Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está mais um capítulo.



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POV ~ Oliver

— Onde Merlyn os levou?

Era a quinta vez que eu gritava com o homem que tinha tentado matar minha irmã enquanto Malcolm levava Felicity e meu filho. Eu já tinha estourado a cara dele pelas três primeiras respostas contrárias a minha pergunte por isso tive que gritar ao invés de quebrar ainda mais sua cara.

— Ele não vai dizer, Arqueiro.

Diggle estava parado na porta enquanto eu tentava controlar a minha raiva. O homem parado a minha frente nem mesmo reagia a minhas perguntas, o que me deixava ainda mais furioso. Saímos da sala onde mantínhamos o homem preso nos fundos do bunker e seguimos para a ilha onde todos nos esperavam, tirando nossas mascaras.

— Já tentei localiza-los e não existe nenhum rastro que nos leve a alguma pista. – disse Curtis frustrado, sentando na cadeira da Felicity.
— O Malcolm sabe o que está fazendo, não deixaria nenhuma pista para você ir atrás. – disse Thea, que estava com o rosto bem machucado pela luta com o homem.
— Se ele fizer alguma coisa com minha família. – esmurrei a mesa e um teclado perdeu parte das teclas.
— Oliver, temos que manter a calma. – Diggle se aproximou.
— Calma? Como eu faço isso Diggle? – esbravejei em sua direção. – Ela está sem tomar os remédios, como vai suportar as dores sendo que aquele infeliz nem mesmo a levou na cadeira de rodas? E meu filho está nas mãos daquele lunático, como vou ter calma? – gritando a ponto de sentir minha garganta arder.

Eu sentia como se algo no meu peito estivesse arrebentando. Ter que lidar com aquela situação com calma era pedir demais para mim. Me virei quando senti que não ia aguentar segurar o choro e no segundo seguinte Thea me abraçava pelas costas fazendo tudo ficar mais difícil.

— Eu juro que tentei, Ollie. Eu tentei evitar que aquele doente os levasse. – chorando comigo.
— Eu sei que tentou, Speed. – me virei ainda em seus braços e envolvi os meus em torno dela.
— A culpa é minha, ele está com raiva porque o rejeitei.
— A culpa é dele por ser um bandido, você não tem obrigação alguma aceita-lo e já passou da hora dele aceitar que a morte do Tommy foi culpa dele e de mais ninguém.
— Oliver, acho bom você ver isso.

Curtis pontou para um dos monitores e uma imagem escura apareceu.

— É um sinal que foi enviado para um servidor da Palmer com seu nome como legenda.
— Só pode ser do Malcolm.
— Você é esperto Oliver.

O rosto do Malcolm apareceu no único ponto de luz que tinha no vídeo. Ele estava sorrindo e seus olhos injetados como um louco.

— Onde eles estão? – sentindo a raiva apertar ainda mais meu peito.
— Ah, fique tranquilo. Eles estão bem acomodados.

Uma voz iluminou os fundos do galpão e duas celas apareceram, não era possível ver quem estava nelas, mas todos sabiam quem eram mantidos reféns ali.

— Se você fizer mal a algum deles.
— Até mesmo a Samanta? Duvido muito que ela seja importante para você.
— Não te interessa quem é importante para mim, eu quero todos vivos e longe de você.
— Isso vai depender da sua irmãzinha ai.

Olhei para Thea que assim como eu não parecia entender o que ele estava dizendo. Voltei a encarar Malcolm, mas agora a luz dos fundos tinha se apagado e somente ele aparecia.

— Ela tem até amanhã para resolver o que fazer.
— O que você quer que eu faça, seu doente? – Thea avançou para o monitor, mas eu a contive.
— Quero que você aceite trocar de lugar com os outros.
— De jeito nenhum.
— Essa é uma decisão dela, Oliver. Não sua.
— Ela não vai.
— O que você quer comigo? – me ignorando.
— Isso é algo que conversaremos pessoalmente, só posso adiantar é que estar comigo te tornará alguém bem melhor.
— Só você tem essa visão de ser melhor do que os outros, Malcolm. – respondi tentando não gritar com aquele infeliz.
— Eu estou com sua família, isso já me torna melhor que você.

Respirei fundo para não continuar aquela conversa e quando olhei para minha irmã eu sabia o que ela já tinha decidido.

— Não, Thea.
— Que horas, Malcolm?
— Eu mandarei as coordenadas, tenha certeza que essa é a escolha certa. E somente para que vocês saibam, qualquer tentativa de nos localizar física ou virtualmente a primeira a morrer é a mãe do pirralho. – desligando em seguida.

O silêncio tomou o bunker, mas nada era pior do que ver no rosto da Thea a firmeza de uma decisão que eu sabia ser incapaz de convencê-la do contrário.

— Thea.
— Não, não agora. – me encarando com os olhos cheios de lágrimas e correndo para a saída.
— Ela não pode fazer isso. – ainda olhando por onde ela saiu.
— Ela já fez a escolha dela, Oliver. – Diggle se colocou na minha frente por saber que eu estava a ponto de correr atrás dela.

Curtis tentou acessar meios nos quais não pudesse ficar tão evidente que estávamos procurando por Merlyn, mas nada que ele tentasse chegava perto a um caminho menos arriscado.

— O rastreamento seria uma opção levando em conta que ele está em um galpão em Starling, mas isso colocaria a vida da Samanta em risco.
— Só a Thea pode fazer algo então.
— Isso não pode terminar assim. Não depois de tudo que já passamos para tê-la de volta.
— Vamos encontrar uma maneira.
— Não vão fazer nada.

Dig se virou e Thea estava de volta, com o rosto molhado pelas lágrimas.

— Temos que encontrar outra maneira.
— Vocês ouviram o que ele disse, se tentarmos encontra-los ele mata a Samanta.
— De maneira nenhuma vou permitir que você vá até o Merlyn.
— Oliver. – se aproximando de mim e segurando meus braços. – Eu sei que você quer me proteger, mas o preço para isso é alto demais.
— O Merlyn mandou as coordenadas.

—--

24 horas.
Esse era o prazo de Merlyn deu para que fizéssemos a troca no lugar que ele escolheu a poucas quadras do Bunker. Aquele infeliz sabia que eu não colocaria a vida da Samanta em risco por isso era bem provável que o galpão onde estava mantendo minha família de refém deveria ser perto também.

Abri a porta do meu apartamento, lugar que eu só estava depois de muita discussão com o Diggle, e me deparei com minha sala toda destruída.

— Pensei que o estrago tinha sido maior. – dando espaço para Thea passar.
— Acho que ele se focou mais em me matar do que destruir minha sala.

Afastei a mesa quebrada e sentei no sofá cobrindo o rosto com as mãos. Eu estava desesperado com essa impotência de não ter o que fazer para trazê-los de volta e ainda ter que contar com o sacrifício da minha irmã.

— Ollie. – sentando do meu lado e me abraçando. – Eu vou ficar bem. Aquele homem não vai fazer nada comigo.
— Como você tem tanta certeza?
— Ele quer se vingar de você, mas sabemos que é questão de tempo para me livrar disso tudo.
— Trouxemos você dos mortos Thea, ele é capaz de qualquer coisa para tirar você da gente para sempre. – olhei para ela sem acreditar que a perderia de novo.
— Vou encontrar uma maneira de sair ilesa disso tudo, mas você tem que me prometer que não irá atrás de mim.
— Como é? – não estava gostando do rumo daquela conversa.
— Isso mesmo, uma vez que a troca for feita você irá embora e não vai olhar para trás.
— Isso não tem o menor cabimento, Thea. – levantei, indo até a janela. – Eu jamais vou desistir de você.
— Eu sei que não, mas eu estou te pedindo que desista. – parando do meu lado. – Se você vier atrás de mim ele pode pegar a Felicity e o William de novo, só que não acredito que ele dê a você uma segunda chance de resgata-los.

Me virei e encarei minha irmã. O amor que eu tinha por ela era gigantesco, mas eu sabia que se fosse contra o que ela estava prestes a fazer ela nunca me perdoaria.

— Te amo.
— E eu amo você. – vindo me abraçar.

Não sei por quanto tempo ficamos lá abraçados, mas eu queria que nunca mais eu tivesse que solta-la. Minha irmã estava prestes a abrir mão de sua liberdade e eu não conseguia lidar com o fato de que não poderia fazer nada para mudar aquilo e teria que aceitar que o futuro dela estava em suas próprias mãos.


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