One and Only escrita por AnnieLê


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oii gente ! Estão todos bem? Espero que sim, então no meu calendário diz que é domingo...então CAPÍTULO NOVO! Boa leitura e não esqueçam de comentar pessoal precisamos saber se vocês estão gostando. bjuss - Le.



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O ponteiro do velocímetro marcava 120 km por hora, ele estava acima da velocidade permitida naquele quarteirão, ele o sabia. Mas, a raiva ainda borbulhava em seu interior. Um carro passou buzinando ferozmente, claramente ele estava ultrapassando a faixa, e antes que aquilo se tornasse algo maior trágico ele foi diminuindo a velocidade. Com a mão livre ele socava o volante enquanto xingava a si mesmo.

— Droga! Droga!  — Eu fui muito infantil e idiota ao dizer aquelas coisas pra ela, porque ela tinha que me comparar com aqueles babacas? É eu vou pedir desculpa... Mas, por quê? Eu não estava errado! Quer saber? Foda-se Rose dunne! Você e seus dramas.

 

 

~~

 

 

   Eram três e meia da manha, ele ainda estava no carro dentro da garagem da sua casa, lutando contra o dever de ligar e saber se ela chegou bem. Ele estava cansado daquele conflito, entre a raiva e a preocupação com o bem estar dela. — Ela estaria bem? Ela chegou bem. Pense idiota, ela deve estar dormindo e não quer ver sua cara de babaca. — a raiva venceu e Alex encostou sua testa no volante totalmente vencido se questionando porque ele reagiu daquela forma, ele não era mais uma criança, aquilo tudo foi há muito tempo atrás.

Merda!— praguejou ele ao abrir os olhos. Sua cabeça estava pesada, parecia que um elefante estava a esmagando. — Por quê? — ele se perguntou pela vigésima vez desde o momento que havia chegado em casa de madrugada. Já não bastava a briga com sua melhor amiga, ele foi informado pela sua mãe que seu voo foi adiantado, ou seja, só tinha algumas horas para dormir.

Além de escutar lição de moral dos pais por dirigir alcoolizado e ter se metido em briga, já que seu olho roxo estava mais evidente, mas o garoto sabia que seu pai não estava tão bravo como parecia, muito diferente da sua mãe, Helena. 

O Sr. Stewart adorava contar suas histórias da época do colegial para o filho e quando ele soube em quem Alex havia batido não pode conter uma risada, alegando que o pai do Will era igualzinho como o filho. Um babaca insuportável, sempre querendo ser melhor que os outros, até que um dia, um cara mais velho, deu uma surra nele na lanchonete da escola, desde aquele dia que Sr. Tuner nunca mais tinha faltado com respeito a ninguém.

Alex acabou dormindo no sofá escutando aquelas histórias, olhando para o grande relógio da sala, notou que se não levantasse imediatamente estaria em apuros, ele tirou o lençol que um dos pais havia jogado sobre ele e se sentou. Da cozinha vinham ruídos e um cheiro gostoso, sua mãe estaria fazendo o café da manha. Seu estomago roncou reconhecendo aquele cheiro, bacon e ovo mexido.

— Alex... Acorda filho! Seu voo não vai espera-lo.

— vou subir e tomar uma ducha mãe.

 

 

 

~~

 

 

—Filho, podemos conversar?—Perguntou o Sr. Stewart ao entrar no quarto do filho. Alex estava colocando seu tênis.

— Claro!

Ele entrou e se sentou na cadeira em frente ao garoto. –Filho, eu sei que você e Rose Dunne sempre foram amigos, e nessas últimas semanas parecem ter se aproximado mais ainda.

— Pai — Alex botou a mão no ombro do mais velho o interrompendo— Acho que eu já passei da idade de ter esse tipo de conversa — Sr. Stewart o olhou confuso – Se nós vamos ter a “conversa” saiba que já sei tudo sobre sexo e garotas.

—Alex!—Seu pai deu uma boa gargalhada — Sério, eu encontrei com um amigo que é amigo dos Tunners e ele me falou o que realmente aconteceu na noite passada.  Já que ontem sua mãe estava estressada demais para falar algo coerente, eu acho que tenho que ser o coerente desta casa! Mas, não deixe sua mãe saiba disso. — Disse ele tirando uma gargalhada do filho.

— Eu sei que você quis proteger sua amiga. Mas filho você precisa entender que tem dezoito anos e não tem rolo nenhum com ela certo? – Ele ficou calado esperando uma resposta que não obteve, então continuou — Você precisa aproveitar a sua vida, pensar em você.  Eu e sua mãe decidimos nos casar mais velhos, para termos toda experiência possível que a vida tem a oferecer e se você continuar se entrepor nos assuntos dos outros vai acabar se dando mal ou coisa pior... —(Diz isso pro Johnny, Paul e o Arthur —Pensou Alex — mas achou melhor não falar, pensando com clareza agora, depois ele agradeceria aos garotos, principalmente ao primo do Johnny, Arthur que é tão calmo e em sua primeira já teve que entrar em uma briga para defender um cara que não conhecia. Eu teria me ferrado, não daria conta de quatro garotos.)

—... Não que você esteja errado. Fiquei muito orgulhoso de saber que você a defendeu, eu sei que você defenderia qualquer um que estivesse em desvantagem. Mas, ela não é sua namorada, e isso não é saudável. Eu não quero que você sofra como... 

— Pai. Não...

 – Enfim só pens...

—Aleeeexx— Os dois olharam para a porta vendo à pequena e doce Lily rindo para seu irmão mais velho deixando a janelinha exposta. Já que seus dentes permanentes nem nasceram ainda e lá estava ela com a “fedida” Minnie nos braços, que Alex havia comprado quando foi para a Disney e ela não desgrudava nem quando a mãe pedia para lavar. Ela tinha cabelos castanhos lisos e ondulados nas pontas, seu narizinho era arrebitado e salpicado de pequenas sardas, que a deixava mais fofa ainda e de longe o garoto era o mais ligado a ela e vice-versa.

Lily tinha cinco aninhos, ou seja, havia quatorze anos de diferença entre os dois, o seu anjinho preferido como ela o chamava. E aquela diferença de idade não interferia na ligação que havia entre os dois. Ele não precisou abrir os braços porque a pequenininha já estava em cima dele o abraçando — Porque você vai embola?—Ela perguntou melancólica.

Ter Lily foi a melhor coisa que podia ter acontecido naquela família, ela era o raio de sol da casa. Ela deixava tudo ao seu redor mais brilhante. — pensou o Sr. Stewart enquanto saia do quarto os deixando se despedir.

— Ah minha princesinha... Não faz isso comigo. — Ele riu. — Não vou demorar, e antes de você sentir minha falta eu já estarei de volta — Ele a colocou no braço enquanto pegava as malas se preparando para descer.

— Plomete?—Ela tinha o dedo mindinho apontado para ele.

— Plometo— Ele repetiu a palavra errada sabendo que estava dando um mau exemplo e que sua mãe o mataria se os visse, mas a pequena ainda teria tempo para aprender, entrelaçando seu dedo mindinho no dela selando a promessa, o que a fez pular em seu pescoço.

—Te amo maninho — Ela botou a Minnie no ombro do irmão.

—Também sua danadinha — Ele a girou a fazendo gritar e rir estridentemente.

 

 

 

 

35 minutos mais tarde:

‘’Chamada para o voo CM827 com destino a New Orleans’’

 

 

Aquilo fez o coração do garoto disparar de uma forma que ele não estava preparado, depois de alguns minutos de atraso estavam chamando para seu voo.

—Nada de desobedecer a seus avós ein?—Helena falava para o filho—Não beba em copo de estranhos, nem aceite nada. Isso vale para balas, doces. Você não imagina a criatividade dessa geração, outro dia estava passando na TV que eles estavam colocando drogas nas balas e chicletes...

—Mãe?—O garoto riu. — Eu tenho 19 anos, eu sei me cuidar.

—Meu amor, você sabe que para as mães seus filhos sempre serão bebê.  Vou sentir tantas saudades—Ela o abraçou forte, sentindo o filho distante, olhando para os lados — Alex, tudo bem se ela não vir filho— Agora ela tinha conquistado sua atenção, juntamente com o pai que chegou à conversa.

—Ela quem mãe?—Ele riu nervoso, okay... Ele estava a esperando, mesmo depois daquela briga ridícula que tiveram, mas não queria que ninguém notasse, não queria que sentissem pena caso ela não vinhesse se despedir e parece mesmo que não viria, ele voltou-se para seus pais e notou um olhar cúmplice entre os dois.

—Pelo amor de Deus Alex Stewart! Você saiu de dentro de mim! Nós sabemos que você ama aquela garota, sempre amou. Rose sempre foi sua amiga e é normal que esse sentimen...

—uol, uol... Calma ai Sherlock’s Homes, não sou apaixonado pela Rose ta? E não estou esperando ninguém chegar aqui, eu hein – Ele tentava falar qualquer coisa, contrária àquela suposição, não era apaixonado pela Rose, nunca foi...

—De qualquer forma — Seu pai agora falava firme—Eu e sua mãe conversamos e estamos aqui para pedir que você aproveite o máximo essa viagem e não pense tanto na Rose, vá conhecer algumas garotas, New Orleans tem festa quase todo santo dia, aquelas pessoas nunca se cansam... Foi lá que nos conhecemos — Bruno olhou para a esposa que lhe deu um beijo rápido enquanto seu filho simulava um vômito, quando sua mãe completou.

—Exatamente meu amor, não é saudável para você, gostar dela e ter que atura-la arranjar namorado e desfilar na sua frente sem saber que você sofre por dentro — Sua mãe sempre havia tentado falar sobre aquele assunto o mais delicadamente possível, mas, delicadeza com as palavras nunca foi seu forte. Ela sabia o quanto Alex era ruim de demonstrar seus sentimentos desde...

—Já chega!—Alex deu um passo para trás — Vocês estão viajando demais! Em primeiro lugar eu nunca sofri pela Rose, pelo amor de Deus da onde tiraram isso? Segundo eu não me importo realmente se ela virá aqui ou não, somos melhores amigos! Só isso.

 

 

 

‘’Última chamada para o voo CM827 com destino a New Orleans’’

 

 

 

Ai meu bebê — A mulher lhe abraçou novamente sendo seguida pelo pai — Se cuida ta?

—Pode deixar—Ele falava meio cabisbaixo quando sentiu sua calça sendo puxada – Oi princesa, achou que eu tinha te esquecido né?— Ele se abaixou para ficar na mesma altura da Lily, enquanto a pequena tirou do bolso uma pulseira colorida cheia de florzinhas e a entregou para ele — Pra mim? —Ele sorriu — Muito obrigado, não tirarei do pulso até eu voltar certo?—Sua irmãzinha fez sinal de positivo com a cabeça.

Ele foi caminhando até a fila de embarque se sentindo incompleto.

— Olá — Ele cumprimentou a simpática mulher entregando seu passaporte quando escutou alguém gritar seu nome.  — Seus pais não havia ido embora ainda? —pensou ele se voltando.

— Alex! —repetiu Rose ainda ofegante pela corrida.

—Rose.

Ela o olhava sem falar nada e ele liberou a fila e se colocou de lado. Ela estava com um vestido florido segurando sua bolsa com insegurança enquanto continuava olhando para ele, seus cabelos estavam soltos esvoaçados, Ela começou a andar lentamente em sua direção, ele ainda não podia acreditar que ela estava ali. Antes que ele pudesse voltar a si ela se atirou em seus braços.

—Achou que iria embora sem se despedir de mim?—Ela falou em seu ouvido o que fez o arrepiar um pouco, e ele estava rezando para que ela não notasse. Que merda foi essa?

—Rosie, eu fui um completo idiota em dizer aquelas coisas, me descul...

— Não Alex, eu que tenho que me desculpar. Você só disse o que eu já sabia e não queria admitir. Na verdade sempre quis saber como você me atura? Eu e minhas bagagens...

    Aquilo fez o garoto ri como um bobo, agora tudo estava no seu devido lugar. Ele podia respirar tranquilamente, imaginar uma vida sem aquela garota maluca era impossível. E pensando nisso, se deu conta que aqueles dias seriam a primeira vez que ficariam longe um do outro por um longo tempo. Ele sabia que tinha a rede social e todas suas ferramentas. Mais, não era a mesma coisa.

Alex foi tirado das suas divagações pela mulher no guichê a chamando.

Rose olhou com os olhos marejados.

—Alex eu queria te contar que eu lembrei...

— Moço? Só falta você. — a mulher os interrompeu novamente.

— O que você lembrou? — perguntou ele pegando a mochila e se dirigindo para o guichê, Rose o acompanhava e pensou que ali não era o melhor lugar e nem momento, ela decidiu contar depois. 

— Nada importante, só se divirta, mas, não muito okay. — Disse ela o abraçando novamente.

—Okay, se cuida Rose.

— Você também.

Ela ficou ali o vendo ir embora, era um sentimento sufocante, ele se voltou e deu um thauzinho e rose forçou um sorriso grande pra esconder as lagrimas.


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Notas finais do capítulo

Hey amores! Se você chegou aqui, quer dizer que não dormiu na leitura, certo? rsrs
Então como a gata Le disse comentem para sermos felizes e claro, eventualmente saber que estamos no caminho certo. Acho que próximo capitulo será um nova etapa da fic, até lá se cuidem e viva la vida!! bjs - Annie.



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