Don't trust me escrita por LilyMartin, Allie Maddox


Capítulo 3
Capítulo 03 – Álcool e Música


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a quem comentou nos capítulos anteriores, sério muito obrigada, fico muito feliz e com mais vontade de escrever ♥



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Quarta-feira, 10 de outubro

 

  Quarta-feira chegou em um passe de mágica, mal vi terça-feira passar. Ainda eram seis horas da manhã, porém por recomendações da agente Erica, minha nova “assistente”, deveria chegar na empresa o quanto antes. Então não demorei para me arrumar. Tomei um banho rápido e me troquei.

 Em poucos minutos chego na Hisieg, subo direto para o andar da minha sala. A agente Erica estava lá esperando por mim logo no corredor.   

 — Sr. Stilinski... — Ela vem até mim e me dá um copo de café.

 — Obrigado, agente Erica — digo depois de pegar o copo.

 — Não fale essa palavra aqui. — Olha para os lados checando que ninguém tivesse ouvido. — Me chame de Erica, Srta. Reyes, como preferir.

 — Ok, desculpe-me. — Tomo um gole do café.

 — Me acompanhe, Sr. Stilinski. — Ela me leva até a minha sala e fecha a porta.

 — Qual o horário da reunião? — questiono sentando-me em uma cadeira.

 — Oito horas — responde.

 — Oito?! E você me fez chegar antes das sete? — resmungo.

 — Precisamos revisar algumas coisas — diz ela simplesmente e se senta em uma cadeira enfrente a mesa principal da sala. — Primeiro, você trouxe a caneta?

 — Sim. — Tiro a caneta do meu bolso e mostro para ela. — Aqui está.

 — Ótimo, achamos melhor você ficar com o anel e eu ficar com a caneta por enquanto.

 Pega a caneta da minha mão de uma forma nada gentil.

 — De nada — falo baixinho.

 — O que o senhor disse? — Ela olha pra mim.

 — Ah, nada importante, pode prosseguir — digo inocentemente. 

 — Bom, quero que você comece hoje já com o plano. Analise-a, saiba como conseguirá chegar até ela, não temos tempo a perder. Quanto mais rápido, melhor. Tome isso. — Ela me dá um cartão de crédito. — Caso precise, para levá-la em um restaurante, cinema, festa, qualquer coisa, use isso para pagar. Só é permitido usar com ela, afinal não é para você se divertir, muito menos para sair com outras garotas, é para o trabalho.

 — Entendi.

 — O Derek chegará no horário da reunião. — Antes que eu pudesse falar alguma coisa ela continua. — E arruma esta gravata! — Erica sai da sala. Simpática. Sempre simpática.

 

 Fico na sala esperando a hora passar, mas não é isso o que acontece. Sentava, levantava, observava a cidade pela janela, mas o tédio continuava predominando. Ainda faltava uma hora. Resolvo beber um copo d’água na recepção. Sento no sofá e espero mais um pouco. A agente Erica não estava lá, apenas a recepcionista simpática, então aproveito para dar um jeito nessas roupas, tiro o paletó, afrouxo a gravata e abro os primeiros botões da minha camisa. Deito no sofá para descansar. Coloco meu celular para apitar quando faltasse quinze minutos para o início da reunião para que eu pudesse me arrumar novamente.

 Acabo pegando no sono.

 Antes do meu celular apitar, acordo com umas vozes vindas do corredor. Olho para o meu celular, faltava vinte minutos para a reunião. Antes que eu me levantasse, as donas das vozes aparecem na entrada da recepção, era a Lydia acompanhada da agente Erica, esta última logo me olha furiosa ao ver que eu estava neste estado.

 — Com licença, Sra. Martin — diz Erica e logo vem em minha direção. Sento-me no sofá que estava deitado e esfrego os olhos. — Mas o que é isto? Está achando que é uma brincadeira? Tente levar as coisas a sério pelo menos uma vez na vida. Você tem cinco minutos para se arrumar. Ande — diz em tom baixo de voz, mas claramente todos naquele local conseguiram ouvir.

 Porém não pude deixar de notar um detalhe: enquanto eu levava toda aquela bronca, Lydia estava com um riso discreto e divertido no rosto, provavelmente achava engraçado. Foi a primeira vez que a vi sorrir. Ela deveria sorrir mais vezes, o sorriso dela é lindo e seu rosto quase sempre sério ficava ainda mais belo com ele. Paro por alguns segundos para olhar para ela que no mesmo instante abaixa a cabeça ainda com um pequeno riso no canto da sua boca e vai falar com a recepcionista.

 — O que está esperando? — fala Erica desviando minha atenção.

 — O que? — digo atordoado.

 — Anda!

 Com toda essa simpatia, vou até o banheiro para fazer o que ela havia mandado, quer dizer... pedido. Lavo o rosto, ajeito meu cabelo e arrumo minha roupa. Arrumado novamente. Checo as horas em meu celular, faltavam cinco minutos para a reunião começar. Me apresso para chegar na sala. Estavam todos lá me esperando: Derek, Lydia, Melissa, Erica...

 — Bom dia — digo ao entrar. 

 Sento ao lado de Derek e de frente para Lydia.

 — Podemos começar? — questiona Lydia. Faço que sim com a cabeça. — A LeYoo preparou algumas propostas. — Ela coloca alguns papéis na minha frente e na frente de Derek. — Um evento é uma ótima forma de divulgar a nova coleção, nossa empresa pode conseguir convidados importantes para prestigiar... — Aponta para um dos papéis. — Campanhas publicitárias...

 Como de costume, não consegui prestar atenção em muita coisa. Estava muito entretido com a beleza de Lydia, ainda mais que ela usava um lindo vestido azul com um decote que deixam seus belos seios em evidência. Sem perceber um meio sorriso já estampava meu rosto. E parece que ela percebeu isso afinal ela se perdeu em sua explicação.

 — É.. é... Me desculpem — Tenta se recuperar.

 Mordo meu lábio inferior e começo a olhar para os papéis na mesa pela primeira vez. Ela continua a falar. Eu balançava a cabeça concordando mesmo sem saber o que ela estava falando, afinal Derek estava lá, não precisava me preocupar. Passei bastante parte da reunião olhando para ela, o que a deixou corada por diversas vezes.

 — Estão de acordo?

 — Em perfeito acordo — fala Derek.

 — Amanhã começaremos a analisar modelos para o desfile e para as campanhas. Encerramos por hoje — finaliza.

 Ela se levanta e começa a juntar os papéis da mesa para poder ir embora. As outras pessoas que participaram da reunião se levantam e vão saindo da sala uma de cada vez. Espero sentado.

 — Sra. Martin — chamo-a antes que saísse da sala. É a primeira vez que me dirijo a ela e confesso que fiquei meio aflito. Ela olha para mim com aqueles olhos verdes hipnotizantes, que por um instante me intimidaram. Mas eu precisava fazer aquilo, então permaneço seguro. — Você aceita ir na boate lux conosco?

 Olho para Derek que me olhava confuso, mas logo entendeu o que eu queria.

 — Sim, sabemos o quão estressante é o nosso trabalho, precisamos tirar um tempo para nos divertir. E comemorar nossa nova parceria. — diz Derek para me ajudar a convence-la.

 — Obrigada pelo convite. Mas acho que não é uma boa ideia, não me adapto muito bem nesses lugares. — Ela espreme os lábios. Droga, Lydia, não seja tão difícil assim.

 — Vai ser divertido eu te garanto e afinal vamos começar a trabalhar muito juntos, precisamos nos conhecer e criar um bom relacionamento para que o resultado saia ainda melhor — digo.

 — Hm. — Ela para pensar por um momento. Por favor, diga que sim! Por favor diga que sim! Lydia suspira. — Tudo bem.

 — Eu te busco então. 

 — Não precisa, nos encontramos lá.

 — Nove horas?

 — Nove horas. — Ela dá um meio sorriso e sai da sala. O segundo sorriso do dia, que continue assim.

 

 

 Chego na boate um pouco antes do combinado, afinal não queria que acontecesse algo para me atrasar e deixar Lydia esperando. Mas, não foi como eu esperava, assim que entro vejo ela ao longe sentada em uma mesa com um rapaz falando algumas palavras para ela que eu não conseguia compreender, porém logo ele sai dali e eu me aproximo.

 — Olá. — Sento-me em uma cadeira ao lado dela.

 — Oi — ela me cumprimenta.

 — Quis ser o primeiro a chegar, mas falhei. Está esperando a muito tempo?

 — Não, pode ficar tranquilo. Não repara meu vestido... — Lydia vestia um vestido preto com as mangas compridas, curto, muito curto, e justo, muito justo, desenhando perfeitamente suas curvas, também havia um grande decote atrás que deixava toda as suas costas à mostra. Usava um salto alto com alguns detalhes brilhantes assim como um vestido. O verde de seus olhos estava realçado pela maquiagem e seus lábios estavam lindamente vermelhos. — Minha amiga me obrigou a vir com ele.

 — Ela foi feliz na escolha, você está linda.

 — Obrigada — encolhe os braços e desvia o olhar olhando para frente.

 — Porque não a trouxe?

 — Ela me trouxe. — Sorri ainda sem olhar para mim. — Está vendo aquela morena de vestido vermelho se esfregando com o loirinho ali. — Ela aponta e eu olho. Era uma morena muito bonita assim como a Lydia. — Te apresento, Allison. E olha, ela está vindo.

 — Então, vocês vieram para ficar sentados? — diz Allison assim que chega na mesa, carregava uma taça na mão.

 — Allison, este é o Stiles.

 — E aí Stiles. 

 — Oi — sorrio.

 — Vou ali... se vocês não levantarem dessa mesa daqui a cinco minutos eu venho aqui arrastar vocês. — Allison sorri formando covinhas em sua bochecha e volta animada para a pista para dançar.

 — E o Derek está vindo?

 — Acredito que sim. Aceita uma bebida?

 — Não bebo — diz Lydia.

 — Sério? — Olho para ela.

 — Quer dizer, sou fraca para bebida e não quero ficar bêbada.

 — Por que não? — A olho sorrindo desafiador.

 — Se eu ficar bêbada, vou deixar de ser essa pessoa responsável que viu nas reuniões da empresa. Você vai conhecer um lado meu que não deveria conhecer.

 — Estou louco para conhecer, Sra. Martin. — Mordo meu lábio inferior e a encaro. Ela apenas sorri sem jeito em resposta. — Não me faça chamar a Allison.

 — Você não faria isso.  — Ela ri e eu também.

 Vou até a pista de dança e em poucos minutos consigo trazer Allison até a mesa. Conversamos os três sobre diversos assuntos aleatórios. A morena conseguiu, fez Lydia beber. Beber muito. Até mais do que deveria, ela realmente estava muito bêbada e já não falava nada com nada, o que me rendeu longas gargalhadas. Derek não apareceu, mas isso já parecia não importar.

 Allison recebeu uma ligação que parecia ser algo importante, afinal disse que precisava ir embora imediatamente. Não quis me intrometer e perguntar o porquê, mas ela disse que não precisava se preocupar, então acreditei. Porém, ela chamou Lydia para ir com ela, já que elas tinham vindo juntas no carro da Allison.

 — Eu não quero ir — diz Lydia de forma manhosa e deita a cabeça na mesa.

 — Vamos, Lydia... eu preciso ir, meu amor.

 — Eu posso cuidar dela, se quiser — ofereço.

 — Não precisa, ela vai comigo, né?

 — Não. — Lydia faz bico. Dou risada. — Eu fico com o Stilinski. — Ela volta a levantar a cabeça, mas agora a apoiando em meu ombro.

 — Ai, Lydia. — Allison ri. — Então, tudo bem pra você, Stiles?

 — Claro, eu a levo para casa depois.

 — Toma aqui a chave do apartamento dela e o endereço, ela mora na cobertura. — Me entrega uma chave e um papelzinho contendo o endereço que acabara de escrever. — Saindo daqui leve-a direto para casa, vou ligar para o porteiro autorizar sua entrada. Ah, trate de cuidar bem dela, se eu souber de algo, considere-se um cara sem bolas, beleza?

 — Cuidarei. — Sorrio e ela também.

 — Meu amor, tchau — a morena se despede da amiga.

 Lydia olhava para o meu cabelo e estava brincando com ele com as mãos. Eu apenas ria disto. Só parou para dar tchau para a amiga. A ruiva faz biquinho e Allison beija a testa dela, o que faz Lydia sorrir.

 — Tchau, Stiles — se despede de mim. E caminha para a saída.

 — Allison! — grita Lydia antes que Allison partisse. — Eu amo você. — Allison manda um beijo para ela e sai da boate. — Stilinski... eu quero... eu quero ir no... no banheiro.

 — Vem, deixa eu te levar. Consegue andar?

 — Consigo — diz ainda embriagada. Mas, ao se levantar mal consegue se manter de pé. Ao dar o primeiro passo acaba tropeçando. Também aquele salto era enorme, como uma mulher consegue andar com isso? Mesmo estando sóbria é impossível.  

 — Senta aqui. — Ela me obedece e senta-se na cadeira. Tiro o salto dela deixando-a descalça. — Consegue agora? — A olho. Ela volta a colocar-se de pé, ainda com dificuldade, porém bem melhor do que antes. Segurando-a pela cintura, ao mesmo tempo que ela segurava em mim com dos braços em volta ao meu pescoço, levo-a até o banheiro feminino. — Eu te espero aqui.

 — Stilinski, esse não esse é sujo — sussurra em meu ouvido. Rio, estava me divertindo com esta situação. Andamos mais um pouco até um balcão de bebidas.

 — Vocês têm um banheiro? — pergunto ao barman.

 — Tem aquele. — Ele aponta para o banheiro feminino.

 — Um banheiro que seja mais limpo, por favor. — Tiro algumas notas do meu bolso e coloco sobre o balcão.

 — Ah... — Ele logo pega o dinheiro. — Tem um dos funcionários, pode entrar aqui, fica ali atrás. — Apontou a direção.

 — Obrigada, moço — fala Lydia com a voz mais fofa do mundo. A levo para o banheiro.  

 — Este aqui é limpo. — Solto-a para abrir a porta para ela entrar.

 — Você não vem comigo? — Me puxa pela mão, me fazendo entrar ao banheiro junto a ela e a mesma fecha a porta. — Me ajuda... — Ela levanta um pouco do seu vestido e, como ela pediu, ajudo-a. Levanto mais um pouco o vestido, deixando sua calcinha vermelha a mostra. Porra! Mordo o lábio inferior com aquela visão me segurando para não agarra-la ali mesmo. Porque ela tinha que ser tão bonita e gostosa. Porém, eu jamais me aproveitaria de uma mulher bêbada, apesar de estar com muita vontade dela. Meus pensamentos são interrompidos por um novo pedido. — Ei, olha para o outro lado. — Rio, ela estava tão engraçada e fofa ao mesmo tempo. Como ela pediu me viro. — Fecha os olhos.

 — Eu não estou vendo nada, Lydia.

 — Fecha! — ela ordena. Fecho os olhos.

 — Pronto está fechado.

 Em poucos minutos ouço o barulho de seu xixi parar. Ela havia terminado.

 — Pronto, pode virar. — Volto a olhar para ela. A ruiva já estava devidamente vestida.

 — Então, vamos... — Abro a porta do banheiro e saio, mas Lydia fica entre a porta com a mão na boca. — O que foi? — pergunto.

 — Acho, acho que eu vou... — Antes de terminar a frase ela se vira para dentro do banheiro e abaixa-se até a privada colocando seu rosto em posição para vomitar. Rapidamente entro no banheiro para ajudá-la. Me abaixo para ficar na mesma altura que ela e seguro seus cabelos para que não sujassem com o vomito. Espero até ela terminar.

 — Acabou?

 Ela faz que sim com a cabeça. Pego o papel higiênico e limpo sua boca.

 — Me desculpa. — Ela se encolhe sentada no chão, abraçando as pernas e com o queixo apoiado nos joelhos.

 — Por quê? — Acaricio seu cabelo.

 — Eu não queria vomitar, desculpa. 

 — Está tudo bem. — Pego o queixo da ruiva e a faço com que olhe para mim, então sorrio para ela. — Vamos? — Ela levanta-se. Seguro a mão dela na esperança de levá-la dali, porém ela para de andar na porta do banheiro novamente.

 — Não, o vomito, eles vão brigar comigo — sussurrava. — Temos que esconder. — Ela olhava para os lados preocupada. Me contive para não cair na gargalhada com aquela cena. Em um mundo por mais Lydia bêbada. 

 — É verdade... — sussurro também entrando na brincadeira. Entro no banheiro e dou descarga. — Agora ninguém vai descobrir. — Finalmente saímos daquele banheiro.

 — Obrigada por salvar a minha vida, Stilinski. — Ela me abraça e me dá um selinho rápido. Deveria ficar feliz por ter ganhado um selinho ou devo pensar que ela acabou de vomitar? Preferi esquecer a parte do vomito.

 Ela me puxa pela mão até um grande sofá redondo que tinha na boate. A boate já não estava tão cheia como antes. Lydia sobe no sofá com certa dificuldade e começa a dançar sem se importar com mais nada ao seu redor. Eu admirava seus movimentos extremamente sensuais, aquela dança estava me deixando excitado, mas este momento foi interrompido por um cara que subiu no sofá e começou a dançar atrás dela.

 — Seu filho da puta, se não quiser ficar sem os dentes saia de trás dela! — grito.

 — Você é o dono dela? — Desce de lá e fica na minha frente e me encara.

 — Ela é minha namorada, caralho. — O peito.

 — Não estou vendo aliança.

 — Vai ver a aliança com o murro que eu vou dar nisso que você chama de cara se você não sair daqui. — Cerro o punho. Sentia meu sangue ferver.

 — Vamos resolver isso... — Ele puxa-a pelo braço fazendo-a descer do sofá.

 — Ai. — Lydia cambaleia e fez careta. 

 — Seu filho de uma puta do caralho, vai machucar ela... Você está bem, Lydia? — Ela faz que sim com a cabeça.

 — Gata, tu queres a minha presença ou a desse cara? — Ele passa a mão no cabelo dela.

 — Eu quero... — Ela olha para ele fazendo o trouxa sorrir. Fecho a cara irritado. — Eu quero o Stilinski. — Vira-se para mim, sorri e me dá um beijo na bochecha que por acidente acaba pegando no canto da minha boca. Sorrio satisfeito. O outro bufa e finalmente vai embora.

 — Vamos embora? — Seguro na cintura dela e a afasto de mim contra a minha vontade. Fazendo com que ela sente do meu lado. Ela ignora minha pergunta e se deita. Puxo seu vestido para baixo para tampar a calcinha. E me sento na frente dela para que pudesse tampar ainda mais. Ela estava caindo de sono. — Vamos?

 — Não quero... — faz bico. — Quero ficar aqui — diz com os olhos fechado e ainda deitada. Cantava a música que tocava em voz alta, mas não demorou muito para que ela dormisse ali mesmo. Espero um tempo, apenas a admirando.

 Pego-a no colo e também seus saltos e vou até o estacionamento. Solto os seus saltos no chão e usando apenas uma das mãos abro a porta de trás do carro e a coloco deitada com todo cuidado. Pego seu salto e o coloco no banco da frente. Tinha um casaco meu dentro do carro, cubro Lydia com ele.

 Entro no carro e antes de começar a dirigir, pego o papel com o endereço em meu bolso. Olho pela última vez para trás, ela ainda dormia tranquilamente.

 Vou até seu apartamento que não ficava muito distante dali. Digo meu nome para o porteiro e ele autoriza a minha entrada. Estaciono o meu carro. Olho Lydia através do retrovisor, ela ainda dormia. Saio do carro e abro a porta de trás. Retiro Lydia de lá com cuidado e volto a coloca-la em meus braços. Com um pouco de dificuldade fecho a porta. Vou até o elevador e subo para a cobertura com Lydia em meu colo, isto dificulta na hora de abrir a porta, mas com um pouco de esforço eu consigo.

 Seu apartamento era perfeitamente decorado, apesar de não poder ver os detalhas por conta das luzes apagadas. Vejo um corredor, mas havia muitas portas e jamais saberia qual era o quarto dela. Decido acordá-la.

 — Lydia... — digo suavemente com a voz baixinha. Ela parece acordar. Abre um pouco os olhos. — Onde é seu quarto?

 — Meu quarto? — Faço que sim com a cabeça e ela volta a fechar os olhos. — Na última porta — diz ainda sonolenta. E volta a dormir nos meus braços.

 Abro a porta do último cômodo, a iluminação estava baixa, mas era o suficiente para eu enxergar o quarto que assim como o apartamento era enorme. A cama dela estava desarrumada, então não precisei procurar nada, o edredom e os travesseiros já estavam ali, assim como o pijama dela que também estava em cima da cama. Deito Lydia na cama. Cuidadosamente, ajeito a cabeça dela em cima do travesseiro. Devo colocar o pijama nela? Ou a deixo a dormir com o vestido mesmo? Se eu trocar sua roupa, talvez ficaria brava de eu ter visto ela só de lingerie enquanto estava inconsciente. É melhor apenas cobri-la com o edredom. Após arruma-la, me sento em uma poltrona que ficava no quarto e em poucos segundos também caio no sono.


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Notas finais do capítulo

Amanhã pretendo postar mais um capítulo, mas o que estão achando até agora?

Stiles ainda vai conhecer mais da Lydia fora dos negócios, da reuniões e da empresa, que não é nada séria, como viram um pouco agora. haha