Love Kitsune escrita por BlackCat69


Capítulo 40
Capítulo: Nova ameaça para Konoha




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Teuchi Ichiraku desfazia sua barraca de comida, quando escutou as pessoas na rua comentarem sobre o artesão-camponês estar na entrada da aldeia.

— Pobre Namikaze, acha que é o filho que sumiu de novo?

— Esse homem não tem paz, e depois que o encontro entre o hanyou e o daimyo acontecer, acredito que o pai terá mais coisas com o que se preocupar.

— Verdade, a fama do meio yokai da aldeia tenderá a crescer.

Perpetuavam-se as conversas, entre as poucas pessoas restadas na rua.

O Ichiraku não pensou duas vezes e foi até o artesão-camponês.

— Minato. —Teuchi chamou, caminhando até parar atrás do homem. — Precisa de ajuda para algo?

— Hã? — desentendido, o Namikaze se voltou para o Ichiraku.

— Perguntei se precisa de ajuda para algo, parece-me preocupado.

— Ah, não. Não é nada. — Minato sorriu, esfregando o posterior da cabeça. — Só estou esperando meu filho retornar de uma viagem. Sabe, ele foi acompanhar o amigo, em uma tradição do clã Inuzuka. E ainda está acompanhado de guardas Hyuugas, pois a Sra. Hinata foi também. Sei que ele está seguro.

— Nesse caso, estarei indo para minha casa. Qualquer coisa sabe que pode contar comigo.

— Eu sei, agradeço bastante, Sr. Teuchi.

O Ichiraku se curvou de modo breve, e a seguir se afastou.

Minato suspirou.

Talvez decidiram retornar apenas na manhã seguinte.

Com essa perspectiva, não queria receber seu filho, com a cara cheia de exaustão.

Girou nos tornozelos, no entanto, sequer avançou um passo, tendo escutado um chamado:

— Otou-san! 

Rápido, voltou-se e retornou a encarar para além da aldeia.

No horizonte, emergia um grupo de pessoas.

Eram os Hyuugas, com seu filho.

Aos saltos, o meio yokai se afastou do grupo e chegou ao pai, abraçando-o pelo abdômen e depois subiu mais um pouco, abraçando-o pelo pescoço.

Minato o abraçou bem, com o coração repleto de alívio.

— Otou-san Naruto e Hinata viajaram sobre um komainu ele é imenso e é uma mistura de lobo com leão mas Hinata teve que fazê-lo voltar a virar uma escultura de pedra para não correr o risco de alguns aldeões avistarem ele!

— Komainu... leão com lobo.... escultura de pedra...

Murmurava Minato, tentando assimilar tudo o que seu filho narrou de modo acelerado.

— Hinata ganhou os komainus na casa da hime Mononoke, Naruto e Hinata oravam para as esculturas de guardiões e...

O loirinho seguiu narrando, aos poucos, reduzindo a velocidade de sua fala.

— Senhor raposo. — Timidamente, a perolada o interrompeu. — Tenho que ir para casa.

O meio yokai se desprendeu dos braços do pai.

Por pouco, quase abraçou a menina, mas se lembrou a tempo de estarem na presença dos guardas Hyuugas.

Curvou-se para ela, agradecendo-a pela viagem sobre o komainu.

Minato ainda processava o que escutou do filho, pensou que ele estivesse brincando, porém percebeu que os Hyuugas comentavam sobre a tal criatura.

Decidiu não fazer perguntas a respeito, cansado do dia no comércio, só queria descansar, com seu filho.

— Vamos Naruto, vamos pra casa. — Chamou-o.

Depressa, o meio yokai retornou aos braços do progenitor.

Com agradecimentos, Minato se despediu dos Hyuugas e depois foi se afastando deles.

Por cima do ombro do pai, Naruto acenava para todos os Hyuugas com quem viajou, dedicando um olhar especial para Hinata.

 

~NH~

No dia seguinte.

~NH~

 

No final da manhã, o menino Inuzuka chegou a Konoha.

Descansou no perdurar de poucas horas e partiu de casa, ansioso, pretendia encontrar seus amigos e contar tudo o que aconteceu no território Mononoke.

No meado da tarde, o Inuzuka reuniu quase a turma inteira.

Faltavam os Hyuugas e o próprio hanyou.

Cessou Kiba com os amigos, na frente do lar dos Namikazes.

— Crianças — Minato saía de casa, avisou: — Naruto está se arrumando, acabou de se banhar.

Kiba determinou:

— Os meninos vão na frente, meninas fiquem aqui fora, a gente avisa quando poderão entrar.

Fuki pediu:

— Não comece contar o que aconteceu, sem a gente.

— Tá. — Kiba respondeu, subindo a pequena escada, seguido pelos outros meninos.

Antes que alcançassem a porta, escutaram Minato a estabelecer regras:

— Crianças, se brincarem dentro de casa, peço que não corram ou pulem.

— Hai, senhor Namikaze! — as crianças responderam, em uníssono.

Sem utilizar a escadinha, o artesão-camponês saltou direto ao solo e quase perdeu o equilíbrio.

Mesmo a camada de neve sendo fina, ainda era o suficiente para fazer alguém escorregar.

Vermelho, o homem loiro escutou algumas risadas infantis.

Evitou olhar para as crianças e se apressou em ir ao depósito.

Pegou seu carro de mão, repleto de novos produtos cerâmicos que preparou durante a semana. 

Fizera vários recipientes para sopa, pois mais tarde teria o festival da sopa. 

Colocou uma longa capa, por cima de suas vestes e começou a puxar o transporte de vendas para fora do depósito, indo entusiasmado para o comércio.

Momentos depois, quando as meninas puderam entrar na casa dos Namikazes, a turma se organizou em circulo.

Kiba e Naruto se puseram no centro, e se alternavam para contar aos outros, seus momentos preferidos vividos no território Mononoke.

O meio yokai começou contando sobre os komainus, em uma empolgação que quase dificultou a compreensão dos ouvintes, por conta da aceleração exacerbada de sua fala.

Em sequencia, quis descrever o golpe final da irmã de Kiba:

— E então Hana-chan se uniu com Haimaru e...

O filho do artesão-camponês se interrompeu, seus sentidos captavam a aproximação de Neji.

Correu ao fusuma e o empurrou, na espera em avistar o menino Hyuuga.

Kiba continuou contando, de onde seu amigo parou:

— Ela desferiu um ataque que se parece com um furacão.

Ele segurou Akamaru e tentou simular o ataque.

Quase todas as crianças, com admiração, assistiam a simulação.

Konohamaru tentava não demonstrar tanto interesse.

Ninguém estranhou o comportamento de Naruto, sendo sabedores de que o hanyou se comportava daquele jeito, quando percebia a vinda de alguém.

No marco da entrada, o meio yokai se sentava como um canino, sua cauda abanando agitadamente.

As orelhas se sacudiram freneticamente, quando os rotundos azulados avistaram o menino Hyuuga.

Não lhe foi surpresa constatar que Neji estivesse sozinho, haja vista que não era domingo, então Hinata não tinha permissão para visitá-lo.

Ainda sim, o menino raposa se animava com a vinda do amigo Hyuuga.

Após subir a escadinha, Neji se curvou em cumprimento ao hanyou que depressa foi pegar a mão dele, puxando-o para dentro de casa.

— Hyuuga! — Tenten se retirou do circulo, em uma correria e parou na frente de Neji; seus orbes imensamente brilhantes e sua boca formando um sorrisão. — É verdade que a tua prima ganhou leões e lobos?!

O menino Hyuuga entreabriu os lábios, mas o hanyou soltou sua voz antes:

— Lie, Naruto não falou que Hinata ganhou leões e lobos, e sim que Hinata ganhou duas criaturas, e que cada uma é uma mistura de leão e lobo.

— São os komainus, as esculturas estão muito bem guardadas no quarto de Hinata-sama. — Neji confirmou para Tenten. — Hiashi-sama de início não acreditou no que Hinata-sama revelou, mas os guardas Hyuugas que nos acompanharam, e mais eu, confirmaram a veracidade da informação.

— Mesmo que não confirmassem — Interveio Yakumo — não é difícil acreditar que Hinata-hime ganhou komainus, são criaturas da natureza, afinal. Minha obaa-chan sempre disse que é mais fácil de guardiões de templos presentearem quem é muito próximo da natureza.

— É, e Hinata-hime, quando tinha mais liberdade, ia cuidar dos animais na floresta, tanto que foi ela que encontrou Naruto. — Fuki somou. 

— E cuidou dele. — Kaede apertou as mãos, na frente do peito, com meigo olhar. — Seria uma bela história de amor, se ela não fosse prometida a outro.

— Humpf. — O loirinho cruzou os braços, suas orelhas decaíram.

— Eu conseguirei vários guardiões. — Konohamaru ao lado de Kaede, apontava-se com o polegar. — Muito mais impressionantes que komainus.

— Com esse pensamento não vai longe. — Chouji se manifestou, no lado oposto do circulo, em relação ao Sarutobi. — Não basta ser próximo da natureza para conseguir um. Guardiões de templos atendem almas puras.

— Mas eu tenho a alma mais pura daqui, eu tenho certeza. Minha família me faz visitar templos sagrados, muito mais que uma criança comum.

— O primo não entende o conceito de alma pura. — Abiru lamentou.

Kaede cobriu a boca com a palma direita, abafando umas risadinhas.

Konohamaru se sentiu envergonhado e se enfureceu com o primo, questionando-o:

— O que quer dizer com isso?

— Naruto, continue falando sobre os komainus! — Tenten pediu, desviando o rumo da conversa.

Vendo os olhares curiosos que se colecionavam sobre sua imagem, o meio yokai sorriu e foi para o meio do circulo, posicionar-se ao lado de Kiba e contar sobre as criaturas.

~

Depois que Kiba e Naruto falaram sobre a visita ao território Mononoke, o grupo resolveu brincar de monta-monta.

Antes do horário do jantar, os amigos do hanyou decidiram ir embora.

O meio yokai queria acompanhá-los, mas decidiu que iria esquentar a carne que seu pai deixou sobre o kamado.

Por conta do festival, o loirinho supôs que seu pai não chegaria a tempo para jantar, então iria comer um pouco e ir até ele.

— Otou-san, Naruto te ama cada vez mais.

Dizia o hanyou, momentos depois, quando experimentava a carne já esquentada.

O sabor o submergia ao paraíso.

Seu pai não o avisou que era carne de galinha.

Uma surpresa gostosona!

Enquanto se deliciava, seus rotundos azuis acabaram parando em um recipiente com as verduras e legumes.

Imaginou os rostos de Hinata e Minato, seriamente, fitando-o.

Bufando, resolveu misturar a carne de galinha com os alimentos ditos saudáveis.

Após engolir as primeiras porções, identificou a vinda de alguém.

Alguém cuja visita era considerada rara.

O semblante do hanyou foi se tornando sério, o cheiro do indivíduo se definia mais.

Reconheceu quem era.

Danzou Shimura.

Quando pensava naquele idoso, tudo o que vinha à mente do loirinho era o quanto Danzou agiu com acidez, no dia do seu julgamento.

Todavia, tratando-se de um ancião da aldeia, não agiria com má educação e foi até o fusuma, recebê-lo.

Ao empurrar o painel translúcido, adulto e hanyou se fitaram.

— Oyasuminasai.

— Oyasuminasai... — Naruto devolveu o cumprimento, na mesma formalidade.

O Shimura notou certo retraimento na educação do pequeno.

— O otou-san não está em casa.

— Eu percebi, vim visitar você. — Após um demorado silêncio do meio yokai, Danzou verbalizou: — Eu sei que não sou uma visita desejada, mas não pretendo demorar, eu juro.

— Naruto só está surpreso. — O hanyou tentou ser o mais educado possível e recuou, dando espaço ao idoso. — Onegai, entre. — Encaminhou-se ao kamado. — Naruto vai preparar um chá para o Sr. Shimura.

— Sabe fazer chá? — o Shimura fechou o fusuma atrás de si e se encaminhou para se sentar à mesa baixa.

— Otou-san treinou bastante Naruto, por causa do encontro marcado com o daimyo. Não há nenhum tipo de chá que faça o Naruto fazer careta.

O pequeno se gabou, todo sorridente.

— Muito bem. — Danzou dissera, observando o lar do hanyou, percebendo algumas mudanças, desde a última vez que estivera ali. Encimou sua vista nas costas do meio yokai. — Eu vim parabenizá-lo, tanto por recuperar sua forma física, quanto por ter alcançado o nível de aprendizagem de sua turma da terakoya. Eu soube que você poderá avançar de ano escolar.

— Arigatou, Naruto está muito feliz.

A cauda se sacudiu.

Em posteriores momentos, o loirinho servia o chá sobre a mesa baixa.

Segurando o recipiente de chá lhe servido, Danzou avisou:

— Ontem, os anciões da aldeia receberam a visita de Kakashi Hatake.

— Naruto também conheceu Kakashi Hatake ontem. — O hanyou se sentou à mesa baixa, frontalmente, ao idoso. — Kakashi Hatake tem um visual maneiro.

— Ele lhe falou algo?

— Kakashi falou que queria conhecer o hanyou da aldeia. — Vermelhinho, o loirinho se sentia uma celebridade. — Naruto acha que ainda vão se encontrar de novo.

O Shimura sorveu o primeiro gole chá e a seguir elogiou:

— Bom chá.

— Arigatou gozaimasu. Se Danzou quiser pode se servir mais.

O hanyou não sabia explicar, todavia a presença do Shimura não alastrava a aspereza da qual se recordava.

O idoso exibia uma natureza calma, um olhar sereno.

Talvez nas outras vezes, o velhinho não se encontrava em seus melhores dias.

Nessa perspectiva, o loirinho jazia alegre em conhecer esse outro lado do idoso.

— Deixe-me revelá-lo, Uzumaki. — Calmamente, Danzou dissera. — Eu não gosto da natureza yokai.

O hanyou segurando seu recipiente de chá, tristemente, fitou o liquido quente a refletir seu olho direito.

O filho do artesão-camponês supôs:

— Por causa do terremoto causado pela kyuubi.

— Muito antes disso, hanyou. Aos meus vinte e dois anos, eu passeava com minha esposa e filha, quando caímos em uma ilusão. Sabe o que é ilusão?

— Naruto acha que sabe. — Reflexivo, o meio kitsune palpitou: — É algo que parece real, mas não é?

— Hai. Eu não sei o que minha esposa e filha viram. Mas eu me lembro de cada detalhe do que vi. Eu torturei minha esposa e filha de várias formas. Eu tinha consciência do que fazia, e por mais que eu me desesperasse e tentasse impedir minhas mãos, eu não conseguia deter o meu corpo. Quando elas morriam, elas ressuscitavam, e as sessões de tortura recomeçavam.

A mão de Danzou que segurava o recipiente de chá rachou a estrutura cerâmica.

E linhas de chá escorreram para fora do recipiente.

— Eu acabaria com sua infância, se eu descrevesse o que eu fazia com minha esposa e com minha filha. Ibiki Morino passou pela mesma coisa. Ele também foi preso, pela ilusão de um yokai, e fez coisas inimagináveis com Idate Morino. Se afastar do irmão, foi o modo que ele encontrou de lidar com essa situação.

Emudecido, o hanyou demorou em formular palavras consoladoras.

Deu uma sacudida na cabeça e ao olhar para a maior quantidade de chá umedecendo a mesa, ergueu-se, indo buscar um pano.

Pouco tempo depois, enquanto limpava o móvel, tentava escolher as melhores palavras:

— Isso é muito triste, Naruto lamenta muito, mas... mas... Naruto não tem culpa pelo que o yokai da ilusão fez.

— Eu não disse que tem. Sabe, eu procurei uma miko. Sabe o que é uma miko?

Naruto parou de limpar a mesa e sacudiu a cabeça, em negação.

— É uma sacerdotisa, com habilidade para obter previsões, e a que eu consultei, me informou que uma guerra entre humanos e yokais ocorreria, e com isso, a humanidade sobreviveria por poucos dias, pois restaria para os humanos, apenas um mundo destruído. E eu consigo entender o motivo, há tipos de yokais, dos quais, somente um único yokai equivale a um exército inteiro de humanos. Consegue imaginar a destruição que é uma guerra contra vários desse tipo poderoso?

— Naruto conviveu com kitsunes yokais, Naruto tem certeza de que elas impediriam qualquer yokai de destruir o mundo, pois mesmo com tantos problemas que possam enfrentar, elas amam o lugar onde vivem. Destruir o mundo seria destruir onde elas habitam. 

— Impossível, ainda que yokais lutem a favor dos humanos, a briga entre eles e outros yokais causaria a mesma destruição a nível mundial. Eu posso lidar com batalhas entre humanos. Mas entre yokais...

O hanyou se colocou de pé e torceu o pano na frente do peito, dizendo-o:

— Na-Naruto lamenta muito, mas Naruto conhece yokais bons. Naruto conheceu a divindade Ta-no-kami, ela dará uma boa colheita para Konoha. Uma divindade boazinha gostou da presença de Naruto. O Sr. Shimura também pode gostar, se der uma chance.

— Sabe o que aconteceu com minha esposa e filha, depois que saíram da ilusão?

O loirinho meneou o rosto, receoso.

— Minha esposa matou minha filha e depois tirou a própria vida. Ironicamente, minha esposa usou a espada que eu sempre carregava nas costas, para proteção. Eu não tive nem tempo de reagir. Agora me diz, o que uma divindade significa para mim? O que uma divindade pensa dos yokais, para mim não faz diferença. Se a miko previu a guerra, na realidade dessa previsão, nenhuma divindade se preocupou em evitar a guerra.

Danzou se ergueu, e se encaminhou para a saída, ao abrir o fusuma, permaneceu imóvel, e verbalizou:

— Eu não me vinguei do yokai que criou a ilusão, ele tem uma habilidade de teletransporte, o que torna quase impossível capturá-lo. Eu não ocupei meu tempo indo atrás dele. Não tive coragem de retornar para a aldeia onde eu morei com minha esposa e filha, vaguei sem rumo, e encontrei Konoha, um lugar onde pude... estar mais perto do que seria viver novamente.

Veias grossas se destacaram em sua testa.

— Não sabe o que senti, quando descobri que seu pai se relacionou com uma yokai, não sabe a sensação que me percorreu, quando um meio yokai moraria em Konoha, mesmo que isoladamente.

— Naruto... lamenta... Naruto vai se tornar um guarda e protegerá Konoha. E se Naruto encontrar o yokai da ilusão, Naruto vai morder ele!

— Isso não é o bastante. Se quer fazer algo de bom para todos, não vá a esse encontro com o Daimyo, evite que sua fama se espalhe pelo país, e parta da aldeia. Sua presença atrairá atenção de todo tipo para a aldeia, sua presença é um risco constante, mas ninguém abrirá os olhos para isso porque todo mundo agora deu de engolir essa conversa de paz e amor, cegando-se para o perigo que sua presença representa.

Os punhos do idoso tremiam, sentindo que perdia o controle, resolveu se retirar de vez.

Distanciando-se do lar dos Namikazes, refletia:

— “Ainda não é o momento, ainda não.”

~

— Otou-san.

— Hum?

Minato mantinha os olhos cerrados, deitado dorsalmente na cama de palha.

Com a mão direita, o adulto massageava as costas do filho.

O meio yokai preferia deitar sobre seu pai, em vez de sua cama. 

— O jii-san de um olho só...

— Danzou Shimura? — o homem abriu os olhos e interrompeu a massagem no filho. Fitou a cabeleira loira do menor, interrogando-o: — Viu ele hoje? Ele falou algo de ruim contra você?

O artesão-camponês já esperava que o Shimura fizesse algo desagradável contra o hanyou, assim Naruto interpretou, por meio do timbre rígido do pai.

— Lie. — Ocultou, não querendo estragar o descanso de seu pai que chegara muito satisfeito do festival da sopa. — Naruto só teve uma curiosidade.

A respiração do pai retornou a um ritmo calmo, e a mão nas costas do hanyou retornou a massageá-lo, em movimentos circulares.

— Qual curiosidade, filho?

— Ele mora sozinho?

As pálpebras do Namikaze adulto se fecharam.

Reflexivo, respondeu-o:

— Hai, e nem é surpresa. Ele sempre foi um homem muito fechado. Ninguém sabe de onde ele veio, mas apesar de seu passado desconhecido e severidade, sempre fez todo o possível para a prosperidade de Konoha. No início foi difícil ele conquistar a confiança da população, mas ele nunca desistiu e olha onde está hoje, fazendo parte do Conselho dos anciões. — Suspirou. — Eu gostaria de me sentir à vontade na presença dele, tem um lado admirável. Mas você percebeu que dos anciões, ele é o que mais se põe contra nós.

— Naruto não se importa. — Declarou o meio yokai. — Otou-san, Naruto se tornará o melhor guarda da aldeia e conquistará a confiança do jii-san de um olho só.

— Não o chame assim, filho. — Minato pediu, reprimindo sua vontade de rir.

— Hai.

Cerraram-se os olhos do meio yokai e não tardou em ele dormir, apreciando as ternas batidas do coração do pai. 

 

~NH~

 

Os dias transgrediram, e restavam apenas três dias para o encontro do hanyou e o daimyo.

O meio yokai, após mais um dia de diversão com os amigos, acompanhava-os de volta para suas casas.

Quando restaram dois de seus amigos, Kiba e Chouji, os três conjuntamente decidiram parar primeiro no clã Inuzuka.

Muito antes de chegarem à área do clã, o meio raposo identificou uma agitação entre os membros da linhagem.

Então os três resolveram verificar o que se procedia.

— Onee-san? — Kiba correu ao vê-la consolar Akita.

Sentada na porta de sua humilde casa de madeira e palha, Akita cobria os olhos com as mãos.

Os soluços do choro sobressaltavam seus ombros.

Hana de pé, meio curvada, mantinha uma mão nas costas da amiga. 

— O que aconteceu? — Kiba perguntou, parando na frente de Akita, preocupado.

Primariamente, incomodada, Hana fitou a imagem do meio yokai.

Secundariamente, Hana afastou a mão das costas da amiga e segurou a cintura.

Endireitou a coluna, revelando ao irmão:

— Chamaru sumiu poucos dias depois da viagem ao território Mononoke.

— Como é?! — Naruto, Kiba e Chouji perguntaram exclamativos.

Akita se concentrou para acalmar a respiração, e se justificou:

— Não quis dizer nada antes porque eu estava com vergonha em admitir que eu perdi meu cão. Mas não dá mais, não consigo suportar. Eu sei que Chamaru é bobinho, mas não acreditava que fosse tanto a ponto de se perder.

— E ninguém do clã percebeu? — estranhou Naruto.

— Lie, é comum Inuzukas se isolarem na floresta para treinarem. Eu não queria retornar sem Chamaru, mas não consigo mais continuar procurando-o sozinha.

Akita lutava contra a vontade de se derramar mais em lágrimas.

Tsume se aproximava da casa de Akita, cessou na frente do grupo e avisou:

— O grupo de busca está pronto, selecionamos os nossos melhores rastreadores. Não sinta vergonha, Akita, somos todos uma família.

— Arigatou gozaimasu.

Agradeceu a dona e amiga de Chamaru que se levantou.

Sua mão foi segurada pela mão de Hana.

Sorriu-a e limpou suas lágrimas.

Tsume se voltou aos três menores:

— Kiba vá almoçar com seu pai, e crianças, sintam-se à vontade para almoçarem com meu filho.

— Hai! — Chouji e Naruto aceitaram.

Tsume fitou o menino Inuzuka: 

— Gaku vai ao meu encontro depois do almoço, então Kiba, comporte-se em casa, com seus amigos.

— Eu quero ajudar, okaa-san. Deixa-me ir com o otou-san depois do almoço.

— Se o seu pai permitir, eu não vejo problema.

Se Gaku permitisse significaria que ele teria condições de fazer sua parte na busca sem se descuidar do filho. 

— Ops, Naruto precisa avisar ao otou-san que não almoçará em casa. Naruto volta já. — O hanyou se utilizou da velocidade de natureza yokai. Dizia a caminho de casa: — Naruto também quer ajudar, Naruto vai pedir permissão para o otou-san.

Hana bufou e logo partiu com sua mãe e Akita, até o grupo de busca.

~

O carro de mão do artesão-camponês estava quase vazio.

Se o dono do transporte sorria, significava que não havia sido assaltado, e sim, que vendeu muitos de seus produtos.

Feliz, o Namikaze começou a pensar em seu filho, recordando-se da conversa de mais cedo:

 

“Otou-san, Naruto pode almoçar na casa do Kiba?!”

“Se ele convidou, pode sim.”

“Foi a okaa-san do Kiba que convidou, otou-san.”

“Melhor ainda. Coma tudinho, viu? Mesmo que ache ruim, lembre do treino com o chá, suporte o gosto ruim.”

“Hai, otou-san! Otou-san, depois do almoço, Naruto pode ajudar os Inuzukas a procurarem por Chamaru? Chamaru está desaparecido.”

“Quem é Chamaru?”

“É o cão da Akita-chan, amiga da Hana-chan, irmã do Kiba.”

“Acredito que eles não precisam de ajuda, filho. São Inuzukas, rastrear pelo cheiro é a especialidade deles. Sei que encontrarão o cão imediatamente.”

“Mas Naruto quer dar seu apoio para Akita-chan que é muito legal com Naruto!” O hanyou implorou.

“Está bem filho, está bem. Mas ajude somente na companhia de um adulto. E retorne antes do anoitecer.”

“Tá legal! O otou-san do Kiba vai permitir a gente de acompanhá-lo! Naruto tem certeza, ele é muito legal!”

 

Avistava o topo do elevado do solo, mas antes de alcançar a inclinação do caminho, um vulto captou sua vista.

Sob a claridade do luar, o vulto parou dez metros na frente do homem loiro, revelando-se ser um animal canino de pelagem negra e olhos vermelhos.

Ponderador, o Namikaze evitou entrar em pânico, e o questionou:

— Você... é um amigo do meu filho?

A criatura respondeu, apresentando seus dentes longos e afiados, acompanhados de um feroz olhar.  

Minato se segurou para não fazer movimentos bruscos, seu cérebro impulsionou um acelerado raciocínio.

Poderia usar alguma coisa que sobrou de seu carrinho de mão, atirar contra a criatura, para distraí-la, enquanto ele saísse correndo.  

Ele correria para o campo de arroz, onde atrairia a atenção dos guardas do daimyo.

Linhas de suor desciam aos montes, pela face do Namikaze.

Era um plano mediano, julgava Minato.

Mas ele não conseguia realizar um mínimo movimento.

A criatura avançava cautelosamente na direção dele, sem desfazer a expressividade agressiva.

— Naruto... onde está você?

Murmurou preocupado.

Se seu filho estivesse em casa, já teria sentido a presença daquela criatura.

Talvez seu filho ainda estivesse longe, na procura por Chamaru, apoiando Akita.

Droga, mas já era noite, pediu-o para retornar antes que escurecesse.

Com a criatura, agora a sete metros de distância, o Namikaze quase foi derrubado pelo desespero.

Com a mão, realizou um mínimo movimento para trás, intencionando pegar qualquer objeto do carro de mão.

Péssima ideia.

A criatura, tendo percebido aquele movimento, saltou na direção do artesão-camponês.

Minato correu para trás do carro de mão que foi brevemente destruído pela criatura.  

O animal sacudiu a cabeça, cuspindo os pedaços de madeira do transporte.

E assistiu o homem loiro correr para o mato.

A criatura se preparou para saltar na direção dele.

Sem parar de correr, Minato olhou para trás, e viu a criatura no ar, vindo em sua direção.

Ele fechou os olhos, voltando sua face para frente, tentando correr mais depressa.

Restando poucos centímetros para a criatura aterrissar sobre o artesão-camponês, ela foi jogada para o lado, e caiu no solo, tendo uma lâmina cravada pela lateral de seu corpo, no nível da barriga.

Minato cambaleou e parou de correr.

Ao se virar para trás, e observar a cena, tentou entender o que se procedeu.

— Rápido, protejam Minato Namikaze!

Era a voz de Hiruzen, ele apareceu acompanhado de um quarteto de guardas.

O Sarutobi usava vestes negras e um conjunto de armadura, um tipo de traje samurai.

Nas costas de Hiruzen, guardava-se um par de espadas cruzadas. 

Um dos guardas retirou a lâmina do animal que gemeu e começou a cuspir sangue.

— Sr. Sarutobi... — O Namikaze sussurrou desentendido, não sabendo onde parar o seu olhar.

— Depois eu explico, Minato. Temos que ver o seu filh...

A criatura se transformou em uma nuvem negra que rapidamente se tornou outra vez na criatura quadrúpede, que lembrava um canino.

Ela não cuspia mais sangue, e também não tinha a marca da lâmina que atravessou a lateral de sua barriga momentos atrás.

O guarda com a lâmina banhada a sangue tentou atacar a criatura, mas dessa vez, ela foi mais rápida e abocanhou a cabeça do homem.

Os dentes afiados e longos atravessaram o pescoço dele.

Os outros guardas partiram para cima, e uma luta de movimentos brutos e velozes se iniciou.

O Sarutobi se manteve em posição protetora, na frente de Minato.

— Temos que contorná-los, Minato. Enquanto eles lutam contra essa coisa. — Hiruzen determinou.

O artesão-camponês assentiu, com seus olhos distendidos sobre a batalha que o trio de guardas travava.

Pés e patas, passando, diversas vezes, por cima do cadáver humano.

Minato desprendeu sua visão da cena, e correu, contornando bem longe da batalha.

Passando pelo mato, ao lado do solo elevado, um imenso barulho reverberou.

Antes de alcançar a região plana do piso, os olhos do artesão-camponês se arregalaram, testemunhando a emersão de uma...

— Kitsune.

Hiruzen dissera rouco, estando poucos metros atrás do artesão-camponês.

Também escutara o barulho, de algo desabando. 

E logo posteriormente, rugidos. 

Parou de avançar, assistindo a espécie yokai se mover, por meio de saltos, em direção de Konoha.

Por conta da velocidade com a qual a kitsune se moveu, não soube quantas caudas ela tinha. 

Duas certezas existiam.

A primeira era a de que não totalizavam nove caudas.

A segunda era a de que a kitsune saiu... da casa do Namikaze. 

— Lie... lie... — Minato sussurrou, e disparou em uma nova correria, aproximando-se de sua casa. O teto se encontrava quase todo destruído. — NARUTO!

Caiu-se de joelhos, seu interior congelando. 

Não.

Não podia ser seu filho.

De quatro, avançou alguns metros e depois se colocou de pé, alcançando a porta de sua casa.

O estado do cadáver de Danzou Shimura o paralisou.

— O que ele fazia aqui? — perguntou-se, rouco. — O que...

— Minato! — Hiruzen gritou do lado de fora.

O Namikaze observou em volta, chamando pelo seu filho, mas ele não apareceu.

No fundo, sabia onde estava seu filho, mas ainda não queria admitir.

— MINATO!

O Sarutobi gritou mais alto.

O artesão-camponês se voltou para a porta e assistiu Hiruzen lutar, usando o par de espadas. 

Hiruzen enfrentava a criatura que exibia os dentes longos e afiados, banhados em sangue, indicando que ela venceu a batalha contra o trio de guardas.

— Vá atrás de seu filho! — ordenou o ancião, sem desviar o olhar de seu animalesco oponente. — Seja o que aconteceu com ele, você é o único que pode detê-lo, que pode fazê-lo voltar ao normal!

— Eu... — Minato murmurou, sentindo-se incompetente para ajudar o Sarutobi. — Vou até os guardas do daimyo! 

— Não seja tolo! Sabemos que eu não vou aguentar tempo suficiente para isso! Parta! Parta para Konoha! AGORA!

Hiruzen tinha movimentos ágeis, no entanto, não dominava mais a força de outrora.

Teria no máximo só dois minutos pela frente.

O suficiente para Minato chegar na primeira rua da aldeia, mas insuficiente para o primeiro guarda chegar, com o Hiruzen ainda vivo.

Momentos anteriores, os guardas do daimyo escutaram o barulho estrondoso da kitsune, mas não se moveram de seus postos, uma vez que só cumpriam a função de proteger o arrozal. 

— Eu sinto muito, Sr. Sarutobi! Em Konoha pedirei ajuda! 

Exclamou Minato, nutrindo uma gota de esperança e disparou para a aldeia. 

— Boa sorte, Minato. E me perdoe por prever tardiamente o que aconteceria.

 

~

Momentos mais cedo.

~

 

Deitado, o hanyou aguardava seu pai chegar do comércio.

Naruto retornou cabisbaixo, pois nada de Chamaru foi encontrado.

— Akita-chan é tão legal, não merecia passar por esse sofrimento.

Dizia, enquanto preparava um chá.

Repentinamente, suas orelhas se empinaram.

Escutou o som de um canino, e o aspecto sonoro indicava que jazia feroz.

Pela distância, o dono do som se encontrava alguns metros antes do elevado do solo.

Curioso, encaminhou-se até a porta.

E para sua surpresa, após empurrar o fusuma, avistou Danzou parado ao pé da escadinha.

— Sr. Shimura? Naruto não o percebeu se aproximar. Na-Naruto não pode recebê-lo agora, Naruto escutou alg... 

— Eu não demorarei, hanyou. — Danzou abriu o olho, revelando-o completamente escarlate.

Avançou até a entrada da casa, fazendo o pequeno recuar.  

— O que há com o olho do Sr. Shimura?

— Você me fez chegar ao ponto de recorrer a um yokai, hanyou. Mas isso é bom, pois o farei provar da destruição que impregna a natureza yokai.

Acompanhando o tom severamente grave da voz do idoso, percebia-se uma voz aguda, quase infantil.  

— O que há com a voz do Sr. Shimura? Do que está falando, Sr. Shimura?

— Eu queria que o inugami o matasse, hanyou. Mas acredito que fisicamente você pode matá-lo. Por isso, não arrisquei enviá-lo até você. 

— Matar Naruto? Quem é inugami? Odeia tanto o Naruto assim?

Seu coração se acelerava, desesperadamente.

Recuou mais dois passos.

Uma aura negra a envolver o Shimura, espargiu-se pela casa toda, embrulhando o hanyou.

De um segundo a outro, os orbes do meio yokai se tornaram obscuros, dois buracos negros.

O menino kitsune apertou os lados do rosto, com as palmas. 

Espremeu sua cabeça, sacudindo-a.

Ao se acalmar, seus olhos recuperaram a coloração normal de azuis intensos. 

— Sr. Shimura. — Chamou-o, o idoso continuava na sua frente, não mais com o olho vermelho. E o céu la fora não jazia mais escuro, e sim de manhã. — O que está acontecendo?

— Estou aqui de visita, vim lhe noticiar algo ruim.

Danzou respondeu.

O meio yokai observou que em uma das mãos do idoso, ele segurava uma bolsa de palha.

Estranho, não a percebeu antes.  

— Não posso recebê-lo Sr. Shimura… Naruto tem que…

“Naruto tem que o que?”

O hanyou não conseguiu completar, faria alguma coisa, algo importante, todavia, repentinamente esqueceu o que seria.  

Não se recordava o que fizera o dia inteiro.

Observou sua casa, antes de retornar a fitar o idoso a sua frente.

— Otou-san não está em casa, Naruto está esperando otou-san.

Coçou a cabeça, não tendo certeza de que estava fazendo isso, contudo, é algo que faz todo dia, então não mudou a resposta.

— Ele já chegou, hanyou. — Pesaroso, Danzou estendeu a bolsa para o menor.

Estranhando, o loirinho segurou a bolsa, ela pesava. 

Deixou-a no chão e ficou curvado, para abri-la.

Imóvel, o hanyou foi tomado por uma branquidão epidérmica.  

— Ele morreu sorrindo, hanyou. — Afirmou o Shimura, pousando a mão sobre a cabeça do meio yokai, acariciando os cabelos loiros. — Eu sinto muito.

O que existia no interior da bolsa: a cabeça de Minato.

Instantaneamente, uma energia vermelha se expandiu ao redor do corpo do meio kitsune, queimando a mão do idoso. 

As partes do corpo do hanyou cresceram em desordem, de forma desproporcional. 

O braço direito se tornou gigantesco, velozmente, sua imensa mão circundou o velho e o espremeu, escutou o barulho dos ossos quebrando.

Danzou não fez nada além de expressar sua dor, não tinha forças para lutar, sabia que ali teria o seu fim, mas tudo bem, em sua mente, realizava um sacrifício válido. 

Aos aldeões, mostraria a natureza destruidora do meio yokai, nem que isso custasse sua vida.

Só assim, para a aldeia nunca mais permitir a estada de qualquer coisa que tenha natureza yokai. 

Infelizmente, custariam vidas inocentes, entretanto, o Shimura assimilava que seria por um bem maior.

O velho foi jogado no chão, com seu tórax amassado, encontrava dificuldade em respirar.

Sua visão foi se apagando.

O ritmo de sua morte foi acelerado, ao sentir algo lhe atravessando as costas.

Descontrolada, a raposa de cinco caudas, com uma de suas imensas garras, atravessou as costas do velho e a seguir, saltou para cima, destruindo todo o teto da casa.

Naruto perdera sua consciência.

Era apenas uma criatura descontrolada.  

Com menos de cinco saltos, chegou ao centro da aldeia.

No primeiro momento, as pessoas que passavam pela rua, não tiveram reação, mas quando a raposa soltou um rugido feroz, abrindo sua imensa boca apontada para o alto e alastrando a energia vermelha queimante, os aldeões se desesperaram e uma correria desordenada se iniciou, com cada um querendo se salvar.

Iniciara-se um tremor na terra, e com seus dentes e garras, a criatura começou a destruir tudo o que via pela frente.


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