Ainda Viva escrita por Hissa Odair


Capítulo 6
Capítulo 6 - Primeiro trauma


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Hoje esse capítulo vai fugir da fase adulta da Chiharu, e ir para o início de tudo.
Espero que gostem ♥!



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Chiharu Pov's

Sem querer derrubo suco na minha blusa nova.

—Que ótimo ... - eu reclamo para mim mesma assustada - Mamãe vai ficar uma fera comigo.

Jogo a caixinha do suco na lixeirinha da cozinha e saio correndo para meu quarto e de Zun, que por sinal está assistindo um desenho animado meio bobo na televisão da sala, e parece bem distraída.

Mamãe arruma cuidadosamente os cabelos loiros de Zun com uma fitinha branca. Por mais que ache que a cor perfeita na Zun seja azul essa pestinha fica bem em qualquer cor.

Loira de pele branquinha e lindos olhos cinzas. Ainda não achei uma cor que não combinasse com ela.

Assim que fecho a porta do quarto, que é colado na sala, eu avalio melhor o estado da minha blusa roxa com uma mancha de suco de uva.

—Logo a blusa nova que papai me deu ... - eu suspiro pegando um agasalho qualquer no guarda roupa.

Visto o agasalho. Ele era bonitinho, mas não esquentava nada, então o tirei logo depois. Não que eu estivesse com frio (apesar de estarmos em pleno inverno, essa noite estava um pouquinho abafada). Mas eu diria que estava com frio como desculpa para cobrir a mancha. E se eu usasse esse agasalho que não esquenta não teria sentido.

Papai vai chegar logo. Eu tenho que estar usando a blusa que meu pai me deu hoje. Pelo menos dar a entender que eu não fiz a burrada de sujar ela.

Nós vamos jantar todos juntos, e fazia tempo que não fazíamos isso. Meu pai vive em viagens (que duram em média uma semana, e geralmente é em uma cidade vizinha)*. Eu já quis ir com ele pelo menos uma vez, mas minha mãe não deixou. Ela disse que Zun ficaria sem ninguém para brincar.

Quando todos nós estamos reunidos (na grande maioria das vezes é só uma noite a cada semana) eu e Zun ficamos muito felizes. Eu já disse para ele que queria que a família inteira estivesse reunida todos os dias, mas eles me explicaram que as viagens são necessárias.

Nanjoom! Já faz um tempo que ele foi embora. E realmente isso me deixa triste.

É engraçado como eu estava desesperada/assustada com o acidente do suco de uva na blusa, depois fiquei feliz porque iria ver o papai, depois triste pela saudade do meu amigo. E agora eu acho engraçado a minha mudança de humor. E agora me acho estranha por achar graça das minhas variações de humor ... Bizarro.

O som da campainha me faz "despertar" e de forma inconsciente saio do quarto correndo, com a blusa manchada exposta, em direção a porta de entrada da casa. Um sorriso enorme se forma no meu rosto quando vejo que, quando minha mãe abre a porta, é o meu pai que tocou a campainha.

Zun, que ficou do meu lado, também sorria, mas seus olhos estavam brilhando o que me fez pensar: "Que fofinha".

Quando mamãe ia fechar a porta, percebo que algo a impede. Só vejo uma mulher estranha empurrar a porta com muita força e a fechando de forma tão rápida que só conseguimos perceber quando uma faca já ameaça nossa mãe.

—Mamãe! - ouço o grito desesperado de Zun, mas que se cala logo depois ao perceber a cara de desespero de todos, completamente paralisada.

Quando percebo, estamos nós 4 na cozinha, ajoelhados no chão. A mulher está de pé, encostada na parede, e fazendo uma ligação no celular. A faca estava na mesa, de frente para nós e do lado dela, e seria impossível alguma reação.

Vejo Zun chorando de forma silenciosa.

—Sim. Entendi. O que? Mas ... Entendi. Não tem o que se preocupar** - ela desligou o celular.

Autora Pov's

Chiharu estava paralisada. Aquela mulher tinha praticamente arrombado a porta. E que documentos eram esses?

—Onde estão os documentos?

Um grito da arroxeada e da loira foram ouvidos quando a estranha mulher pegou a faca de cortar carne e esfaqueou sem piedade a mãe das duas no pescoço e o pai bem no peito, provavelmente acertando o coração.

Chiharu ainda não entendeu como teve essa súbita coragem de se levantar correndo e arrastando a irmã rapidamente até a porta dos fundos da casa. Por mais que ambas estivessem desesperadas demais para notarem que a mulher nem se dava ao trabalho de ir atrás dela.

—Então ele tem planos melhores para elas? - ela deu um sorriso malvado, saindo do cômodo e da casa, como se nada tivesse acontecido.

 


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Notas finais do capítulo

Tempo do capítulo: 2 anos antes da suposta morte.
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*: Os pais dela estavam separados desde que Zun fez 3 anos, já que não conseguiram se suportar, e percebendo que foi um erro esse casamento. Mas com medo de ferirem os sentimentos das filhas e pelo amor que eles tem por elas, eles fazem um teatrinho de que o pai faz várias viagens de trabalho em cidades vizinhas, e explicando a ausência do pai. Inclusive tinha tido uma briga desgraçada pra ver quem que ficava com a guarda das filhas, e a mãe ganhou.
**: Kageyama falou para ela não matar as duas, pois desde aquele tempo ele já sabia o que fazer com elas, e elas seriam mais uteis vivas. E realmente elas foram uteis, já que Chiharu serviu como ratinha de laboratório, participou das técnicas proibidas, e ele pode ter o prazer de ser o responsável de destruir a vida das duas, sendo que Zun também sofreu demais, por se sentir culpada pelo o que acontecia, já que Kageyama sempre ameaçava matar a loira.
—-------
*desvia de marreta biônica* Não contavam com minha astúcia u.u
Espero que tenham gostado ^^"
KISSES!



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