How do you find me? escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 30
How do you find me?


Notas iniciais do capítulo

Estou fitando o céu estrelado pensando em quão sortuda eu sou por ter vivido esta aventura com vocês...
Como vocês me encontraram neste mundo tão perdido?



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— Vamos Banguela, mais rápido, amigão! Não podemos perdê-la.

                Soluço e Banguela voavam rápida como o vento para alcançar a marinha de Aina que preparara armamento pesado (eles poderiam dar a desculpa que fora um acidente se acertasse Soluço).

                Banguela teve de vestir sua armadura para não ser acertado, uma das melhores e demorara tempo o bastante para vesti-la a ponto de já terem acabado com Astrid.

                Eles finalmente avistam o Palácio flutuante, Banguela estava com sua cauda de voo que o permitia voar sozinho.

                - Fique por perto, amigão. Eu te chamarei assim que acabar e tome cuidado.

                Soluço entra no navio pelas instruções das histórias de Astrid, fora complicado, mas conseguiu seguir caminho até a ala das masmorras no convés inferior. Numa das celas ele encontra Calid e Dave com outros criados, os dois estilistas pareciam bem, porém Dave tinha um olho roxo. Todos amarrados com as mãos nas costas.

                - Calid! Dave! O que aconteceu com vocês?

                - Nós tentamos ajudar, Astrid nos poupou de levar uma surra ainda pior com seu pedido de aniversário – Explica Calid enquanto Soluço arrombava a cela – Você tem que sair daqui, os truques na manga acabaram, Astrid fora sentenciada a roseira eterna.

                - O que é isso? – Pergunta Soluço.

                - Lembra-se das histórias das outras princesas que Astrid lhe contou? –Pergunta Dave – Na maioria delas as princesas caem em sonos profundos por muito tempo por conta de um veneno especifica que aparenta a morte, a verdade é que aquelas princesas nunca acordaram com um beijo, Soluço. O veneno as paralisa num sono até que morram de fome e desnutrição com o tempo desacordada.

                - Não...

                - Não adianta nos libertar, há centenas de guarda lá fora. Está tudo bem, Soluço! Sabíamos no que estávamos nos metendo quando entramos nessa, ficaremos aqui apenas alguns dias, o Rei ainda precisa de nós.

                Calid chora.

                - Mas Astrid fez tudo o que podia...

                - Não! Eu vou concertar as coisas! A esperança nuca morre! – Diz Soluço.

                De repente, uma melodia familiar ecoa pelas celas. Era a música deles, Astrid estava cantando para que ele a achasse! Soluço sai dali correndo.

                - Acredite em mim, essa história terá um final feliz – Diz antes de sair.

                Ele segue a melodia por entre os corredores e as salas desviando de tudo, nem sequer se importava onde estava, ele tinha de achá-la e ele a achou numa cela solitária e limpa com um longo vestido verde com flores cor de rosa em seus cabelos e roupas. Ela estava algemada pelos pulsos. Seus ferimentos eram visíveis em seus braços e no rosto, uma lágrima caía em seu rosto.

                - Astrid!

                A garota levantou a cabeça e ele pode ver a expressão de dor em seu rosto.

                - O que está fazendo aqui, Soluço? Eles vão matá-lo, por favor, volte!

                - Não! – Ele teima arrobando a cela e se aproximando dela – Eu não vou deixar que te tirem a vida, eu não vou deixar... – Soluço acaricia o rosto da garota.

                - Por favor, me deixa fazer isso por você. As coisas só vão piorar, não há mais o que fazer – Ela sorri como se tudo estivesse bem – Eu não me importo com meu futuro desde que você esteja a salvo...

                - Nunca mais repita isso – Soluço a abraça – Você é tudo pra mim, eu preciso de você.

                - Você me fez sentir viva pela primeira vez como eu mesma, Soluço você já fez tudo por mim.

                Eles se separam.

                - Eu vou lutar por você, Astrid – Ele beija seus lábios rapidamente e sai – Eu não vou desistir.

                Soluço correu até a sala do Rei onde as irmãs postiças estavam também, ambos os três com uma pilha de papéis.

                - Como ousa invadir o navio da realeza? – Indaga o Rei.

                - O que faz aqui, Haddock? – Pergunta Belle.

                - Só Astrid pode me chamar assim, cale-se – Exclama Soluço – Enquanto ao senhor, Arthur, tem de escutar. Astrid salvara esta terra da depressão, ela cumpre todas suas obrigações como princesa, fez por todos o que um Rei não fez e você a prende? Pior, você vai sentenciá-la a roseira! Rei Arthur eu lhe imploro para que a liberte porque esta era a única coisa que ela queria este tempo todo!

                O Rei o olha com desgosto.

                - A garota violou 68 normas ao longo dos anos, cada uma assinada e registrada agora por mim. Ela merece a sentença, não há retorno. O Rei Leonard voltou para sua terra com conhecimento confidencial do reino, tenho problemas maiores do que adolescentes lutando por uma paixãozinha de verão!

                - Eu me caso com ela – Rebate Soluço.

                - O quê? – As princesas engasgam e riem.

                - Se ela estiver casada até o fim do dia, ela terá de ficar junto do marido.

                - Mas você tem de ter minha permissão, principalmente em casos especiais como Astrid – o Rei estala os dedos – E agora você está de saída. Guardas!

                Soluço protestou e lutou com todas as suas forças, mas o Rei não ouviu embora ele falasse tudo. Os outros estavam certos, ao que aparenta não há mais esperança porque o Rei estava prestes a matá-la.

***

                Ao chegarem a Aina ao meio dia numa viagem rápida, o Rei fora saudar seus súditos com alegria, porém tudo o que recebeu fora protestos. A população fizera tudo o que estava ao seu alcance para salvar a garota e ela nem sonhava no que estaria acontecendo.

                O Rei não conseguiu ficar furioso, as pessoas não demonstravam ódio ou rancor, apenas queriam justiça. Todos unidos pela Astrid. Houve debates, discursos e pedidos em nome da libertação da esperança da garota.

                Arthur reavalia sua decisão e decide ouvir, pela primeira vez na vida, ele iria escutar. Ele dirigiu-se calmamente a sela solitária de Astrid que cantava uma linda canção.

                - Astrid?

                A garota para de cantar, mas não levanta a cabeça, não tinha coragem o bastante para encará-lo nos olhos. O Rei adentra sua cela e ela se perguntou se aquela seria a hora da sua morte. A roseira era o seu destino.

                - Vim escutar – O Rei anuncia – O povo aclama pela sua liberdade.

                Então ela sentiu a esperança novamente levantando a cabeça.

                - O quê?

                - O povo protesta pela sua libertação, mas, antes de sua sentença em público, quero ser um Rei justo e lhe darei a chance de ser ouvida. Você tem dez minutos...

Então Astrid  lhe contou sua história por cada mínimo detalhe desde o seu pai até os dias em Berk, abriu seu coração e ficou feliz sem saber que, se morresse hoje, morreria com uma história . Após ouvir com atenção, o Rei tira suas algemas e os dois tem uma conversa sincera, ele senta-se no chão ao lado dela despindo sua coroa.

                - Você viveu uma grande aventura ao longo dos anos, eu posso ver. Mas também vejo sua realeza Astrid, todo este sacrifício e sofrimento com um sorriso no rosto faz parte do peso de vestir uma coroa sobre a cabeça.

                - Eu nunca quis lhe desobedecer, pois sou leal – Astrid suspira – Só não pertenço aqui, tenho que achar o meu lugar, mas o senhor sabe que sempre terei o coração de uma princesa.

                - Você fala igual a sua mãe – Ela bagunça os cabelos dela – Então sabe o seu caminho, não é? – Arthur suspira.

                - É tudo o que mais desejo, vossa Majestade.

                - Eu poderia lhe conceder este desejo, mas você nunca mais poderia voltar a Aina novamente. É a única solução que nos é permitida nesta situação.

                Astrid arregalou os olhos.

                - Esta dizendo que pode me conceder liberdade?

                - Sarah Thornado ensinou ao meu povo algo que ainda estou tentando aprender: que o amor sempre vencerá do ódio – O Rei Arthur a olha com carinho – Você merece isto, pois é um desejo muito pequeno comparado a tudo que já fez por nós...

                Astrid o interrompe com um abraço entre lágrimas.

                - Obrigada...

                Arthur sorri e retribui o abraço.

                - Todos nós merecemos uma chance, não é?

***

                Então todos foram libertados, Astrid aceita o acordo, mas fica muito triste por não poder ver mais a terra onde nasceu e cresceu. Sua casa antiga ainda estava lá entre a população, onde sua mãe a criara com muito carinho e onde seu Pai a protegeu com tanto amor. Admitiu que sentiria falta da vida dupla entre o castelo e o povo, fora uma bela história que ela vivera ali... Mas já era hora de começar uma nova, com novos capítulos, novos personagens e um novo sentimento.

                Se Stoico estivesse ali talvez as coisas tenham sido diferentes, porém realizar o sonho dos dois com a sua liberdade era gratificante, ela sentia que cumprira com sua parte ali. As pessoas estavam felizes após o Rei anunciar sua liberdade, ele lhes contou a história dela e narrou a gloriosa estrada da lenda que ela fora ali.

                A parte mais difícil de tudo aquilo fora se despedir.

                - Adeus, princesinha.

                Calid e Dave a abraçam, eles foram dois pais maravilhosos para ela neste tempo, cuidaram dela como ninguém.

                - Saiba que, para nós dois, você sempre será nossa princesa.

                - Eu sei sim – Astrid sorri – Eu sempre serei.

                Calid e Dave foram libertados e seu trabalho como estilistas fora mundialmente reconhecido num projeto que os dois trabalhavam na Índia. Após sua partida, eles viajariam o mundo fazendo lindas peças como sempre sonharam, mas anunciaram que pretendiam adotar uma garotinha e seu nome não poderia ser outro se não “Sarah”.

                Astrid mesmo vestia a última criação deles, eles fizeram uma blusa vermelha de mangas pouco compridas que deixava seus ombros amostra, assim como suma marca de princesa, além de uma saia e calça azuis e desta vez boas comuns, porém bordadas com os símbolos do que a trouxe até o presente.

                Os criados ganharam uma vida mais confortável também após o Rei descobrir que Belle e Rosabelle maltratavam todos, ele as mandou para um reformatório para Princesas onde elas aprenderiam a ter um coração.

                - Eu vou sentir falta de todos vocês – Astrid limpa uma lágrima.

                Então todos os cervos do castelo juntam-se num abraço em grupo pela garota e após aquele momento tão difícil que era a despedida, Astrid monta em Tempestade e acena pela última vez.

                Mal podia acreditar que aquele momento chegara, então ela respirou bem e escutou seu coração. Ele diria o seu destino e ela sorriu ao saber a resposta.

                - Vamos voltar para Berk, amiga.

***

                Soluço estava desamparado, totalmente perdido, mas tentava se manter o mais forte possível. Bocão passara em sua casa após sua chegada e lhe entregara a espada e o escudo de Astrid, porém, além disso, todas as coisas dela ainda estavam ali. O sol estava se pondo no horizonte, estava triste também por ter acordado naquela madrugada para dar feliz aniversario para Astrid e agora ele estava ali sabendo que ela morreria.

                Antes que as lágrimas viessem, ele preferiu descer para ficar com seu amigo. Banguela estava deitado deprimido perto da lareira sentindo que Soluço talvez nunca superasse aquilo.

                - Oi, amigão – Ele sentou-se ao seu lado acariciando o dragão – está cansado?

                Banguela tentou confortá-lo pondo sua cabeça sobre seu colo.

                - Está tudo bem, não se preocupe...

                Soluço é interrompido quando o dragão levanta-se ouvindo algo aterrissando lá fora, as pupilas do Fúria da Noite se fecharam com as orelhas alta. Banguela se levantou e foi para fora.

                - Banguela! Para onde você está indo? Banguela! – Soluço corria atrás.

                Quando ele chegou lá fora ele a viu e quase não acreditou, Astrid corria em sua direção e ele fez o mesmo até que se abraçaram ofegantes.

                - Eu pensei que nunca mais te veria de novo – Soluço enterrou a cabeça em seu ombro a trazendo ainda mais para perto.

                - Nunca vai se livrar de mim, Haddock... Eu prometi que nunca te abandonaria, lembra?

                Ele segura o rosto dela, apenas para confirmar que tudo aquilo era real e então Astrid sorri pra Soluço com o coração alegre.

                - Eu amo você – Ele abre seu coração e com isso lhe beija.

                “Always follow your heart because he knows what to do, Love is always the answer. Believe in your dreams, my child because that’s the reason for you wake up every day… Like a wish for a star, you’ll find your way” Reyna Hofferson.

 

 


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Notas finais do capítulo

WE'LL MEET AGAIN DON'T KNOW WHERE, DON'T KNOW WHEN... BUT WE'LL MEET GAIN SOME SUNNY DAY" (vamos nos encontrar novamente, não sei quando, não sei onde... mas nos encontraremos novamente algum dia de verão).
Cantem comigo pessoal!
"We'll meet again some sunny day!"

Obrigada pelo carinho pela história!
Preparados para os capítulos extras?
Ainda não é um adeus!

Mas saibam que eu tenho muito, muito, muito carinho por cada um de vocês!



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