Kiss Kiss escrita por Miris
Notas iniciais do capítulo
Certo, eu demorei um pouco mais do que o prometido.
Mas, cá está. Minhas mãos estão congelando, por isso o texto com erros gramaticais.
Aproveitem ♥
Depois do pequeno susto que Richard me deu, demorou um pouco para que eu voltasse a olhar normalmente para ele. Para ser sincera, ainda estou um pouco receosa. Esconder uma vida toda? Para mim, parecem aquelas coisas de filme.
Na manhã seguinte a de quinta-feira, meus amigos ligaram nos chamando para irmos ao parque de diversões sábado à noite. Parece que eles iriam inaugurar as novas luzes neon, e seria um ótimo momento para estarmos juntos e, provavelmente, um encontro triplo.
Richard aceitou de bom grado, disse que seria ótimo para relaxar e se divertir com todos nós. Ele parecia bem animado com a ideia e passou o resto da semana ansioso, mais até do que eu.
— Faz tanto tempo que não vou a um parque de diversões – ele disse uma vez – na última vez, estava com meus amigos.
Claro. Agora Richard falava mais de sua família e amigos, e eu adorava saber mais sobre eles e sobre meu namorado. A verdade era que eu o perdoei bem rapidamente e fiz uma nota mental, agradecendo o pai dele por ter feito o que fez. Eu tinha certeza de que agora Richard era alguém melhor.
***
— Vamos meninas! É pra ontem, poxa! – Michael dizia batendo na porta do meu quarto.
— Desiste. – Ouvi Richard reclamar quando abri minha porta. – Elas estão enfurnadas aí desde cedo.
— Credo, eu não posso nem me arrumar como a princesinha que eu sou. – Ray saiu desfilando pelo corredor até a sala, sendo seguida por Mel e eu.
Ray usava meia-calça nude, uma saia jeans preta, botas curtas com salto da cor preta, uma blusa branca basiquinha e uma jaqueta jeans no mesmo tom da saia. Mel estava com um short branco, um cropped preto com uma jaqueta de couro e um tênis estampado.
Todos nós saímos do apartamento, animados para a noite no parque que teríamos. Com direito a pipoca, cachorro-quente, refrigerantes, brincadeiras e sorvete.
— Muito bem – John sorriu com o braço nos ombros de Mel – aonde vamos primeiro?
— Roda gigante? – Pedi.
— Vamos deixar para o final, vai ter show de fogos de artifício. – Ray comentou.
— Então ótimo, podemos ir ao bate-bate. – Richard deu a ideia. – Sou mestre nele, tenho certeza que derrubo vocês.
— É o que veremos. – Michael e meu namorado começaram a apostar para ver quem batia primeiro.
O parque estava movimentado, cheio de vida com a risada de crianças e adolescentes. Eu me lembro de como meu irmão amava vir aqui comigo e nosso tio.
Enquanto Richard e Michael estavam ocupados agindo como crianças no bate-bate, eu e Ray ficamos observando eles se enfrentarem para ver quem era o melhor. No final, Mel encurralou os dois e o John ganhando dos três.
Depois disso fomos nos brinquedos que giravam com rapidez e em outros que subiam a alturas assustadoras e despencavam de uma vez, nos arrancando gritos cheios de adrenalina.
Quase no fim do passeio, garantimos nossos lugares em dupla na roda gigante. A nossa cabine, minha e de Richard, ficou no topo do brinquedo. Mel e John um pouco a frente, e Ray e Michael um pouco atrás Deu para perceber que ambos os casais estavam bem ocupados.
Os fogos se iniciaram e deitei no ombro de Richard, que me abraçou para me proteger do frio que fazia ali em cima. Assistíamos aquilo com uma conversa furada em murmúrios.
— Lindo.
— São mesmo.
— Será que minhas amigas estão vendo isso?— Richard olhou para trás para localizar Ray e Michael, mas virou o rosto rapidamente. – O que foi?— Tentei olhar, mas ele me segurou.
— Acho melhor você não ver isso.— Fiquei sem entender e ele sorriu sem graça. – A gente ‘tá sentindo frio, mas eles estão com calor. Calor até demais.
— Não entendi.
— Esquece isso, vamos ver o show.— Deitei em seu peito, disposta a perguntar para Ray do que se tratava depois.
Quando show terminou o brinquedo voltou a se mexer devagar, até pegar seu ritmo e descer de uma vez. Lá embaixo, Mel tinha os lábios inchados e o batom violeta manchado no rosto e na gola da camisa de John, mas nada, além disso. Quando Ray e Michael desceram, eu me adiantei para ir até eles, mas parei quando vi que tinha algo errado.
A camisa de Michael tinha um rasgo na costura do ombro, seu cinto estava desleixado e aberto. Já Ray, estava com a blusa fora do lugar e puxava a saia para baixo, com a sua meia calça sendo enfiada na bolsa e com um grande roxo no pescoço.
— Agora entendi o que quis dizer. – Disse me virando para meu namorado, totalmente vermelha. Richard riu e me abraçou para que eu ficasse mais calma.
— ‘Tá tudo bem?
— Não acredito que fizeram isso aqui. – Minha voz saiu abafada por estar com meu rosto escondido em seu peito.
— Sua amiga é meio louca. – Ele riu e eu fiquei mais vermelha. Ficamos vinte minutos no alto e eles passaram dos limites? Vou matar a Ray.
— Vamos... Fazer isso... Um dia? – Eu estava com vergonha quando olhei em seus olhos.
— Isso? – Ele não entendia nada.
— Você sabe... – Comecei constrangida. – Sexo. – Murmurei e meu namorado bagunçou meu cabelo. Não queria que meus amigos ouvissem.
— Não antes de você fazer um booom tratamento psicológico para acabar com os medos que adquiriu com Xavier e estiver pronta.
— Sério? – Respirei aliviada.
— Não precisamos de sexo para provar que somos namorados. Só de amor e companheirismo. O resto vem com o tempo, minha ruivinha.
— Você não pode ser real. – Brinquei.
— Agradeça ao meu pai. – Ele disse sorrindo e deu de ombros. – Agora vamos comer, ‘tô morrendo.
Todos nós seguimos para uma lanchonete 24h para podermos comer e rir. Lá, eu e Mel fomos ao banheiro com Ray para que ela pudesse colocar a meia-calça de volta.
— Protegeu? – Mel perguntou seriamente.
— Claro.
— Certo ou, mais ou menos?
— Defina “mais ou menos”. – Ray disse saindo da cabine.
— Kory, eu vou meter a porrada nessa menina.
— Calma, Ray é consciente.
— É Mel – Ray começou falando – usamos. Relaxa.
— Fogo que vocês têm, hein? – Foi a minha vez de brigar.
— Foi só uma rapidinha, nada de demais. – Enquanto Ray lavava as mãos, eu pude notar que suas marcas haviam sumido e seu corpo estava a pouco para chegar ao normal. – Um dia você vai fazer isso. – Ela secou as mãos. – Inclusive, Mel e John tiveram uma no parque municipal. Na área dos bosques.
— Sua bocuda! – Mel reclamou.
— Vergonha gente, vergonha. – Saí de lá vermelha, enquanto minhas amigas vinham atrás rindo.
O resto da noite foi assim. Nós seis rindo, brincando e comendo hambúrgueres e waffles com refrigerante. Não havia nada melhor do que isso: amizade e diversão em conjunto.
Nada poderia estragar isso...
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Espero que tenham gostado! ♥
Ray:
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Mel:
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