Roland

Entramos no carro e vamos para o buffet onde terá a recepção. Eu não consigo esconder minha felicidade. Meus pais e os pais de Vanessa estão conosco e não pude fazer o que mais queria: beijar de verdade a minha esposa.

Chegamos no buffet e alguns convidados haviam chegado. O lugar estava bem bonito, Vanessa cuidou de tudo e pensou em todos os detalhes. Olho para ela e ela fala com algumas pessoas, percebo que ainda não soltei sua mão. Nossos padrinhos vem nos cumprimentar, o fotógrafo nos chama para tirar algumas fotos, só nós dois. Pousamos juntos e sorrimos feitos bobos.

— Estou muito feliz Nessa.

— Eu também estou.

— Me arrependi de não ter colocado nossas passagens para amanhã.

— Porque? Estou louca para conhecer o Havaí.

— Vamos passar nossa primeira noite de casados no avião. Isso é triste.

Ela me encara e sorri.

— Roland, vamos ter tempo para isso. Serão duas semanas de lua de mel. No final é capaz de você abusar de mim.

Ela sorri.

— Eu? Abusar você? Não mesmo Nessa, nunca.

Abraço e beijo seus lábios.

— Isso, muito bem, estão bem descontraídos. — escuto o fotografo falar, sorrimos.

Voltamos para os nossos convidados, todos vem nos parabenizar. Nossos amigos e alguns familiares fazem os brindes. Tiramos fotos no bolo. Depois começam a servir o almoço. Tudo parece delicioso, eu e Vanessa vamos ser os primeiros, nos servimos e sentamos na nossa mesa, com nossos pais. Começamos a comer e percebo que estava com fome, a ansiedade e nervosismo fez eu esquecer. Brincamos e conversamos enquanto comíamos. Tivemos um lindo dia, estamos felizes, dançamos valsa com a música preferida da Vanessa. Ficamos na festa até as 17h, nosso longo voo está marcado para as 19h, temos que correr e ir para o aeroporto. Nos despedimos de todos que desejam boa viagem e saímos.

Chegamos em casa, peço para o meu porteiro pedir um taxi. Subimos e vamos trocar de roupa. Vanessa resolve tomar um banho e eu resolvo ir conferindo tudo, passagens, documentos, dinheiro. Ela já sai arrumada do banho. Acho que também vou tomar um banho.

— Nessa confere sua coisas, não quero esquecer de nada. Vi seu óculos de sol em cima da mesa na cozinha.

— Ah, tinha esquecido do meu óculos, obrigada amor.

— Vou para o banho.

Banho rápido e me arrumo, descemos com as malas e o táxi já nos aguarda. Entramos e vamos em direção ao aeroporto.

Quando chegamos, despachamos nossas malas e aguardamos nosso voo. Conversamos um pouco e já estávamos cansados.

— Nosso voo será longo, umas 13h 30min, vamos chegar exaustos.

— Nossa Roland, vamos chegar só de manhã, agora concordo com você, devia ter escolhido para amanhã.

Sorrio e beijo sua testa.

— Eu te disse. Mas amanhã não vamos sair da cama, vou logo te avisando.

Sorrio e ela me acompanha.

— Você fica na cama e eu vou conhecer o lugar.

A encaro séria e ela ri.

— Sozinha? Mas nem pensar.

— Pois se anime logo para ir comigo, quero fazer todos os programas turísticos.

— Tudo bem, mas se prepare para me recompensar muito bem viu.

A provoco.

— Tenho certeza que vou e você não vai se arrepender.

Me provoca. Seguro sua bochecha e beijo seus lábios.  Ela ri.

Não demora muito e já entramos no avião. Sorrimos, conversamos, tiramos brincadeiras, depois o jantar é servido no avião. Leio um pouco, Vanessa também, fazemos de tudo para o tempo passar mais rápido. Algumas pessoas dormem, algumas luzes se apagam. Vanessa para e olha para sua aliança.

— Gostou da aliança Ness?

— Sim, ela é linda, vou colocar meu anel de noivado junto com ela.

— Tira sua aliança e olha o que escrevi dentro.

Ela tira o anel e lê: PARA SEMPRE SEU, depois sorri.

— E o seu?

Tiro minha aliança e a entrego.

Ela lê: PARA SEMPRE SUA.

— É lindo, perfeito, amei. Obrigada.

Ela encosta seu rosto no meu, nós olhamos por alguns segundos. Nossos lábios próximos do outro, ela me beija, sinto a suavidade do seu beijo, é um beijo doce, lento, uma exploração de sua língua na minha boca. Toco seu rosto e ela se aproxima ainda mais, nosso beijo vai evoluindo, meu tesão aumenta, passo as mãos na suas pernas sobre sua calça, ela aperta minha coxa próximo a minha virilha. Afasto seu rosto do meu e a encaro.

— Vanessa pare de me provocar. — falo baixinho para ela.

Ela apenas sorri e volta a me beijar. Minhas mãos avançam entre suas pernas e vão subindo. Sou interrompido. Ela segura minha mão.

— Não.

— Você vai me deixar na mão agora?

— Vou, vamos dormir.

— Acha que vou conseguir?

— Vai sim. 

— Nessa...

— Pense na expectativa amor.

Sorri e encosta a cabeça no meu ombro, prende minha mão a dela. Não consigo esconder meu riso. Eu amo essa mulher.

Vanessa

Acordo com Roland tocando meu rosto. Não foi uma das melhores noites que tive, acordei algumas vezes com a turbulência. Estou um pouco atordoada.

— Chegamos.

— Graças a Deus.

Nos levantamos e saímos do avião. Vamos esperar nossas malas. Estou exausta, minha costas e pernas doem. Assim que nossas malas estão nas nossas mãos, pegamos um taxi para o hotel, olho para o relógio do aeroporto e já são 9h, estou faminta. As pessoas são bem simpáticas e agradáveis. Ficaremos no Kauai Marriott Resort, o taxista explicou que a ilha é bem sossegada, muito bom para curtir a lua de mel, e isso foi a primeira coisa que Roland disse para ele, que casamos não tem nem 24h. Sorri. Chegamos ao hotel e a paisagem é incrível, a ilha é incrível, parece que estou dentro de um jardim gigantesco. É um paraíso.

Entramos na recepção e Roland vê nossa reserva, falamos que queríamos tomar café, que acabamos de chegar do aeroporto, pedimos para servi no quarto.  Os funcionários são super simpáticos, gostei. Eles nós acompanham até o quarto, explica algumas coisas e nós deixa a sós. Olho para a suíte e Roland também, a cama é simplesmente muito grande, pulo na cama e olho para o teto.

— Roly, aqui é incrível, que cidade linda. Nunca vi tanto verde na vida.

— Que bom que gostou amor, me disseram que o lugar era paradisíaco.

Roland deita ao meu lado e segura minha mão. Olho para ele e sorrio. Estou tão feliz, o lugar é perfeito e eu só quero está com meu marido agora. Mesmo com a viagem longa, eu quero ficar com ele. Lhe faço um convite.

— Quer tomar um banho comigo?

— Quero.

Me deito sobre ele e seus braços contornam meu corpo. Beijos seus lábios, ele agarra minha bunda e se levanta comigo nos seus braços e me leva para o banheiro. Ele abre a porta e me bota no chão, vimos uma banheira, o encaro.

— Banheira? — ele pergunta.

— Sim.

Coloco para encher e ele tira sua roupa, procuro uns sais e não acho. Vou na minha mala e acho uns sais que gosto. Coloco na água e um perfume de orquídea invade o banheiro. Roland me abraça por trás e começa a tirar minha roupa. Fecho os olhos.

Escutamos umas batidas na porta.

— Sério, agora? — Ele beija meu pescoço e pega um roupão.

— É o nosso café da manhã, esqueceu?

— Para falar a verdade, sim.

Sorriu e vai receber nossa comida. Minutos depois ele volta e eu já estou na banheira. Ele sorri e tira o roupão e entra pela minhas costas. Me acomodo entre suas pernas e já sinto a rigidez do seu membro na minha bunda. Trocamos carícias, Roland me toca devagar, suas mãos passeiam no meu corpo. Ele toca meus seios, minhas mãos o ajudam a aperta com mais força. Me levanto e fico a sua frente. Seguro seu membro e o estímulo, beijo seu pescoço. Eu já estou excitada, ele segura e aperta minha bunda para mais próximo dele. Eu quero ele agora, seguro seu membro e me levanto um pouco, ele impende. Olho para ele e ele sorri.

— Está com pressa querida?

— Eu quero você.

Digo ofegante.

— Quero aproveitar tudo com calma. Aqui com você.

— Eu não vou a lugar algum.

Ele me puxa pelas costas e me agarra, me tortura até eu não aguentar mais. Seus lábios beijam meu corpo, sua língua ajuda, suas mãos me tocam, meu tesão e desejo por ele só aumentam. Seus dedos me estimulam e me invadem.

— Ah ah! ... Roland, eu não aguento mais ...

Gemo no seu ouvido, suplico que ele termine o que ele já começou. Não adianta. Ele continua e continua, acho que começo a perder meus sentidos. Sinto seu membro me invadir, ele não espera, ele começa a se movimentar rápido, depois ele para. Ele se movimenta mais rápido e depois para. O encaro. Ele segura meu quadril e me ajuda a me mover, me apoio no seu ombro e faço movimentos lentos enquanto olho nos seus olhos.

 Meus movimentos ganham intensidade e meu corpo está em chamas. Ele toca meus seios e me olha com tanto ardor. Ele se movimenta comigo agora, a intensidade dos nossos movimentos estão nos levando ao limite do prazer, no clímax do tesão. Nem Roland e nem eu iremos aguentar por muito tempo, meu corpo em chamas, meus gemidos acompanham nossos movimentos, Roland ofegante. Ele beija meus lábios e chegamos ao êxtase. Me debruço no seu colo, ele se levanta comigo no seu colo e me leva para a cama, meu corpo ainda se recupera.

Descansamos um pouco e vejo Roland se levantar e pegar uma toalha. Me sento na cama e o observo.

— Volta para cama Roly.

Sorri atrevida.

— Vamos comer, senão você me mata.

Sorri e ele me entrega um roupão. Me levanto e vou ao seu encontro e o abraço pelas costas.

— Não está com fome?

— Sim, faminta.

Ele me puxa e beija meus lábios suavemente. Sentamos numa mesinha e comemos. Como Roland queria, passamos o dia na cama. Mas amanhã quero sair e conhecer tudo por aqui.

Roland

Eu e Vanessa passamos dias incríveis na nossa lua de mel. Fizemos trilhas e mais trilhas por insistência da Vanessa. Passamos manhãs de sol, bebemos, fumamos e conhecemos restaurantes incríveis, fomos para festas típicas. Conhecemos praias desertas. Fizemos amor nas praias desertas. Como é bom passar meus dias com ela. Ainda consegui rabiscar algumas ideias, ele é minha Musa, minha inspiração. Hoje é nosso penúltimo dia na ilha, combinamos de sair para um restaurante. Estávamos nós arrumando. Entro no banheiro e Vanessa está fazendo maquiagem, eu já estou pronto.

— Querida está terminando?

— Se você parar de perguntar a cada 5 minutos, eu termino mais rápido.

— Tudo bem.

Sorri. Volto para o quarto e a aguardo lá. Minutos depois ela sai do banheiro apenas de lingerie. Olha para ela e ainda não acredito que ainda falta tudo isso. Fico calado, na minha. Ela veste um vestido florido e rodado, seus cabelos estão num cachos e ela pega um salto. E depois volta para o banheiro, a olho quando vejo ela saindo.

— Esqueci o perfume. Estou pronta agora.

Me levanto e seguro sua mão.

— Está linda querida.

— Obrigada.

Vamos em direção a recepção. O porteiro nos explica exatamente onde é o restaurante, eu aluguei um carro para andamos por aqui, compramos um mapa e nós aventuramos pela cidade.

Não demoramos e chegamos ao restaurante. O lugar é lindo. O garçom nos levou para uma mesa, o ambiente é todo romântico. Eles nós entrega o cardápio. Olhamos e ficamos sem saber o que pedir.

— Não sei o que quero comer.

— Nem eu Ness, vou pedir indicação ao garçom.

Vejo o garçom de longe e o chamo.

— Queremos sua indicação para hoje. Alguma sugestão?

— Hoje o Chief vai fazer a especialidade da casa: Salmão com molho de alcaparras.

— O que acha querida?

— Tudo ótimo. Pode mandar fazer.

— Traga um champanhe por favor.

O garçom nos deixa e olho para Vanessa.

— Ness, estou morto dessa trilha de hoje.

— Eu também, andamos mais do que imaginei.

— Mais chegamos naquela praia linda e no final valeu a pena. É um paraíso. E aproveitamos muito.

— Todos os lugares que conhecemos foram lindos.  E você me cansou muito também. Nossa viagem foi maravilhosa, pena que já está acabando.

Sorri lembrando da nossa tarde de amor.

— Verdade, nossa viagem foi maravilhosa, você é maravilhosa Ness.

— Roland...

Ela sorri e toca minha mão.

— Será que fizemos nosso filho aqui?

— Não mesmo, não deixei de tomar minha pílula nenhum dia.

Ela sorri.

— Não quero voltar para casa, quero ficar aqui com você para sempre.

O garçom se aproxima e traz nosso champanhe. Ele abre e nos serve.

— Um brinde a nós.

Ergo minha taça de encontro a sua.

— A nossa felicidade.

Conversamos mais um pouco e o garçom começa a preparar nossa mesa com os pratos, e talheres. Ele traz nosso prato. Quando vimos nossa garrafa já tinha acabado.

— Você pode trazer um coquetel de kiwi com vodca, por favor.

— Quero um uísque, por favor.

Começamos a comer e estava tudo uma delícia, vi como Vanessa gostou, ela ama tudo que vem do mar. O garçom traz seu drink e meu uísque.

— Você vai entregar seu apartamento quando?

— No final de janeiro, ainda tenho que fazer minha mudança.

— Ah é verdade, vemos isso quando voltar. E volta a trabalhar quando?

— Dia 15 de janeiro, volto a ensaiar normal.

— Vou te ensinar a dirigir, aí poderá usar o carro para ir trabalhar.

— Acho ótimo você me ensinar, mas não vou usar o carro para ir trabalhar.

— Porque não?

— Acho melhor não.

— Tudo bem, não vou insistir.

Ela desconversa e olha ao redor, tem umas dançarinas do hula pelo palco, Vanessa observa os movimentos. Ela fica toda animada. Volta a me olhar.

—Vamos dançar?

— Eu não sei dançar isso Ness.

— Acompanha meus passos, é fácil. E não vamos fazer igual.

Me levanto e seguro sua mão. Dançamos ao ritmo da música, nossos próprios passos, Vanessa como sempre dá um show. Eu a observo apaixonado. Bebemos mais alguns drinks e voltamos para o hotel. Vanessa me chamou para a piscina do hotel e subimos para trocar de roupa. Estava tudo escuro, já estávamos meios chapados da bebida.

Pulamos na piscina e nadamos, joguei água no rosto de Vanessa e ela ficou furiosa, veio em minha direção na intenção de me repreender, mas antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, eu a abraço e beijo seus lábios.

— Não era isso que eu ia fazer.

Ela diz sorrindo, adoro ver ela assim.

— Eu sei, fui mais rápido...

Antes que eu pudesse responder ela agarrou meus lábios e aproveitamos cada minuto dentro da água, Vanessa e vodca é uma combinação muito interessante.

Acordamos no outro dia com uma ressaca sem tamanho, não lembro de muita coisa depois da piscina, mas pela garrafa de vinho que achei seca, ainda bebemos antes de dormir. Tomamos um banho e descemos para beber um café bem forte. Voltamos e arrumamos nossas coisas e depois do almoço seguimos para o aeroporto.

Agora sim, nossa vida de casados se inicia. E eu estou ansioso por isso.