Porto Seguro - Uma Nova Chance II escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 10
Um Almoço Em Família




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—O que aconteceu? —Pergunto depois que Pheobe dorme.
—O Elliot. —Diz Kate brava. —Ele fez uma brincadeirinha de mal gosto com a Pheobe e falou que ela foi encontrada na rua.
—Elliot? —Digo incrédula. —Como você pode?
—Desculpa Ana, foi sem querer.
—Esse é o seu problema, tudo é uma brincadeira, está na hora de levar as coisas á serio. A Pheobe só tem nove anos, e ela não se esqueceu de tudo que passou, ela lembra, todas as noites, à todo momento. Sabe o que a fez esquecer? Saber que ela iria vir para cá e ficar perto de vocês, perto dos padrinhos, do padrinho que ela tanto gosta, mas parebéns! Agora ela te odeia.

Elliot me dá um olhar culpado e sai da sala.
Ninguém diz uma palavra, mas Kate e se levanta e vai atrás dele.

—Querida, não fique tão brava. —Diz mamãe.
—É fácil não ficar? Minha filha me liga chorando e agora diz que odeia alguém, ela só tem nove anos! Como pode odiar alguém? Mal ela sabe o que isso signifca.
—Você sabe como o Elliot é. —Diz Mia. —Ele não fez por mal.
—Eu sei Mia. Eu conheço o Elliot, mas ele tem que medir as brincadeiras perto da Pheobe, infelizmente ela não esteve com vocês nos últimos cinco anos, e isso a afetou.
—Graças à você ela não esteve aqui! —Diz Ethan. —Não coloque a culpa no Elliot.
—Eu não preciso culpar ninguém pelos meus atos. —Digo de forma fria.

Pego Pheobe do colo de Christian e saio da casa de mamãe, abro a porta do carro e coloco Pheobe deita atrás, fecho a porta e entro no banco do mostorista.
Lágrimas idiotas escorrem pelos meus olhose eu bato as mãos no volante com raiva.
Eu não vou chorar por eles. Não por eles!
Coloco a chave a ignição e saio com o carro.

Quando estamos em um farol perto de um shopping Pheobe acorda meio desnorteada.

—Mamãe, onde nós estamos?
—Perto do shopping... Nós vamos passar lá para comprar algumas coisas. —Digo calmamente.
—E o meu pai?
—Ficou na casa da vovó.
—Por que ele não veio? —Pheobe pergunta chorando. —É por minha causa?
—Claro que não! —Exclamo brava. —Pheobe, ele só não pode vir.
—Você pode ligar para ele?
—Claro, só espera até que chegue ao shopping.
—Está bem. —Ela diz fungando.

Quando chegamos ao shopping eu levo Pheobe para tomar um sorvete, ela escolhe um de limão com cubertura de chocolate e vai tomando ele enquanto andamos.

—Nós podemos ligar para o papai agora? —Ela pergunta sorrindo.
—Nós temos escolha?
—Não. —Ela diz sorrindo.
—Ok.

Sentamos em um banco na braça de alimentação e eu ligo para Christian, ele atende no segundo toque e acho que está bravo.

—Oi... —Digo encolhendo os ombros.
—Baby. —Christian diz e sua voz se suaviza.
—Você está muito oculpado?
—Para você? Nunca!
—Então venha almoçar comigo e sua filha?
—Claro, onde?
—No shopping.
—Ok, eu estou indo.
—Eu te mando uma mensagem onde nos encontrar.
—Está bem.
—Tchau.
—Ei.
—O que foi?
—Eu te amo.

Abro um sorriso bobo.

—Eu também. —Desligo o celular e o guardo na bolsa.
—Mamãe, nós podemos comprar um presente para o papai?
—Claro querida, o que você quer?
—Vamos ver.

Pheobe se levanta e sai andando, eu vou atrás dela e logo entramos em uma loja de jóias, semicerros os olhos para ela desconfiada.
Pheobe vê alguns medalhões, algumas pulseiras e até mesmo aliança, mas ela encontra um chaveiro que se divite em três parte escrito "I Love You", ele é feito de ouro branco e tem um pequeno cristal na lateral de cada um.
Phoebe me olha sorrindo mostrando seus dois dentes que estão faltando.

—Ok. —Reviro os olhos.

Pheobe escolhe os chaveiros e eu lhe dou meu cartão, além do chaveiro ela compra um par de colar com duas bonequinhas e diz que é para usarmos juntas.
Assim que saímos da loja meu celula vibra e eu vejo que é uma mensagem de Christian perguntando onde estamos, responde e logo ele aparece, Pheobe corre para os braços do pai que a pega no colo e lhe dá um beijo na ponta do nariz.
Sorrio ao ver os dois juntos, eles logo sem aproximam e Christian me dá um beijo casto nos lábios, o que faz nossa filha bater palmas.
Reviro os olhos e sorrio.
Parece que as coisas estão começando a ficarem completas.

—Papai, nós vamos almoçar juntos? —Pheobe pergunta ainda nos braços de Christian.
—Sim. —Ele diz encostando sua testa na dela. —O que você vai querer comer?
—Sushi. —Pheobe dá um sorriso sapeca.
—Suhi é ruim. —Christian diz fazendo cara de nojo.
—Não é, e não faça cara de nojo para a comida. —Pheobe diz chamando sua atenção.
—Ok. —Ele me olha e sorri. —E você mamãe? O que vai comer?
—Acho que o mesmo que a Pheobe. —Sorrio. —Vamos?
—Sim. —Pheobe grita.

Nós começamos a andar pelo shopping e Christian vai carregando Pheobe nos ombros, quando chegamos ao restaurante todos começam a nos olhar, ou talvez já estivessem olhando antes. Não sei.
Escolhemos uma mesa e eu me sento com Pheobe enquanto Christian vai fazer nossos pedidos.

—Mamãe por que todas essas mulheres estão olhando para o papai? —Pheobe semicerra os olhos e encara as mulheres.
—Talvez porque o papai seja um homem muito bonito. —Digo calmamente enquanto mexo no celular.
—Mas ele é seu namorado. Você não fica brava?
—Não.
—Mesmo com aquela mulher ali em cima dele?

Viro-me no mesmo momento e vejo Christian conversando com uma mulher que sorrindo para ele. Sorrindo de mais.
Sinto meu sangue ferver, mas respiro fundo. Não é momento para ter ciúmes.

—Algúem está com ciúmes. —Pheobe diz.
—Fique queita. —Digo brava.
—Uh... —Ela diz rindo e me levando a rir.
—Vamos fazer um trato. —Digo ganhando a atenção da minha filha. —Se você conseguir afastar todas essas mulheres do papai, eu realizo seu desejo mais profundo.
—Meu desejo mais profundo? —Pheobe pergunta coçando o queixo. —Feito.

Pheobe se levanta delicadamente e se aproxima de Christian, ela fica entre ele e a mulher, a menina cruza os braços e mede a mulher de cima a baixo, depois fala algo para ela que se afasta.
Christian me olha como se pedisse socorro, mas eu apenas encolho os ombros.
Depois de fazerem os pedidos eles voltam juntos para a mesa e agora eu percebo que quase nenhuma mulher está olhando para ele.

—Papai. —Pheobe diz enquanto molha o sushi no molho. —O que você acha de passar alguns dias lá em casa?

Engasgo com o suco e quase o cuspo.
Christian me olha e sorri.

—É melhor não filha, a mamãe pode não gostar. —Christian diz e meus ombros relaxam.
—Ela vai adorar. —Pheobe diz. —É meu desejo mais pronfudo. Não é mami?

Arqueio uma sobrancelha e encaro Pheobe que sorri descaradamente.

—Não é mamãe? —Pheobe insiste.
—Claro. —Digo franzindo os lábios.
—Sério? —Christian pergunta incrédulo.
—Sério. —Pheobe e eu dizemos juntas.
—Ok. —Ele diz rindo.

Começamos a comer e eu não consigo parar de olhar para Christian, também recebo seus olhares em troca e Pheobe nota isso, mas não diz nada.

—Papai, prova um pouco de sushi. —Pheobe diz levando o sushi a boca de Christian que faz cara de nojo. —Não faça cara de nojo.
—Ok. —Ele diz e prova o sushi.
—Viu, você não morreu.

Continuamos a comer e conversar, depois que almoçamos nós ficamos andando pelo shopping até a tarde acabar.

—Papai, eu tenho algo para você. —Pheobe diz quando estamos indo para o estacionamento.
—O que é? —Christian pergunta.
—É uma surpresa, e se você quiser ganhar vai ter que me dá algo em troca. —Pheobe diz toda sapeca.
—Ok, e o que você quer?
—Que você prometa que nunca mais vai ficar longe de mim, ou deixar a mamãe ir embora.

Christian me olha e eu mexo os lábios formando um "desculpa", ele sorri em troca e sussurra um "eu te amo".
Cuidadosamente Christian se abaixa na frente de Pheobe.

—Eu prometo sempre estar presente na sua vida, e nunca deixar você ou a mamãe partirem. —Sua declaração faz meu coração explodir de amor.
—Obrigada. —Pheobe diz e o abraça, ela tira os chaveiros do bolso e entrega a parte do meio para Christian. —Nós nunca vamos nos separar, certo?
—Certo. —Christian sorri e coloca o chaveiro em sua chave do carro.
—O seu mami. —Pheobe diz me entregando minha parte do chaveiro e eu também coloco na chave do carro.
—Obrigada filha. —Digo.
—Papai, você dorme com a gente hoje?
—Hoje? —Ele me olha e eu desvio o olhar. —Hoje eu não posso querida, eu ainda tenho que ir para a empresa.
—Há, entendi. —Ela diz de forma seca e se afasta. —Vamos mamãe?
—Vamos. —Christian se levanta e me beija pegando-me ainda de surpresa.
—Até mais baby.

Ele pisca e depois da um beijo em Pheobe, logo ele entra no carro e nós seguimos para o meu carro, assim vamos embora.


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