Cupido Não escrita por Dramática


Capítulo 4
4 - Apenas a melhor amiga


Notas iniciais do capítulo

Hello! :3

Como estão?

Pois é, quero tanto, mas muito mesmo, agradecer a Cupcake por ter comentado desde o começo e me acompanhando. Realmente significa demais para mim, pois se não fosse por você eu teria desistido.

Por isso, quero informar que quem quiser mandar um maravilhoso review será muito bem vindo, assim como amarei demais se me derem esse presente. Realmente serei grata demais.

É a parte da sinopse, penso eu, mas ainda sim vai ser demonstrado o desenrolar dessa história magnifica kkkkkkkk.



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Capítulo quatro

Apenas a melhor amiga

 

 

“Não consigo arrancar essa dor

Não consigo tirar essa ferida

Eu queria poder voltar no tempo

E dizer que eu te amo

Eu faria qualquer coisa para dar certo”

(Forgiveness – Henrique Iglesias e Nicky Jam)

 

         O que eu fiz para merecer isso? Colei chiclete na cruz? Ajudei Nero a pôr fogo em Roma? Participei da guerra santa? Fui seguidora fiel de Hitler em minha outra vida?

— Como posso te chamar? — quis saber o aluno a minha frente.

            Naquela sala, que logo ia virar um dormitório, estava eu e minha paixão platônica, James Cooper. Apesar de meu nervosismo por estarmos sozinhos, acreditava que não descobriria quem estava por trás daquela fantasia.

— Ai. — sussurrei, mudando o meu tom de voz.

            Seu sorriso aumentou e ele logo respondeu, sem nem hesitar. Eu tinha certeza que logo ia entender meu nome, já que foi ele que me mostrou o mundo oriental.

— Amor em japonês? Boa escolha. — declarou ao apoiar o braço em minha mesa.

— E o que deseja? — estava realmente curiosa.

            Mesmo que soubesse que teria a ver com a sua namorada.

— Eu quero fazer uma loucura amorosa. — pronunciou.

— No que posso ajudar? — disse com dificuldade, engolindo em seco.

            E eu ainda tinha esperança de que tinham terminado e queria esquecê-la ou até voltar, pois no fim eu fingiria estar realizando seu pedido, mas por baixo dos panos ia com certeza estragar as chances de fazerem as pazes.

            Mas infelizmente não era essa a realidade.

— Vou fazer uma festa surpresa para a Quinn, por isso desejo que me ajude a fazer uma bela declaração para apresentar no meio dela. — praticamente implorou.

— Uma carta? — propus.

— Não, estava pensando mais em algo como vídeo, músicas. — retornou.

— Pelo jeito nem vai precisar de mim. — aconselhei.

            Na verdade não queria de jeito nenhum participar desse plano.

— Não sou bom com palavras. — confessou algo que eu já sabia.

— Então eu ajudo, no entanto tenho de te encontrar outra vez para combinarmos sobre os preparativos. Como sobre o que quer falar, algum som que lembre o relacionamento de vocês. — expliquei.

— Onde? — quis saber.

— Que tal na biblioteca? Depois das aulas. — dei a minha opinião.

— Por que não agora? — foi essa a proposta dele.

            Só que a vontade que eu tinha era de ir embora.

— O nosso tempo acabou. — menti.

            Tinha vezes em que eu ficava umas duas horas ensinando o que fazer nos outros dias, até para não precisar encontra-los muitas vezes e ter mais pessoas para atender.

— Ai, te verei amanhã então. — verbalizou, sem nem sequer se despedir direito.

— Até logo Jam. — murmurei para mim mesma.

            Fiquei o olhando sumir ao virar o corredor, suspirei por conta disso e tirei aquela peruca ridícula. Eu parecia uma berinjela ambulante, assim como um palhaço de tanta maquiagem que usava. Sai do local e fui no banheiro para tirar aquele reboco do rosto.

            Quando voltei percebi algo que me deixou mais que aterrorizada.

— O que está fazendo aqui?

— Vim falar com a cupido do colégio, ou melhor, você! — declarou.

            Aidan, ai, ardiloso.

— Cupido não. — briguei.

— Quer dizer que realmente é a conselheira amorosa? — deu ênfase nas duas últimas palavras.

— Não, vim apenas me consultar. Só que espero que não seja a pessoa que vai me ensinar a conquistar alguém. — menti descaradamente.

— Pare de enrolação, na primeira oportunidade não negou que era a guru do amor, mas sim ficou enfezada com o apelido que te dei. Aliás, não preciso que confesse, pois te segui e vi entrando e saindo da sala, assim como verifiquei que era mesmo você ao vasculhar sua mochila. — disse tantas coisas que fiquei até tonta.

            Mas o que entendi fez-me se aproximar dele e ficar na ponta dos pés, para depois olhar em seus olhos sem nem desviar. Queria que notasse que ele não trazia ameaça para mim.

— Pegou o que meu? — esbravejei, praticamente urrando em sua frente.

— Ficou até bonitinha na carteirinha de estudante. — comentou com um sorriso torto, fazendo-me ficar mais irritada ainda.

            Ele realmente tinha posto a mão justo onde tinha aquela imagem horrorosa de mim na sétima série? Eu de cabelo comprido e menos domado que agora, roxo e vermelho na ponta, e com uma maquiagem muito mais escura do que agora.

            Meu lance de hoje era um delineador no estilo gatinho, rímel, batom escuro e deu.

— Eu vou te matar! — exclamei ao dar um tapa nele, para depois socar seu peito tantas vezes que até parei de contar.

            Já o idiota apenas ficava rindo da minha reação.

— Fazer o que se não presta atenção? Agora você vai ter de me ajudar. — respondeu de uma maneira tão maliciosa que eu fiquei constrangida por um tempo, todavia logo me recompus.

            Nem deu tempo de pensar e eu já estava com o braço imobilizado e seu rosto muito próximo a mim, ao ponto de me fazer lembrar do dia em que teve a audácia de me beijar.

            Baby, dessa vez não, muito menos comigo.

— Jura que acha que tenho cara de prostituta? — constatei ao colocar a mão em sua boca para interromper seu ato.

— Não é sua função? Como então ensina seus clientes? — insultou-me.

— Eu apenas dou conselhos, ok? — o meu tom de voz aumentando a cada silaba dita.

            Esse garoto me irrita.

— Então eu quero que me faça voltar com a Emma. — finalmente soltou seu pedido.

— Quem irá fazer isso é você, apenas dou uns empurrões ou tento guiar a pessoa para ter o que deseja. — expliquei sem paciência.

— Pode ser isso mesmo também. — rolou os olhos.

            Com seu comentário decidi me afastar e sentar na cadeira que pertencia a mim, para depois suspirar antes de dizer pela primeira vez o que eu tinha em mente.

— Não dá, decidi me aposentar. — disse claramente.

— Só por que é minha vez? — percebi a seriedade em sua voz.

— Hoje é o último dia que terei essa sala, pois logo vai virar um maldito antro para os dorminhocos. — abri-me sobre o meu maior problema.

            Na verdade depois do que ouvi do James o que eu ansiaria mesmo era que não precisasse mais atender alguém. Eu realmente tinha a vontade de nunca ter tido essa estupida ideia.

            Cooper, como melhor amigo, nunca ia dizer isso para mim, principalmente por termos brigado por causa da sua namorada.

— E não tem outra solução? — perguntou depois de um tempo.

— Infelizmente ela não vai mudar de ideia. — decretei.

— Não digo sobre isso, mas sobre arranjar outro lugar para você. — pediu.

— Se eu conseguir sim. — balbuciei, mirando a mesa de madeira.

— E se eu disser que tenho um local em mente irá me ajudar? — quis saber.

            Imaginei a sua fala se tornando realidade, podendo assim as pessoas voltarem a se sentar na velha e mofada poltrona a minha frente, comer os costumeiros biscoitos sem gosto, bebericar do café amargo ou do horrível chá. E, principalmente, fofocar sobre o que ocorria em sua vida como se estivesse em uma consulta com a psicóloga.

            Isso fez-me até lançar um sorriso em sua direção ao finalmente fita-lo.

— Não me iluda Aidan! — comecei pelo lado ruim da história.

— Sem brincadeira dessa vez. — declarou.

            Se tivesse um espelho saberia que meus olhos estavam brilhando em contentamento. Nada como a esperança para mudar meu humor, pois quando eu achava que odiava essa função, na verdade essa possibilidade fez-me até esquecer que a minha paixão platônica estava na minha sala há pouco tempo.

— Diga-me o porquê de terminarem e saberei exatamente qual decisão tomar. — a determinação presente em meu tom de voz.

— Você sabe. — murmurou de forma irada.

            “Não quero ficar com alguém que nem ganhar uma disputa consegue”. Foi o diálogo que passou rapidamente pela mente.

— Deixar de ser um fracassado, ou seja, vencer o Dylan. — conclui.

— Como assim? O que ele tem a ver? — estava mesmo confuso.

            Por que fui abrir a minha boca?

— Eu vi os dois se agarrando perto do auditório do teatro. — briguei ao fechar os olhos, esperando para o próximo sermão dele.

— Então quer dizer que tenho de vencê-lo? — demorou um pouco para falar, pensando-me que já tinha ido embora para exigir explicação da sua ex namorada.

— Sim. — confirmei.

            Ele, que estava sentado de maneira confortável na poltrona, chegou a levantar com a minha resposta. Em sua expressão estava claro o quanto se sentia irritado, até magoado, sendo transmitido em seu corpo ao fechar as mãos em punho.

— Mas apenas no ano que vem vai ter o próximo campeonato, e até lá não estarei mais estudando aqui. Ou acha mesmo que irei virar repetente só por causa dela? — parecia que ia me socar naquele exato momento.

— Aidan, por favor, pratique um pouco esse cérebro. É claro que há outras formas de mostrar que é melhor que ele, mas para isso precisamos descobrir quais são as suas fraquezas. — disse.

            Respirou fundo dessa vez e sentou-se novamente. Sabe o que mais? Esse seu gesto também deixou-me mais aliviada, pois estava começando a ficar com medo de que fosse me bater a qualquer instante.

— Fechado. — decretou com o seu sexy sorriso de lado.

— Falamo-nos depois sobre o plano. — comentei.

— Então passa o número do seu celular. — pediu.

            Não contestei, pois trabalho era trabalho.

— E, Alis. — disse quando já estava indo em direção a minha mochila.

— Que foi? — rolei os olhos, principalmente pelo apelido.

            O que me passou era que ia desistir da ideia, falar que era mentira, que ia acabar comigo. Ocasionalmente o dia em que falou com todas as letras que ia tornar a minha vida um inferno deixou-me mais apreensiva ainda.

— Pode me chamar de Dan. — sussurrou antes de sumir.

            Dei de ombros e fui até o corredor, não sem antes devolver os pertences a minha amiga e ir embora. Pouco me importando quando esbarrei no tal de Dylan quando estava passando pelo portão da saída.


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Notas finais do capítulo

E ai? Que acharam da conversa do James? O que ele irá aprontar? E do Aidan e da Alexis? Sim, eu mudei mesmo o nome da maioria. Não sei porque acabei enjoando dos antigos. Digam-me a opinião sobre os novos nomes e os capítulos?

A imagem não é minha. Desculpem-me se tiver erros, mas, por favor, avisem-me se encontrarem?

Se quiserem enviar MP será muito bem vindo.

Por favor, quem tiver a vontade de enviar um review, seja dizendo que está ruim, o que precisa melhorar, eu aceitarei de muito bom grado. Então, peço, que ponha palavras naquele quadrado branco e faça essa leitora aqui feliz demais. Um belo incentivo de começo de fevereiro e volta as aulas. *-*

Obrigada e até a próxima.