When Love Comes Around | h.s. escrita por Emmy Alden


Capítulo 12
Drive-In


Notas iniciais do capítulo

baby, you don't have to worry
i'll be coming back for you
back for you
back for you
y-o-u
VOLTEIII



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O lugar não estava cheio, nem vazio. Tinha um casal, um grupo de amigas que flertavam com um outro grupo de amigos do carro ao lado e uma mãe com a filha. Todos esperando a última sessão que seria em meia hora.

Eu estava na bilheteria onde dois jovens da minha idade me explicavam como funcionava o drive-in.

"Vinte dólares é o preço para você e mais um acompanhante." disse o menino que tinha o cabelo bem penteado para trás com gel e um olhar de o conquistador do colegial.

"Mas de qualquer forma se você for sozinha também é vinte dólares." A menina que tinha de cabelos platinados disse mexendo em um botão - um dos únicos que ainda estavam fechados - de sua camisa quadriculada vermelha e o garoto confirmou. "E a pipoca é de graça na última sessão." ela disse com um sorriso quase infantil.

"É, eu acho que vai ser só eu mesmo, ele não vai querer ir." eu apontei para Harry que saía do banheiro naquele momento.

Percebi a menina tentando "ajeitar" disfarçadamente suas roupas e cabelo. Rolei os olhos.

"Não tem problema, eu mesmo a acompanho" Harry pegou os 20 dólares da minha mão e entregou para a menina que estava de mãos trêmulas só de olhar para ele.

Senhor!

"O problema é que vai ser meio difícil assistirmos um filme dentro de uma kombi, Aster." Harry disse no meu ouvido.

"Eles vão 'emprestar' um carro de graça, Harry." eu disse no mesmo tom e ele pareceu conformado.

A garota, que depois eu acabei descobrindo que seu nome era Teri, nos acompanhou até o carro mesmo que ainda faltasse um tempinho para a última sessão. 

Fiquei feliz que Harry resolveu me acompanhar e teria que agradecer a ele depois por fazer as minhas vontades aqui e em Pittsburgh. Nunca que ele fazer uma coisa dessas passaria pela minha cabeça, mas ele estava sendo um cara muito legal.

"Como você conseguiu que eles alugassem um carro de graça pra nós?" ele perguntou quando nos acomodamos.

"Digamos que eu tenha convivido tempo demais com o meu pai e que eu tenha feito parte do grupo que fazia negociações para a minha antiga escola."

"Uou, a cada dia Aster Duchassel me surpreende." nós rimos e Teri passou por nós nos entregando um dos baldes de pipoca para quem tava ali.

Ela passou nos automóveis de todo mundo antes do nosso e digamos que ela ficou um pouco a mais conversando com o Harry algo que eu não estava prestando a mínima atenção.

O filme foi Encantada e Harry ora me observava, ora dormia. E isso foi praticamente o filme inteiro.

Eu já tinha assistido umas dez mil vezes, mas ainda sim nunca me cansava de rever. Era legal o enredo de que nem sempre o amor da nossa vida era o que víamos como príncipe encantado. Além disso, Amy Adams e Patrick Dempsey são uns amores juntos.

"Juro que se ela ficasse com o Edward, ela seria um retardada." Harry disse de repente enquanto caminhávamos lado a lado em direção a saída do Drive-In.

"Você estava dormindo!" eu argumentei rindo.

"Não estava, não!" ele se defendeu fingindo estar ofendido, mas logo começou a rir também.

"Ah, o Edward era meio louco, mas ele era romântico e faria de tudo pela Giselle." eu contestei.

"Meio louco? Ele era um idiota. O Robert faria tudo por ela também, mas ele tinha o bom senso. Fazer o quê? Garotas parecem preferir os idiotas." ele disse a última frase num resmungo.

Não me esforcei para saber se aquele comentário tinha alguma coisa a ver comigo.

"Pelo menos no final ela ficou com o Sr. Bom Senso." nós rimos mais um pouco.

Passamos pela bilheteria, agradecemos e nos despedimos de Teri e seu irmão, Sean.

Enquanto andávamos até a kombi, Sean veio correndo atrás de nós:

"Aster! Você disse que vocês não tinham lugar para  se hospedar e que dormiriam dentro da kombi de vocês, certo?" eu confirmei confusa e ele continuou. " Não tem nada demais em dormir lá, mas eu acho meio perigoso vocês dormirem com ela estacionada nessa rua." só então eu tinha percebido que aquela rua era bem deserta comparada as outras de Ravenna.

"Minha casa está cheia de visitas em casa, por isso nem posso oferecer quartos a vocês , mas vocês podem estacionar a kombi na nossa garagem e dormir lá tranquilos."

Eu iria perguntar para Harry o que ele achava, mas ele respondeu por nós dois:

"Parece uma boa ideia." ele disse me surpreendendo.

Geralmente ele seria o primeiro a procurar obstáculos.

Teri tinha um sorriso de orelha a orelha.

"Ótimo! Eu e Teri vamos fechar o drive-in e nós guiaremos vocês até lá." Sean disse caminhando de volta à bilheteria logo sendo seguido por sua irmã.

Entramos na Scarlet e eme poucos minutos os dois apareceram dentro do carro deles.

Chegamos em frente à uma casa com uma arquitetura antiga, mas bem conservada.

Ela ficava no meio de um terreno demasiadamente grande, já que antes de poder chegarmos perto dela havia um estacionamento - impossível chamar aquilo de apenas uma simples garagem - enorme.

E bem cheio por sinal.

"Nosso pai guarda alguns carros quebrados do drive-in aqui." Teri disse aparecendo na janela do lado do motorista quando eles desceram do carro. "Aliás eu preciso até achar alguém que me ajude a consertar o meu ficar dependendo do carro do meu generoso irmão não está dando muito certo" Sean fez uma cara feia enquanto ela falava olhando diretamente para Harry.

"Daqui a pouco, eu posso ir lá dá uma olhada." ele disse sem emoção e eu não sei o Sean, mas eu sentia que estava sobrando ali.

"Vocês querem ir ao banheiro? Comer alguma coisa? Também temos uns colchões e coisas do tipo." Sean ofereceu. Ele estava sendo bem prestativo e nada metido como eu imaginava que ele seria quando olhei a primeira vez para ele.

"Eu só preciso escovar os dentes." eu disse baixinho enquanto procurava minha necessaire dentro da bolsa.

"Eu posso te mostrar o caminho do banheiro."

"Vou encher o colchão inflável enquanto isso." Harry disse quando eu saí da kombi.

*******

"Ele é seu namorado?" Sean perguntou quando estávamos próximos a um galpão. Ele disse que era melhor me ensinar o caminho daquele banheiro pois era o mais próximo da garagem.

"Não, não. Ele é meu meio-irmão." eu disse e ele abriu a porta do simples banheiro. " Nossos pais se casaram um pouco mais de três meses."

"Sério? Por um lado eu poderia jurar que vocês tinham alguma coisa, apesar de ele estar aceitando os flertes da minha irmã." ele disse fazendo uma careta e eu sorri.

"Por que você acharia que temos alguma coisa?" eu comecei a escovar meus dentes.

"O jeito que ele olha pra você, o jeito que ele ficou incomodado com a possibilidade de eu assisti ao filme com você." ele se balançava para frente e para trás com as mãos nos bolsos do seu moletom college. " E principalmente, o jeito como você ficou incomodada ao ouvir ele aceitando ajudar Teri com o carro."

Eu cuspi de uma vez a água que estava enxaguando minha boca dentro da pia.

"Eu não fiquei incomodada!" eu me defendi rápido e ele levantou uma sobrancelha.

Respondi rápido demais.

"Olha, não quero te ofender nem nada do tipo, muito menos me intrometer na sua vida, mas talvez você só não tenha percebido ainda, mas acho que você sente alguma coisa por ele. Porém, não se preocupe, eu não vou dizer nada a ele e vou parar de te encher com isso. Só achei que você deveria prestar atenção nos seus sentimentos. Deixá-los assim expostos pode ter render boas decepções"

 

********

Quando voltei para a Scarlet, já tinha um colchão arrumado na parte de trás onde acabavam os assentos. Ele era maior do que eu imaginava.

Sean me acompanhou calado até o meio do caminho quase que propositalmente. Era como se ele quisesse realmente me fazer pensar sobre os meus sentimentos.

Eu não conseguia digerir a ideia de que - talvez- estivesse na cara que eu sentia alguma coisa pelo Harry e só eu não tinha percebido isso ainda, mas o que deixou minha mente realmente desconsertada foi a observação do modo como ele olhava para mim.

Mais louco do que eu gostar do Harry, seria ele estar gostando de mim.

Talvez eu fosse cega e não percebesse algo que para Sean parecia estar na cara, ou talvez ele fosse louco e via coisas onde não tinha.

Eram tantas suspeitas não concretas e a única certeza que eu tinha era que aquele momento em Pittsburgh parecia não querer parar de rondar meus pensamentos.

"Eu estou indo ajudar Teri, não precisa esperar." Harry disse enquanto eu prendia meus cabelos. Apenas suspirei e assenti tentando agir o mais indiferente possível.

"Não precisa esperar." eu repeti para mim mesma quando ele já estava do lado de fora.

Mas que droga, Aster!

Meu celular tocou e eu respirei fundo ao ler o nome de Tom. Por que eu estava me preocupando se tinha ou não sentimentos pelo Harry? Era lógico que eu não tinha. A única pessoa que me importava era o Tom, meu namorado.

"Alô, pequena flor." sua voz surpreendentemente não me passou o alívio que eu esperava e precisava.

"Oi, Tom" eu disse sem animação. Mas que diabos estava acontecendo comigo hoje?

"Tá tudo bem?" ele perguntou desconfiado.

"Sim"

"Você ainda está brava comigo, não é?" Antes fosse. 

E não, Thomas. Segundo um garoto que eu acabei de conhecer, eu apenas incomodada com o fato de que o meu meio-irmão está ajudando outra garota.

"Não, só estou cansada." eu me joguei no colchão inflável tentando relaxar um pouco.

Tudo isso era culpa do Sean que colocou caraminholas na minha cabeça.

"Estou com saudades. 3 meses sem você parece 3 anos." eu senti uma dor no peito. Era tão difícil Thomas demonstrar seus sentimentos nos últimos anos e agora que ele fazia eu estava a quilômetros de distância fisicamente e mentalmente.

"Em no máximo uma semana, nós estaremos juntos de novo." constatar aquilo fez eu me sentir um pouco melhor.

Em uma semana eu estaria de volta a Lakeport.

"Cadê o Styles?" Tom perguntou de repente. Será que tudo tinha que parar no Styles?

"Está ajudando a consertar um carro." eu disse secamente.

"Consertar um carro? Uma hora dessas? Tá bom, provavelmente ele está pegando alguém." ele riu do outro lado da linha.

"Provavelmente." eu murmurei.

"Vou deixar você descansar. Quero que descanse bem esses dias, porque quando você chegar aqui não vou te deixar em paz um segundo." ele disse e eu ri.

Depois que desligamos a ligação, eu tentei dormir e esvaziar a minha mente de tudo. 

O que não foi possível.

Me remexi no colchão umas mil vezes mas consegui tirar umas madornas de no máximo 5 minutos cada.

Quando acordei de uma delas estava super apertada para ir no banheiro, olhei no relógio e já eram duas da madrugada. Harry ainda não tinha voltado.

Estava tudo escuro do lado de fora, então peguei meu celular e liguei a lanterna antes que fosse tarde demais e eu não precisasse chegar ao banheiro.

Tropecei em alguns matos e pedras no meio do caminho até chegar ao bendito banheiro. A única luz acesa era uma luz fraca vindo de dentro do galpão, onde certamente Harry e Teri estavam.

Estava pronta para voltar para kombi após sair do banheiro, mas minha curiosidade falou mais alto.

Ao chegar na frente do local desejei não herdar a bendita curiosidade do meu pai, mas pelo isso o que eu vi me ajudou a ter certeza de uma coisa:

Eu realmente deveria estar sentindo algo pelo meu meio-irmão.

Droga.

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Notas finais do capítulo

hey loves,

perdoem a demora, eu literalmente travei com a história ( por isso talvez esse capítulo não seja um dos melhores), mas eu quis atualizar pq semana que vem começa minha semana de provas e provavelmente e muito provavelmente, eu não atualizarei nem essa fic nem Stay With Me, mas prometo voltar assim que acabar.

Enfim, me digam agora oq vocês acharam do capítulo!

Deixem seus comentários, dicas, sugestões, teorias, ideias... snickers *-*

Não se esqueçam de votar/favoritar e indicar para os amigo ^^

Leia Também : Dance With Me | Livro I (Romance Original/Finalizada)

amo vcs

xx



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