomamos na cama, estávamos quase em lua de mel.

Decidimos sair só na hora de almoçar, para depois passear um pouco pela região antes de voltar para casa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem. Beijos.



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