Kiss Kiss escrita por Miris


Capítulo 36
O arrombo


Notas iniciais do capítulo

Oiii monanges!!!

Eu sei, 'tô atrasadinha.
Último dia que eu postei foi no dia 18/04, exatamente às 20:37.
Mas, cá está um novíssimo capítulo! ♥

Aproveitem!!! ♥ ♥ ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677979/chapter/36

 

            Depois do passeio no parque de diversões a semana seguiu normal. Eu via as minhas amigas quase todos os dias, saímos para andar e conversar. Claro que agora nenhuma de nós estava mais totalmente solteira.

            Ray e Michael já haviam voltado há um tempo. Mel e John estavam ficando bem sério, e era fácil decifrar a cara de felicidade da morena toda vez que falávamos sobre os dois.

            Mas nem tudo são flores. Meus amigos estavam esperando a aprovação das escolas técnicas de Gotham para se mudarem antes do início do ano letivo. Ou seja, a qualquer momento eu poderia perdê-los para Gotham e seus cursos dos sonhos.

***

— Vamos fazer uma surpresinha para esse esquisito... – A voz masculina denunciava a raiva do garoto recém-saído da prisão. Felizmente, a irmã de Kory havia sido útil para pagar um advogado que tirou Xavier rapidamente da jaula em que estava.

            O garoto junto a sua gangue assistiu a ruiva sair do velho prédio para poderem invadir. O local não tinha porteiro e a portaria ficava sempre aberta durante o dia, então com apenas dois dias de vigilância foi fácil descobrir os padrões dos moradores.

            De forma discreta cada um dos cinco rapazes entrou no prédio sem chamar a atenção e foram até o apartamento de Richard, número que conseguiram com uma senhora, inocente demais para ver maldade nos rapazes há poucos dias atrás.

            Na frente da porta, Xavier simplesmente chutou a velha porta de madeira verde descolorida, abrindo-a de uma vez. Richard surgiu da cozinha assustado com o barulho e deu de cara com seu maior inimigo e sua gangue maldita.

            Ele apenas teve tempo de fechar os gatinhos dentro do armário da cozinha e buscar uma frigideira que estava em cima do fogão para atingir a cabeça de um dos amigos de Xavier, que o agarrava por trás. Infelizmente, eram muitos e o local era pequeno e apertado demais para se esquivar e defender.

            Richard foi atingido por um soco na boca do estomago que o colocou em imensa desvantagem. Depois disso, socos e pontapés foram dados no garoto que era erguido por dois dos capangas. Os miados dos gatos chamou a atenção de Xavier que pegou um deles pela nuca, erguendo-o e sorrindo de forma maldosa para o moreno. Richard se desesperou ao pensar o que Xavier faria com um animal inocente, e na frente do irmãozinho que estava no fundo do armário, assustado e vendo tudo.

— Cara... Deixa o bichinho em paz. Nosso negócio aqui é ele. – Um dos capangas que socou Richard pegou o gatinho e o colocou novamente no armário. – Deixa isso pra lá.

Tanto faz.— O castanho revirou os olhos e voltou sua atenção para Richard.

            O moreno sangrava por todo lugar. Seus olhos já estavam inchados e roxos, sua boca sangrava e sua cara estava amassada e muito vermelha. Com cortes. Xavier e seus capangas haviam acabado com ele.

— Pra você ver o que acontece quando alguém pega o que é meu. – Ele avisou. – Mas não se preocupa, a irmã dela é mil vezes melhor. – Com um último soco, Richard caiu desmaiado no chão e seus torturadores foram embora.

***

            Era tão bom pisar no prédio que morava atualmente depois de uma manhã cheia. Mel e Ray estavam fazendo atividades comunitárias para conseguirem a bolsa com mais facilidade e me chamaram para ajudar. Estávamos cuidando de velhinhas em um convento e elas eram adoráveis e muito divertidas.

            Assim que pisei no meu andar tomei um susto quando vi os vizinhos no corredor, horrorizados.

— Menina Kory... – Uma mulher loira veio até mim, ela não tinha mais que 23 anos. – Eu já ia te ligar.

— O que houve Hannah? – Ela estava apreensiva e sua filha de cinco anos estava agarrada em sua blusa.

— Invadiram o apartamento de vocês e espancaram seu namorado. – Meus olhos dobraram de tamanho e eu só consegui correr para o meu apartamento.

            A porta de madeira estava dependurada e com a velha maçaneta quebrada, a sala cheia de farpas e frigideira no meio do cômodo. A cozinha estava toda bagunçada, cheia de sangue e com meu namorado caído no chão. A enfermeira do prédio da frente estava aqui, fazendo os primeiros socorros.

— Aí, meu Deus! – Eu me ajoelhei ao seu lado olhando meu namorado. – Meu amor, o que foi isso?

X... Xav... Xavier. – Ele murmurou com dificuldade.

— Vi um grupo de garotos saindo do prédio correndo. – O filho da enfermeira me contou. – Já liguei para a polícia.

— Obrigada. – Foi tudo o que eu consegui dizer naquele momento.

Os policiais chegaram junto ao delegado conhecido por mim e eu precisei prestar depoimento como os outros ali presentes. Toda informação era bem-vinda e, aparentemente, todos os moradores do prédio e pessoas que estavam na rua pareciam empenhados em passar qualquer informação útil que tivessem.

            Levei Richard para o pronto-socorro e liguei para os meus amigos, desesperada. Logo todos estavam lá para me prestar assistências em uma situação que só me trazia dor e preocupação com o meu namorado.

— Ele teve sorte – o médico dizia – do jeito que bateram nele, poderiam ter estourado alguma artéria ou ter o feito sofrer um traumatismo craniano. No caso, vamos fazer uns curativos e passar uns remédios para dor. Ele não precisa ser internado por muito tempo, amanhã a tarde já pode ir embora.

            Nós cinco ficamos no hospital durante todo o dia até de madrugada. Na tarde do dia seguinte, eu pude leva-lo para casa e cuidar do meu namorado. Xavier havia ido longe demais e alguma coisa deveria ser feita. Naquela noite, com todos ali na sala do apartamento o delegado me ligou.

            Ele me contou que havia conseguido imagens de câmeras de segurança de dois prédios das esquinas e todos os depoimentos e provas coletadas apontavam para Xavier, novamente. O delegado me prometeu entrar com um processo de busca e apreensão do maldito e disse que, dessa vez, ele ficaria muito mais tempo preso. Se dependesse dele, bem longe de nossas vidas. Agradeci e encerrei a ligação.

            Nada me tirava da cabeça que era minha culpa meu namorado estar assim. Conversei com meus amigos enquanto Richard dormia tranquilamente no sofá e eles tentavam me convencer de que a culpa não era minha e, sim do maníaco do Xavier.

            Eu nunca iria entender como alguém tão doce e gentil como Xavier havia se tornado esse monstro de poucos anos para cá...

— - -


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

Nossa histórinha está chegando ao fim, estamos em 36/41 capítulos...

Até o próximo!!! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kiss Kiss" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.