The Wanheda escrita por Scodders


Capítulo 1
Capítulo 1 - May We Meet Again


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de fazer alguns comentários antes de começar:

1. É a minha primeira fanfic e ainda estou me adaptando com o site. Por favor, tenham paciência.

2. Não sou formada em letras e cometerei diversos erros. Caso encontrem algum deles, me informem para eu consertar.

3. O primeiro capítulo foi baseado na cena Clexa do trailer promocional da terceira temporada e não acaba de repente. Na verdade, a história começa pela metade.

4. Vai ser um grande desafio para mim lidar com a língua dos grounders. Então muita calma nessa hora.

5. Alguns capítulos serão em POV e outros não. Avisarei sempre de quem.



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Lexa foi surpreendida por uma sombra na entrada da barraca e virou-se abruptamente em sua direção. Puxou sua adaga e apontou à figura em sua frente. Surpreendeu-se ao se deparar com uma silueta feminina. Ficou paralisada enquanto a outra se aproximava lentamente. Clarke estava quase irreconhecivel. Suas tranças loiras, roupa e tinta escura nos olhos a faziam parecer uma grounder. Assim que se posicionou à sua frente, Lexa não sabia o que fazer. Perguntas percorriam sua mente e a ignorância da presença loira à deixa nervosa.

— C-C-Clarke... - Gaguejou. Seu corpo todo tremia. Ficou tanto tempo afastada de Clarke que era quase como se ela não existisse. Não pensou que iria revê-la. - O que faz aqui?

— Disse que gostaria de se reencontrar comigo quando me abandonou. Cá estou eu, Lexa. - Suas palavras pareciam vazias e seus olhos indecifráveis. Por mais que tentasse, Lexa não conseguia enxergar a Clarke que outrora conheceu. Quanto mais a olhava, mais distante a sentia. Em poucos minutos, concluiu que seu antigo eu estava morta. - Sentiu minha falta?

— O que faz aqui, Clarke? - Repetiu a pergunta, dessa vez de forma firme. Lexa aos poucos se recuperava do choque que era este reencontro para ela. - Como chegou até aqui?

— Caminhando. - Disse, seca.

— Sabe muito bem que minha guarda nunca a deixaria entrar sem ser anunciada. Então repito, como chegou aqui? Sem jogos, Clarke. - A comandante estava impaciente.

— Avaliei por dias como funcionava a troca de turnos da sua escolta e recordei a época em que trabalhamos juntas. Existe sempre um ponto cego nesse momento. Bem, eu o encontrei. Não culpe seus soldados por serem menos inteligentes do que eu. Afinal, eles tem uma guerra para se preocupar. Creio que isso ocupe suas mentes. - Clarke deu um passo a frente e Lexa endureceu a postura ainda com sua adaga em mãos e ouviu uma risadinha da outra. - Calma Lex, não estou aqui pra matá-la. Só gostaria de conversar.

— O que você sabe desta guerra, Clarke? Nada disso faz sentido. Não ouço falar de você faz meses, exceto a busca incessante por sua cabeça que os "Mountain Man" tanto querem. Pensei que estivesse morta.

— Será que poderia abaixar isso? Ficaria mais confortável em responder suas perguntas sem ter uma faca apontada para mim. - Lexa hesitou. Não recordava se havia piscado alguma vez desde o início da conversa. Seu peito arfava. A presença de Clarke cada vez a deixava mais confusa. Por fim, deu um suspiro forte e abaixou sua adaga.

Em uma fração de segundos, Clarke tinha outra posicionada em seu pescoço. Sentiu que o ar não estava mais em seus pulmões. Esperava uma resposta, uma ameaça, qualquer coisa vinda da loira à sua frente, mas tudo o que acontecia era uma hesitação em seu olhar que percorria entre sua boca e adaga. Naquele momento, Lexa percebeu que Clarke ainda existia. Rapidamente à desarmou e prendeu a própria adaga de Clarke em seu pescoço, de costas à ela e sussurrou em seu ouvido:

— Clarke, só irei perguntar mais uma vez. O que. Veio. Fazer. Aqui? - Disse entredentes e soltou Clarke logo em seguida. A loira se virou para ela, incrédula por ter sido solta. Seu coração acelerado.

— Eu... - Não conseguia encontrar as palavras certas. Olhava para todos os lados em vão. - Eu... Eu não sei. - Seguiu-se um silêncio. Os olhos azuis de Clarke finalmente encontraram os verdes de Lexa. Desta vez, não eram vazios mas sim, cheios de dor. Parecia desolada. - Eu planejei isso tantas vezes. O caminho até aqui, o que aconteceria... E agora tudo parece tão sem sentido. - Seu olhar era sincero. Lexa avaliava a situação cautelosamente em silêncio. Após ter sido enganada anteriormente, não sabia até onde o teatro de Clarke chegava.

— Bem, pra mim parece que você estava convicta de que iria me matar. Mesmo dizendo que não.

— Eu queria que você sentisse o que eu senti quando me traiu. O que é ter sua confiança quebrada após depositar tudo que você é em alguém. - A mistura de ódio e dor em seu olhar cortavam o coração de Lexa enquanto a voz embargada de Clarke se alterava ferozmente. Ela bem sabia que não se arrependia do que fez em favor de seu povo mas trair Clarke não foi nada fácil para ela. - As coisas que me obrigou a fazer Lexa... Perdi a fé em mim mesma. Não sei nem ao menos quem eu sou. Tantas mortes em vão porque você não cumpriu sua palavra. Carrego comigo todos os dias tudo que você me fez passar. Como pôde fazer isso comigo? - Se jogou em direção à Lexa e começou a bater em seu peito. Mais e mais a cada palavra. - Eu nunca deveria ter assumido a liderança. Eu nunca... - As lágrimas finalmente rolaram e ela cedeu à batalha. Segurava firme na blusa de Lexa com a cabeça baixa.

— Então seu povo estaria morto. Seus amigos. Todas essas decisões foram em pró deles, assim como as minhas. Pois é isso que os líderes fazem, Clarke. Colocamos os nossos acima de qualquer outros. Até mesmo... Nossos sentimentos. - Pronunciou as últimas palavras incerta do que viria a seguir. Clarke levantou o olhar para Lexa. A mesma estava esperando um ataque e tudo que não queria era lutar com ela. Esperava que um dia ela compreendesse sua decisão e a perdoasse. Mas não estava preparada para o que viria à seguir. Clarke à beijou repentinamente. Após o choque momentâneo, Lexa retribuiu. O beijo era feroz, carnal e agridoce. Mal se respirava. De repente, Clarke começou a chorar compulsivamente entre os beijos. Quando seus lábios se separaram, ela não conseguia olhar para Lexa. Começou a desabotoar a blusa da commander, que a observava com interesse e culpa. Então, segurou ambas as mãos de Clarke, a impedindo de continuar. A menina nem movimentou a cabeça.

— Não é disso que você precisa agora. - Clarke lutava contra as lágrimas e seu corpo tremia. - Clarke, olhe para mim... - Então ela levantou a cabeça. O olhar perdido em seus olhos, como o de uma criança abandonada sem expectativas na vida. - Agora por favor, me diga. O que faz aqui?

— Eu vim te matar. Era só isso que precisava fazer... Era minha única parte no plano. Tudo que eu queria e não consegui. - Lexa ergueu a sobrancelha confusa.

— Plano? De que plano está falando? - A loira se calou. Olhando fixamente em seus olhos, com um pedido de desculpas oculto dentro deles. E foi então que Lexa compreendeu porque Clarke sabia da guerra.

Foi ela quem a criou.


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Notas finais do capítulo

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