A Escuridão Escarlate escrita por Tris Z


Capítulo 7
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo!!! rsrs... Não consegui ficar muito tempo longe. Esse capitulo ficou muuito longo! . Se estiver entediando vocês porque está muito longo ou algo assim,por favor me avisem,eu geralmente exagero um pouco! Espero que gostem.
beijos vampirescos
Tris Z



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Para imortais, uma década equivale há um mês; um ano, há uma semana e um mês, há um dia.

Para pessoas como eu, que não envelhecem e sua existência é mais do que insistente, o tempo pode ser comparado a muitas coisas.

Assim como a brisa de um dia de verão, ou a fraca garoa do dia nublado, o tempo é passageiro. É bom, mas nunca dura o que queremos. O que precisamos. E ao contrario do que pensamos, ele nos afeta demais, se tornando por muitas vezes, nosso maior e mais terrível inimigo.

Eu olhei assombrada para o espelho,quando percebi,que já fazia um mês que eu meus irmãos havíamos chegado a Forks. É claro, que agora, nada estava como queríamos.

Ninguém havia sentido a falta de Zack,mas para aqueles poucos que perguntaram,dissemos que ele havia viajado. Pra nosso azar, Zack fazia parte do conselho de fundadores, preenchendo a lacuna da família Salvatore. Embora não fosse algo de nosso interesse, Damon se prontificou a entrar, já que descobrirá que um dos principais assuntos eram os vampiros.

A história havia se repercutido depois que um famoso repórter — Logan Fell — desapareceu e que uma adolescente — Vicky Donovan — tinha sofrido um “ataque de animal” — que sabíamos, sem sombra de duvidas, ser um ataque de vampiros — na mesma festa que Elena convidara Stefan. No primeiro momento, eu desconfiei de Damon, mas quando ele negou, eu acreditei. Acho que quando você passa mais de cem anos convivendo com alguém, sabe até quando diz a verdade.

Eu avisara os Cullens que nenhum de nós havia matado a garota ou seqüestrado o repórter. Todos nós estávamos em alerta.

Depois daquela estranha conversa Edward Cullen não voltou a falar comigo. No dia seguinte a morte de Zack, tentei conversar com ele, mas foi em vão. Depois disso, não tentei quebrar o gelo. E assim como ele, passei a ignorá-lo, mesmo que sua imagem e palavras ainda me assombrassem.

Stefan seguiu adiante no que dissera, e conseguira se juntar ao grupo de amigos de Elena. Eles estavam próximos, e se eu bem conhecia meu irmão ele estava apaixonado. Eu torcia por sua felicidade, mas também sabia que se ele se aproximasse de Elena, não demoraria para Damon fazer o mesmo.

E em poucos dias, — para meu lamento — minhas premonições se mostraram a mais pura verdade. Damon ficou curioso, e logo, se aproximou de uma amiga de Elena, se bem o conhecia, agora que Stefan estava feliz e ele, ainda carregando o fardo que era seu amor por Katherine, Damon iria infernizar a vida de nosso irmão. E assim, grudei nele com medo de que fizesse uma burrice.

Nós, os Salvatore, por fazer parte da pequena parcela de famílias fundadoras, tínhamos nossas responsabilidades em prol a cidade. E assim,deveríamos comparecer — como convidados de honra — ao baile de fundadores. Eu adoraria fugir, mas já que nosso único representante agora morava debaixo da terra, acabei assumindo a responsabilidade de comparecer. O irônico era que ninguém fazia idéia que havíamos participado do primeiro baile, e que a idéia de criá-lo, surgira parcialmente de mim.

As vésperas do baile horrendo, minha cabeça explodia. Eu pouco me importava, mas estava irritada com as perguntas incessantes,

Jessica havia me ligado há dois dias, questionando se não tinha problema de convidar Mike Newton para o baile. Eu sabia que ele nutria sentimentos ilusórios por mim, mas Jessica deveria saber que eu não fazia o mesmo pelo jovem menino.

— Tem certeza que você não se importa... Você não estava planejando convidá-lo? — Ela insistiu quando eu disse que não me importava nem um pouco.

— Eu vou com meu irmão mais velho Jess. E se eu pudesse, nem iria. — falei sinceramente.

— Vai ser muito divertido. — A tentativa de convite dela foi meio falsa.

Eu suspeitava que Jessica gostasse mais da minha inexplicável popularidade do que da minha companhia propriamente dita.

— Se divirta com Mike. — Eu encorajei.

No outro dia fiquei surpresa que Jéssica não estava sendo a mesma pessoa em Trigonometria e Espanhol. Ela estava quieta enquanto andava ao meu lado entre as aulas, e eu estava com medo de perguntar o porquê. Se Mike a deixou na mão, eu seria a última pessoa pra quem ela iria querer contar.

Meus medos cresceram no almoço quando Jéssica se sentou tão longe de Mike quanto foi possível, conversando animadamente com Eric.

Mike estava estranhamente quieto.

Ele ainda estava calado quando me acompanhou á aula, a expressão desconfortável no rosto dele era um mau sinal. Mas ele não tocou no assunto até que eu estava sentada e ele estava curvado sobre a minha mesa.

Como sempre, eu estava eletricamente consciente da presença de Edward sentado ao alcance do meu toque, distante como se ele fosse um fruto da minha imaginação.

— Então, — Mike disse olhando pro chão. — Jéssica me convidou para o baile dos fundadores.

— Isso é ótimo. — Eu fiz a minha voz ficar contente e entusiasmada. — Você vai se divertir muito com a Jessica.

— Bem... — ele gaguejou enquanto examinava o meu sorriso, claramente descontente com a minha resposta. — Eu disse a ela que precisava pensar.

— Porque você faria isso? — Eu deixei a desaprovação aparecer no meu tom, apesar de estar aliviada que ele não tivesse dado um não definitivo á ela.

O rosto dele estava vermelho quando olhou para o chão de novo. A piedade me deixou balançada.

— Eu estava imaginando se... Bem, se você estava planejando me convidar.

Eu parei um segundo, odiando a onda de culpa que passou por mim. Mas eu vi, pelo canto dos meus olhos, quando um reflexo fez Edward virar a cabeça na minha direção.

— Mike, eu acho que você devia dizer sim pra ela. — Eu disse.

— Você já convidou outra pessoa? — Será que Edward percebeu os olhos de Mike na direção dele?

— Eu vou com meu irmão mais velho, Damon. Eu não queria ir, mas os Salvatore são fundadores... — desta vez, minha voz estava desapontada.

— Você não pode ir mesmo com outra pessoa? — Mike quis saber.

— Não, eu fiz uma promessa — Eu disse. — Então você não devia fazer Jess esperar mais, é rude.

— É, você está certa. — ele murmurou e se virou, arrasado, pra voltar pro seu lugar.

Eu fechei os meus olhos e pressionei os dedos nas minhas têmporas, tentando tirar a culpa e a pena da minha cabeça.

O Sr. Banner começou a falar.

Eu suspirei e abri os olhos.

E Edward estava me olhando cheio de curiosidade, aquele mesmo olhar de frustração ainda mais distinto agora nos seus olhos pretos marcados pela fome.

Eu olhei de volta, surpresa, esperando que ele olhasse rapidamente pra longe. Mas ao invés disso, ele continuou me olhando intensamente nos olhos. Eu não afastaria o olhar de jeito nenhum. Minhas mãos começaram a tremer de raiva. E em um raro surto de estresse tive a vontade quase incontrolável de gritar com ele, e lhe dar um soco.

— Sr. Cullen. — O professor chamou, querendo a resposta para uma pergunta que eu não tinha ouvido.

— O ciclo de Krebs. — Edward respondeu, parecendo relutante enquanto ele virava pra olhar para o Sr. Banner.

Olhei para os meus livros assim que estava livre do olhar dele, tentando me encontrar.

Não conseguia acreditar na onda de emoções pulsando no meu corpo, só porque ele olhou para mim pela primeira vez em dias.

Eu fiz o que pude para não me dar conta da presença dele pala hora restante, ou, o mais perto disso. A minha raiva aumentou cada vez mais e seu principal alvo eram meus sentimentos incompreensíveis.

Quando o sinal finalmente tocou, eu me virei de costas pra ele e juntei minhas coisas, esperando que ele fosse embora.

— Bella? — a voz dele não devia soar tão familiar para mim, como se eu conhecesse esse tom por toda a minha vida e não por apenas algumas semanas.

Eu virei devagar, sem vontade. Não queria sentir o que eu sabia que sentiria quando olhasse em seus olhos. A minha expressão era cautelosa quando eu finalmente me virei para ele, à expressão dele era ilegível. Ele não disse nada.

— O que? Você já esta falando comigo de novo? — eu finalmente perguntei, com uma petulância sem intenção.

Os lábios dele se contorceram, lutando contra um sorriso.

— Na verdade não. — ele admitiu.

Eu fechei meus olhos e inalei vagarosamente pelo nariz, consciente de que os meus dentes estavam se apertando. E meus olhos, pretos pela raiva.

Ele esperou.

— Então o que você quer?

— Me desculpe — ele pareceu sincero — Eu estou sendo muito rude, eu sei.

Abri meus olhos abruptamente, surpresa. Para escondê-la, deixei que meu sarcasmo escapasse.

— Jura? Já estou acostumada com grosseria que nem a distingo-o mais.

Ele abriu um pequeno sorriso, e eu juro que senti meu coração bater.

— É melhor se nós não formos amigos — ele explicou — Confie em mim.

Meus olhos reviraram.

— É uma pena que você não tenha descoberto isso mais cedo. — eu falei pegando meu material e marchando para fora.

— Para onde você vai? — ele questionou.

Dei de ombros, e ainda de costas, respondi:

— Para aula, oras. Afinal, não somos amigos.

*******************

No final do dia, eu estava aliviada por poder ir embora. Há algum tempo, Stefan pegava carona com Elena, o que significava ter que ir sozinha, o que nunca me importou.

Praticamente corri até meu carro, e me surpreendi ao ver uma figura esguia no capo enferrujado.

— Ei Eric. — Eu chamei.

— Oi Bella.

— E aí? — Disse enquanto destravava a porta.

Eu não estava prestando atenção ao tom desconfortável da voz dele, então suas próximas palavras me pegaram de surpresa.

— Uh, eu estava só imaginando... Se você não gostaria de ir ao baile dos fundadores comigo. — A voz dele desapareceu na última palavra.

Arrumei minha compostura e tentei sorrir docemente.

— Obrigado por me convidar, mas eu vou com meu irmão mais velho.

— Ah, — ele exclamou — Talvez da próxima vez.

— Claro — eu concordei, e mordi o lábio.

Não queria que ele levasse isso muito a sério.

Eric foi embora, em direção á escola. Eu ouvi uma gargalhada baixinha.

Edward estava passando pela minha caminhonete, olhando diretamente pra frente, seus lábios pressionados. Eu abri a porta e pulei pra dentro, batendo ela com força atrás de mim.

Eu liguei o motor desafiadoramente e dei a ré saindo pelo corredor.

Edward já estava em seu carro, a duas vagas de distância, deslizando vagarosamente na minha frente, me atrapalhando.

Ele parou lá, pra esperar sua família. Eu podia ver eles caminhando nessa direção, mas ainda perto da cafeteria. Eu pensei em arrancar o retrovisor do seu Volvo, mas havia muitas testemunhas. Olhei no meu espelho retrovisor. Uma fila estava começando a se formar.

Diretamente atrás de mim, Tyler Crowley acenava freneticamente. Eu estava agitada demais para prestar atenção nele.

— Porque você esta fazendo isso comigo? — perguntei baixinho sabendo que ele poderia ouvir.

Em resposta, vi pelo reflexo do retrovisor, um sorriso zombeteiro — parecido até demais com o de Damon — espalhar por sua face.

Cerrei os olhos com raiva, e segurei o rosnado que entalava minha garganta.

Uma leve batida no vidro da picape,quase me fez pular. Olhei para o lado encarando Tyler Crowley,pelo retrovisor,vi seu carro aberto e ligado.

Abaixei o vidro.

— Desculpe Tyler, estou presa atrás do Cullen — aquele idiota, acrescentei mentalmente.

— Oh, eu sei, eu só queria te perguntar uma coisa enquanto estamos presos aqui. — Ele sorriu largamente.

Isso não podia estar acontecendo. Se chegasse aos ouvidos de Damon, ele me irritaria pelo resto do século.

— Você vai me convidar para o baile dos fundadores? — ele continuou

— Eu vou com meu irmão mais velho — disse rispidamente.

—É... Mike disse isso.

— Então por que...?

Ele encolheu os ombros.

—Eu estava pensando que você só não queria machucá-lo.

Ok, foi culpa dele.

— Desculpe Tyler. — disse tentando esconder minha irritação. — Eu já tenho par.

— Tudo bem. Ainda temos o baile de primavera da escola.

E antes que eu pudesse responder, ele estava caminhando de volta pro seu carro. Podia sentir o choque no meu rosto. Quando ele se foi, vi meu irmão mais novo correndo até mim.

— Me dá uma carona?

Sorri

— Entre.

Eu olhei pra frente pra ver Alice, Rosalie, Emmett e Jasper, todos entrando no Volvo. No espelho retrovisor dele, os olhos de Edward estavam em mim. Ele estava inquestionavelmente se balançando de rir, obviamente, ele tinha ouvido cada palavra de Tyler.

O ignorei.

— Como foi seu dia? — falei me virando para Stefan e dando a partida, outra vez.

— Entrei para o time de futebol americano.

Sorri

— Isso é excelente!— exclamei

Ele revirou os olhos.

— Eu vou lhe ver jogar na noite da fogueira? — ele gargalhou

— Pensei que você odiasse esse tipo de coisa.

 — E odeio. Mas não vou perder a chance de te ver jogar.

— Ou fazer o papel de irmã orgulhosa.

— Eu acho que estou mais para irmã zombeteira — brinquei

— Esse já é o papel de Damon. — retrucou, me fazendo rir.

Sem perceber meus olhos se voltaram apara frente, fitando o Volvo prateado que saia,e os olhos negros de um rosto desapontado,que se dava conta da minha — falsa — indiferença.

*******************

Eu me segurei para não gritar da arquibancada. Stefan jogava perfeitamente — e sem nenhuma modéstia — e era graças a ele que ganhávamos o jogo. Ao longe, vi Damon, que fingia estar desinteressado, mas no fundo, eu sabia que ele estava tão orgulhoso quanto eu.

Quando o jogo finalmente terminou, com nossa vitoria, toda a escola se aglomerou ao redor da fogueira. Do outro lado, vi um par de olhos dourados e cabelos bronze. Passei os olhos rapidamente pela multidão, parando em meu irmão, que estava sério como sempre.

— Será que ele nunca consegue ficar feliz? — ouvi o sussurro de Damon acima dos gritos da multidão.

Eu ri, silenciosamente.

Sobre a respiração, mexendo seus lábios tão rápido que nenhum humano poderia ver, e falando tão baixo que ninguém além de um vampiro poderia ouvi-lo, Stefan respondeu a Damon.

— Eu estou feliz. A única coisa que me impede de mostrá-la é você.

Pude ver o leve sarcasmo suas palavras carregavam. Depois, ele sorriu divertido e arqueou as sobrancelhas zombeteiro, seus olhos estavam fixos em mim.

Sorri para ele e ouvi Damon bufar.

O professor de historia e treinador do time começou a fazer um discurso, e os murmúrios se cessaram em um sinal de atenção.

— é mais do que satisfatório,quando algo que você bota fé,mostra bons resultados. E ultimamente falo isso como treinador, porque como professor... As coisas só pioram — os alunos gargalharam — É claro que não teríamos conseguido se não fosse pelos novos integrantes — seu olhar se voltou para Stefan, que abaixou a cabeça envergonhado. — Eu não poderia estar mais orgulhoso de começar o ano assim. Vamos vencer esse campeonato este ano! Vão lobos de Forks!

Todos gritaram, acompanhando sua saudação.

Senti Damon ao meu lado.

— Não é irônico? Um vampiro em uma escola de lobos. Talvez vire um lobisomem. Talvez seja um hibrido.

Revirei os olhos, mas um pequeno sorriso abriu em meus lábios. Stefan compartilhava a mesma expressão.

A multidão ainda gritava em êxtase, no entanto, um burburinho, se elevava ao som da comemoração. Tão baixo que os humanos demoraram a notar.

Uma briga de adolescentes. Na mão de um, vi uma garrafa quebrada, com um lado cortante.

O garoto partiu para cima do outro. Senti a adrenalina passar por mim,mas Stefan agiu antes de mim, o atacando, no entanto o garoto rasgou a própria mão antes que alguém pudesse pará-lo.

O sangue escorreu lentamente, deixando um rastro pela palma da mão e caindo em gotas grossas até o chão esverdeado.

O cheiro era intoxicante. Minha visão se nublou em desejo, fome. As veias ao redor de meus olhos saltaram,e as presas cresceram,furando minha língua. Fechei os olhos e agarrei o braço de Damon. Ele me tranqüilizou.

—Não vou atacar ninguém.

Suspirei, e reprimi a minha sede, abrindo com cautela os olhos.

Damon estava bem. Com o nariz levemente franzido em descontentamento. Fitei Stefan que estava vacilante. Movendo como um só,nós três fomos para longe,

Após averiguar os sentidos de cada um, e ter certeza que não havia qualquer resquício de sede incontrolável e mortal, nos unimos outra vez com os alunos que Damon apelidara — com carinho — de bolsas de sangue patéticas.

Por um momento, o breve incidente foi esquecido, como se tudo não passasse de uma ilusão. A pequena multidão falava alto, e suas risadas escoavam por todo o campus, dando-lhe um ar vivo.

Logo, tudo se tornou um retrato do inferno.  Como se não passasse de um filme de câmera lenta,toda a alegria se dissipou mostrando o lado sombrio da escola. Tudo começou com um grito,muito sangue e o cadáver do professor de historia,Willian Tanner.


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Notas finais do capítulo

O que vocês estão achando? Postarei o próximo capitulo logo,galera. Bom carnaval a todos!!!



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