By The Sea escrita por Breatty, Ballus


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Aqui estamos nós de novo. Vamos lá!



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Vanessa

Roland me beijou e eu não fiquei surpresa, era isso que ele queria fazer a muito tempo. Eu correspondi, também queria que isso acontecesse. Foi um beijo apaixonado, exigente e muito gostoso. Obviamente não deixei que o beijo evoluísse para o sexo muito rápido assim.

Com Roland tudo é diferente e não quero fazer nada por impulso.

Acordei disposta e fui trabalhar. Eu só pensava em quando veria ele de novo. O dia passou voando. Passei a manhã repetindo as coreografias, Patrick ensaiou comigo, ele ainda não me olhava direito, ainda deve estar magoado. Almocei com Charlie e depois voltamos para os ensaios. Depois fomos ao teatro e repassamos umas cenas lá, ainda tínhamos quer ir a costureira para provar as roupas da apresentação. Eu ia trocar de roupa umas cinco vezes, acabamos demorando mais do que gostaríamos.

Cheguei em casa tarde e muito cansada. Tomei um banho relaxante. Depois fui preparar um sanduíche e um chá. Enquanto comia, li uma revista no sofá, o telefone toca, mas estou com uma preguiça para ir atender. A pessoa é insistente, me levanto vagarosamente para atender.

— Alô!?

— Nessa!

Escuto sua voz do outro lado da linha, meus lábios formam um sorriso.

— Roland!

— Eu já estava quase desistindo.

— Eu estava comendo. Foi uma luta para a coragem surgir e eu vir atender. — sorri para ele.

— Desculpa. E como foi seu dia?

— Que bom que atendi então. — sorri e acho que ele também. — Foi uma correria, cheguei em casa agora a pouco.

— Agora? Bem tarde viu. Deve estar bem exausta.

— Eu estou, só estou pensando na minha cama.

—Hum, gosto de pensar na sua cama também.

— ROLY!

Entro na sua brincadeira.

— Estou brincando. Eu ia te chamar para sair, mas pela sua voz, não está no clima.

— Você pensou em ir onde? A gente poderia dá uma volta.

— Uma volta? Acho uma ótima ideia. Que tal tomar uns drinks e ouvir uma boa música?

— Tudo bem, vamos. Vou me arrumar rápido.

— Tudo bem, daqui a uma hora posso ti buscar?

— Está ótimo. Tchau.

— Tchau.

É, eu não pensava em sair de casa hoje, mas depois de falar com ele fiquei com uma enorme vontade de vê-lo.

Escolho uma calça de alfaiataria e uma blusa soltinha estampada. Faço uma maquiagem leve, escolho um batom clarinho, coloco uma tiara no meu cabelo, passo perfume e ainda faltam dez minutos para ele chegar. Vou pegar meu sapato.

Depois vou esperar ele na entrada do prédio.

Em questão de minutos ele chega e buzina chamando minha atenção. Vou em direção ao carro e entro no banco do carona.

— Oi! — me aproximo e beijo sua boca de leve.

— Oi Nessa. — responde com um sorriso nos lábios.

Ele toca meu rosto e sorri. Olha nos meus olhos, acompanho seu olhar descer para meus lábios. Ele segura minha nuca e me beija. Um beijo calmo e delicado, sua língua procura a minha. Coloco minha mão no seu rosto, nossos lábios não querem se desgrudar. Nosso beijo para e sorrimos um para outro, sento no banco normalmente e ele começa a dirigir.

— E então, vamos para onde?

— Tem um barzinho legal, tocam Jazz e tem uns aperitivos bem gostosos. Acho que será legal.

— Está ótimo.

— Nessa. — ele chama meu nome. — Está muito bonita. — sorri em resposta.

— Você também está muito bonito.

Ele usava uma blusa branca, jeans escuro e uma jaqueta marrom. Estava um charme.

Chegamos no restaurante e ele vem abrir a porta, segura minha mão e andamos para a entrada. A música já rola solta, alguns casais dançam em um salão. Tudo está animado. Roland me olha e sorri. Vamos para a mesa, sentamos um de frente para o outro e pedimos uma bebida.

— Vinho?

— Sim Roland.

— Você quer comer alguma coisa em especial?

Olho o cardápio e me dá uma fome. Acabo pedido um frango ao molho branco e uma salada verde.

— Pega, eu trouxe para você. — entrego para ele um envelope.

Ele abre.

— O ingresso da estreia da peça, muito obrigada Vanessa. Estarei lá na primeira fileira. — ele sorri e toca minha mão.

— Aguardo você, tem 2 ingressos, se quiser levar o Ricardo.

— Vou chamar ele. Ele gostou da Charlotte. Vai querer ir com certeza.

— Hum, percebi isso também.

— Nessa, posso te fazer uma pergunta? — me olha sorrindo.

— Claro que sim.

— Patrick vai ficar tocando em você como na outra peça que assisti?

Olho para ele incrédula. Sério? Isso? Sorri.

— Teremos que dançar juntos sim. Mas não se preocupe com isso.

— Eu só queria saber. Tudo bem.

— Isso é besteira, você sabe disso, nós trabalhamos juntos.

— Eu sei.

Não demora muito e o garçom traz nosso vinho. Ele serve nos dois. Resolvo mudar de assunto para ele esquecer essa história.

— Roland me fale sobre sua família, nunca falamos sobre isso. Tem irmãos?

— Meus pais moram aqui em NY também, mas eles moram afastados no bairro Governors Island, tenho uma irmã, Violet, ela é mais velha, mas mora na França, se casou e se mudou para lá, não nos vemos muito.

— Se dá bem com seus pais?

— Sim, eles são incríveis. Somos muito próximos, tenho que ligar para minha mãe pelo menos duas vezes na semana. — sorri — E sua família?

— Meus pais moram na Flórida, sou filha única. Eu me mudei sozinha aos 18 anos. Meu sonho era entrar para a escola de balé de Nova York, arrisquei e consegui.

— É uma mulher muito corajosa e decidida. Gosto disso em você. E o que mais gosta de fazer, Nessa?

Sorri para ele.

— Eu gosto muito de ler. E dançar não é só meu trabalho, é também meu hobby. Gosto de fazer coisas normais, ir ao cinema, andar no Central Park, sair com os amigos... e você? Quais seus hobbys?

— Eu gosto muito de viajar, ler, observar as pessoas, conhecer os detalhes, as particularidades. Ir ao Central Park é algo que faço regularmente, sento no banco e olho as pessoas, converso. Qualquer dia desses poderíamos ir fazer um piquenique lá.

— Gosto de piqueniques. E tem alguma coisa que você gostaria de fazer e ainda não fez?

Minha pergunta soa um tanto provocativa.

— Bem, nossa, não sei... Nunca me perguntaram isso. Tenho que pensar sobre isso primeiro.

 — Responda impulsivamente, sem pensar muito. — sorrio para ele.

— Acho que tudo que sonhei eu consegui realizar, eu sempre corro atrás do que quero.  E você?

— Hum, eu gostaria de aprender a dirigir, sempre tive vontade.

— Nós podemos resolver isso... eu posso te ensinar qualquer dia desses.

— Sério?

— Sim, muito sério.

Sorri.

O garçom se aproxima e traz meu pedido, Roland pediu uns petiscos. Comemos e conversamos, fazemos brincadeiras um com o outro. Com ele a diversão é garantida.

Uma música romântica começa a invadir o restaurante.

— Nessa, dança comigo?

— Mas você disse que não dança.

— Eu sei alguns passinhos.

Ele se levanta e oferece sua mão. Deixo minha bolsa na cadeira e me levanto, seguro sua mão e vamos para o salão.

Ele me olha nos olhos e coloca a mão na minha cintura e se aproxima do meu corpo, coloco minha mão no seu ombro e a outra segura sua mão. Começamos a dançar, passos simples de valsa. De repente ele me roda de um lado e para o outro, devagar, com cuidado para não errar, ele sorri quando estou de novo a sua frente, nossos corpos estão mais próximo.

— Viu? Eu sei dançar um pouquinho.

Cochicha no meu ouvido, me arrepio.

— Estou vendo isso. — sorri para ele.

Ele sela nossos lábios delicadamente. Um beijo discreto. Sorrio. Seus braços envolvem meu corpo num abraço, seus lábios têm acesso ao meu pescoço e assim sinto seus lábios num beijo demorado, fecho os olhos. A música termina e vamos nos sentar. Bebemos mais umas taças de vinho, conversamos mais um pouco, sorrimos.

— Já quer ir embora? — pergunta.

— Eu quero, o sono bateu forte. — sorrio.

— Certo. Vamos.

Terminamos de beber o vinho, depois vamos embora. Como sempre nossa conversa parece não ter fim, falamos até chegar em casa. Conheci mais sobre ele, sobre o que gosta, sobre sua vida, seu passado, suas aventuras. Eu também falei muito sobre minha vida, meus sonhos. Nosso papo fluía. Ele para o carro e é a hora de nos despedimos.

— Vai fazer alguma coisa amanhã?

— Nada de mais, só arrumar algumas coisas em casa.

— Vamos ao cinema amanhã, tem esse filme musical Sublime amor, muita gente disse que é muito bom.

— Adoraria ir com você.

— Então até amanhã.

— Então até amanhã.

Sorri. Vejo ele sair do carro, abro minha porta e saio também. Ele já está na minha frente.

— O que foi? — olho para ele sorrindo, sem entender o que ele está fazendo.

— Só queria me despedir de você. — fala maliciosamente.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele me encostou no carro e me beijou.  Nossos corpos estavam fundidos num abraço apertado, suas mãos desciam pelo meu corpo, ele para na cintura e puxa meu corpo mais junto ao seu, ele está excitado. Mexo nos seus cabelos enquanto nossas línguas duelam ardentemente. Eu não quero sair dos seus braços. E ele não me solta. Suas mãos descem para meu quadril, ele me toca devagar. Ele beija meu pescoço, me torturando. Depois volta para minha boca. Ficamos um tempinho nesse amasso gostoso, fiquei excitada com cada toque de suas mãos. Mas eu preciso parar.

— Roland eu tenho que ir.

Olho para ele ofegante.

— Eu posso subir com você? — ele sorri ofegante.

— Melhor não.

Respondo, ainda ofegante.

— Tudo bem. — sorri. Beija meus lábios rapidamente.

— Boa noite Nessa!

— Boa noite Roly!

 

Roland

Nossa saída não foi planejada. Bebemos, comemos e dançamos. Foi tudo além do que eu esperava. Estamos a cada dia mais à vontade um com o outro. Meu desejo por ela só aumentava a cada dia. E acho que ela também sente o mesmo.

No domingo à tarde ligo para ela e informo a hora que iríamos. 18 horas ela estaria me esperando na entrada do seu prédio.

Quando eu cheguei para buscá-la ela estava simplesmente linda, com uma saia, uma blusa e sapatilhas, cabelos soltos. E seu cheiro... era algo que já estava viciado.

Chegamos ao cinema e comprei as entradas, compramos pipoca e refrigerante. Parecíamos um casal de adolescentes, não desgrudávamos um do outro. Sentamos numa cadeira de casal lá no fundo, não tinha muita gente na sala, e o pessoal que estava lá estavam meios afastados de nós. Acho que assistimos o filme até a pipoca acabar.

Depois começamos a nos beijar e nos agarrar dentro do cinema, realmente me senti um adolescente namorando escondido. Mãos bobas foram impedidas durante todo o tempo. Mas Vanessa estava curtindo e se divertindo comigo ali. Na saída perguntei se ela queria ir comer alguma coisa, andamos um pouco pelo bairro e comemos um cachorro quente na rua, algo simples que me deixou extremamente fascinado, Vanessa me surpreende nessas pequenas coisas. Paramos em umas lojas de música que estavam abertas e ficamos lá vendo as novidades. Tudo conosco envolvia animação. Estávamos tão descontraídos.

Eu estava definitivamente apaixonado por ela.

Fomos embora. Chegamos na sua casa, eu não queria ficar longe dela. A beijei como se nunca tivesse feito isso. Ela correspondeu a cada toque. Dentro do carro começou a ficar muito quente, minha excitação era evidente. Estava difícil me controlar com ela aqui, com nós dois loucos de desejo um pelo outro, eu quero ela.

— Nessa eu posso subir um pouco?

Minha respiração estava entrecortada. Ela estava ofegante.

— Roland...

Ela fica hesitante.

— Não precisamos fazer nada, só queria ficar mais à vontade com você.

Eu não vou forçar a barra com ela. Vou respeitá-la, mas eu preciso ficar mais um pouco nos seus braços.

Ela me olha pensativa. Isso demora uma eternidade...

Vejo um sorriso no seu rosto.

— Tudo bem, vamos subir, mas quando eu disser para você ir, você vai, ok?

— Ok. Do jeito que você quiser.

Saímos do carro e vamos para seu apartamento. Ela mora no 3º andar. Ela abre a porta, liga as luzes. Coloca suas coisas em uma mesinha.

— Pode sentar ali no sofá.

Ela aponta. Seu apartamento é muito aconchegante. Tudo decorado a sua cara, tudo aqui combina com ela.

— Quer beber alguma coisa? Acho que tenho vinho.

— Vinho está ótimo.

Fico sentado lá esperando por ela, tento me recompor. Ela entra na sala com o vinho e duas taças. Abro a garrafa e sirvo nós dois.

— Gostei do seu apartamento, tudo aqui se parece com você.

— Eu fiz a decoração, realmente ficou do jeito que queria.

Bebemos o vinho. Me viro no sofá para olhá-la, apoio meu braço no sofá e seguro a taça de vinho na mão. Ela olha para mim e sorri.

— O que foi? Porque está me olhando assim?

— Você é uma mulher muito, muito bonita Vanessa.

— E você é um homem que gosta muito, mais muito de elogios. Mas obrigada.

— Só elogio muito quando é verdade. — sorri.

— E você está muito galanteador para o meu gosto.

Gargalhei, ela me acompanhou.

— É porque você chamou muito minha atenção.

Coloco minha taça na mesa e me aproximo dela. Ela me observa pegar a taça de sua mão e colocar na mesinha também. Ela se vira ao meu encontro e nos encaramos por alguns segundos. Toco seu rosto de leve, ela fecha os olhos. Coloco meu rosto na frente do seu, sinto sua respiração, ela abre os olhos e sorri. Sorrio em retorno. Seguro seu pescoço e a puxo para meus lábios. Ela se aproxima mais do meu corpo, passo minha mão na sua cintura e a puxo para meu colo. Ela me olha e sorri, passa suas mãos sobre meu ombro e abraço seu corpo contra o meu, sinto seus seios sobre meu peito. Beijo seus lábios, de novo e de novo e não canso de beijá-la.

Meu rosto está no seu pescoço, sinto seu cheiro, beijo seu pescoço. Minhas mãos passam por suas costas e a trago para mais próximo, preciso sentir ela aqui nos meus braços, estou excitado, ela faz carinho no meu cabelo, ela corresponde ao meu abraço. O silêncio do ambiente só deixa o barulho dos nossos beijos em evidência, o som que nossos lábios e língua faziam quando estavam entrelaçados e duelando para chegar ao clímax. Passamos um tempo assim, mas vejo que se continuarmos desse jeito não vamos conseguir mais aguentar e Vanessa me disse que não queria ultrapassar os limites. Tiro suas mão do meu ombro e paro nosso beijo. Ela me olha sem entender muito bem.

— O que foi?

— É melhor eu ir embora, as coisas estão ficando difíceis aqui.

Sorrio para ela e olho para baixo. Ela me olha e sorri também.

— É melhor, as coisas estão ficando complicadas.

Ela se aproxima e me dá um beijo apaixonado, molhado, cheio de prazer e desejo. Depois ela se levanta do meu colo e a olho surpreso.

— Vá Roly. — sorri sexy.

Me levanto e vou de encontro a ela na porta, ela sorri. Beijo seu rosto.

— Boa noite Nessa!

— Boa noite.

 

Vanessa

Nosso final de semana só mostrou o que estava por vir, Roland e eu estávamos atraídos um pelo outro. Estamos no conhecendo aos poucos e aproveitando momentos descontraídos juntos. Estou totalmente à vontade com ele, e quando estamos juntos eu só penso em beijá-lo. Não conseguimos nós ver na semana, a peça estreia na próxima sexta e ainda estamos resolvendo algumas coisas, nos falamos todos os dias, em uma dessas conversas Roland me convidou para ir a um jantar na casa dele na quarta, iriam apenas alguns amigos e eu poderia levar Charlotte se quisesse. Os dias pareciam não passar, estava ansiosa que chegasse logo esse jantar.

Charlotte veio comigo depois do ensaio e nos arrumamos aqui em casa. Roland insistiu em vir me buscar, mas disse a ele que iria de táxi. Escolhi um vestido vermelho rodado, um salto preto e um batom creme. Arrumei o cabelo, a franja. Charlotte também foi de vestido e salto. Ela me fala que saiu algumas vezes com Ricardo e que eles estavam se conhecendo. Fiquei feliz por ela. Parecia gostar dele.

As 20 horas pegamos o táxi e fomos para o apartamento de Roland, ele morava no sexto andar, apartamento 62. Bato na porta e Roland abre e me dá um sorriso.

— Boa noite garotas!

Nos cumprimenta todo animado.

— Boa noite Roland. — Charlotte o cumprimenta com um beijo do lado e do outro.

— Entrem.

Ele faz um gesto para entrarmos e Charlotte vai na frente, eu paro ao seu lado e beijo seus lábios delicadamente.

— Boa noite Roly. — ele sorri.

Olho ao redor e vejo Ricardo já conversando com Charlotte, e mais três amigos de Roland, ele me apresenta a todos e serve vinho para nós. Depois me convida para conhecer seu apartamento. É muito grande e espaçoso. Bem sofisticado, ele tem um excelente gosto para móveis. Ele começa me mostrando seu escritório, depois cozinha, sala de jantar e sua biblioteca particular, eu fique encantada.  Conversamos um pouco e sua cozinheira vem nós avisar que o jantar está servido.

— Eu fiz carne assada. — ele me diz.

— Você sabe cozinhar?

— Sei. — ele sorri.

Todos foram acomodados a mesa. Tudo estava lindo e delicioso, a mesa estava cheia de comida, tinha carne assada, estrogonofe de frango, saladas de vários tipos, massas. Todos nos servimos e começamos a comer, bebemos vinho e a conversa rolava solta, seus amigos eram muito divertidos e descontraídos. E depois veio uma sobremesa deliciosa, Petit Gâteau. Eu estava cheia. Continuamos a conversa na varada do apartamento onde tinha sofá e algumas cadeiras e todos ficamos lá, conversando sobre viagens, livros, dança, contando histórias, piadas e as horas voaram. Os amigos de Roland foram embora por volta das 22:30, ficamos só eu, Charlie, Ricardo e Roland. Parecíamos casais de amigos que se conheciam a muito tempo. Ricardo e Charlie sumiram lá para dentro e eu e Roland ficamos lá fora, conversando, bebendo e namorando de leve. Depois de um tempo eles voltam já se despedindo.

— Vocês já vão embora? Ainda está cedo. — Roland fala.

— Nós vamos dá uma volta. — Ricardo responde.

Olho para Charlie curiosa.

— Charlie nós íamos embora juntas, esqueceu? Você vai dormir lá em casa, comigo. — digo olhando para ela.

— Vanessa eu vou para lá depois, deixe a chave no esconderijo que entro quando chegar, nem vou te acordar. Tudo bem? — ela me olha.

— Tudo bem, vai logo. — digo.

Eles saem da nossa visão e vão embora.

— Eu te deixo em casa Nessa, não se preocupe.

— Não estou preocupada com isso e sim com Charlotte, ela não faz essas coisas.

— Ricardo pode parecer não se importar muito com as coisas, mas ele é uma boa pessoa.

— Tudo bem, eu espero mesmo que ele seja. Charlotte é minha melhor amiga, não quero que ela se magoe.

— Não vamos pensar nisso. Quer entrar? Aqui está esfriando rápido.

— Vamos.

Entramos e nos sentamos no sofá. Ele vai buscar mais vinho para nós. Eu estou curiosa a respeito de uma coisa sobre ele e resolvo perguntar.

— Roland porque você ainda não é casado?

Pergunto e ele me olha curioso.

— Acho que ainda não achei a mulher certa.

— Você acredita que exista uma pessoa certa?

— Sim, eu acredito nisso. Eu preciso acreditar, sou romântico Nessa.

— Muitas decepções na vida?

— Não muitas, é mais para uma bem grande.

— Quer falar sobre isso?

— Você quer saber sobre isso?

— Estou curiosa.

Sorrio para ele.

— A conheci na faculdade, namoramos durante muitos anos e ficamos noivos. Mas aí descobri que ela transava com todo mundo, inclusive com meu melhor amigo da faculdade.

— Nossa Roland, que barra. Mas você gostava muito dela?

— Eu era louco por ela. Depois disso eu mudei um pouco, estou mais reservado para o amor.

— Hum, acho que você devia se abrir mais então.

Ele sorri.

— E você, Nessa? Teve alguma desilusão?

— Eu? Nenhuma comparada a sua.

Sorri para descontrair um pouco. Ele me olha e sorri também. Mudamos de assunto. Não queria mais falar disso...

Entre uma conversa e outra Roland para e fica me olhando, ele tem um olhar que me intimida e me deixa exposta aos seus olhos, me sinto nua.

— Acho que estou apaixonado por você.

Olho para ele, o encaro. Sorrio para ele.

— Acho que também estou apaixonada por você.

Ele me dá seu sorriso que adoro e acho lindo e me beija bruscamente. Perco o fôlego com seus beijos intermináveis. Ainda estamos sentados no sofá, bem próximo do outro. Paramos de nos beijar e olhamos um para o outro, não dizemos nada, apenas nos olhamos profundamente, tentando decifrar um ao outro.

Nossos lábios entreabertos, respiração ofegante.

Roland me beija devagar agora, sua língua explora minha boca, ele segura meu cabelo na nuca não deixando eu me afastar, passo meus braços na sua cintura, ele pousa uma mão na minha coxa e vem subindo, ele toca meus seios delicadamente.

Lanço um olhar intenso e acho que ele entende o recado, sua mão volta para minha coxa, com um movimento rápido ele me encaixa no seu colo. Sinto sua excitação. Ele observa eu me acomodar no seu colo e suas mãos já estão na minha bunda, ele me puxa para mais perto dele, não fica nenhum espaço entre nós. Ele me toca e sinto a rigidez do seu membro entre minhas pernas, eu estou excitada da mesma forma que ele.

Nos beijamos de novo e suas mãos exploram meu corpo, eu me movimento devagar no seu colo, passo a mão nos seus cabelos. Tudo já está demais, cada toque de suas mãos no meu corpo, sinto queimar por dentro. Roland começa a descer o zíper do meu vestido, ele olha para mim, como se pedisse permissão, sorrio para ele e ele continua. Quando o zíper está todo aberto ele tira meu vestido, levanto meus braços para ele e ele joga o vestido no chão.

Roland olha para meu corpo, estou de lingerie vermelha, ele toca meus seios sobre o sutiã, desce para minha barriga, ele se aproxima e começa a beijar meu corpo devagar, sem pressa. Depois olha no meus olhos.

— Você é uma mulher muito bonita Vanessa. — ele sorri.

Mordo meu lábio.

Suas mãos vão para minhas costas e ele desabotoa meu sutiã, bem devagar, eu olho para ele e vejo seu desejo, seus olhos brilham. Ele me olha, e suas mãos apertam meus seios, fecho os olhos, ele puxa meu queixo e me beija. Rapidamente ele me deita no sofá e tira sua blusa, o ajudo nos botões, ele se levanta e tira sua calça e sapatos, fica só de samba-canção. Ele se posiciona entre minha pernas e se deita sobre meu corpo.

Sinto seu peso sobre mim, e a sensação é boa.

Ele chupa meus lábios e depois beija minha mandíbula, desce para meu pescoço, minha respiração está ofegante, estou molhada de tesão por ele. Sua boca tortura meus seios, ele me chupa como se sua vida dependesse disso, gemo baixinho. Ele continua com seus toques, beijos e carícias no meu corpo. Roland tira minha calcinha e fica entre minha pernas, ele me chupa tão gostoso que acho que terei meu primeiro orgasmo da vida, gemo alto em resposta a esse prazer que ele me deu. Mas ele não me deixa chegar lá, ele para e volta a se deitar sobre meu corpo, minhas pernas se entrelaçam no seu quadril, ele está nu. Sinto a rigidez do seu membro excitado.

Roland olha nos meus olhos, minha mãos seguram seus braços que estão apoiados no sofá. Ele me penetra, devagar e com cuidado. Gemo com sua entrada. Ele começa a se movimentar devagar, ele beija meus lábios, sinto o gosto da minha excitação na sua boca. Beijos molhados acompanham seus movimentos, meu quadril acompanha o ritmo de sua dança. Nossos corpos estão fundidos, somos um só nesse momento.

Seus movimentos ganham intensidade e meus gemidos ganham altura. Minha liberação não irá demora muito, Roland se movimenta sem piedade, minhas mãos arranham suas costas, eu me contorço nos seus braços, eu não vou aguentar por muito tempo. Roland se levanta e continua a se movimentar, mas agora ele me observa, minhas mãos ficam na sua coxa, ele continua com suas estocadas rápidas... num impulso avassalador eu gozo com ele.

Ele se deita sobre meu corpo, nossa respiração está rápida, meu coração parece que vai sair correndo de tão rápido que bate. Ele beija meus lábios e me abraça forte. Ele sorri para mim, e eu também me vejo sorrindo. Ficamos deitados um sobre o outro por um tempo, quando a adrenalina diminui e voltamos a respirar normal, Roland me convida para conhecer seu quarto.

Acho que nossa noite apenas começou...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem. Beijos.



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