Kiss Kiss escrita por Miris


Capítulo 35
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Certo, eu demorei um pouco mais do que o prometido.
Mas, cá está. Minhas mãos estão congelando, por isso o texto com erros gramaticais.

Aproveitem ♥



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            Depois do pequeno susto que Richard me deu, demorou um pouco para que eu voltasse a olhar normalmente para ele. Para ser sincera, ainda estou um pouco receosa. Esconder uma vida toda? Para mim, parecem aquelas coisas de filme.

            Na manhã seguinte a de quinta-feira, meus amigos ligaram nos chamando para irmos ao parque de diversões sábado à noite. Parece que eles iriam inaugurar as novas luzes neon, e seria um ótimo momento para estarmos juntos e, provavelmente, um encontro triplo.

            Richard aceitou de bom grado, disse que seria ótimo para relaxar e se divertir com todos nós. Ele parecia bem animado com a ideia e passou o resto da semana ansioso, mais até do que eu.

— Faz tanto tempo que não vou a um parque de diversões – ele disse uma vez – na última vez, estava com meus amigos.

            Claro. Agora Richard falava mais de sua família e amigos, e eu adorava saber mais sobre eles e sobre meu namorado. A verdade era que eu o perdoei bem rapidamente e fiz uma nota mental, agradecendo o pai dele por ter feito o que fez. Eu tinha certeza de que agora Richard era alguém melhor.

***

— Vamos meninas! É pra ontem, poxa! – Michael dizia batendo na porta do meu quarto.

— Desiste. – Ouvi Richard reclamar quando abri minha porta. – Elas estão enfurnadas aí desde cedo.

— Credo, eu não posso nem me arrumar como a princesinha que eu sou. – Ray saiu desfilando pelo corredor até a sala, sendo seguida por Mel e eu.

            Ray usava meia-calça nude, uma saia jeans preta, botas curtas com salto da cor preta, uma blusa branca basiquinha e uma jaqueta jeans no mesmo tom da saia. Mel estava com um short branco, um cropped preto com uma jaqueta de couro e um tênis estampado.

            Todos nós saímos do apartamento, animados para a noite no parque que teríamos. Com direito a pipoca, cachorro-quente, refrigerantes, brincadeiras e sorvete.

— Muito bem – John sorriu com o braço nos ombros de Mel – aonde vamos primeiro?

— Roda gigante? – Pedi.

— Vamos deixar para o final, vai ter show de fogos de artifício. – Ray comentou.

— Então ótimo, podemos ir ao bate-bate. – Richard deu a ideia. – Sou mestre nele, tenho certeza que derrubo vocês.

— É o que veremos. – Michael e meu namorado começaram a apostar para ver quem batia primeiro.

            O parque estava movimentado, cheio de vida com a risada de crianças e adolescentes. Eu me lembro de como meu irmão amava vir aqui comigo e nosso tio.

            Enquanto Richard e Michael estavam ocupados agindo como crianças no bate-bate, eu e Ray ficamos observando eles se enfrentarem para ver quem era o melhor. No final, Mel encurralou os dois e o John ganhando dos três.

            Depois disso fomos nos brinquedos que giravam com rapidez e em outros que subiam a alturas assustadoras e despencavam de uma vez, nos arrancando gritos cheios de adrenalina.

            Quase no fim do passeio, garantimos nossos lugares em dupla na roda gigante. A nossa cabine, minha e de Richard, ficou no topo do brinquedo. Mel e John um pouco a frente, e Ray e Michael um pouco atrás Deu para perceber que ambos os casais estavam bem ocupados.

            Os fogos se iniciaram e deitei no ombro de Richard, que me abraçou para me proteger do frio que fazia ali em cima. Assistíamos aquilo com uma conversa furada em murmúrios.

Lindo.

São mesmo.

Será que minhas amigas estão vendo isso?— Richard olhou para trás para localizar Ray e Michael, mas virou o rosto rapidamente. – O que foi?— Tentei olhar, mas ele me segurou.

Acho melhor você não ver isso.— Fiquei sem entender e ele sorriu sem graça. – A gente ‘tá sentindo frio, mas eles estão com calor. Calor até demais.

Não entendi.

Esquece isso, vamos ver o show.— Deitei em seu peito, disposta a perguntar para Ray do que se tratava depois.

            Quando show terminou o brinquedo voltou a se mexer devagar, até pegar seu ritmo e descer de uma vez. Lá embaixo, Mel tinha os lábios inchados e o batom violeta manchado no rosto e na gola da camisa de John, mas nada, além disso. Quando Ray e Michael desceram, eu me adiantei para ir até eles, mas parei quando vi que tinha algo errado.

            A camisa de Michael tinha um rasgo na costura do ombro, seu cinto estava desleixado e aberto. Já Ray, estava com a blusa fora do lugar e puxava a saia para baixo, com a sua meia calça sendo enfiada na bolsa e com um grande roxo no pescoço.

— Agora entendi o que quis dizer. – Disse me virando para meu namorado, totalmente vermelha. Richard riu e me abraçou para que eu ficasse mais calma.

— ‘Tá tudo bem?

— Não acredito que fizeram isso aqui. – Minha voz saiu abafada por estar com meu rosto escondido em seu peito.

— Sua amiga é meio louca. – Ele riu e eu fiquei mais vermelha. Ficamos vinte minutos no alto e eles passaram dos limites? Vou matar a Ray.

— Vamos... Fazer isso... Um dia? – Eu estava com vergonha quando olhei em seus olhos.

— Isso? – Ele não entendia nada.

— Você sabe... – Comecei constrangida. – Sexo. – Murmurei e meu namorado bagunçou meu cabelo. Não queria que meus amigos ouvissem.

— Não antes de você fazer um booom tratamento psicológico para acabar com os medos que adquiriu com Xavier e estiver pronta.

— Sério? – Respirei aliviada.

— Não precisamos de sexo para provar que somos namorados. Só de amor e companheirismo. O resto vem com o tempo, minha ruivinha.

— Você não pode ser real. – Brinquei.

— Agradeça ao meu pai. – Ele disse sorrindo e deu de ombros. – Agora vamos comer, ‘tô morrendo.

            Todos nós seguimos para uma lanchonete 24h para podermos comer e rir. Lá, eu e Mel fomos ao banheiro com Ray para que ela pudesse colocar a meia-calça de volta.

— Protegeu? – Mel perguntou seriamente.

— Claro.

— Certo ou, mais ou menos?

— Defina “mais ou menos”. – Ray disse saindo da cabine.

— Kory, eu vou meter a porrada nessa menina.

— Calma, Ray é consciente.

— É Mel – Ray começou falando – usamos. Relaxa.

— Fogo que vocês têm, hein? – Foi a minha vez de brigar.

— Foi só uma rapidinha, nada de demais. – Enquanto Ray lavava as mãos, eu pude notar que suas marcas haviam sumido e seu corpo estava a pouco para chegar ao normal. – Um dia você vai fazer isso. – Ela secou as mãos. – Inclusive, Mel e John tiveram uma no parque municipal. Na área dos bosques.

— Sua bocuda! – Mel reclamou.

— Vergonha gente, vergonha. – Saí de lá vermelha, enquanto minhas amigas vinham atrás rindo.

            O resto da noite foi assim. Nós seis rindo, brincando e comendo hambúrgueres e waffles com refrigerante. Não havia nada melhor do que isso: amizade e diversão em conjunto.

            Nada poderia estragar isso...

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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! ♥


Ray:
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Mel:
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