When Love Comes Around | h.s. escrita por Emmy Alden


Capítulo 2
A Lista


Notas iniciais do capítulo

Olá , amores mio
1º caps yaay



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"...Eu sei que é meio repentino mas não posso adiar esta oportunidade de ser feliz após tanto tempo tentando. Agora é hora de arriscar, por isso deixo a seguir ítens escritos de todo o meu coração, que, ao meu ver, me ajudaram a encontrar o mais pleno caminho para a felicidade.- Hayley Macconell"

Respirei fundo. Mais uma vez.

Hayley Macconell, a mais ascendente autora e blogueira, estava deixando, por tempo indeterminado, os holofotes.

Fui para o resto da postagem

O que fazer para perceber quando o amor aparece (sem corações quebrados)

(Não é preciso necessariamente seguir a ordem.)

*Tenha certeza sobre os seus sentimentos por ele (e os dele por você);

*Planeje uma viagem longa com ele (e faça-a acontecer,com amigos ou não);

*Não ignore os esforços que ele faz por você (inclusive quando ele te ouve contar uma história completamente desnecessária);

*Perceba nas pequenas ações que ele se importa com você;

*Faça um teste de ciúmes nele (coisas simples, nada de sair beijando alguém aleatório do nada);

*Veja se na mente dele há um espaço reservado para você no futuro (como próximos aniversários, férias etc..);

*Perceba se ele faz o tipo que namora ou que pega todo mundo;

*Descubra seus gostos, hobbies, preferências e coisas em comum (e use em seu favor);

*Se ainda não ficou claro, ou você percebe que ele não vai dar o primeiro passo, exponha seus sentimentos (se você acreditar que vai dar certo, claro);

*Aproveite ao máximo e repita essa lista quantas vezes você quiser renovar a relação.

Uma lista de 10 itens? Depois de tudo que passamos junto com ela, ela nos deixava com uma lista de 10 itens.

Porém, que sou eu para julgar, sendo que eu largaria qualquer coisa para ter meu final feliz com o Tom.

Thomas Brams. Meu "crush" desde a infância, meu príncipe...e meu namorado.

A única coisa que eu realmente quis que eu realmente tive.

Eu ainda lembro de uma teoria que eu li quando eu era mais nova, que dizia que você tinha mais chances de ser feliz com o seu primeiro amor.

Desde então eu vim procurando cuidadosamente quem seria meu primeiro amor.

E eu o achei numa festa a fantasia no 6º ano. Todas as minhas amigas já tinham dado pelo menos um selinho em alguém. Exceto eu, é claro.

Até que eu o avistei. Tão fofo, tão lindo, tão...assustador. Isso mesmo, assustador. De todas as fantasias do mundo, ele escolheu ser um príncipe. Um príncipe, digamos, meio macabro. E por um acaso, eu era uma princesa, só que tradicional.

Confesso que eu o encarei mais do que devia, mas em minha defesa eu estava tentando entender o propósito de sua fantasia e se o seu rosto era de alguém conhecido, o que não deu muito certo já que minha concentração foi embora no momento em que seus olhos brilhantes encaravam os meus.

Ele levantou uma sobrancelha olhando para mim com curiosidade.

Alguma das minha amigas na época falou em um volume alto o suficiente para que todo nosso grupinho voltasse a atenção para mim:

"Hmm, eu acho que está rolando um clima entre As e o bonitinho ali" ela apontou indiscretamente para o menino desconhecido e eu poderia sentir cada centímetro do meu rosto esquentar e ganhar uma coloração avermelhada.

Foi o suficiente para que todas elas ficassem a noite inteira me incentivando a ir falar com ele.

Pais sempre têm o dom de chegar na melhor parte da festa. E não era diferente com o meu.

Avisaram-me que ele estava me aguardando do lado de fora .

Eu estava no primeiro andar e fui até a varanda para implorar por mais alguns minutos. E para minha surpresa, ele cedeu. Mais 20 minutos. Meu pai estava sendo bem maleável após a morte da minha mãe. Fazia um ano, mas eu sabia que ele não superaria tão fácil assim; nem eu superei.

Mandei um beijo no ar para ele e me virei preparada para aproveitar ao máximo, quando ouço um tecido estralando e me prendendo no lugar. Eu era muito sortuda. Parte do tecido do meu vestido estava preso num nó firme em um arame da sacada da varanda.

Eu usei toda minha força e nada. Estava prestes a chorar quando uma voz disse:

"Eu também não gostei da minha fantasia, mas ao invés de tentar destruí-la, eu a modifiquei."

"Foi sem querer, ela me prendeu nesse arame e," eu me virei para a voz e quase tive uma síncope "Eu nem percebi".

Ficamos alguns segundos nos encarando, igualmente ao começo da festa. Eu já estava quase pingando de suor por causa do esforço com o vestido, parte do meu cabelo cobria meu rosto. Realmente uma situação deplorável. E ele estava lá parado me olhando.

"Quer que eu te ajude?" ele disse apontando para o vestido. Ele só poderia estar brincando.

"Seria ótimo" eu disse meio sarcasticamente e ele percebeu pois deu uma risada nasalada enquanto vinha em minha direção.

"Permita-me" ele fez menção de se abaixar e ficou mexendo no tecido. "Como você conseguiu fazer um nó desses?" ele perguntou baixinho em um tom concentrado.

"Eu não sei, só vim falar para o meu pai me dar mais 20 minutos e agora eu estou presa aqui." Já estava sentindo meus olhos ficarem úmidos.

"O nó já está quase desatado, mas se você quiser aproveitar ainda alguns minutos, eu vou ter que arrancar um pedaço do tecido.

"Faz qualquer coisa, eu só quero me desprender daqui." ele levantou a cabeça e seus olhos eram de um verde incrível. Ele sorriu para mim e puxou parte do tecido que cobria meus pés de uma só vez.

E lá se foi minha melhor fantasia.

"Brams, aí está você! Você tem que me ajudar a achar o Harry,disseram que os pais dele estão querendo ele em casa agora, estarei no terceiro andar." um menino vestido de pirata colocou a cara na varanda e logo saiu correndo.

Ele respirou fundo e passou a mão pelos cabelos.

"Muito obrigada por ter me ajudado" eu abaixei o olhar para o meu vestido.

Os grampos que prendia meu cabelo e principalmente os que prendiam a minha franja tinham se perdida em algum lugar. Senti uma mão pondo as mechas que caiam em meu rosto para trás da minha orelha.

Eu olhei imediatamente para o príncipe assombrado na minha frente e ele sorriu enquanto chegava mais perto de mim.

Droga, eu estava sentindo meu rosto queimar.

Eu estava sozinha com um garoto bem próximo de mim pela primeira vez e eu não sabia o que fazer.

"Você é a princesa mais bonita e tímida que eu já vi." ele disse ainda me encarando e sorrindo.

"Meu pai disse a mesma coisa quando estávamos no caminho até aqui" eu murmurei e ele levantou meu queixo para que eu também o encarasse:

"Agora você sabe que ele não falou isso só porque ele é seu pai." ele passou a mão na minha bochecha.

Ele era bem confiante e abusado, mas eu não conseguiria repreendê-lo. Eu não queria repreendê-lo.

"Posso?" ele perguntou e eu apenas encontrei seu olhar fixado em meus lábios.

Era isso. Ele iria me beijar. Ele queria me beijar e eu estava disposta a ter meu primeiro beijo com ele. O príncipe assombrado.

Acredito que ele entendeu o recado, pois no segundo seguinte seus lábios estavam sobre os meus.

Sempre me disseram que as borboletas no estômago que eu lia nos romances eram pura ilusão e clichê.

Naquele momento, eu comprovei que eles estavam completamente equivocados. Eu sabia que cada vez que eu me lembrasse daquele beijo todas aquelas borboletas voltariam.

Não foi um beijo de língua, muito menos o mais profissional que já existiu, mas foi o meu primeiro beijo.

Quando nos separamos, seu sorriso voltou ainda mais radiante e eu me senti mais confiante por dentro.

"É melhor eu ir agora," pude sentir meus ombros caírem tristes e ele percebeu "Mas eu volto, eu prometo." ele piscou e deu um beijo na minha testa e segurou uma das minhas mãos.

"Qual é nome da Vossa Alteza?" ele perguntou e nós rimos.

"Aster, meu nome é Aster" eu olhei para nossas mãos juntas.

"Agora eu entendi a referência da flor no seu vestido." ele olhou para trás e se virou para mim novamente. "Eu realmente preciso ir, mas eu volto."

Ele foi embora e eu ainda estava tentando processar os últimos minutos. Logo o meu tempo restante na festa acabou.

Foi então que eu percebi que eu não sabia o nome dele. Como foi que aquele garoto o chamou? Brams! Não deveria ser tão difícil achar alguém com o sobrenome Brams em Lakeport.

Alguns anos depois, um Thomas Brams parou na minha sala de aula. Apesar de fazer um bom tempo e seu rosto ser uma memória embaçada, eu sabia que era ele. Eu ainda descobri que sua fantasia naquele dia era mesmo a de um príncipe assombrado, mas mesmo depois que começamos a namorar, nós nunca tocamos no assunto do beijo.

Mesmo assim, Thomas é o cara da minha vida e aquele momento estaria na minha mente. Para sempre.


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Notas finais do capítulo

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