When Love Comes Around | h.s. escrita por Emmy Alden


Capítulo 48
Vazio


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de WLCA! Espero que gostem não esqueçam de comentar/ favoritar a história ♥



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Estávamos todos sentados à mesa de jantar na casa de vovó.

Eu, papai, Anne, vovó e Tom.

Fazia quase um mês que Harry havia ido embora. Fazia quase um mês que eu havia dado uma nova chance a Thomas.

Ele era mais uma distração do que qualquer outra coisa. Quando ele apareceu naquela noite com buquê em mãos, com um discurso decorado em mente, eu não estava com a mínima vontade de especular todo o nosso término melodramático.

Eu não queria dissecar todo o nosso relacionamento para descobrir onde eu errei ou ele errou.

Eu só queria ficar no meu quarto quieta.

Então eu não disse uma palavra enquanto Tom se desculpava sobre a traição, se desculpava por ter tentado me agarrar naquele dia, não prestava atenção nele. Minha mente repassava toda a noite anterior quando Harry estava do meu lado.

Por fim, Thomas pediu mais uma chance só mais uma e eu não lembro como, mas acabei aceitando em algum momento.

O garoto me beijou e eu não sentia nada. Nenhum sentimento sequer. Nem amor. Nem ódio.

Vazio. E aquilo era pior do que qualquer uma das outras opções.

Toda minha tese de o primeiro amor ser o verdadeiro tinha ido por água abaixo por causa dele e de Harry. Eu não sabia mais o que sentir por Thomas.

A pessoa que eu realmente amava estava do outro lado do oceano. E ela não era o meu primeiro amor, apesar de ser sempre a que eu escolheria.

Meu pai e Anne sempre deixavam para contar uma de suas histórias da lua de mel na hora do jantar. Eu estava genuinamente feliz por eles dois, mas às vezes era difícil lançar um sorriso quando tudo dentro de mim estava...vazio.

Anne também estava sentindo muito por seu filho ter partido antes que eles pudessem voltar de viagem. Ela me parava alguma vezes para perguntar se eu não sabia mesmo o que tinha virado a cabeça de Harry tão rápido. A mulher me garantiu que ele ligara para ela durante a viagem e que parecia uma nova pessoa. Parecia tão...feliz. Então, do dia para noite, ele decidira voltar a morar com o pai.

Eu apenas tentava ser simpática, tentava não demonstrar que levava uma facada cada vez que o nome dele saía de seus lábios, e sempre acabava dizendo que não fazia a mínima ideia do que poderia ter acontecido com o filho dela.

Ela não tinha noção.Talvez ela me odiasse para sempre se descobrisse algum dia.

"Soube que você fez a matrícula para o último ano na sua antiga escola hoje pela manhã." pisquei duas vezes, voltando a me concentrar no ambiente a minha volta. Levantei o olhar das minhas mãos paralisadas em volta dos talheres para seguir a voz de meu pai.

Assenti com a cabeça e antes que eu pudesse responder com palavras vi pelo canto do olho Anne parar o garfo na metade do caminho até boca.

"Você também não volta conosco para New Hampshire?" o jeito com que ela pronunciou as palavras apertou meu coração.

Apoiei os talheres na mesa:

"Eu já tinha discutido sobre isso com meu pai uma vez, mas não quero que entenda isso como algo pessoal, por favor."

Anne me lançou um sorriso triste, porém assentiu:

"Nunca pensaria algo assim de você, meu amor. Só que a cada vai ficar vazia agora."

"Prometo que vou fazer visitas regulares, não é como se eu pudesse ficar muito tempo sem ver vocês dois."

Aquilo pareceu alegrá-la um pouco mais. Meu pai estava calado e eu sabia bem o que aquele silêncio queria dizer.

"Prometo também que considerarei uma universidade em New Hampshire."

Thomas tossiu, mas eu o ignorei. Tinha uma ideia de que, se fosse por ele, nunca sairíamos da Califórnia, nem mesmo de Lakeport.

"Seria perfeito se Harry também considerasse, contudo acho que ele já tem algumas universidades inglesas em mente."foi a vez de meu pai consolar Anne e eu tive de fingir que meu coração não batia de forma doentia no peito.

"Não sabia que estava planejando ir embora da Califórnia novamente."Tom e eu estávamos na frente de casa, deitados num lençol olhando o céu estrelado.

Mantínhamos uma distância que já era além do respeitável e poderia ser descrita como uma de bons amigos, não de namorados, mas ele não reclamou.

Na verdade, desde quanto reatamos, acho que aquela era a primeira vez que constestava algo que eu dizia.

Bom mesmo que ele soubesse que a nossa relação andava numa linha bem tênue e bamba.

Tive vontade de gritar que quando eu peguei minha querida Scarlett e atravessei a droga dos Estados Unidos única e exclusivamente para ficar com ele, eu realmente não planejava ir embora de Lakeport tão cedo.

Também não planejava estar sendo traída por ele há meses.

Não planejava me apaixonar pelo meu meio-irmão.

Ou descobrir que Thomas nunca chegaria nem perto de quebrar meu coração, porque fazia umas semanas que não era mais dele.

"Seja coerente, você viu a cara do meu pai. Essa viagem era a primeira vez que nos afastávamos um do outro. Não quero que ele ache que estou abandonando-o porque se casou." apesar de depois de tudo que aconteceu entre mim e Thomas eu realmente não estava planejando ficar muito mais tempo em Lakeport. E New Hampshire seria um bom destino.

Só não fazia minhas malas e ia com a minha família pois não queria que o meu pai achasse que eu tinha me arrependido da viagem ou perdido meu tempo.

Para ser honesta,se eu tivesse a oportunidade, eu viveria tudo aquilo de novo.

Mesmo que já soubesse o fim.

Tom não falou novamente e eu não o encorajei.

Depois de alguns minutos, ele se sentou e respirou fundo:

"Acho melhor eu ir, tá ficando tarde."

"Tudo bem." respondi me sentando também. Meu namorado se inclinou, por um momento achei que ele iria me beijar.

O que, de fato, ele iria fazer, mas parou no meio do caminho. Thomas encarava meu colo antes de estender a mão e segurar entre os dedos o colar de Harry que pendia no meu pescoço.

Meu coração acelerou. Havia esquecido de escondê-lo sob a blusa. Qualquer um poderia ver. Eu não sabia se o Harry já usava o objeto há muito tempo, mas com certeza ela reconheceria algo do filho.

O que ela poderia pensar daquilo?

"Bonito colar."sua voz não demonstrou nenhuma emoção e eu não soube como interpretar aquilo. "Combina com você."

Certo. A preocupação com Anne não era nada comparada àquilo. Thomas também já fora amigo de Harry e se o colar fosse muitos anos atrás.

Não importa, uma voz na minha mente disse. Contudo, importava sim. Eu poderia não gostar mais de Tom daquele jeito, mas não era maldosa ao ponto de esfregar na sua cara uma insinuação de que eu já tinha sido...bem, íntima do seu ex-melhor amigo.

Thomas soltou o colar e beijou a minha testa.

"Nos vemos amanhã, então?"

Assenti com cabeça e ele saiu andando para sua casa.

Cinco segundos depois, Alice parava com sua bicicleta em cima da minha calçada.

"Vocês dois são tão animados quanto dois postes se pegando."minha amiga disse como cumprimento.

"Nós não estávamos nos pegando e você não deveria estar vigiando. Nem meu pai faz isso."

Alice deu um sorrisinho de canto e acenou com a cabeça para alguém atrás de mim.

"Faz sim." ela contestou e eu me virei apenas para encontrar meu pai na janela do segundo andar acenando para mim.

Quando voltei a encarar Alice sua expressão estava séria. Do tipo sério que ela nunca seria capaz de ser.

Preocupei-me.

" O que foi?"

Vários cenários ruins passavam pela minha cabeça e eu conseguia muito bem enfiar Styles dentro deles.

"Calma, não é nada com Harry."

Desviei o olhar murmurando:

"Não estava pensando nele."

Alice sorriu mostrando os dentes:

"Claro que não. "então ela ficou séria novamente." Quer dizer, na verdade, tem a ver com ele sim, mas não é o que você está pensando."

"Fala logo, Alice!" mas ela fez um sinal de um minuto para mim e gesticulou em direção a janela onde meu pai estava.

O barulho dela sendo aberta foi suave.

"Boa noite, Sr. Duchassel."

"Boa noite, Alice."

O que ela estava fazendo?

"Será que a Aster poderia dormir lá na minha avó hoje?" me virei para encarar meu pai.

Ele fingia pensar a respeito e eu sorri. Meu pai amava Alice assim como todo mundo não lembrava de ele ter recusado algum convite que ela fizera.

"Hmm... só se você jantar conosco amanhã."

Alice fez uma reverência exagerada.

"Será uma honra." virando para mim e dando um tapinha na minha bunda ela disse: "Pegue o básico, ainda tenho algumas coisas suas lá em casa. NOITE DAS GAROTAS, YAY."

Ouvi a risadinha do meu pai no andar de cima, mas o olhar de Alice me impediu de rir também.

Algo me dizia que eu estava prestes a descobrir alguma coisa nada divertida.

***


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Notas finais do capítulo

Hey loves!! N tenho nem mais cara para me desculpar, mas desculpem a demora ♥

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