A Matter of Time escrita por Clever Girl


Capítulo 9
Capítulo 09 - Your Scars


Notas iniciais do capítulo

Oiii :) Eu finalmente tomei vergonha na cara e terminei esse capítulo. Então aqui esta ele. espero que gostem. Boa leitura.
Beijinhos...



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— ...Então eu corri pra casa, com três garotos furiosos me perseguindo. E por muito pouco, não consegui escapar. Lembro que minha mãe ficou furiosa por eu ter me metido em uma briga. Já meu pai...Ele só esperou ela terminar de me dar a bronca, chegou perto de mim e perguntou com seu eterno bom humor: "- Você ganhou?"...Eu costumava dizer que sim, mesmo que só tivesse apanhado. - Barry terminou de contar mais uma história de sua vida para Caitlin.

 Era um fato curioso, mas ele se sentia extremamente  a vontade em compartilhar lembranças de seu passado com ela. Era como se não houvesse nada que não pudesse confiar a ela. Ele sabia que ela iria escuta-lo com atenção; saber o que dizer quando algo fosse delicado; iria rir com ele das memórias engraçadas. Era simplesmente fácil, ser ele mesmo na presença dela.

Ela compartilhava coisas sobre sua vida com ele também. Barry sabia que ela já ganhou um concurso de memorização dos números de PI, e isso só porque alguém disse que não conseguiria. Ela era competitiva, e detestava quando a subestimavam. Ele sabia que ela amava ler e que quando era menor, podia ser chantageada com doces, principalmente tudo que incluísse chocolate.E ele amava saber de tudo isso...De todas essa pequenas coisas sobre ela.

 Desde que descobriu ser o Flash, Barry tem passado cada vez mais tempo nos Laboratórios Star. É claro que muito disso se devia a sua caçada por meta-humanos, e seus poderes, mas ele também gostava de estar na presença dela. Os olhares sutis que compartilhavam; as conversas que tinham; todos esses momentos eram muito especiais para ele.

— Quem diria? Barry Allen era um garoto levado na infância. Por que eu não estou surpresa? - Caitlin comentou com bom humor.

Depois de ter quase beijado-o, Cait pensou em tentar se afastar, em estabelecer limites profissionais entre eles, mas isso foi uma tarefa impossível. Querendo ou não, era como se eles gravitassem em torno um do outro, sempre sendo atraídos juntos. Lutar contra isso apenas se tornou uma tarefa cansativa e inútil, então ela desistiu.

 Não havia um motivo para que eles não pudessem ser amigos, pensou. Talvez isso fosse o suficiente, talvez precisasse apenas disso para acalmar seu coração e todos aqueles sentimentos que a perseguiam. Ela estava feliz em ser amiga dele. Amava todas as conversas; as risadas; os momentos que passavam juntos. Estava feliz com tudo isso, mas mesmo assim, seu coração insistia em pedir por mais.  

— Vai me dizer que você nunca se meteu em nenhuma confusão quando era menor? - Ele indagou curioso.

— Não, eu não me meti. Fique sabendo que eu fui uma criança muito responsável e obediente. - Cait afirmou, e recebeu um olhar de "Eu não acredito em uma palavra do que você esta dizendo". Então ela bufou em derrota e então confessou. - Okay...Teve uma vez.

— Eu sabia! - Exclamou satisfeito por estar certo - O que foi que você fez?

— Bom... Tinha esse grupo de crianças na rua em que cresci, e eles me desafiaram a uma competição de escalada. Eu disse que não, pois claramente podia ser perigoso. Ai eles ficaram dizendo que eu estava com medo e não tinha coragem. Você sabe o quanto eu odeio que façam isso, então eu aceitei. Nós procuramos uma árvore bem alta, e eu e mais três garotos apostamos sobre quem chegaria lá em cima primeiro. Obviamente não fui eu. Um galho quebrou e eu despenquei igualzinho a uma fruta podre. Meus pais ficaram loucos de preocupação, e eu ganhei uma ida ao hospital; uma concussão; e uma bela de uma cicatriz.Isso sem contar o tempo que fiquei de castigo  depois disso...E espere, por que você esta rindo?

— Desculpe... Mas é uma história legal, e você esta obviamente bem, então não é nada trágico. Eu só fiquei imaginando você menor fazendo isso. É difícil de acreditar...Não que eu esteja desafiando você, pois eu não estou. Não precisa procurar uma árvore para provar nada. Foi só divertido o jeito que você contou a história - Tagarelou contendo seu rido, e tentando se explicar sem se meter em problemas

Ela pôs as mão na cintura, esforçando-se para parecer reprovadora, mas o sorriso que não foi capaz de impedir, acabou a denunciando. Ela simplesmente amava ver esse lado desajeitado dele.

— Eu posso ver? - Ele pediu, contente por ela não estar brava.

— Ver o que?

— A cicatriz. Isso é claro, se você puder mostra-la, pois se você não quiser, tudo bem. Pensando bem, foi um pedido estranho. Esquece, e me desculpe. - Ele se repreendeu mentalmente, assim que falou aquilo. Tudo bem que estava curioso, mas isso era um pedido estranho a se fazer.

 - Esta tudo bem Barry. Você pode vê-la - A doutora respondeu tranquilizadoramente, percebendo a luta interna que acontecia dentro dele.

 Mais uma vez, ele sorriu aliviado. Não queria que ela  achasse que ele era esquisito, ou fazer algo que pudesse assusta-la e fazê-la se afastar.

Cait levantou seus cabelos, prendendo-os entre os dedos, e virou de costas, deixando-o ver a cicatriz presente em sua nuca.

— Foi a ponta de um galho que cortou. Ardeu pra caramba - Comentou, lembrando-se, mas ele nada respondeu.

 O sorriso nos lábios de Barry murchou e ele olhou atentamente a cicatriz. Sua mente viajando por memórias, e agora, começando a bombardea-lo com perguntas e suposições.

 Antes que qualquer um deles pudesse dizer alguma coisa, os dois se assustaram com um repentino barulho na sala. Caitlin soltou seus cabelos e assim como Barry, olhou diretamente para a fonte do som. Eles encontraram Cisco, que aparentemente tinha trombado com uma mesa, e agora os olhava com um sorriso constrangido.

— Desculpem! Mil desculpas mesmo. Eu não queria atrapalhar...Seja lá o que estivessem fazendo. Eu tenho um péssimo timing. Péssimo mesmo. - tentou se desculpar, culpado por ter invadido e atrapalhado o que quer estivesse acontecendo ali.

— Que isso? Você não atrapalhou nada. Eu só estava contando uma história para o Barry e ele quis ver a prova dela. Certo Barry? - Ela se virou para o velocista, esperando que ele concordasse com ela, mas como tudo que obteve foi o silencio, perguntou um pouco mais alto. - Certo Barry?

— É...Sim...Claro. Não atrapalhou nada. - Afirmou assim teve sua consciência puxada para o momento presente.

— Esta tudo bem Barry? - Cait indagou um pouco preocupada.

 Havia algo estranho com ele. Ela notou assim que olhou nos seus olhos, mas o que quer que estivesse acontecendo, não era extremo o suficiente para ela poder identificar com clareza.  O sentimento de curiosidade, era sutil o suficiente para que ela o confundisse com o seu próprio.

— Esta sim...Tudo ótimo. Eu só...Acho que preciso de uma xícara de café. Acho que vou busca-la - Deu como desculpa e saiu correndo daquele lugar.

— O que deu nele? - Cisco perguntou a sua amiga.

— Eu sinceramente não sei.

...

" Isso não pode ser uma coincidência, ou pode?" Pensou com sigo mesmo, assim que se encontrou sozinho.

 Barry se lembrava claramente da primeira vez que a sentiu. Lembra de ter se perguntado varias vezes, quem consegue machuca o pescoço? Há tantos lugares mais fáceis para bater, mas a nuca?

 Ele obviamente se sentia atraído por Caitlin, já havia percebido isso. E já teve amigas o suficiente para saber que o que sentia algo mais do que amizade. Ele pensou que talvez pudesse ser uma paixonite, ou algo do tipo, mas nunca pensou na possibilidade de que poderia ser ela.

 Será que era ela? Seria Caitlin Snow sua alma gêmea? Será que o que sentia e havia classificado como paixonite, era na verdade o amor entre duas metades? Ou apenas uma maluca coincidência? Coisa de sua imaginação fértil?

 Agora ele estava confuso, mas de uma coisa podem ter certeza: Ele iria descobrir a verdade, e faria isso logo.


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Notas finais do capítulo

Ele ja começa a desconfiar. Agora a Cait que se cuide, por que ele irá investigar essa história mais a fundo.
Espero ver vocês nos comentários. Beijinhos...